halloooooo
mil perdões pela demora... eu sou lerda e enrolada, então já viram tudo D:
bem-vindas Luana e vicniro, espero que gostem da fic...
Huuum, Gaby Cris... se você acertar eu te dou, sim. que tipo de recompença você quer ? POAKPOKS'
Ai, ai, Patty... coisas boas acontecerão... não se preocupe, você está em boas mãos... OPKAPOSK'
;*---------------------------------------------------------------“Muitos pensamentos
E palavras intermináveis
E eu espero que não terminem
tão cedo”
Wir Sterben Niemals Aus – Tokio Hotel
Patricia tentava, de todas as maneiras, prestar atenção no filme, mas Rebecca e os outros dois não deixavam. Felipe, que antes também tentava prestar atenção, jogou pipoca na garota, ambos sorriram. Rebecca encheu sua mão de pipoca e jogou em Felipe, Danny fez o mesmo enquanto Bruno apenas ria alto.
Como podem imaginar, não demorou muito para serem convidados a se retirar do cinema. E, antes das irmãs irem embora, foram tomar milk-shake na praça de alimentação.
- Vocês são impossíveis! – Patricia cruzou os braços, irritada, Danny e os rapazes apenas ficaram sem graça.
- Aff, não torra, Patricia. A gente já não vai à festa porque você não quer e ainda reclama quando tentamos nos divertir? – Rebecca revirou os olhos e o celular de sua irmã começou a tocar.
- Rebecca, você tem que aprend...
AH! – ela berrou ao pegar o celular – É a mamãe!
- Ah, eu sou maior de idade mesmo... – a mais velha deu de ombros.
- Mas ainda mora na casa dela! – as duas se encaram. Patty aperta o botão verde – Mãe, eu...
- Oi, mãe! – Rebecca toma o celular da irmã – Espero que não se importe, estamos tomando um milk-shake... Bem, eu estou comendo com batata frita...
-
Nojento. – a mãe diz –
Venha logo, seu pai quer falar com vocês. – seu tom de voz estava estranho. Rebecca não entendeu muito bem e fez careta.
- Ah, certo, já estamos indo. – ela garantiu se levantando.
-
Não demorem.- Claro, claro. Beijo. – ela desligou o celular, devolvendo-o para a irmã.
- Então já vão? – Bruno perguntou.
- Temos que ir, sr. Robert nos aguarda. – Rebecca deu de ombros.
- Maravilha! – Patricia disse aliviada – Eu preciso estudar para biologia! – ela pegou a bolsa.
- Credo, está parecendo que não gosta de nossa companhia! – Daniela a acusou.
- Não é só que amanhã eu tenho que fazer a apresentação de um trabalho e não estudei! – Patty se exaltou.
- Você não estudou
hoje. – Rebecca disse indo para o outro lado da mesa para se despedir dos amigos – Eu vi você estudando para essa apresentação ontem e antes de ontem...
- Ah, desculpa se eu gosto de me preparar para fazer a apresentação mais importante do semestre!
- Tchauzinho, Danny! – deu um beijo na testa da amiga – Até depois rapazes! – ela deu um beijo na bochecha de Bruno e um tapa na orelha de Felipe.
- Tchau, gente. Até amanhã, Felipe. – Patricia acenou.
Foram logo para o estacionamento. Patricia derretendo dentro das calças, ligou o ar-condicionado assim que entrou no carro. Rebecca tirou seus saltos e começou a dirigir. Aos poucos uma fina chuva começou a cair. Raro nessa época do ano, principalmente no estado do Rio.
- Ora, ora, ora, quem diria? – Patricia suspirou – Como se já não estivesse abafado o bastante vem essa chuvinha para piorar.
- É verdade. – Becky coçou o pescoço despreocupadamente – No Rio de Janeiro a chuva não refresca!
- Amo morar aqui, mesmo, mas esse clima mata qualquer um... Vamos para o sul? – ela perguntou encostando a testa no vidro.
- Não, vamos para o norte.
- Que? Norte?
- É, Europa, tolinha. Vamos para o hemisfério norte!
- França? Ou Alemanha?
- Todos! – as duas riram. Depois de alguns segundos de silêncio, Rebecca disse séria – Só mais um semestre, não é?
- É. Não vejo a hora de terminar o colégio e viajar! – o sorriso de Patricia ficou mais largo.
- Ai, eu adoro quando você libera seu lado livre e não-nerd!
- Hahaa! – a mais nova deu língua para a irmã – Eu só acho que se eu for fazer uma coisa, que seja bem feita! Não quero nada meia boca, quero tudo certo, inclusive meu histórico escolar!
- Você é tão perfeccionista, tão diferente de mim... Eu adoro isso! Nunca, fui a mais inteligente, a mais estudiosa, me esforçava ao máximo para passar de ano no mínimo. – Rebecca riu – Você estudiosa, toda tímida, caladinha e simplesmente apaixonante.
- Ah, é... Totalmente, somos o inverso uma da outra! Você é explosiva, faladeira que chega a me dar nervoso, e tão brincalhona!
- Somos Bill e Tom!
- Que ridículo! – Patricia riu – Não somos, não!
- É lógico que somos! Tão diferentes, mas tão iguais. Nos completamos! Definitivamente somos Bill e Tom!
- Ah, tá. – ela sorriu compreensiva – Entendi seu ponto de vista.
- Hm – Rebecca parecia pensativa.
- O que foi?
- Você não pode casar com o Bill, vocês são muito parecidos, sairia porrada todo fim de semana.
- Você é tão beeeeeeeeesta! – Patty aumentou o som – Ah, eu adoro essa música!
- Só não canta junto. – era tarde, sua irmã já estava cantando – Ah, não, não! Você estraga a voz do Bill! Vamos, cale a boca. – Rebecca brincou.
- Canta comigo! – e continuou a cantoria.
- Seu alemão é péssimo, me recuso a fazer um dueto com você! – Rebecca disse metida.
- Meu alemão pode não ser igual ao seu, mas meu inglês é mil vezes melhor! – mandou um beijo para a irmã e continuou a cantar.
- Ah, eu melhorei, ok?
- Mas o meu ainda é melhor!
Rebecca apenas riu enquanto cantava baixo. Não demorou muito para chegarem em casa. O carro entrou na garagem e parou, mas as irmãs continuaram cantando, a plenos pulmões, no carro. A música já estava quase no final quando Rebecca aumentou ainda mais o volume e abraçou a irmã, descabelando a mesma.
- Wir sterben niemals aus Ihr, tragt uns bis in alle Zeit! – Becky cantou enquanto sacudia a irmã.
- Sowas wie wir... Geht nie vorbei. – terminaram de cantar a música Wir sterben niemals aus do Tokio Hotel, rindo juntas.
Desceram do carro, sorridentes. Rebecca levava sua bolsa em uma mão e os sapatos na outra, enquanto Patricia a empurrava até chegarem à porta. As duas ainda cantarolavam a música que acabaram de cantar. Antes mesmo de Patricia conseguir girar a maçaneta, Silvia abriu a porta e disse que Robert está na sala.
- O que houve? – Patty foi a primeira a perguntar, assim que entraram na sala.
- Teremos que ir para a França... – Robert disse, sentado no sofá e com certa angústia nos olhos.
- Não viajaram há pouco tempo? – Lucas perguntou. Aparentemente, ele também não sabe o que está acontecendo.
- Pois é. – ele suspirou.
- Crianças, vocês se lembram da tia do seu pai, não lembram?
- Tia Pepa? – Rebecca perguntou, sem entender – O que tem ela?
- Bem, ela teve um pequeno acidente no banheiro e teve um ataque cardíaco. – Robert respondeu – Vamos para o... Velório... – ele disse com dificuldade.
- T-tia Pepa... – Lucas fungou antes de seus olhos ficarem mais úmidos do que o normal.
- Ai. – Patricia diz – E-eu sinto muito.
- Eu quero ir também! – Lucas disse rápido.
- Veremos isso depois. – Sílvia diz abraçando o garoto.
As garotas subiram sem dizer nada. Patricia estava sem reação. As duas entraram no quarto de Rebecca. A mais velha jogou os sapatos perto da porta do armário e sentou na beirada da cama. Patricia se sentou na cadeira de rodinhas, de frente para a irmã, e suspirou.
- Quando vai se livrar desse computador? – Patricia tentou puxar assunto – Nem o usa, vive grudada no notebook.
- Me livro dele depois... – ela deu de ombros.
- Hum... – Patricia começou a mexer nas unhas.
- O que foi?
- Hãn?!
- Não vem com “hãn” para cima de mim não. Anda, solta a língua.
- Sei lá. Nosso pai foi praticamente criado pela tia Pepa... E o Lucas também, mas... Não nos conhecemos, quero dizer... Ficamos no Brasil com a mamãe, então não era apegada a ela nem nada assim... – ela olhou a irmã – Sabe, não tínhamos um laço, nem mesmo de sangue... Só estou meio confusa, sei lá.
- Relaxa, eu também me sinto assim... Só estou triste pelo pai... – Rebecca suspirou.
- E pelo Lucas. – a irmã completou.
- Não, só pelo pai. – Rebecca falou séria e Patty a encarou.
- Nossa mãe irá para acompanhar nosso pai, com certeza, e bem, os outros dois vão de qualquer jeito... Será que vamos para a França? – Patty perguntou – Sinceramente, espero que não...
- Por que não?
- Primeiro, estou em semana de provas. – ela deu um pulo – Falando nisso, tenho que terminar de estudar para a apresentação e para a prova de história! – Patricia voltou a sentar e respirou fundo – Tá. Segundo, no velório eu não conseguiria chorar!
- Que? Para que merda serviu as aulas de teatro?
- Para nada, foi completamente inútil.
- O que? Nem pensar, é extremamente importante!
- Ah, aham, claro. – Patricia se levantou e foi para seu quarto, logo na frente do quarto da irmã.
- Você que não sabe utilizar sabiamente os conhecimentos que lhe são transmitidos! – Rebecca saiu e se apoiou na porta de seu quarto.
- Tenho que estudar.
- Você tem, pelo menos, prova amanhã? – Rebecca perguntou encarando-a.
- Bem, não. Mas tenho que me preparar, sabe como é.
- Não, não sei, sou a favor de estudar na véspera.
- É, eu vi seu desespero no último ano do colégio.
- Eram provas finais, ok?!
- De qualquer jeito...
- Vai se danar! – Rebecca berrou. Lucas passou para seu quarto.
- Me dá carona amanhã? – Patricia perguntou.
-
NÃO! – ela berrou fechando a porta.
- Amanhã eu vou ter aula com o Tiagão. – Patty disse cantarolando, sua irmã abre a porta, séria.
- Tá, mas você paga o sorvete! – ela bate a porta novamente –
E não vai para o banheiro porque eu já to indo tomar banho!- Tá.
De repente Lucas abre a porta de seu quarto e corre para o banheiro. Patricia riu e entrou no seu quarto para estudar.
Na sexta-feira...
Rebecca parou o carro e ligou o rádio. Esperou não muito tempo e pode ouvir o sinal tocar longe, no colégio. Não demorou mais de dois minutos e jovens já saiam pelos grandes portões azuis. O que demorou mesmo foi Patricia.
- Oi.
- Oi, demorou pouco, hein. – Rebecca disse sarcasticamente.
- Foi mau, eu estava conversando com a professora... Eu queria ter certeza de algumas respostas da prova de história, estava só confirmando.
- Hm. – Rebecca gira a chave.
- Ah, a professora de história te mandou um beijo e pediu para você aparecer...
- Essa semana... – Rebecca foi interrompida.
- Eu já estou de férias do trabalho, você ainda está de férias do trabalho, nossos pais não estão e você vai aparecer semana que vem... – ela revirou os olhos.
- Olha, senti uma certa hostilidade de sua parte...
- Nada, deve ser só impressão... Ou decepção, achei que você iria voltar a trabalhar, mas não, você já tirou férias!
- Nossa, grande irmã, grande
amiga! – Rebecca deu um peteleco no na orelha da irmã – Você queria que eu me ferrasse.
- Não, não se ferrasse, mas queria que trabalhasse!
- Não é minha culpa o Denis ter decidido me dar férias logo.
- É lógico que não... Mas você acaba se dando bem e eu me ferrando! – Patty puxou o cinto, brava.
- Não mais minha querida irmã, não mais... – Becky deu um meio sorriso.
- O que você pretende fazer?
- Beneficiar a nós duas com meu dom inconscientemente fantástico!
Patricia deu de ombros, nem liga mais para as maluquices da irmã. Como sempre, o trânsito estava cheio. Seguiram pela Via Light e chegaram em casa. Quando abriram a porta, dois cachorros vieram recebê-las.
- Que bom que a mamãe não está aqui, assim meu bebê pode ficar aqui dentro! – Patricia disse acariciando sua grande cadela.
- Uhum. – Rebecca concordou – Cadê a minha neném? Hm? Hm? Ownt, que coisa mais linda da mãe! – ela falava como se estivesse interagindo com uma criança.
Ela pegou a poodle branca e beijou sua cabeça. Enquanto Rebecca jogava seus tênis no canto da sala e brincava com os cachorros, Patricia trocava de roupa e pegava os notebooks.
- Pensei em assistirmos uns filmes. – Patty desceu as escadas com os notebooks nos braços.
- Pensei em irmos a uma festa, mas você não quer... Que seja filme então...
- Ai, ai.
- Ei, Patty... – Rebecca, sentada no sofá, chama pela irmã que colocava os notebooks em cima da mesinha de centro – Posso te pedir uns favorzinhos?
- Hm... – Patricia a encarou – Pode.
- Primeiro, não se esquece de ligar o ar-condicionado, afinal, para que um desses se nossos pais não deixam usar? Já que só tem nós... Liga?
- Tá, tá. Só isso? – ela perguntou colocando a senha em seu notebook.
- Não... Faz, por favor, aquela pipoca na panela? – Patty riu.
- Claro que sim.
- Caprichada! E de chocolate!
- Tá bom.
Enquanto esperava pela volta de sua irmã, Rebecca pôs Liza, sua cadelinha, no sofá e puxou o notebook de Patty para si. Foi logo à internet e fez um “tour” pelos sites marcados como favoritos.