Capítulo 127 - Susto dos Mini-Listing
Patty, ainda morro de rir com sua teoria! Aliás, amei meu novo apelido: Susi diva e eu Mulher Maravilha, ahaha! bem vinda nova leitora (não lembro de vosso nome agora, mas bem vinda) e vou postar antes que fique mais de 3 páginas de pedidos (UAUAUU) Boa Leitura!______________________________________________________________________________________________
Tom pretendia dormir até mais tarde, agora que já estava acostumado ao fuso-horário japonês. Mas nas primeiras horas da manhã, passou a sentir uma coisa estranha em cima de si: pareciam duas mãozinhas, junto ao corpinho, engatinhando em cima dele.
“Ah, não pode ser!”
Ele abriu os olhos bem devagar para não alertá-lo, mas Listing Júnior percebeu, e escondeu a cabeça em baixo do
cobertor.
-Ham! Ora, ora, ora... o que será que eu tenho em cima de mim? – o bebê riu – olha, tem... duas perninhas gordinhas, dois bracinhos gordinhos... um cabelo que precisa de uma chapinha urgente! – o bebê gargalhava ao sentir a mão de Tom lhe fazendo cócegas - eu acho que é meu... sobrinho! – Ele retirou o cobertor, e deu de cara com o bebê sorridente, com seus grandes olhos verde.
-Posso saber o que está fazendo no meu quarto a essa hora?
-Bubububu!
-Que mané bububu, vamos: qual é o meu nome? – Ele ergueu Júnior no alto.
-To
-To o que?
-To!
-Nie! T-O-M!
-Too!
-Você é mesmo o inteligente da família! – Enquanto falava isso, sua galinha cacarejou. Lá estava Laura, correndo atrás dela, tirando todas as penas que conseguia, já tinha um maço dela em mãos.
-Ei! Laura essa aí é minha, menina! – Ele saiu da cama, e pegou a pequena com o outro braço. – Sabia que isso dói? Já experimentou arrancar o próprio cabelo?
-Nie!
-É, nie! Acho que você é a mais inteligente... bom, eu acho que conheço uns gêmeos que conseguiram escapar do quarto dos pais e agora estão aqui. Já imaginou a cara da Danny quando acordar e não ver vocês lá?
-Mamii! – os gêmeos gritaram juntos.
-Isso, a mami, que vai acabar me batendo achando que eu sou o culpado!
-Galina! Galinaa! – Laura tentava voltar ao chão para correr atrás da galinha.
-Não, ela já sofreu o suficiente... e agora, o que eu faço com vocês?...
A única idéia que teve foi pegar o celular e ligar para o quarto vizinho.
-Hallo?-Te acordei?
-Não, já estava acordada... o que... deseja?-Além de você... ham, pode dar uma chegadinha aqui no meu quarto?
-Há, essa foi boa, valeu pela tentativa.-Espera não desliga! Eu não vou fazer nada, juro! Mas preciso que venha aqui.
-O que é?-Vem! Eu não posso contar.
-Olhe Tom, só vou falar uma única vez: se tentar fazer algo comigo, se tocar em mim, vai levar o maior soco que já recebeu na vida, entendeu?!-Eu vou desconsiderar essa última parte pelo amor que sinto por você. Vem logo! – Desligou, e ligou em um canal qualquer de desenho japonês para os gêmeos parassem de pular.
Cristine
Assim que desliguei o celular mordi o lábio. Porque ele estava tão afim que eu fosse lá? Bem, eu conhecia muito bem a peça, mas resolvi ir mesmo assim, somente prendi o cabelo, e limpei a garganta, pro caso de precisar gritar.
Bati na porta três vezes, ele pediu pra que eu entrasse. Relutei em girar a maçaneta.
“Ele não vai tentar nada, ele tem muito medo de mim, e eu sei disso.”
Minha cara foi no chão quando o vi, com os mini-Listing no colo, tentando cantar a abertura de Barney em japonês.
-Ahnnn... porque eles estão aqui?
-Vai acreditar que eles conseguiram fugir do quarto dos pais e entraram no meu, e correram atrás da minha galinha pra tirar as penas?
-Ahnn, não, não tem como acreditar.
-Pois é, mas foi o que aconteceu!
Sentei-me ao lado dele, Laura gritou meu nome e quis vir no meu colo. Ele me observava com curiosidade.
-Você até que leva jeito com crianças.
-Você ainda não viu nada, querido.
-Gostei do querido! – Ele sorriu torto, e quase apertei Laura, de nervosismo.
-Cris... – ela começou a falar, se batendo no meu colo.
-Fale, minha linda.
-Ele... Cris! - Ela apontava para Tom e mim.
-O que está tentando dizer, amor?
-Que nós fazemos um ótimo casal – Tom respondeu – até os bebês podem ver isso.
-Ahn... e – eu acho que não foi isso não.
-Como não?
Eu teria inventado alguma coisa pra falar, mas fiquei calada ao começar a escutar os gritos desesperados da Danny.
Glória
-Contaaa!
-Não!
-Ah, vai Bill! Por favor!
-Não posso!
-Por favor amorzinho, conte pra mim, vai?!
-Não... posso!
Resolvi usar minha maior arma contra ele: apertar os olhos de forma ameaçadora, cruzando os braços com força, e mordendo a boca no canto.
-Oooo sacooo!
-Não vou parar até você me contar o que estava comemorando com o Jost ontem.
-Eu suporto!
-Será...?
Não se passou nem dois minutos e ele já não agüentava me ver.
-Você é uma chata, sabia?!
-Eu sei... conte!
-Não dá pra fazer surpresa com você mesmo...
Eu pulei no colo dele antes que pudesse sair da cama, e fiz carinha de pidona.
-Não vai contar mesmo?
-Hum... não faz essa cara, me torturaa!
-Por favorzinho!
-Glória! – Ele me abraçou o mais forte que podia, e falou de uma vez só no meu ouvido: - nósganhamosnoVMA.
-Que?
-Eu disse que nós ganhamos no VMA!
-AHHHHH! NÃO CREIOO!
-Não faz alarde! Quero fazer surpresa pros camaradas!
-Ah amor, parabéns!
-Brigada... mas vai dizer, não era melhor surpresa?
-Humm, não, gosto de saber das coisas.
-Sérioo? Não diga!
-Ei, mas... a premiação é hoje.
-Eu sei, só vamos gravar os agradecimentos aqui no hotel mesmo e mandar.
-Nem acredito que ganhou que melhor música e melhor banda!
-Nós ganhamos. Você também ajudou muito.
-Sério? Mas vocês sempre burlam a dieta!
-Não estou falando nesse sentido. Desde que te conheci, minhas musicas saem mais que perfeitas, porque são inspiradas em você.
Sabe o que é ser a inspiração de uma vocalista de uma das bandas mais famosas do mundo? É eu também não sabia. Até agora.
-Você também me inspira, Bill. Me inspira a viver.
Ele ficou sério, e tocou na cicatriz que eu tinha na testa.
-Por quanto tempo ainda vou te inspirar? –perguntou.
-Por toda a eternidade. Mesmo quando eu não estiver mais aqui, eu vou continuar viva, se você ainda for capaz de se lembrar de mim. – Um risco vincou sua pele, como se aquelas palavras fossem cortantes pra ele.
-Estou... preocupado com você.
-Porque? – a voz falhou.
-GLÓRIA! – Abriram a porta com tudo.
-Gee? O que houve?!
-Eu e a Danny perdemos os gêmeos!
-COMO?! – Eu e Bill dissemos.
-E-eu não sei! Eles não estavam no berço quando acordamos.
-Calma, nós vamos achá-los – disse, enquanto vestia o roupão de qualquer jeito.
-Eles não podem ter ido longe, né?
-Não sei Bill! E se alguém levou eles?!
“Por favor, Deus, não” pensei.
Gustav e Lana já haviam descido na recepção para perguntar, eu estava indo atrás deles, já que não haviam pensado no fato que não falavam japonês. Foi quando escutei Danny.
-Oh, Tom! Está querendo me deixar louca?! – Fui até lá, e respirei aliviada quando vi Georg pegando os filhos no colo.
-Oh meu Deus! Vocês estão bem, baixinhos? – Ele dizia, quase chorando.
-Papai! – os gêmeos falavam na maior felicidade.
-Danny – Tom começou – antes que você comece a me bater e bater na Cris saiba que foram seus filhos que conseguiram sair do berço, abriram a porta e vieram aqui, eu acordei com o Júnior em cima de mim e a Laura depenando minha galinha.
-E ele me ligou para vermos... Barney em japonês – disse Cris, em defesa.
-Marido amado?
-Fala, amor.
-Você... pelo jeito... não travou o berço, nem trancou a porta como eu te pedi ontem à noite, não é?!
-Dannnyzinha, fica calma...
-CALMA?!
-Eu me esqueci!
-Eu acordei tendo o maior susto da minha vida e você me pede pra ter calma, Georg Moritz Hagen Listing?!
-Tá ferrado... – Tom sussurrou.
-Danny, foi sem querer!
-Georg! Só vou falar uma única vez... vai dormir no sofá por três meses no mínimo!
-QUE?!
Ela pegou os filhos no colo, Tom e Cris passaram a rir, mesmo tentando prender o riso.
-Você me paga, cabelo de cobra!
-Há, que meda do chapinha que é mandado pela esposa baixinha e enfezadinha!
Georg só não bateu nele porque teve de correr atrás da esposa.
-Fiquem aí, vou lá chamar os Schäfer – disse.
Não os achei na recepção do hotel, e sim sentados no bar. Delana tomava um copo d’água, e Gustav estava com cara de preocupado, prendendo o cabelo dela.
-Lana? O que houve com você?
-Eu... acabei ficando muito nervosa com o sumiço deles... fiquei com pressão baixa.
-Não precisa se preocupar, eles estavam no quarto do Tom.
-Sério?
-Graças à Deus! – disse Gustav – Glória, acha que pode examiná-la?
-Claro, deixa comigo. Acha que pode voltar lá pra cima?
-Posso. E eu consigo andar, amor.
-Tem certeza?
-Tenho, só foi uma queda de pressão.
Eu dei uma examina rápida para não deixar Gustav preocupado, estava tudo bem com ela, depois de um café da manhã reforçado, as tonturas passaram por completo.
Nós voltamos quase 10 horas da noite, depois de mais um dia cheio de ensaios e uma sessão de autógrafos que teve de ser estendida por mais uma hora pelo volume de fãs. Um já caía em cima do outro de sono.
-Ah, podem ir se arrumando agora! Vocês tem 10 minutos para estar no meu quarto, entenderam?
-Maninho, eu não creio que você ainda é gay a esse ponto de...
-CALADO! Não tem nada haver com isso. Somente se arrumem e estejam no meu quarto.
-O que seu maridinho está aprontando? – Cris me perguntou.
-Primeiro: ele tem 2 metros de altura, então é maridão!
-Aiai... até parece que é por causa da altura que você chama de mari...
-E segundo! É surpresa.
-Tá!
No nosso quarto, a câmera já estava instalada. Nathalie terminava a maquiagem de Bill, sentado na cama, com o longo pescoço esticado.
-Você vai os matar do coração.
-Eu sei, agora já sou rico, não preciso mais trabalhar!
-Ai que mauu!
-Prontinho chefinho. Glória, você é a próxima.
-Eu? Mas eu não vou aparecer, Nat.
-Ah se vai! Você, minha cunhada mara, Danny, Lana... só o cinegrafista que não vai aparecer! – Disse Bill.
-Você está falando sério?
-Óbvio! Agora deixa a Nat terminar porque ainda falta um povo pra maquiar.
O quarto ficou lotado com o número de pessoas ali. Os gêmeos estavam lindos combinando as roupas. Tivemos de mudar a cama de lugar, e colocar um sofá extenso no lugar, mas mesmo assim alguns sentaram no chão.
-Tá, agora explica o porque da pavonice –disse Tom.
-Galera... nós ganhamos!
-Tá brincando? – disse Gustav.
-Não!
-Os dois?!
-Exato, Georg! Mass... concentração. Antes de tudo, temos de gravar nosso agradecimento, afinal não dá pra ir pros Estados Unidos em tão pouco tempo.
Nós treinamos rapidinho, e convencemos Sebastiam a deixar a câmera no automático e aparecer na filmagem também. Bill começaria a falar.
-Olá, nós somos...
-A equipe Tokio Hotel! – Todos dissemos juntos.
-Nós temos que agradecer muito mesmo a vocês pelos prêmios de melhor música e melhor banda do ano. Eu não canso de dizer que somos muito sortudos em termos os melhores fãs do mundo! Muito obrigada por todo o empenho que fizeram, essa conquista também é de vocês! Bem, nós não estamos aí, e sim num hotel em Tóquio! – todo mundo riu de nossa piadinha particular – mas saibam que sempre vamos querer estar junto de vocês. Este é um momento muito especial pra cada um de nós, como podem ver, desta vez todo mundo apareceu! Mais uma vez obrigada! Nos vemos depois das nossas férias!
Todo mundo bateu palmas no final, e a vontade de dormir acabou por completo.
-Então... todos os sonhos realizados, senhora Kaulitz? – ele me disse, no meio de toda a agitação.
-Quase.
-Quase?
-É, amanhã você vai saber. Aliás, já está tudo pronto para torturarem o pobre do Gustav amanhã?
-Opa, tudo certinho!
-Só espero que ele nos perdoe no final...
-Ah vai sim! E vai gostar muito.
“Você nem imagina o quanto”