O que eu sempre quis foi você!

Cap. 24 – As coisas esquentam.

Mary

Acordei cedinho já sentindo enjôos. Tomei um banho e coloquei uma roupa simples pra ir pra escola. Bonn já estava lá em baixo tomando café.
- Bom dia. Disse me sentando.
- Bom dia. Disse nossa mãe. – Vamos vocês estão atrasadas.
Tomei o meu leite rapidamente, e peguei meu material, Bonn pegou o dela e assim seguimos rumo á escola.
Chegando lá, avistamos Bill e Tom sozinhos apenas encostados na enorme árvore.
- Oi amor. Disse Bonn beijando Bill.
- Oi minha gatinha. Disse Tom me abraçando e me dando um beijo caloroso.
- Oi amor. Disse ainda abraçadinha com ele. – Cadê as vaquinhas?
- Estão lá dentro. Disse Tom.
- Milagre, elas não estarem com vocês. Disse para Tom e Bill.
- É que já dissemos pra elas que a gente tava namorando com vocês. Disse Bill.
- E no mínimo elas largaram vocês... Disse Bonn um pouco chateada.
- Então vocês perderam toda a popularidade? Perguntei.
- Sim. Disse Bill.
- Desculpa meu Biscoitinho. Disse Bonn carinhosamente.
- Fiquem relaxadas. A gente perdeu a popularidade, mas, ganhamos uma coisa que não tem como explicar, ganhamos o amor, a paixão de vocês. Disse Tom.
- Que bom amor. Disse Bonn beijando Bill.
Fiz o mesmo processo com Tom, nós éramos os casais mais felizes daquela escola e nada e ninguém acabará com a nossa felicidade.
O sinal tocou e seguimos para dentro da escola. A primeira aula foi vaga, por causa do professor que faltou... Ficamos no pátio, um do lado do outro.
- Bonn, vamos ao banheiro comigo? Perguntei levantando.
- Sim.
Subimos uns pequenos lances de degraus até chegar ao banheiro. Enquanto eu usava o mesmo, Bonn ajeitava seu cabelo em frente ao espelho. Quando sai de dentro do banheiro, vi Charlenie já conversando não sei o que com a Bonn.
- Vamos Bonn. Disse já jogando uma indireta.
- Espera ai queridinha. Disse Charlenie me puxando pelo braço. Eu olhei pra mesma e ela me largou na hora. – Fiquei sabendo que você está namorando com o Tom... E que agora deu pra dar uma de modelo. Disse ela, me invejando.
- Se eu estou ou não com o Tom, isso não faz parte da tua vida vadia, e se eu estiver mesmo dando uma de modelo é por que eu tenho vocação pra isso! Disse me orgulhando.
- Falar tudo isso você pode, menos me chamar de vadia. Disse Charlenie ficando irritada.
- Ah queridinha... Vai ver se eu to batendo a cabeça na grade na outra esquina ta? Por que eu não to afim de ficar ouvindo sermões de quem não merece minha atenção. Disse pegando nos braços da Bonn e a levando até o corredor.
Saímos de dentro do banheiro e passamos pelo corredor, senti algo me impedindo e quando olhei para trás era novamente Charlenie, só que dessa vez eu estava em desvantagem. Eu estava de costas para os diversos degraus.
Charlenie me puxou pelo braço fortemente.
- Espera ai que eu ainda não terminei. Disse ela irritada.
- O que você quer ein? Já não esta cansada de levar patadas? Disse provocando-á.
- Você se acha muita coisa né? Você não é nem a minha metade.
- Claro que não, eu sou bem mais do que você. Pergunta pro Tom. Disse levantando uma sobrancelha.
- Cala a sua boca, ele já disse que me ama. Disse Charlenie equivocada.
- Ah. Ai você acordou? Disse tirando uma da cara dela.
Charlenie levantou sua mão para me bater, agi mais rápido segurando as duas mãos da mesma e lhe dando um tapão na cara. Ela me olhou com tanto ódio que eu dei um passo para trás, ajudando ela á me jogar a escada a baixo.
Desci rolando pelos degraus, bati minha cabeça várias vezes, fazendo-me desmaiar.
Ao final bati uma parte da minha barriga entre um pequeno espaço de cimento entre aberto.
Tom correu em minha direção e me colocou em cima de seu colo. Aos poucos, fui acordando e vendo tudo embaçado gaguejei alguma coisa.
- Tom...
- To aqui amor, eu estou com você.
- Eu não estou bem. Minha barriga está doendo demais. Disse colocando minha mão sobre minha barriga.
- Calma amor, a Bonn foi chamar alguma ambulância, já que eles chegam. Disse Tom me dando um beijo na testa.
- Eu não vou agüentar Tom, minha barriga está doendo demais. Disse chorando de dores.
Depois de alguns minutos ainda deitada no colo de Tom, a ambulância chegou. Tom e Bonn foram comigo.
Chegando lá, fui diretamente para a área de emergência, sendo atendida por um médico.

Tom.

Eu e Bonn estamos na área de espera, mais do que apreensivos.
- Bonn... Você tem que ligar pra sua mãe.
- É mesmo. Disse ela pegando o seu celular.
Enquanto Bonn conversa com sua mãe eu fui até a lanchonete pegar alguma coisa pra comer. Voltei com um lanche para Bonn que estava sentada no sofá.
- Toma isso aqui. Disse lhe entregando o lanche.
- Obrigada.
- Bonnie, me diz uma coisa... Como que a Mary caiu da escada?
- Na verdade ela não caiu... Bem, não sei se devo falar. Disse ela agoniada.
- Claro que você tem que falar. Mary é minha namorada e sua irmã, se ela não caiu sozinha eu tenho que fazer justiça.
- Está bem. Disse ela respirando fundo. – A Charlenie empurrou ela!
- A Charlenie fez o que? Disse irritado. – Como que ela pode fazer isso?
Bonn começou a me explicar a história desde o banheiro. Ela contou detalhe por detalhe da briguinha que ambas provocaram. Não acredito que a Charlenie pode fazer isso com a minha Mary. Coitada dela se algo acontecer com a minha namorada.
- Aquela vaca me paga se acontecer alguma coisa com a Mary.
Nesse mesmo instante, o médico que estava medicando a Mary me chamou para a sua sala.
- Senhor Kaulitz? Disse ele sentado.
- Sim.
- Tenho uma noticia pra você...
Respirei fundo e fiquei atento ao que o médico iria dizer...

Tom

Sentei em uma cadeira que ficava de frente para o médico. Enquanto ele revia uns papéis em sua mesa, eu estava apreensivo.
- Senhor Kaulitz, sua mulher encontra-se bem nesse momento, somente um dos seus filhos morreu. Disse o médico.
- Calma... Acho que o senhor está me confundindo. A minha namorada encontra-se no quarto 20 e o nome dela é Mariane. Disse tentando acabar com a confusão.
- Ah. Desculpa, pensei que ela era sua mulher. Voltando, sua namorada encontra-se em ótimo estado, somente um de seus filhos que morreu.
- Filhos? Disse espantado. – Ela estava grávida? Perguntei assustado.
- Oras. Você ainda não sabia? Sua namorada estava grávida de gêmeos.
- GEMEOS? Perguntei fazendo essa careta > O.o
- Sim, mas, ao cair com a barriga sobre aquele entreaberto de cimento na escola ela fraturou o útero, perdendo um dos bebês.
- Mas, como ela pode perder apenas um bebê? Perguntei desentendido.
- É que um dos bebes estava sendo gerado entre a ligação do ovário e o útero, por isso que um dos bebes não foi atingido.
- Entendi. Então quer dizer que ela perdeu o que estava no útero? Disse com os olhos cheios de lágrimas.
- Exatamente. Disse o médico calmo.
- E já deram essa noticia pra ela?
- Sim. Ela quer falar com você.
- Obrigada.
Sai da sala cabisbaixo, Mary estava grávida e ninguém sabia. Acabamos por descobrir pela pior maneira possível.
Entrei no quarto e vi Mary tomando soro e chorando feito louca.
- Amor. Disse calmo, chegando perto da mesma.
- Tom. Disse ela chorosa. – Eu estava grávida e não sabia e acabei perdendo um...
- Eu fiquei sabendo amor. Mas, não fica assim. Disse lhe dando um beijo na testa. – O importante é que ainda vamos ter um que está ai dentro, sadio como a mãe e o pai. Disse passando a mão na barriga da mesma.
- Agora vai ser complicado... Minha mãe não vai gostar muito da idéia de ser avó.
- É. Mas, eu vou estar do seu lado e eu vou ajudar você a criar essa coisinha que está ai dentro. Disse brincando com a barriga dela. – E a Charlenie, terá o que ela merece.
- O que vai fazer?
- Relaxa não se preocupada com ela... O importante é você!
- Está bem...
- Sua mãe já deve ter chego... Vou avisar ela sobre o que aconteceu.
- Cara, que medo.
- Eu vou tentar a fazer entender.
- ok.
Sai do quarto e segui novamente para a sala de espera, onde encontrei Bonn e a mãe dela sentadas no sofá.
- Oi. Disse educado.
- Cadê a minha filha? Perguntava ela, desesperada.
- Calma... Ela está bem, não aconteceu nada demais com ela.
- Que bom meu Deus. Dizia ela aliviada.
- Só um pequeno probleminha...
- O que? Perguntaram Bonn e a mãe ao mesmo tempo.
- Ela estava grávida e perdeu o bebê.
- Minha filha estava grávida?O.o
- A Mary estava grávida? O.o
- É. Ela estava grávida.
- Misericórdia!
- Misericórdia. Disse Bonn.
- E o que aconteceu com o bebe?
- O que aconteceu com o bebê? Perguntava Bonn sempre à mesma coisa que sua mãe.
- Ele morreu, por ser atingido. Disse tristonho.
- Ele morreu? O.o
- Ele morreu?
- Bonnie, para de perguntar a mesma coisa que a sua mãe. Por favor! Disse irritado.
- Parei. Disse ela chorosa.
- Continua. Disse a minha sogra me dando liberdade.
- Só que nem tudo está perdido... Ela estava grávida de Gêmeos.
- De GEMEOS? Disse ela fazendo o numero dois com os dedos.
- De gêmeos? Repetiu Bonn.
- É sim.
- Ai meu Deus!
- Dois votos.
- Acho melhor você ir falar com o médico, ele pode explicar melhor...
- Está bem. Disse ela saindo, me deixando com Bonn.
Ela seguiu em direção á sala do médico. Bonn entrou no quarto para ver como Mary estava se sentindo.
Resolvi ligar para Bill e lhe dar toda a noticia.
Ele ficou arrasado com tudo que aconteceu, assim como todos nós. O médico disse que Mary teria de ficar mais uma semana por lá, pra ver se tudo correria muito bem com o nosso bebê e para que ele abortasse o outro.
Nunca imaginei que ficaria sabendo que seria pai de um modo tão bruto e horrível, apesar de não ter chegado á acompanhar a gravidez de um, juro que é como se já faltasse uma parte de mim que nunca poderá ser preenchida por nenhum outro filho...
Resolvi ir para casa e descansar um pouco já que ficaria com Mary a noite inteirinha.

*Na Espanha*

Marvin.

Depois que Bonn foi embora, meu coração nunca foi feliz como antes. Não por que eu a perdi para outro cara, mas, sim por que ela que trazia alegria para essa casa...
Faz dois meses que ela se foi e eu estou na mesma. Minha mãe já trouxe várias meninas pra ver se alguma me agradaria... Mas, nenhuma por enquanto.
- Filho. Disse ela me chamando.
- Oi mãe? Disse do meu quarto.
- Vem aqui em baixo fazendo favor!
Ajeitei-me e fui ver o que minha mãe queria dessa vez.
- Fala mãe... Disse na escada.
- Filho quero te apresentar uma amiguinha. Disse minha mãe sorrindo.
“Ai! Lá vem ela com mais meninas pra minha vida. Será que ela não entende que eu não... Que eu quero essa!” Pensei ao ver a menina parada na minha frente.
- Oi. Disse educado, a cumprimentando na bochecha.
- Olá. Disse ela sorrindo largamente. Um sorriso perfeito, o segundo melhor sorriso que eu já vi.
- Vou deixar vocês á vontade! Disse minha mãe nos deixando sozinhos na sala.
- Ta bom mãe. Disse calmo.
Enquanto ela estava na cozinha no mínimo fazendo algum lanche pra gente, eu estava a prestar atenção nessa garota... Ela é simplesmente linda. Coisa Maravilhosa! Ficamos conversando a tarde inteira, da onde saiu tanto papo? É, nem eu sei, só sei que amei ter passado essas cinco primeiras horas com ela.