Last Chance - e se o apocalipse já fosse pra ter acontecido?

Tomorrow^^

Capitulo 1 - Bela Vida

Iria ser legal se as pessoas me dessem créditos pelo que eu fiz, além do mais eu salvei várias vidas, mais ninguém acredita na minha palavra, ninguém. Acham que eu sou uma velha mentirosa, eu não sou velha tenho 66 anos. E eu tenho testemunhas uma eterna amiga, e um eterno amor. Pergunte á eles, eram testemunhas nós todos conseguimos conceber a humanidade mais 100 anos, agora só restam 49 anos para vocês se converterem para os bem, nós já estamos salvos, eternamente. Vou parar de falara e contar em todos os detalhes, cada palavra como aconteceu, como nós adiamos o apocalipse.

“Era inverno de 1958, eu tinha apenas 15 anos, o meu dia era como todos, naquela velha casa de madeira sem cor, ainda me lembro, meu quarto era quentinho, pois o fogão a lenha ficava encostado na parede, em que a cozinha tinha em comum ao meu quarto, e nos dias frios, eu encostava minha cama na parede, e então, ela ficava mais quente. Eu tinha que levantar cedo, 5 horas da manhã, tinha uma longa jornada até a escola, andava duas horas até chegar lá, com apenas um casaco e de chinelo de dedo, andava até lá desviando das posas de água, e tremendo de frio. Levava os livros na mão mesmo. Chegava ao colégio com os dedos dos pés roxos pelo frio, e ainda já como nunca fui inteligente, os professores davam réguadas nos alunos que não tiravam notas boas nos testes. Não tinha amigos, apenas a Amanda, e também nunca tive namorado, os meninos preferiam as meninas que tinham alguma espécie de sapato, ou tênis, era oquê importava naquela época, mais só podiam usufruir dessas “mordomias” era as filhas dos grandes fazendeiros da região.

O meu pai tinha apenas uma pequena plantação, que era para a nossa família, só para nos sustentar. Ele conseguia um pouco de dinheiro às vezes, quando alguém alugava uma pequena faixa de terra que ele tinha na cidade, minha avó tinha deixado de herança antes de morrer, mais na época ninguém tinha a alugado, eu fiz a proposta de mudarmos pra lá, mais papai não tinha dinheiro para construir uma casa, ou um barraco, para nós morarmos lá. O jeito era se contentar em morar ali no meio do mato, com os patos, que eu amava tanto, cuidava e alimentava com todo o carinho, mais eu tinha que os matar para o sustento da minha família.

E nesse ritmo de vida que eu segui por toda minha infância e adolescência. Eu não detestava, mais também não era assim que eu queria terminar minha história.

Chovia bastante aquele dia, acordei cedo para ir pra escola, tomei café de manhã cedo e logo parti para a minha longa caminhada até o colégio, que ia ser embaixo de chuva, já que eu não tinha guarda-chuva, mais sem problemas, porque naquele dia foi que aconteceu... Ou que eu conheci.