CAPITULO 12- ACHEI QUE NUNCA FOSSE TE ENCONTRAR
Bill Consegui pela porta da cozinha sair de dentro da casa, sabia que São Miguel Arcanjo iria ajudar meu irmão....Agora estava mais preocupado com Annie. Corri pelo arredor da casa toda e quando cheguei em um ponto me assustei profundamente....Me sentindo culpado pelo que estava vendo. Gustav mordo ali sem a cabeça, bem com a cabeça longe de seu corpo...Deus...Isso não devia ter acontecido, eu nunca devia ter parado nesse lugar.
Mais o que mais me chamou a atenção foi ouvir um bater...Ouvi um coração batendo fraco...Algo que estava perdendo a vida...
"Bill....Por favor!" uma voz feminina vinha no meu ouvido...E o bater do seu coração me chama por socorro...Cada vez mais agoniado e mais fraco...
- Annie!- segui seus batimentos e parei em um ponto, onde a terra estava fofa, escura...Parecia que alguém mexeu ali...- espera...- falei para mim mesmo, não pode ser?! Annie....Enterrada ....viva?!
- ANNIE!!!!!!!!!!!!!!- Dei um soco forte na terra, fazendo voar...Parecendo uma bomba quando ela cai na terra, senti meus punhos cada vez mais rápidos e fortes, conforme eu dava soco na terra sentia minha pele ser machucada, saia um pouco de sangue....Até que senti algo duro e vi que estava quase perto do caixão. Continuei dando socos até cavar tudo...De repente apareceu o caixão todo sujo...Segurei na tampa e com dificuldade tirei-o...Ela estava ali, meio suja pela terra, com os olhos fechados e molhados de tanto chorar, de tanto pedir ajuda.
Me equilibrei e peguei-a no colo, caminhando com dificuldade pela terra estar fofa, até sair daquele buraco. Quando sai dali, coloquei-a um pouco no chão, me ajoelhando por cima dela, ainda no meu colo.
Ela abriu os olhos de vagar...Olhou para mim...
- Bill...- disse, sua voz estava cansada, seu corpo estava tremendo nas minhas mãos- achei que fosse morrer.
- nunca- encostei minha testa na dela- eu jamais permitira isso.
- eu achei...Que nunca mais fosse te ver...- ela disse baixinho.
- eu jamais...Jamais iria te deixar- respondi tocando-a nos lábios com o meu.
Ela me beijou levemente...Voltou a me olhar...Bom achei que estava me olhando, porém olhava as minhas asas que estavam abertas. Me levantei e ajudei-a a se levantar. Com dificuldade ficou em pé, por sorte eu estava segurando sua cintura com força. Ela levou suas mãos até a ponta das minhas asas e tocou. Senti um arrepio forte e suspirei...
- são...lindas- me respondeu aninhando no meu pescoço com uma das mãos ainda tocando em mim.
Não disse nada...Apenas abracei-a com força, soltando uma pequena lágrima quente no seu pescoço. Não tinha o que dizer, apenas que mesmo conhecendo-a de uma forma estranha, eu me apaixonei por ela.
- temos que salvar os outros também- respondi tocando seu rosto mais uma vez, olhando agora para seus olhos castanhos-esverdeados.
Ela acenou e me deu a mão, ali eu tive certeza...Poderia me decepcionar com ela algumas vezes mais...Ela ainda ia continuar me amando.
Lá dentro ( Tom)
Pela primeira vez eu não estava com medo...Claro estava atento mais o medo tinha sumido...Andando por um corredor que ainda não tinha andado senti uma mão pousar no meu ombro. Parei e assustei no começo...Olhei pelo canto dos olhos...Não tinha nenhuma mão ali. Estranho...mesmo não tendo nada ainda senti que alguém me acompanhava, nessa hora lembrei de Bill...Com toda certeza ele tinha pedido para alguém me acompanhar. Dei um sorriso de leve e continuei caminhando...Só parei em uma porta onde tinha um banheiro de azulejos brancos e uma unica banheira...Entrei e me aproximei...Vi algo que nunca tinha visto na vida...
- agora sei porque eu nunca te achei- disse com lágrimas nos olhos. Ria estava amarrada, pendurada pelas mãos e pelas pernas...Com o pescoço cortado, saindo sangue...Estava em cima da banheira, seu sangue, a maior parte, estava dentro da banheira como se ela fosse um chuveiro.
Comecei a dar passos para trás...Cada vez mais fortes e assim comecei a correr cada vez mais...Olhando sempre pra trás para ver se ninguém me seguia...Sem perceber bati a cara em alguma coisa que estava na minha frente. Cai no chão de bunda e coloquei a mão direita na cabeça.
- au! doeu...- balancei a cabeça e olhei para ver o que era...Kate estava amarrada como um pendulo na parede, no meio do corredor...Estava presa naqueles trecos de ferro que prendem carne no frigorifico.- ai meu Deus...Meu Deus!
Me levantei rápido, passando por ela e corri até chegar nas escadas onde desci rapidamente, fazendo com que nos últimos degraus cair e dar de cara no chão.