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| My diary for you. | |
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Autor | Mensagem |
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Convidad Convidado
| Assunto: Re: My diary for you. Seg Out 17, 2011 8:40 pm | |
| Ŧ My diary for you. Décimo primeiro capitulo. A realidade. Continuação do Flash Back. – Lamento – o médico dissera aos familiares e acompanhantes. – Ele não suportou a cirurgia. – Está morto? – perguntou Merry ao choro e o médico lhe abraçou fortemente apanhando-a em seus braços cuja roupa estava manchada de sangue. – Ele não está morto! – gritei ao meio de um longo desespero e meus olhos esbugalharam e o nervoso me tomou o corpo. – Não está morto! – Acalme-se – disse o médico afastando Merry e tocando-me os braços e então eu o pressionei contra a parede apertando-lhe o pescoço. – Diga o que fez com ele – disse ao médico que continuava á depender de mim para a sua própria sobrevivência, bastava aperta-lhe mais á garganta e estaria feito. – Diga, o que fez com ele? Diga agora! – Fizemos tudo que podíamos – respondeu ele e seus olhos imploraram aos meus para que o soltasse, e dessa forma minhas mãos tomaram espaço o soltando, logo ao pedir desculpas muitas pessoas se aproximaram, funcionários e médicos estavam ao meu redor para que se caso eu atacasse novamente alguém no hospital, tomassem providências me impedindo. – Vá para a sua casa – disse-me o médico que eu agredira. – Vá e tenha boas lembranças. Merry abraçou-me e ficou a conversar com o médico que parecera lhe dar mais algumas notícias enquanto eu já caminhara para a saída do hospital. Não demorou a voltar, ela limpara suas lágrimas com um lenço branco e ao ver-me pensativo, aproximou-se depositando as mãos sobre meu ombro. – Ele se foi – disse-me e virei-me de frente para ela. – O médico contou-me que antes de ir, ele fechou os olhos, seus lábios tremeram e ele disse que poderia ver, poderia ver todos aqueles que amava, mas sua ultima palavra foi que ele poderia vê-lo sorrir, poderia ver Tom Kaulitz á sorrir. Não respondi, não encontrara as palavras certas e nem o caminho, não poderia dizer nada, foi como se meu mundo houvesse sido destruído e de fato foi, nada mais restou em meu coração, Bill havia levado tudo, exatamente tudo com ele. – Vamos, temos que cuidar dos preparativos do funeral – disse-me Merry e então saímos por ruas, ruas distantes que me traziam dor e tristeza, me traziam tudo o que eu não queria lembrar. Fim do Flash Back. Balancei-me a cabeça como se estivesse a fim de expulsar algo de meus pensamentos e de fato essa era minha vontade, agora tudo retornava á tona, eu estava a relembrar de tudo, tudo se encaixava agora, minhas lembranças e recordações estavam solucionadas e meu coração agora sofrera um dor tão forte como a da primeira vez, eu estava a passar por tudo novamente, estava a sangrar e a morrer mais uma vez. – Tom Kaulitz, por favor, levante-se – disse Foster ao entrar no quarto e então levantei-me com um pouco de dificuldade e segui-o até uma sala onde estara Merry sentada á uma poltrona, logo percebi que era outra consulta, sentei-me ao lado dela como de costume e encontrei sua expressão preocupada. – Como está, meu Senhor? – perguntou-me ela e enquanto minhas lembranças retornavam á mente eu não poderia deixar-me de me concentrar na realidade, infelizmente não respondi Merry. – Bom – começou o doutor após um longo silêncio–; Kaulitz, já sabe me responder em que ano estamos? – Estamos em 2049, cinco anos após a morte de Bill Kaulitz – respondi seriamente enquanto minhas mãos sustentavam o queixo. – Estou sendo tratado á cinco anos e ao meio desse período ouve um erro e perderam dois anos tentando fazer com que eu me recuperasse, agora faz exatamente três anos que estou em tratamento psicológico e esperam que eu supere o trauma da perda de meu irmão. Tenho sessenta anos de idade e meu nome é Tom Kaulitz. Foster levantou-se de sua poltrona e colocou-se á frente da mesa aplaudindo-me e então ao meu lado pude ouvir Merry á chorar, suas mãos cobriam seu rosto e consegui notar a felicidade em ambos á minha frente. Tentei sorrir, mas minhas más recordações não suportaram fingir-se felizes, molhei-me os lábios secos e despedi-me de Foster, logo estara á voltar para casa e talvez recuperado. Ao caminho os pensamentos me acompanhavam, a cada passo uma peça, a cada peça uma lembrança que se retornava ao seu lugar, e contudo a realidade estara á minha frente, ela era amarga e dolorida, era triste como um dia sem sol ou chuva. Mas era a realidade. Ŧ Obrigada por estarem lendo. |
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| Assunto: Re: My diary for you. Seg Out 17, 2011 8:45 pm | |
| Eu estou chorando sem parar,menina! Mas continua,eu preciso de pelo menos um pequeno final feliz! |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: My diary for you. Seg Out 17, 2011 8:48 pm | |
| Ŧ My diary for you. Décimo segundo capitulo. Sohn. A manhã chegou rápida e eu pude sentir o dia alegrar-me, levantei-me de uma noite comum, sem pesadelos, sem sonhos e vazia. Á cozinha estava Merry como de costume, e de maneira costumeira tomei-me os remédios que de algum modo eu precisaria por indicações de Foster, logo em seguida tomei-me o café da manhã e dirigi-me ao meu quarto, me parecia estranho a nova maneira de ver o mundo, só estava preocupado se Merry entenderia o silêncio que eu mantia desde ontem. Entrei-me em meu pequeno quarto e como se não houvesse o que fazer, repousei-me o olhar sobre a janela, fiquei ali a pensar e a refletir por alguns minutos e desconcentrei-me quando ouvi um barulho leve e suave como a de uma folha que cai de alguma árvore, virei-me e á frente de meus olhos estava um folha de caderno, parecia-me que havia entrado pela janela ou algo parecido, apanhei-a em minhas mãos, suas linhas estavam brancas e esperavam para serem usadas, assim interpretei, então por modo espontâneo sentei-me á mesa de meu quarto, em minhas mãos uma caneta escorregou entre meus dedos e coisas passaram por minha mente. Diário - 01/09/2049 “Hoje é meu aniversário. Esta é a primeira coisa que vêm em minha mente, hoje completo exatamente sessenta anos e tento sorrir como se isto me deixasse feliz. De certo estou, sessenta anos é uma idade avançada e sinto orgulho de minha aparência velha e de minha pele enrugada, talvez isso não atraia ninguém, mas acredito que eu já não precise de mais ninguém, você era a única pessoa que eu gostaria que estivesse aqui, a única pessoa que eu gostaria que estivesse aqui ao meu lado. Agora vejo-me um completo imbecil e solitário, estou aqui sentado, sem nada a fazer, as comemorações todos deixamos de lado, e quando me refiro á todos, falo apenas por mim e Merry, felizmente ainda a tenho, se assim posso dizer. Mas, contudo não é bem isso que quero escrever, na verdade não sei o que quero escrever, estou tão desapontado comigo mesmo, estou tão aborrecido por minhas ações e envergonhado por todas as coisas pela qual fiz os outros passarem, a pobre Merry que sempre nos serviu, tão de idade como eu ficou vezes á fingir que você estara aqui conosco apenas para isto encaixar-se á minha cabeça. Não deve de ter sido fácil para ela. Afinal, não foi fácil para ninguém”.– Lamento por interromper – disse-me Merry ao entrar no quarto. – Mas gostaria que viesse até á cozinha. Levantei-me da mesa e guardei a folha que acabara de dar linhas á gaveta da escrivaninha, dirigi-me á cozinha e me surpreendi ao ver que a cozinha estava enfeitada com alguns balões e que na pequena mesa havia um belo bolo que aparentemente eu diria ser de chocolate. Sorri e uma feição clara e espontânea apareceu-me na face, e com um breve sorriso seguido de um “Parabéns para você” cantado por Merry e Foster, fiquei á sorrir mais ainda. – Tenho um presente para você – disse-me Foster sorrindo após finalizar um “Viva” á mim. – Acho que irá gostar do meu presente. – Tom, feche os olhos – disse Merry tampando-me os olhos com as mãos e então pude ouvir Foster se aproximando, ouvi um barulho estranho como o de um animal coçando-se e de repente Merry tirou suas mãos de meus olhos e eu olhei para o chão, ali estava um belo cãozinho, sugeri que sua raça era dobermann, minha raça preferida de cães e isso com certeza Foster sabia já que eu próprio tivera um cão chamado Scotty, mas isso já fazera muito tempo, eu não gostara nem de lembrar por conta do amor que eu tive por meu fiel amigo. – Gostou dele? – perguntou Foster abaixando-se e acariciando o pequeno cãozinho. – Ele é um legitimo dobermann. – Sim, eu o adorei e digo-lhe, muito obrigado – disse á ele e peguei o pequeno cão no colo, ele me olhara de maneira doce, parecia se acalmar enquanto estava em meus braços, seu pelo macio e rasteiro passava entre meus dedos e lembrei-me de Scotty, á muito tempo atrás eu vivia á fazê-lo carinho e sentir esta transmissão de amor novamente, para mim, é maravilhoso. – Seu nome será Sohn – disse olhando para o cão que parecia-me entender. – Sohn, que significa filho em alemão. Merry sorriu quando o pequeno cão latiu, ela se aproximou novamente de mim beijando-me o rosto e como se fosse me surpreender estendeu as mãos puxando-me para um canto na cozinha, ela então de algum lugar escondido retirou o que mais me parecia um instrumento grande e preciso. – Isto é para você – entregou-me uma guitarra sem embrulho e ao deixar o pequeno Sohn ao chão toquei no instrumento levemente com as mãos e como se sentisse medo recuei os dedos para dentro dos bolsos de minha camisa. Merry olhou-me como se estivesse á se lamentar e talvez ela não entendera o motivo pelo qual a guitarra me trazera más recordações. – Não é uma guitarra nova – disse Merry olhando para o instrumento. – Mas foi o que eu consegui comprar, eu lamento se ela não o agradou. – Houve épocas em que tudo me agradava – disse-lhe seriamente e então como se uma mudança de humor alterasse completamente o clima de festa, dirigi-me ao meu quarto e Sohn me acompanhou, enquanto Foster ajeitara o casaco para ir embora. Ŧ E uma pergunta, a fic está confusa? S: |
| | | Convidado Convidado
| Assunto: Re: My diary for you. Seg Out 17, 2011 8:54 pm | |
| Nao Liebe,esta linda e muuuuito triste,mas eu estou gostando! Continua! |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: My diary for you. Seg Out 17, 2011 8:56 pm | |
| Ŧ My diary for you. Décimo terceiro capitulo. Seu túmulo. Diário - 02/09/2049 “ Acordei-me por dias corridos. Ontem ganhei uma pequena festa de aniversário, sinceramente gostei da surpresa, mas ao mesmo tempo senti-me mal por ter recusado o presente de Merry, ela deveria ter se esforçado para comprá-lo para mim e recusar não foi a melhor opção. Mas devo confessar, fiquei á pensar nisso a noite inteira, quando toquei na guitarra foi como se algo voltasse, tão forte como se uma onda caísse sobre meu corpo e trouxesse lembranças pela maré, acho que você entende o que quero lhe dizer. No entanto, eu não o escuto, minha audição se prende á Sohn que agora está deitado á meus pés quase como se estivesse roncando á moda dos cães, ele é tão pequeno e frágil assim como Scotty, lembra-se dele? Aposto que sim, adorava levá-lo para passear enquanto eu me preocupara com sua saúde. Mas, esses tempos são outros, esses tempos são o passado e agora apesar de sempre reviver isto em minha mente, prefiro não tocar muito ao assunto. Gostaria de ter mais feitos á executar, queria que o trabalho chamasse-me, é tedioso ficar aqui sentado á observar o tempo correr, é tedioso sem você.”Levantei-me pensativamente enquanto o olhar repousava á janela, o novo dia estara á minha frente e aos meus pés Sohn ficava á passar a fim de chamar minha atenção. Ao olhá-lo, sorri e guardei a folha que escrevera, dentro de um bolso de minha velha jaqueta preta. – Aposto que está com fome – disse á ele e como se respondesse um “sim” ficou á abanar a pequena calda. – E então, que tal comer um pouco? Na cozinha Merry estava á preparar algum tipo de refeição costumeira, quando a vi pensei em pedir desculpas, ou simplesmente tentar algumas palavras, mas no momento em que ela me olhou, todos meus pensamentos fugiram, como peixes fogem de uma isca espelhada. – Precisa de algo? – perguntou ela calmamente e a única coisa que consegui fazer foi olhar para Sohn que agitava-se diante dos meus pés. – Há algo para ele comer? – perguntei á Merry. – Ração? Alguma coisa? – Não, eu não me encarreguei disto – respondeu ela sorrindo e remexendo os bolsos do avental estendeu-me a mão. – Mas se quiser, saia para comprar. – Deixaria um louco sair ás ruas? – perguntei devolvendo-lhe um sorriso. – Não, mas não há nenhum louco aqui – disse ela ao sorrir novamente e oferecendo-me uma pequena quantia em dinheiro despediu-se de mim. Sai de casa e Sohn acompanhou-me pela coleira, de alguma forma foi como se Merry houvesse me desculpado, seus sorrisos de manhã me traziam felicidade, eu adorava sua maneira de agir diante das situações e agora ao caminho, me sentia aliviado como se um grande fardo que eu estara á carregar fosse arremessado ao chão. – Temos muita sorte de ter Merry conosco – disse á Sohn enquanto caminhava. – Não sei se é sorte, talvez não seja, mas Bill falaria deste modo. Continuei a andar e em minha face um sorriso se estampava, meus olhos se alegravam em finalmente se normalizar ao mundo, bem ali á minha frente o pet shop estava aberto, eram coisas básicas como comprar uma ração que me entusiasmava, eu sei que parece uma besteira, mas ás vezes são as pequenas coisas que lhe fazem se sentir bem. Após comprar mantimentos para Sohn, fiz-me questão de passear com ele, eu estava á admira-lo tanto por ser um cão, gostaria de estar ao lugar dele, andar sobre quatro patas e não se preocupar com o mundo parecia ser superficial aos meus olhos. – Tente caminhar como os outros cães – disse ao cão que por conta da curiosidade estava á puxar a coleira não fazendo-me nem um pouco de esforço, Sohn era tão pequeno que sua força para correr entre o capim não resultava em nenhum passo, eu ri dele e percebi que ele gostaria muito de sair desfreiadamente por ai sem que houvesse um condutor para limitar seus passos. – Vá, corra e não tropece – disse soltando Sohn da coleira, pude vê-lo correndo no mesmo instante, ele corria sobre a grama ao lado da calçada onde eu estava e como se quisesse chamar-me á algo começou a latir e a andar em círculos, eu então só fiquei parado á sua frente, ao meu piscar de olhos o pequeno cão correu entre as ruas e se distanciou, parou por um instante e olhou-me de maneira arisca quando já estava do outro lado da calçada. – Volte aqui! – disse-lhe e Sohn correu ainda mais, eu que o tratava como uma criança, me senti culpado por ter-lhe tirado a coleira, ele era tão frágil que mesmo uma bicicleta poderia assustá-lo ou causar algum acidente, o que era bem comum no local em que estávamos, pois veículos de todos os tamanhos circulavam entre as ruas estreitas, então resolvi correr atrás dele quando os semáforos da cidade ficaram vermelhos para os carros. – Sohn! Sohn! Pare! – eu gritava enquanto corria atrás daquele belo cãozinho que agora me cansava. Quando reparei á minha volta, encontrei-me á frente do cemitério da cidade, meus olhos sujeitos á preocupação fizeram-me prender á o lugar, recordei-me que era ali que Bill havia sido enterrado, e recordei-me que Sohn ainda estava a correr, mas agora, para dentro do cemitério. – Sohn! – o chamei, mas minha voz não chegou aos seus ouvidos, ele mal sabia seu nome e isso me deixava preocupado, á tantos anos eu não era responsável por nada, e agora, davam-me algo e eu o perdia, eu o deixava ir. Fiquei um tempo ali á pensar e a olhar para os lados, túmulos me cercavam e recordações vinham á minha cabeça. Eu sempre acreditei que nada era por acaso, e até mesmo ao fim de minha vida, eu mantinha essa teoria. – Por quê? – eu perguntei a mim mesmo enquanto meus olhos corriam entre os túmulos á procura de Sohn. “Eu não deveria estar aqui... Não deveria... Tudo pode falhar...” Esses pensamentos me atordoavam, e eu passei á ter duvidas, eu estava realmente curado? Você está todo o tempo comigo, eu sei disso, mas agora, é real aqui, estou onde seu corpo jaz. Por um instante vi-me parado e sobre meu casaco velho, minhas mãos prendiam-se, fazendo-se trêmulas e agressivas. Minha mente parecia estar totalmente bagunçada agora, era como se eu levara um choque, e novamente vi-me fraco diante de si. Corri desesperadamente, corri e ao meu redor, as árvores negras farfalhavam o seu nome, como um louco parei quando encontrei Sohn ao lado de seu túmulo. – Não pode ser! – gritei desesperado e Sohn aproximou-se de mim, ele parecia feliz enquanto meus olhos molhavam-me á fronte. Ali mesmo, sentei-me ao chão e Sohn limpou-me a face como qualquer cão faria com seu dono. Ŧ Esse é o penúltimo capítulo da fic, alguém sugere o que irá acontecer? |
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| Assunto: Re: My diary for you. Ter Out 18, 2011 7:06 am | |
| penúltimo, já ? nem teu tempo teu curti a fic.. ): continue. | |
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| Assunto: Re: My diary for you. Ter Out 18, 2011 11:58 am | |
| Ŧ My diary for you. Décimo quarto capitulo. Meu diário para você. Eu sempre admirara o sol, mas não quando este me acordava com tal intensidade, levantei-me assustado e olhei ao meu redor, árvores fechavam-me e apenas o sol era possível de se ver, ali havia túmulos e logo percebi que meu pesadelo era real. Eu havia dormido no cemitério. Olhei para baixo enquanto minhas mãos preocupadas esfregavam contra meus olhos, eu não poderia acreditar, e agora, o que Merry iria pensar? Dormir em um cemitério? Com certeza, ela havia deixado um louco sair de casa. Aos poucos fui afastando-me com dificuldade de seu túmulo, não porque isso era dificultoso, era, mas o motivo principal era minha falta de agilidade, a idade já me dominara antes mesmo de meus pensamentos em relação á você. Mas Bill estara ali, e seu pó se concretizava em minha mente, resolvi ir embora, o mais rápido possível, não queria sentir a dor novamente, não queria ver as rosas brancas de seu túmulo. Caminhei pela pequena estrada que passava entre as árvores até o imenso portão do cemitério, e quando olhei para trás para lhe dizer um ultimo adeus em pensamento, Sohn estava á tropeçar sobre suas próprias patas, apanhei-o no colo e continuei à caminhar. – Obrigado Sohn – disse ao cão que se acalmava em meus braços. – Muito obrigado por trazer-me aqui. Eu não sabia bem o que dizer, mas de certa forma, eu estava sendo irônico, entretanto, sai com ele nos braços à procura de nosso lar. O céu fechava-se atrás de nós e as mesmas nuvens escuras e rubrosas me colocaram medo, isso fez-me correr entre a rua, de fato, eu estara cansado após poucos minutos de corrida com Sohn ao colo, meus anos se viam-me sobre os olhos e eu pude perceber minha respiração ofegante ao parar em uma esquina movimentada, carros e pessoas, seres e automóveis viam-me sem dúvida, e ao mesmo tempo em que minhas mãos se sustentavam em um poste de energia, minhas penas se estremeciam implorando descanso. – Ahh... – murmurei de dor ao levar um mão até o joelho, eu correra pouco do cemitério até a famosa esquina em que estara, mas sem hesitar, soube da pior maneira que estara velho o suficiente para fingir-se forte. – Senhor, você está bem? – perguntou uma jovem se aproximando e mais duas ou três pessoas vieram apanhar-me pelos braços quando minhas pernas me obrigaram à tocar o chão. – Estou bem – tentei dizer, mas a única coisa que saiu de minha boca foi um eco silvo – Bem... – Precisamos levá-lo ao hospital – disse um homem passando meu braço por de trás de seu pescoço tentando me segurar como se eu fosse uma pequena criança que não conseguisse andar – O senhor tem família? Por favor, tente me responder. Assenti com a cabeça e o empurrei com desprezo, eu já ouvira isso antes, e sabia que me obrigariam à ficar em um cama de hospital, assim como Bill ficou, soube de longe, o que se sucederia dali, por isso, tratei-me de pegar Sohn e voltar correndo de onde nunca deveria ter saído. Nisto, as pessoas ficaram atônitas a me ver recuperar o fôlego e correr como um jovem, sem olhar para trás e hesitar, corri o máximo que pude, corri como um cervo quando foge de um leão pelas savanas, mas assim também como o cervo, parei e servi de alimento, mas ao contrário do que se imagina, o cervo talvez fosse mais feliz, ele servira de alimento para um leão e eu, de alimento para a dor. Não aguentei mover mais meus pés, e esgueirando-me pela parede do cemitério, tentei chegar ao grande portão a fim de entrar no local e descansar minhas pernas que agora vistas de um ângulo melhor estava toda machucada, por tantos tombos ao chão. – Sohn – disse, ou pelo menos tentei dizer enquanto levava o pequeno cão ao chão junto ao meu corpo – Vá para casa – disse e como se me entendesse latiu, foi um latido forte e estridente e meus lábios secos foram obrigados à sorrir – E leve isso para Merry – tirei a folha de papel de um dos meus bolsos de minha jaqueta e dei à ele, este, que parou de latir, colocou o papel entre os dentes com tamanha delicadeza e saiu correndo entre as agitadas ruas, sorri novamente ao vê-lo se distanciar, mas ao observá-lo com mais atenção, pude prever o futuro novamente, um carro o poderia matar. – Sohn! – tentei gritar e minha voz fraca não atingiu nem meus próprios ouvidos, mas Sohn a ouvira ou a sentira de qualquer forma, ele olhou para trás com o papel na boca como se atendesse um pedido e eu pude vê-lo abanar sua calda e os olhos bailarem de alegria quando o chamei pela ultima vez, como eu havia previsto, um carro o matara em poucos segundos de sua distração. Naquele momento meus olhos se fecharam para não visualizar o ocorrido, o pequeno cão ensanguentado ao chão e seu sangue entre várias rodas que passaram sobre ele, eu não poderia ver tamanha tragédia e não poderia ver que, aquilo fora minha culpa. Eu não sabia mais o que doía, se era mais o corpo ou a alma, ou ambos, eu estara destruído em todos os sentidos, mas ainda havia um único desejo, terminar de escrever para Bill, de fato, aquela folha que Sohn levara consigo à ruína faria falta ao meu livro, eu tinha que recuperá-la, mas as tentativas de me levantar foram em vão, eu pressionava as mãos contra o chão, para tomar impulso para levantar, mas não funcionou, em outra tentativa, tentei-me reerguer apalpando a parede às minhas costas, mas novamente, só fui levado ao chão, sem forças fiquei à olhar para Sohn morto à pista e ao papel em sua boca que agora, estava manchado de sangue e um tanto rasgado. Pude ficar inteiros minutos à olhar para a cena e ver que ninguém se importava, ninguém se quer saiu de seu automóvel para vê-lo e ninguém se quer me viu encostado à parede do cemitério, eu sei que antes recusara ajuda, mas agora, eu poderia aceitar gentilmente sem imaginar mal feitos. Mas, ás vezes precisamos estar atentos, a ajuda vêm quando precisamos e a minha ajuda, eu havia recusado, eu havia a jogando fora e não poderia lamentar agora que meus olhos pareciam querer fechar-se para todo o sempre, senti um leve arrepio percorrer meu corpo e comecei à sentir meu coração disparar, ele disparou como se fosse pular para fora de meu corpo e pude ouvir meus batimentos, cada vez mais fortes e quase em um devaneio, coloquei as mãos sobre o peito e persisti em ouvi-lo atentamente. Eu sabia, havia chegado à hora de me reencontrar com meu irmão e por mais estranho que se pareça, sorri, e não foi um sorriso triste e nem medonho, foi um belo sorriso jovem e feliz. Do portão, eu consegui ver Bill de braços abertos à minha espera e aos seus pés, Sohn latia com a mesma intensidade de antes, não me contendo, desatei-me em um choro ao abraço com meu irmão enquanto o pequeno cão cantava sua canção. Eu sei, não parece ser um final muito feliz, afinal, eu não terminara meu diário para o Bill, para ser mais exato, eu nem o começara direito, Merry iria se entristecer muito com a minha morte, Foster iria ter de consola-se e Sohn havia sentido muita dor quando fora atropelado. Mas, entenda, a vida aqui pode não ser feliz, mas do outro lado, ela sempre será e a minha... Estava começando á ser, muito, muito feliz. De todo modo, esse é o meu diário para você. Espero que ele traga felicidades. Fim. Ŧ Obrigado à todos (as) Liebes que leram, e eu ficaria satisfeita, se deixassem suas opiniões sobre essa fic. Küsse und dank!
Última edição por Bruu. em Ter Out 18, 2011 5:28 pm, editado 1 vez(es) |
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| Assunto: Re: My diary for you. Ter Out 18, 2011 1:13 pm | |
| Ah Liebe,eu ameeeeeeeei demais! Ameeeei o final,me fez chorar de novo! Fiquei VICIADA na fanfic! Vou le-la toda vez que eu me sentir triste para eu poder saber o que é tristeza de verdade! Mas,falando serio,obrigado por postar a fanfic,Liebe,me fez perceber o quanto eu amo o Tokio Hotel,nao so o Tom e o Bill,mas tambem o Georg e o Gustav. Eu agora tenho certeza que morrerei no mesmo dia em que eles morrerem,Tokio Hotel se tornou a minha vida,o meu ar,e agora eu pude tirar a prova a limpo! Obrigado Liebe! |
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| Assunto: Re: My diary for you. Ter Out 18, 2011 2:17 pm | |
| - Bruu. escreveu:
- sua calda e os olhos bailarem de alegria quando o chamei pela ultima
vez, como eu havia previsto, um carro o matara em poucos segundos de sua distração. Nossa nesse momento eu fiquei bege. Por que o cachorrinho foi morre :/ '-' , muito triste.. bom espero que você escreva mais fanfic's (: | |
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| Assunto: Re: My diary for you. Ter Out 18, 2011 4:50 pm | |
| Eu escreverei sim Liebes e novamente obrigado, (: . Falando nisso, hoje postei uma fic "One shot", se quiserem dar uma olhada: Fanfic - Amor de fãs. |
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| Assunto: Re: My diary for you. | |
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