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 [FF] - Kampf der Liebe

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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSeg Abr 25, 2011 9:12 pm

CaTaRiNaAaaAaa \o/ \o/ \o/


LolOLololOloOL O BiLL nunca foi santoooo.... Pode parecer, mas não é Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil
Pois.... A Gabi tem muito por onde ser ciumenta, mas os perigos mais próximos, esses é k alimentam o ciúme!!!! Mas se o BiLL gosta do ciume..... a koisa só pode mesmo eskentar..... embora eskentado ele já ande, né??? haha haha haha
O Patrick n tem mm karacter....vc tem td a razão GrRrRRrr....... p*t* p*t* p*t* p*t*




* * * KiSsEsSSsSs * * *




101

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 101zy

Nada do que se preparava para fazer era fácil, mas encará-lo ia ser de longe mais difícil do que contar-lhe a verdade. Olhar para os olhos amendoados de Tom e ver neles uma expressão triste e decepcionada consigo ia destruir o seu coração de forma irreparável. Mas nem por isso podia desistir. Estava à porta do quarto de Tom e sentia-se estremecer por todos os lados. Desejava ter coragem para lhe contar tudo o que precisava. Desejava que ele tivesse coragem para ouvir tudo o que ela tinha para lhe contar. Respirou fundo e bateu três vezes na porta como era seu costume. Esperou breves segundos e ouviu a porta abrir-se. Olhou para ele e sentiu o seu coração apertar numa aflição desmedida. Era oficial: nunca mais estaria com Tom. Não era capaz de lhe dizer nada. Não era capaz de manter uma conversa na base da educação e conveniência sabendo que nenhum dos dois estava ali para isso. O olhar de Tom estava carregado de agressividade e confusão. Temia-o, não com medo do que ele lhe pudesse fazer quando descobrisse a verdade, mas com medo do que o seu coração sentiria depois de saber que o tinha realmente perdido para sempre. Entrou no interior do quarto ao receber um gesto convidativo por parte de Tom e tirou o capucho da cabeça e o casaco que trazia vestido pousando-o sobre a cama de Tom. Sentia-se demasiado nervosa para pensar eloquentemente. Estar fechada num quarto com Tom mexia consigo. Saber que as razões que a levavam até àquele quarto não eram as melhores, alimentava o peso morto que sentia sobre o seu peito.

- Podes começar quando quiseres! – disse Tom indo directo ao assunto.

Miss K engoliu a seco aquelas primeiras palavras dele. Eram afiadas e ásperas. Talvez fossem as palavras mais doces que ouviria da boca dele naquele dia. Não conseguia parar de pensar que o amava e que dava tudo para sofrer em silêncio por ele sem fazê-lo passar por aquela descoberta cruel. Mas não podia, nem tinha direito a suprimir-lhe a verdade. Observou Tom sentar-se sobre a cama expectante com aquilo que ela tinha para lhe dizer e mantendo-se em pé, tomou coragem para iniciar a autodestruição completa do seu coração.

- Antes de te contar seja o que for, queria apenas que soubesses que tudo o que eu te contei sobre mim e os meus sentimentos é verdade… - disse Miss K respirando calmamente na esperança que isso a ajudasse a aclamar o seu batimento cardíaco.
- O que me preocupa não é o que me contaste… É o que me escondeste! – disse Tom não querendo perder tempo.
- Mas para mim é importante que saibas que quem esteve este tempo todo contigo, fui eu… A verdadeira Miss K… Que nunca te disse que te amava por conveniência, disse-o porque é verdade e porque te amo realmente… E não te vou deixar de amar mesmo que nunca mais me queiras ver à frente…
- Não contes que isso jogue muito a teu favor… Não sei o que é o amor, e não faço questão de vir a saber tão cedo! Cada vez que conheço melhor as mulheres, menos vontade tenho de manter uma relação estável com uma…

- Eu compreendo… -
disse Miss K baixando a cabeça, não encontrando força para o encarar nos olhos – Só há uma coisa sobre mim que eu te contei e que é mentira…
- O quê?
- Que tenho namorado… Foi uma história que inventei na esperança que tu te afastasses de mim… Mas foi mais uma tentativa falhada…
- Algo me diz que não te vais ter de preocupar com o facto de me manter afastado de ti daqui por diante… -
disse Tom de forma crua.
- Eu sei que não…

- Sou todo de ouvidos! –
disse Tom cruzando os braços.

- Gostava que ouvisses tudo o que tenho para te dizer, mesmo que não queiras… Faz um esforço para me ouvir até ao final… - disse Miss K sentindo o coração nas mãos.
- Ok… Prometo não te interromper muitas vezes…

- Acho que tenho de começar por explicar-te de onde venho… -
disse Miss K respirando fundo para se encorajar – Talvez seja bom para que percebas as razões que me levaram a fazer o que fiz…
- Começa por onde quiseres… -
disse Tom de forma impaciente.

- Ok… - disse Miss K passando as mãos sobre os olhos, andando de um lado para o outro num desassossego visível – … Quando era pequenina, fui abandonada pela minha mãe biológica... Não tenho recordação de nada, mas as senhoras que tomavam conta de mim contavam que a minha mãe biológica era uma adolescente que tinha engravidado e que não podia ficar comigo, então entregou-me num orfanato, onde anos mais tarde vim a conhecer os meus pais! Eles estavam a passar por uma fase difícil da vida deles, não conseguiam ter filhos biológicos e o casamento estava a sofrer com isso… Adoptaram-me quando eu tinha cinco anos, na esperança de salvar o que ainda restava do casamento deles, mas não funcionou… Divorciaram-se quando eu tinha sete anos e desde então o meu pai refez a sua vida, mas a minha mãe continua amargurada e ressentida com ele e com todos… Nunca soube o que era ter uma família normal… Vivo com a minha mãe, mas é como se não vivesse ninguém naquela casa… - disse Miss K fazendo uma pausa para respirar. Estava aterrorizada com a possibilidade de sentir-se nua e sem segredos perante Tom. Ele olhava-a intrigado com tudo o que ouvia - Tudo isto para te explicar que a minha vida nunca foi fácil… Não nasci numa família rica, não tenho pais que me dão tudo o que quero… Tenho um pai que finge que eu não existo, e uma mãe que acha que eu fui a destruição do casamento dela… O sentimento que melhor conheço na minha vida é o de rejeição… - admitiu Miss K sentindo o seu peito arder. Custava-lhe tanto falar da sua vida infeliz. Sentia as lágrimas quererem tomar conta dos seus olhos, mas olhou para o tecto e inspirou fundo diversas vezes para evitar que tal acontecesse. Não queria que Tom tivesse pena de si, nem queria chorar à sua frente - Quando acabei a escola, queria entrar na faculdade e seguir os meus estudos para poder ter a minha própria casa e construir a minha própria vida… Para mim é algo muito importante! Sinto que estou a começar do zero… Que de certa forma não tenho nada para trás e que sozinha vou construir a minha família e aquilo que preciso para viver… Acho que tenho direito a ter uma família como qualquer outra pessoa! O problema é que os meus pais não têm dinheiro para me pagar a faculdade… E como tal decidi parar de estudar quando terminei o 12ºano e empreguei-me num café numa zona central de Londres, onde ganhava um bom dinheirinho todos os meses… Trabalhei lá durante dois anos e com o que consegui guardar, o ano passado inscrevi-me finalmente na faculdade e entrei…

- E foi aí que conheceste a Paige? –
perguntou Tom curioso em saber quando é que Paige entrava em cena.

- Não… - disse Miss K abanando a cabeça da direita para a esquerda de forma lenta e absorta – A Paige entrou na minha vida, pouco depois de ter começado a trabalhar… Ela era cliente habitual do café onde eu trabalhava, via-a praticamente todos os dias… Um dia ela sentou-se numa mesa diferente do normal e reparei que ela estava a chorar… Partiu-me o coração vê-la naquele estado… Quando tive a minha pausa, fui ter com ela e combinámos fazer alguma coisa depois do meu turno acabar… E assim nasceu a nossa amizade… Acabámos por tornar-nos inseparáveis… Embora a nossa vida fosse o oposto… Eu era a empregada do café onde ela ia lanchar todos os dias, a rapariga que morava na zona 4 de Londres e ela era a menina rica que morava no centro da cidade e tinha tudo o que queria… Mas a nossa amizade parecia funcionar bem… Muitas vezes quando tinha de fazer um turno de manhã, ficava em casa dela para no dia seguinte ir trabalhar… Fomos muito amigas…

- E onde é que eu entro no meio disso tudo? –
perguntou Tom contente por pela primeira vez Miss K se estar a abrir consigo e poder perceber um pouco mais da vida dela, mas sem perceber como é que ela e Paige tinham chegado até si.

- Eu e a Paige detestávamos a tua banda… Falo no passado porque eu mudei de opinião quando te conheci… Todas as ideias pré-concebidas que tinha em relação a ti estavam erradas… Sem excepção de nenhuma! Mas acho que nessa altura me podia considerar uma Anti-Tokio Hotel
- Não percebo porque é que as pessoas perdem tanto tempo com coisas que não gostam, em vez de aproveitarem para se dedicarem àquilo que realmente lhes diz alguma coisa…
- Gostava de saber responder às tuas dúvidas, mas também não percebo… Aliás, hoje em dia percebo ainda menos do que percebia na altura em que não te conhecia… -
disse Miss K encarando Tom nos olhos. Agora é que a história ia ficar mais perigosa – Mas voltando à minha história… Um dia a Paige propôs-me entrar num jogo de poder com ela… Tinha recebido uma proposta irrecusável que consistia em tornar-te a vida complicada… E como ela tinha um ódio de estimação especial por ti e pela maneira como tu te ostentavas e exibias, ela foi incapaz de dizer que não…

- Quem é que lhe fez essa proposta??? –
perguntou Tom interessado em saber afinal de contas quem é que estava por de trás de toda aquela tramóia. Se não era autoria de Miss K e Paige, de quem era?

- Não sei… Ela sempre o manteve em segredo de mim, dizia que era melhor e mais seguro… Sei que ela prometeu que o faria… Para te dizer a verdade, nem sei ao certo porque é que ela aceitou isto, nem qual é a motivação que ela tem para o fazer… Acho que não pode ser só ódio e maldade… Tem de haver mais alguma coisa… Já pensei nisso muitas vezes e a única razão que consigo arranjar é que ela o faça por gozo pessoal ou porque quem lhe pediu é realmente importante para ela, ou talvez ela lhe deva um favor… Não sei… Só sei que ela me escolheu a mim porque para além de sermos amigas e de eu também não gostar de vocês, sabia falar alemão, tinha uma aparência apelativa e… Precisava de dinheiro! … Tenho plena noção que essa foi a razão que levou a Paige a acreditar que eu não lhe diria que não… Ela precisava de uma cúmplice, e eu precisava desesperadamente de dinheiro… E para te dizer a verdade… Foi essa a razão que me levou a aceitar entrar com ela nesta loucura… Os benefícios monetários para ela são reduzidos, ela já é rica e tem o que quer, mas para mim? O dinheiro que tinha guardado para a faculdade não ia chegar para pagar os quatro anos, eventualmente ia ter de começar a trabalhar novamente… E o que ela me oferecia era a possibilidade de pagar a faculdade e arranjar o meu próprio apartamento para poder sair de casa…

- Davam-te assim tanto??? –
perguntou Tom espantado.
- Sim… - disse Miss K de forma quase inaudível – Tinha a minha vida resolvida para os próximos quatro a cinco anos… Sem grandes luxos é verdade, mas eu não estou habituada a muito… Contentava-me em sair de casa e poder acabar o meu curso… Claro que nunca irei ver a cor desse dinheiro… Mas sabes que mais? Nunca precisei de dinheiro, e nunca fui tão feliz na minha vida como quando estava contigo e não era pelo dinheiro que nenhum de nós tinha, mas pelo que sentia por ti e pelos momentos que passávamos juntos… Por isso se tiver de trabalhar mais cinco anos até poder voltar para a faculdade… Não me importo! Tenho de fazer o que está certo… E o que está certo é desmascará-la e colocar-te a par do que se passa à tua volta…

- Não consigo pensar em ninguém que me pudesse querer tanto mal ao ponto de estar disposto a pagar uma quantia exorbitante de dinheiro para se rir às minhas custas!!! –
disse Tom impressionado. Quem é que poderia estar disposto a gastar tanto dinheiro para o prejudicar? Com que propósito? Como?
- Tudo o que eu sei é que é alguém que é muito rico e poderoso, porque para chegar até à Paige não é fácil… Ela é rica e os pais dela são influentes, ela não se dá com qualquer um… - disse Miss K que já tinha pensado naquele assunto diversas vezes - E acho que a intenção não era rir-se de ti… Era ver-te chorar…

- À custa do quê? O que é que era suposto vocês fazerem? –
perguntou Tom assustado com a resposta que poderia ouvir.

- O que eu te vou contar não é algo de que me orgulhe… - disse Miss K sentindo o seu coração encolher e o nervosismo inicial da conversa voltar em força para a atacar e fazer com que toda ela estremecesse e os seus olhos quisessem iniciar uma onda de lágrimas - Mas se existe uma maneira de me redimir é sabendo que te contei toda a verdade e que por mais que te tenha magoado, nunca te aconteceu nada daquilo que estava planeado… - disse Miss K respirando fundo, preparando-se para o momento em que Tom descobriria realmente aquilo que se passava - … A ideia era prejudicar-te… Difamar-te…
- A mim pessoalmente??? Ou a um de nós os quatro??? –
perguntou Tom interessado em saber pormenores daquele esquema maquiavélico.
- A ti… Não sei porquê, mas tinhas de ser tu o alvo… - respondeu Miss K com vergonha de o encarar devido ao nervosismo que tomava conta de si - Eu sei que é uma loucura… Nem sei como é que fui capaz de alguma vez pensar que podia beneficiar em alguma coisa com isto… Mas na altura só pensei no jeito que o dinheiro me dava e em como não gostava de vocês e era-me indiferente se vocês eram famosos ou não… A Paige levou a proposta muito a peito e numa questão de dias tinha um plano contra ti que ela considerava infalível… Estava tão empenhada em tudo isto que era quase capaz de jurar que se tratava de uma vingança pessoal…

- Qual era o plano???

- Tu e o teu irmão tinham admitido recentemente que tinham consumido drogas quando eram mais novos… A ideia era fazer com que um escândalo novo vos levasse à página de todas as revistas e jornais, com novas acusações e provas de que vocês ainda consumiam e que eram um mau exemplo para os jovens que vos seguiam… Muitos deles tinham ficado escandalizados com as vossas declarações… Com este novo escândalo a ideia era fazer-vos perder fãs, deixar-vos na boca do mundo…
- Mas isso não me implicava só a mim, implicava o meu irmão e a banda!!! –
disse Tom sem perceber como é que aquilo o afectaria mais do que aos outros.
- Mas eras tu a vitima… Eras tu que ias ser encontrado com a droga… - disse Miss K tapando os olhos com as mãos sem acreditar que era capaz de algum dia ter pensado em fazer tamanha maldade a Tom – Iam ser plantadas provas contra ti…

- … O que queres dizer é que TU ias plantar provas contra mim!!! … Como é que ias fazer isso??? –
perguntou Tom incrédulo com a forma como alguém era capaz de planear algo tão baixo para se ver livre de si e da sua banda. Seria trabalho da concorrência? Mas quem em Inglaterra poderia estar com medo dos Tokio Hotel a ponto de os querer afastar do mapa?
- Entrando no teu círculo de confiança…
- Mas tu aproximaste-te de mim… Seduziste-me… Como é que era suposto entrares no meu círculo de confiança através da minha cama?! Não fizeram o vosso trabalho de casa?! Eu não deixo que ninguém que entre na minha cama, entre na minha vida pessoal…
- Nós sabemos… Por isso é que a ideia era seduzir-te e levar-te ao estado de loucura ao ponto de tu estares disposto a tudo para me teres do teu lado…

- Não percebo… -
disse Tom levando as mãos à cabeça. Era tudo muito confuso. Não conseguia perceber a maldade das pessoas que o levavam a estar naquela situação – Tu tiveste inúmeras oportunidades para plantar todas as provas que querias… Tu estiveste comigo tantas vezes!!! No meu quarto… Na minha cama… Só nós os dois!!!

- Eu sei… Mas o que eu sentia por ti estava-me a deixar confusa… Já não tinha coragem de te fazer mal depois de te conhecer e de perceber que estava apaixonada… Era capaz de tudo menos magoar-te… A ideia era ganhar a tua confiança… Ir ter contigo e deixar-te mais intrigado e preso a mim… Consegui fazê-lo uma vez… Duas… Mas o que sentia por ti não me deixava seguir em frente… Por isso é que te pedi para esperares por mim na noite em que me expulsaste do teu quarto… Queria arranjar a minha vida… Ter a certeza que nada do que fizesse te podia prejudicar, para depois poder voltar para os teus braços… Mas depois percebi que não ia conseguir… Tinha entrado num beco sem saída e mesmo que eu estivesse disposta a parar tudo, a Paige estava mais empenhada que nunca para te fazer a vida negra e tudo o que me restava era a hipótese de me afastar de ti e dizer-lhe que era impossível entrar no teu circulo de confiança, era impossível aproximar-me mais de ti… Tu não deixavas… -
disse Miss K sentindo os olhos aguados cederem a uma primeira lágrima silenciosa – E foi nessa altura que tentei acabar contigo… Disse-te que estava ocupada, que não te podia ver, que tinha um namorado, que não queria nada contigo…. E mesmo assim tu foste atrás de mim e eu não fui capaz de te excluir da minha vida, porque por mais que quisesse que estivesses longe e em segurança, tudo o que eu queria era ter-te por perto e saber que me desejavas…

- Fui tão estúpido… -
disse Tom enterrando a cabeça nas mãos. Nunca tinha ido atrás de uma mulher como o tinha feito com Miss K. Porque é que tinha de ter escolhido a pior altura para o fazer pela primeira vez? Agora sabia que nunca o faria novamente…
- Estúpida fui eu por não ter sido forte o suficiente para te manter longe!!! – disse Miss K sentindo-se morrer ao ver a tristeza, indignação e sofrimento espelhados no corpo de Tom – Estúpida fui eu por ter aceite algo tão nojento a troco de dinheiro… Mas estou a pagar pelos meus erros… Perdi a única pessoa que me diz alguma coisa… O resto tu já sabes… Fingi que não mantinha contacto contigo quando na realidade continuávamos a falar por telefone… Mas ela não é estúpida e eu fui muito descuidada… Ela percebeu tudo… - disse Miss K sem conseguir controlar as lágrimas que lhe escorriam pela face, falar da dor que a possuía nos últimos dias era mais doloroso do que pensar que tinha acabado de contar algo tão degradante sobre si mesma – Nas minhas costas ela planeou uma maneira de me tornar mais activa e interessada na vingança… Torná-la em algo pessoal! … Ela sabia que eu gostava de ti… Sabia que nós tínhamos ido para a cama porque tinha apanhado uma mensagem tua no meu telemóvel e o chupão que me tinhas feito num dos nossos encontros… Fui obrigada a contar-lhe que nos tínhamos envolvido, mas disse-lhe que tinha sido uma única vez e que agora já não estavas mais interessado em mim porque já me tinhas provado… Era somente mais uma na tua lista… Então ela achou que a única maneira de me prender era indo para a cama contigo… Ela sabia que eu era incapaz de te magoar… Estava distraída pelo amor que sentia por ti a já lhe tinha falado diversas vezes de acabar com tudo… Ela achava que a única maneira de me provar que tu não valias nada era mostrando-me que eu não significava nada para ti… Que comias qualquer uma… Inclusive a minha melhor amiga… Ela achou que instigando em mim o sentimento de pura vingança, me fazia voltar a querer prejudicar-te… O que ela não sabia é que me acabava de provar que quem não valia nada, nem como amiga, nem como mulher, era ela… É uma pessoa sem escrúpulos, capaz de tudo para ter o que quer, inclusive passar por cima de quem se puser no caminho dela… - disse Miss K limpando as lágrimas que lhe escorriam dos olhos olhando para a forma como Tom se mantinha imóvel com a cabeça enterrada nas mãos – Quando vocês os dois… Quando vocês… Quando foram para a cama… - disse Miss K sentindo uma nova onda de lágrimas tomar conta de si. Pensar que Tom e Paige tinham partilhado uma cama, era tão doloroso – Ela tirou-te fotografias e enviou-me a dizer que o tinha feito por mim… Para me salvar de ti… Porque tu não prestavas e eu estava com problemas de consciência por uma pessoa como tu… Uma pessoa que merecia sofrer porque não valia nada… Fui incapaz de falar com vocês durante dias… Senti-me morrer… Eu sei que tu nunca me prometeste fidelidade, nem exclusividade e que o que nós tivemos não significou mais do que sexo para ti… Mas para mim, que te amo… Ver-te na cama com a minha suposta melhor amiga… Saber que tu vais para a cama com outras, já é mau de mais… Ter provas disso é emocionalmente desgastante… Mas saber que o fazes com pessoas que te odeiam e que te querem usar e fazer mal… E que a culpa foi minha por ter deixado que ela se aproximasse de ti…

- Não foi o que tu fizeste também??? –
perguntou Tom levantando a cabeça das mãos para pela primeira vez, desde há algum tempo, deixar que Miss K lhe visse os olhos. Tinham uma expressão magoada e repleta de uma raiva e tormento difíceis de encarar
- Eu não te detesto, nem te quero usar! Em tempos quis… Mas o que tento fazer há muito tempo é travar esta loucura toda e tentar proteger-te… - disse Miss K sentindo o seu coração partir-se em pedaços tão miudinhos que seria impossível reconstitui-lo novamente – Pensei que enquanto estivesse do teu lado nada de mal te aconteceria porque ela ia pensar que eu estava a cumprir com a minha missão… Mas quando a situação se tornou insuportável e me afastei de ti, percebi que não valia de nada, ela estava empenhada em levar tudo até ao fim… Comigo ou sem mim… Pensei que me tivesse de afastar de ti para sempre… Mas agora a vingança dela tornou-se claramente pessoal… Depois dela ter ido para a cama contigo ela quer mesmo apanhar-te… Seja de que forma for… E o pior é que nessa mesma noite ela tirou fotos tuas e inspirou-se para dar continuidade à sua maldade… Eu vou tentar destruir as fotos que ela tiver, mas não prometo que o consiga fazer… Não sei onde ela as guarda… Tenho a certeza que as tem noutros sítios sem ser no telemóvel… Ela não faz a mínima ideia que eu vim ter contigo… Acha que estou disposta a continuar com o planeado e procurar a minha vingança pessoal por teres dormido com ela… Mas tudo o que quero é que saibas da verdade… Acho que neste momento é a única maneira de manteres os olhos bem abertos para o que te rodeia… Eu prometo continuar a fazer o possível para te proteger no que conseguir…

Tom levantou-se da cama e humedecendo os lábios, ergueu uma mão como se a mandasse calar e abanando com a cabeça da direita para a esquerda, respirou fundo incrédulo com tudo o que tinha ouvido. Encheu os pulmões uma vez mais de oxigénio e tomou coragem para falar.

- Tinhas razão quando dizias que eu nunca mais te ia querer ver à frente…. Para mim morreste… Eu sabia que 95% das raparigas me desejam pela fama, dinheiro ou sexo… Nunca pensei que me pudessem desejar por pura maldade… Foste a primeira… Mas acredito que por aí andem muitas mais como tu… Obrigado por me abrires os olhos, agora já sei que devo ter cuidado com as pessoas da tua laia…

- Tens todo o direito de me dizeres o que quiseres… -
disse Miss K sentindo-se desfalecer na sua dor. Ouvir e ver Tom dizer-lhe aquilo era o golpe final para ter a certeza que não havia uma réstia de esperança que fosse para o seu coração - Como te disse, já sabia que me ias querer ver pelas costas a partir de hoje… Mesmo assim devia-te a verdade… Por mais zangado e magoado que estejas comigo, eu só quero que tenhas cuidado… Que não acredites em ninguém que conheceste recentemente… Tem medo sempre que alguém se quiser aproximar de ti… Ela não desistiu e está cada vez mais empenhada em levar a dela avante… Não sei quanto tempo conseguirei manter-me ao lado dela, mas enquanto o fizer vou tentar saber quais são os planos para te proteger, mas ela já provou que é capaz de planear e executar coisas nas minhas costas… E sem saber de nada, não te posso proteger de nada também…

- Eu não preciso da tua protecção!!! –
disse Tom que já estava mais que farto de ter pessoas na sua vida que achavam que o deviam proteger e fechar para o que acontecia à sua volta – Preciso que saias da minha vida e que vás morrer longe…

- Eu sei que é o preço a pagar por tudo o que te fiz…
- Enganaste se achas que se paga a maldade que tens dentro de ti por admitires o que fizeste e desapareceres da face da Terra… -
disse Tom enraivecido – Eu acredito no karma… Um dia vais pagar tudo na mesma moeda… E espero que nessa altura pagues em dobro…
- Estou disposta a isso… -
disse Miss K pegando no casaco que tinha pousado sobre a cama vestindo-o e colocando o capucho sobre a cabeça – Acho que não tenho mais nada a fazer aqui…

- Tens a certeza que não tens mais nenhum podre escondido por aí??? Vê lá… É melhor desenterrares tudo agora porque não terás outra oportunidade…
- Não… Agora sabes de tudo… -
disse Miss K controlando a dor que sentia e as lágrimas que queriam sair a todo o custo.

- Então já sabes onde é a porta… - disse Tom de forma seca – Já ta mostrei uma vez e não deve ficar muito longe de onde a outra era…

Miss k encaminhou-se até à porta sentindo as suas pernas estremecerem a uma velocidade que possivelmente a impediria de ir muito longe uma vez que saísse daquele quarto. Ao abrir a porta do quarto de Tom virou-se para trás e reparou que ele estava de costas voltadas para si. Não era capaz sequer de olhar para ela a ir embora tal era a vontade de a ver longe de si. Encheu-se de coragem e sabendo que nunca teria outra oportunidade e que devia dizer tudo o que tinha preso no seu interior disse:

- Não tenho o direito de te pedir desculpa por aquilo que fiz, porque sei que não tem perdão… Mas quero que saibas que estou verdadeiramente arrependida e que se pudesse mudar alguma coisa, não mudava só uma coisa, ou duas… Mudava tudo… Por mais que não queiras acreditar, eu gosto mesmo de ti Tom… Amo-te… E dava tudo para que a dor que sentes agora fosse acumulável à minha… No meio de tudo isto, só posso ficar contente por nunca ter permitido que chegassem a ti… E espero poder orgulhar-me disso para sempre… - disse Miss K sentindo as lágrimas que tinha presas nos seus olhos soltarem-se livremente, sem nunca ver um movimento que fosse no corpo de Tom. Era como se ela não estivesse presente no quarto dele a falar com ele - … Adeus…

Saiu do quarto de Tom e tal como suspeitava, teve de se apoiar com uma mão a uma das paredes do corredor. A brutalidade com que as suas pernas estremeciam e o seu coração a massacrava tinha-se apoderado na totalidade do seu corpo enfraquecido pela dor.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeTer Abr 26, 2011 10:30 pm

Toda a verdade veio sem dó. Eu não imaginava que era tanta coisa assim em questão, tanta crueldade. Deve ter um motivo bem fod* para isso tudo, porque fazer uma coisas dessas porque o Tom não 'lave nada' é demais e não me vem nada a cabeça agora um motivo para isso, o Tom esta a sempre a viajar não tem tempo nem para a família vai ter tempo que fazer algo ruim para alguém fica com muita raiva dele. E quem é esse alguém, me veio o cabeça o James mais a Miss K entrou em ação primeiro do que ele, Agora fiquei realmente curiosa para saber quem tem tanto odio pelo meu bebê. E Miss K pelo primeira vez você deu uma bola dentro contando a verdade, parabéns. Eu sei que agora o Tom não vai querer mais olhar na sua cara e com razão mais você contou a verdade e isso vale muito agora, assim ele vai abri o olho e talvez mais para de sair com qualquer uma por ai. Com toda essa verdade quero ver aonde isso tudo vai para, porque o destino e um filho da mãe e eu tenho certeza que ele não vai deixar por isso só.
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQua Abr 27, 2011 9:48 pm

CaTaRiNaAaAAaA \o/ \o/ \o/


É muita crueldade mesmo.... Mas pelo menos agora a verdade veio ao de cima e o Tom pode se acautelar.... E ele precisa mesmo de começar a ganhar juizo agora k sabe k alguém muito mal intencionada anda de olho nele para o tramar!!! O Tom tem de ser mais esperto e fazer a koisa certa!!!! É bom k a Miss K tenha tido coragem para kontar tudo... O Tom precisava disso.... E ela tb.....
Agora vamos ver onde tudo isso vai parar.... O destino n parece nada risonho nesse momento!!!



* * * KiSsEsSSsss * * *




102

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 102xd

Ouviu a porta fechar e virou-se para trás para a fitar. O silêncio que invadia o seu quarto era excruciante. Nada se mexia. Nada emitia o mais ínfimo som. Estava uma vez mais sozinho, com uma bomba sobre os ombros e uma tristeza imensa a invadir-lhe o coração. Olhando para trás não se apercebia como tinha chegado àquele ponto. Como é que o tinham enganado tão facilmente. Sentia-se magoado e debilitado emocionalmente. Não tinha por hábito confiar e aproximar-se das pessoas, não pelo medo de vir a sofrer, mas porque a sua vida não o permitia. Era incrível como se tinha deixado levar por Miss K sem grande dificuldade. Não sabia se haveria de acreditar na palavra dela quando dizia que não lhe tinha mentido e que estava do seu lado para o proteger e amar. Gostava de acreditar que essa era a verdade, mas naquele momento a sua cabeça estava tão confusa e cheia de sentimentos contraditórios que não tinha como pensar de forma racional. Sentou-se sobre a cama e voltou a enterrar a cabeça nas mãos. Havia muita coisa que não conseguia compreender. Havia muita coisa que preferia nunca ter de vir a compreender. Sentia uma tristeza tão grande consumir o seu interior que quase era capaz de jurar que o seu corpo se preparava para uma desintoxicação do seu vício mais privado. Miss K queria despedir-se do seu corpo, deixando uma marca de dor impregnada nele. Era o preço a pagar pela sua segurança e bem-estar. Não tinha qualquer dúvida que estava a fazer o que era correcto ao virar-lhe costas. Seria incapaz de manter uma relação, mesmo que na base do sexo, com uma vigarista sem coração que era capaz de desejar mal a quem nem conhecia.

Não tinha noção de há quanto tempo estava sentado sobre a cama a pensar em tudo o que tinha ouvido naquela tarde, quando despertou com alguém a bater à sua porta. Desejou intimamente que fosse Miss K, ainda tinha uma ou duas coisas entaladas na garganta que gostava de lhe perguntar e mandar à cara. Sentia-se tão consumido pela raiva que não podia ser saudável. Levantou-se da cama para abrir a porta e ao perceber que se tratava de Bill e que vinha com um sorriso rasgado e um olhar misterioso, largou a porta e entrou para o interior do seu quarto sem lhe dar justificações. Bill percebeu de imediato que a conversa com Miss K não podia ter corrido bem. Fechou a porta e foi de encontro ao seu irmão gémeo. Encontrou-o sentado na cama com um olhar perdido e um brilho nos olhos que conhecia bem demais, era o brilho da dor e da contenção. Sentou-se do seu lado e calmamente fê-lo desabafar e tirar do seu interior o peso que o sufocava. Tom estava irreconhecível na sua dor. Era um misto de frustração e incredulidade de que tinha realmente sido alvo de um golpe tão baixo e maléfico que pretendia destruir o seu nome e a sua carreira. Bill estava em choque. Não conseguia pensar em ninguém que lhes desejasse tanto mal ao ponto de querer destruir tudo o que tinham construído nos últimos dez anos, mas o que mais o preocupava era o facto do seu irmão ter sido usado como isco e estar claramente a sofrer com algo que o feria de forma silenciosa. Tom seria incapaz de admitir que Miss K tinha alguma vez mexido consigo, estava demasiado magoado para isso, e com Tom o ego falava sempre mais alto. Mas Bill sabia que por mais que o seu irmão não gostasse dela, havia algo que a tornava especial e que o fazia tê-la num patamar onde outras nunca tinham chegado. Sentia o seu coração contrair com a tristeza do olhar de Tom e não sabia como comportar-se. Por um lado desejava rogar pragas a Miss K, mas por outro sabia que se o fizesse alimentava a raiva de Tom.

- Sabes… - disse Bill calmamente para tentar não assustar o seu irmão – É normal que às vezes não consigamos evitar de gostar das pessoas, mesmo quando elas nos fazem mal… Foste apanhado desprevenido com aquilo que aconteceu… Não te martirizes com isso!
- Ãhhh?! Estás a gozar comigo??? –
perguntou Tom franzindo a testa sem perceber o porquê de Bill lhe dizer aquilo. Tudo o que desejava era matar o que restava de Miss K da sua cabeça, da forma mais rápida e eficaz possível.
- Não, só estou a dizer que não tens de te sentir mal por estares magoado e continuares a gostar dela na mesma…

- Tu não sabes o que dizes!!!

- Sou teu irmão… Sei perfeitamente o que te vai na cabeça neste momento…
- Eu não gosto dela!!! –
disse Tom levantando a sua voz. Recusava-se a aceitar que Bill o colocasse naquela situação. Não estava interessado em ver os seus sentimentos analisados.
- Calma!!! – disse Bill percebendo que tinha exagerado e que não devia ter dito nada a Tom – Eu não estou a dizer que a amas!!! Estou a dizer que gostas dela… De estar com ela, falar com ela, conviver com ela… Tal como gostas de estar com outras pessoas e nem por isso as amas! … É normal que te sintas magoado e que demore algum tempo até arranjares maneira de te distanciares do que aconteceu, mas não te feches nem te recrimines se neste momento não conseguires vê-la como outra pessoa senão aquela que tu conhecias… É normal!

- Mas não é isso que está a acontecer comigo… -
disse Tom encarando Bill nos olhos com toda a raiva que sentia brotar do seu interior – Eu sinto uma raiva tão grande, que se ela me aparecesse à frente neste momento, era capaz de a esganar… A lata dela de vir para aqui chorar como se estivesse muito arrependida!!! … A sério… Só me apetece que ela desapareça e que nunca mais tenha de ouvir sequer aquele nome…
- Se depender de mim, a defunta volta a ser enterrada… -
disse Bill percebendo que era realmente o melhor para o seu irmão.
- Morta e enterrada!!! Defunta de segunda geração!

Bill não foi capaz de conter o riso com a expressão que o seu irmão utilizava. Era bom perceber que mesmo no meio de tanta dor e tristeza, Tom conseguia erguer a cabeça e procurar uma luz no seu futuro onde Miss K não seria capaz de o perturbar.

- Pelo menos não aconteceu nada… - disse Bill feliz por saber que no meio de tamanha desgraça, Miss K não tinha sido capaz de levar a sua avante – Podia ter sido pior…
- A nossa careira podia estar por um fio neste momento!!! –
disse Tom de olhos esbugalhados pela forma como Bill simplificava as coisas. Será que ele não tinha percebido a gravidade do que se passava?
- Eu sei, mas não está! Tivemos sorte que escolheram uma miúda que se foi apaixonar por ti… Se fosse a amiguinha dela estávamos tramados!
- Argh… Que nojo!!! Garanto-te que essa não passava da primeira noite!!! Mas esta também não devia ter passado… -
disse Tom martirizando-se por se sentir tão estúpido e nunca ter percebido que Miss K e todo o mistério que a envolvia só podia significar problemas.

- Agora não vale a pena pensares nisso… - disse Bill sentindo-se mal por nunca ter feito nada para afastar o seu irmão de Miss K por mais estranho que tudo sempre lhe tivesse parecido – Sabes o que me preocupa? Saber o que é que ganhavam com tudo isto… Quem é que achas que pode estar por detrás disto tudo?
- Não faço ideia…
- Numa situação normal eu diria o Mercier imediatamente, mas se ele arruinasse a nossa carreira… A Nicky saía a perder, porque eu sou namorado dela, e por mais que eu o deteste, tenho noção que ele seria incapaz de fazer algo para prejudicar a Nicky…
- Não sei… Não faço mesmo ideia…

- Acho que devias falar com o Jost sobre o que se passou para ele ficar alerta e falar com os seguranças para apertarem o cerco…
- Sim… -
disse Tom. Ainda não tinha pensado nisso mas era sem dúvida algo que teria de fazer – Mais logo telefono-lhe…

- Vê lá se agora não te descontrolas com as tuas…. Necessidades!
disse Bill a rir.
- Desculpa?! – perguntou Tom sem perceber onde Bill queria chegar com aquele comentário.
- Sempre que tens problemas viras-te para mulheres e sexo…
- Não te preocupes, estou oficialmente fechado para férias!
- Até gostava de ver isso! –
disse Bill a rir.
- Não é nada bonito de se ver, mas se quiseres ficar a assistir, eu chamo-te quando for tratar das minhas necessidades sozinho!
- Dispenso!!! –
disse Bill enojado.

- Quero mesmo acalmar um bocado… Acho que desta vez aprendi uma grande lição… Não quero nada com ninguém… Nada mesmo!

- É bom saber que no meio disto tudo acabaste por ganhar algum juízo…
- Essa tua nova visão das coisas, onde tudo é bonito e colorido, enjoa-me, sabias? Tudo tem de ter um lado positivo desde que a Gabi entrou na tua vida!!!
- Um dia, quando gostares de alguém vais perceber…



* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


A baixa lisboeta tinha-se revelado uma autêntica surpresa para Nathalie e Gabi. Tinha-lhes sido indicada como um ponto turístico perfeito para fazerem compras e apanhar algum do sol que se fazia sentir nas ruas da cidade de Lisboa naquele dia. Nathalie tinha desafiado Gabi para sair e explorar a cidade com ela. Há dois meses que andavam em digressão pela Europa e ainda não tinham encontrado nenhuma cidade que lhes proporcionasse um sol tão radiante. Nathalie tinha pena que os rapazes não quisessem sair do hotel, mas percebia que eles queriam aproveitar para relaxar e descansar dos três concertos que tinham dado de seguida, mas ela estava desejosa de sair e recordar a bela cidade de Lisboa.

Sentadas numa explanada em pleno Rossio, Nathalie e Gabi descansavam os pés de uma tarde inteira de compras e refrescavam-se com uma bebida.

- Tu e o Bill, como estão? – perguntou Nathalie com medo de estar a intrometer-se demasiado na vida privada de Gabi.
- Bem! – disse Gabi com um sorriso apaixonado – … E tu e o Bill?
- Bem… -
respondeu Nathalie não esperando aquela pergunta por parte de Gabi.

- … Posso perguntar-te como é que vocês começaram a… Estar juntos? – perguntou Gabi com curiosidade. Sentia-se estranhamente à vontade com Nathalie para lhe perguntar aquele tipo de coisas. Não era suposto sentir-se tão bem com alguém que até há pouco tempo partilhava a cama com a pessoa de quem gostava, mas a verdade é que se sentia.
- Sim, eu não me importo de falar nisso, se tu não te importares… - disse Nathalie admirada com a pergunta – Aconteceu… Uma noite estávamos os dois bêbados depois de uma festa e acabou por ser algo que se desenrolou naturalmente… Foi um bocado estranho mas nenhum de nós se sentiu constrangido no dia a seguir e… Foi acontecendo…

- … Que tipo de relação é que vocês tinham?
- De amizade! -
disse Nathalie a rir – Nunca passou disso… Mas era uma amizade colorida e muito aberta! Estávamos os dois carentes… Eu estava no início do meu divórcio, e ele não tinha ninguém há muito tempo… Mas nem por isso queríamos mais do que tivemos! Não fomos feitos para sermos namorados, fomos feitos para sermos amigos!

- E ele era meigo e atencioso contigo? … Tipo romântico?
- Meigo e atencioso sim, mas romântico não… Nós não tínhamos uma relação com base em romantismo… Embora ele seja bastante romântico… Mas acho que isso já percebeste! –
disse Nathalie intrigada com a razão daquelas perguntas – Gabi… Eu não me importo de falar contigo sobre isto, mas podes falar abertamente com o Bill, ele de certeza que não leva a mal… É normal que tenhas as tuas dúvidas em relação ao nosso passado…
- Eu sei, mas tu és mulher como eu e acho que me compreendes melhor… Sinto-me mais à vontade para te fazer algum tipo de perguntas…
- Eu sei… É sempre diferente ter uma voz feminina para nos ouvir e aconselhar… Estás à vontade para perguntares o que quiseres! –
disse Nathalie colocando-a à vontade. Era importante que Gabi pudesse desabafar e esclarecer as suas dúvidas com alguém. Por mais que ela se sentisse à vontade com Bill não devia ser fácil fazer-lhe algumas perguntas íntimas.

- … Não sentes falta de estar com ele? - disse Gabi sentindo-se encorajada para continuar com as suas perguntas.
- É uma pergunta difícil de responder… - disse Nathalie atrapalhada – … Para te ser sincera… Por um lado sinto, porque passávamos mais tempo juntos e era bom… Mas por outro não, porque somos amigos e o que nos mantém unidos nunca foi o que acontecia dentro de quatro paredes… Percebes?
- Acho que sim… Mas não se torna difícil para ti conviveres com ele todos os dias?
- Não… De todo! Estou habituada a isso há muitos anos e durante todos esses anos nunca tive mais do que uma amizade com ele… Eu sinto-me confortável assim, não preciso de mais…

- Não sei como é que vai ser quando tiver de o ver com a Nicky… Não sei se vou aguentar… –
disse Gabi mudando ligeiramente o assunto – Quando vocês estavam juntos e eu o via falar sobre a Nicky já me sentia incomodada e com ciúmes… Não sei como é que tu aguentavas…
- Faz parte do trabalho dele… É assim que deves encarar isso: como um trabalho! E acredita que não é um trabalho que ele alguma vez aceitasse se não fosse pelas razões que foi… Se visses o estado em que ele ficou quando assinou o contrato… Era de ficar com o coração nas mãos… Nem me gosto de lembrar disso…

- Tu não gostas da Nicky, pois não?
- Não!!! … O Bill falou-te do Mercier? –
perguntou Nathalie para perceber o que Gabi sabia sobre Nicky Fuller e o seu manager.
- Sim…
- Para mim a Nicky é a versão feminina do Mercier, sem tirar nem pôr… Não acredito que ela seja tão boazinha e querida como aparenta ser…
- Eu simpatizo com ela…
- Mas tem de haver alguma coisa por baixo daquela maneira dela ser… Ninguém é assim!
– disse Nathalie sem fé em Nicky - O melhor conselho que te posso dar é para te manteres o mais afastada possível do Mercier, mas manteres os olhos bem abertos em relação à Nicky… Eu acho que ela quer garantir que no final dos seis meses de contrato, tem um Kaulitz na mão…
- Não me digas isso!!! –
disse Gabi preocupada com aquilo que ouvia – Mas ela sabe que eu e o Bill gostamos um do outro!
- Não acredito que ela respeite o que vocês têm se quiser alguma coisa com ele… -
disse Nathalie convencida daquilo que dizia – Ninguém tão bom se deixa manipular por gosto nas mãos de alguém tão mau como o Mercier! Ela não é tão inocente quanto parece… Aposto que tem o dedo em tudo o que ele faz…
- Mas o Bill adora-a!
- É a Nicky Fuller!!! –
disse Nathalie como se fosse a coisa mais lógica do mundo. Nicky era Nicky Fuller, a mulher que todos os homens dariam tudo para ter nos braços e agradar.
- Eu sei… - disse Gabi percebendo onde Nathalie queria chegar.
- Mantém os olhos bem abertos! Eu vou fazer o mesmo por ti, por ele e pelo Tom!

- Achas que é estranho que eu me sinta tão incomodada pelo facto de nós termos uma idade tão diferente? –
perguntou Gabi abrindo o seu coração a Nathalie.
- Não… Mas o Bill não liga a isso… Acredita!!! – disse Nathalie sorrindo. Também ela tinha tido as mesmas dúvidas quando estava do lado dele – E se queres que te diga a verdade… Acho que ele tem uma queda para mulheres mais velhas…
- Bem… Se formos pelo nosso próprio exemplo… Somos claramente bem mais velhas que ele e ele parece gostar… -
disse Gabi a rir. Não tinha pensado naquilo que Nathalie lhe dizia, mas fazia todo o sentido.

- Mas também ouvi dizer que te sentes incomodada com o facto de trabalharem juntos e de ele ser teu patrão… - disse Nathalie a medo que Gabi se sentisse constrangida com o facto dela saber aqueles pormenores.
- Bastante! – confessou Gabi – Quando acabei com o meu último namorado refugiei-me no trabalho e foi isso que me fez andar para a frente e ter vontade de sair da tristeza em que andava… Eu gostava muito dele… Mas gosto ainda mais do Bill, e sei que se as coisas correrem mal entre nós, não vou ter sequer vontade de me refugiar no trabalho, e ter de o encarar todos os dias… Acho que no fundo tenho medo de o perder… Tenho medo do ritmo de vida dele…
- Que agora também é o teu ritmo de vida! -
acrescentou Nathalie.
- Sim, mas é diferente… Tenho medo de sair magoada desta relação por não estar preparada para a enfrentar… Acontecem tantas coisas na vida dele que não acontecem no dia a dia de uma pessoa normal… Tenho de lutar contra uma quantidade infindável de sentimentos e emoções que tenho presos dentro de mim e só sei que gosto mesmo muito dele e que se o perder, não sei o que faço… E tudo isto é estranhíssimo porque nos conhecemos há pouquíssimo tempo e estamos juntos só há uma semana…
- Eu sei o que sentes… É difícil acompanhar uma vida tão agitada e complicada, mas quando se gosta de alguém, vale a pena fazer o esforço… Ainda por cima tu tens a vantagem de perceber e estar por dentro do estilo de vida que ele leva… Podes acompanhá-lo, aconselhá-lo e ajudá-lo sempre que ele precisar…
- Sim… Lá isso é verdade… -
admitiu Gabi mais tranquila.
- Eu acho que não podemos fazer nada a pensar no fim das coisas… Devemos viver e aproveitar aquilo que temos a cada momento… Senão tinhas de te fechar numa concha, sem te dares com ninguém, porque mais dia, menos dia as pessoas acabam por morrer e partir… Tudo tem um começo e um fim, e por mais que até possas saber quando é o começo, é incerto quando será o fim… Se és feliz com ele, aproveita… Se um dia, cada um tiver de seguir o seu caminho, tenho a certeza que serão os dois adultos o suficiente para saberem delimitar o vosso espaço e saberem trabalhar com o profissionalismo que vos é exigido…

Gabi sorriu. Quando Nathalie lhe explicava as coisas daquela forma tudo se tornava mais simples. Conseguia perceber o porquê de Bill se dar tão bem com ela. Nathalie era uma mulher deveras inteligente e interessante, seria uma óptima companhia para ter durante a sua jornada com os Tokio Hotel, mas seria uma boa amiga para manter para vida, acontecesse o que acontecesse no seu futuro com Bill.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQua Abr 27, 2011 11:30 pm

Ai meu bebê não fica assim, a mamãe aqui vai cuidar de você. Essa raiva que o meu Tommy esta sentido é muito tenso e é como o Bill falou ele não a ama mais gosta de estar com ela e até nessas situações o Tom é engraçado, já tirei a conclusão que isso é um dom. Nath e Gabi já são BFF, certo ? Já tem a intimidade de pergunta as coisas sem ter vergonha ou algo do tipo e as resposta são as mais sinceras. É sempre bom ter uma amiga ainda mais no trabalho, porque faz as compras conversa e etc ... Esta sendo ótimo isso, acho perfeito. Eu também já pensei nisso, o Bill gosta mesmo de mulheres mais velhas, além de ser muito safado né Senhor Bill Kaulitz. ¬¬'
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSex Abr 29, 2011 10:06 pm

CaTaRiNaAaAAaa \o/ \o/ \o/


UuUuHhHhhh....eu axo k o Tom ia gostar k vc kuidasse dele..... Oh se ia!!!!! Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil haha
Pois... ele pode n amar ela, mas gosta muito dela... é normal ele se sentir assim Crying or Very sad
Simmmmm.... as meninas estão super amigas!!! kem diria k isso ia akontecer Razz A "ex" do BiLL kom a actual dele haha mas é muito bom elas serem amigas e poderem falar de tudo...ng konhece melhor o BiLL intimamente k a Nat... (komo homem né!!! komo pessoa o Tom sabe mt mais, mesmo k a Nat saiba muito!!!)
Esse BiLL Kaulitz é safado mesmo..... tem um gostinho por mulher experiente.... haha haha haha




* * * KiSsEsSSsSs * * *



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- Gostas de beringela? – perguntou Paige.
- Sim… Porquê? És tu que vais fazer o nosso almoço? - respondeu Miss K espantada com a pergunta. Se Paige ia cozinhar para si, estava um santo para cair do altar.
- Achas?! – respondeu Paige a rir de forma irónica – É para pedir à cozinheira para fazer alguma coisa… Estou com desejo de comer beringela!

- Paige… Tens o computador ligado? –
perguntou Miss K pensando que seria uma oportunidade perfeita para fazer uma pesquisa rápida pelas fotos que Paige tinha tirado a Tom – Estou sem net em casa e gostava de ir ao meu e-mail
- Sim! Estás em cima da minha secretária… Vou só pedir para nos fazerem o almoço… Volto já!
- Ok!


Miss K esperou que Paige saísse do quarto e encaminhou-se para a secretária do quarto de Paige. Sentou-se na cadeira e abriu o computador. Sentia o coração desinquieto por aquilo que se preparava para fazer. Não tinha por hábito violar a privacidade alheia, mas precisava de procurar as fotografias que Paige tinha tirado a Tom e assegurar-se que as apagava de forma definitiva do computador.

- Já imaginaste o que era eu ter engravidado daquele nojentinho? disse Paige regressando atrás para partilhar o pensamento que lhe tinha ocorrido enquanto se dirigia à cozinha.

Miss K sentiu uma bomba explodir no interior do seu peito. O nervosismo que sentia, aliado à surpresa de ver Paige entrar novamente no quarto para dizer algo tão debilitante para o seu coração já enfraquecido pela dor de tudo o que se tinha passado há dois dias atrás quando tinha estado em Lisboa com Tom, tinha deixado Miss K prestes a morrer de ataque cardíaco. Como é que Paige se tinha lembrado de uma coisa daquelas? Será que Tom tinha sido descuidado com ela? Logo com ela? A dor que ainda a consumia acabava de se tornar mais excruciante.

- O quê??? – disse Miss K sentindo-se atingir por uma dor profunda. Se Paige tivesse engravidado de Tom, não seria capaz de sorrir novamente – Que estupidez!!! De onde é que isso veio???
- Hoje estou com desejos… Nunca se sabe…
- Claro que se sabe!!! … Vocês usaram protecção, não usaram? –
perguntou Miss K aterrorizada com a ideia de Paige estar a esconder-lhe algo terrifico.
- Claro!!!
- Então não te tens de preocupar… A não ser que o preservativo tenha rompido!
- Não… Mas sei lá…. Hoje estou com desejos e lembrei-me disto… -
disse Paige como se não fosse nada de mais – Mas ia ser o golpe perfeito! Já imaginaste o escândalo que era o cabrãozinho andar a fazer filhos nas meninas com que se cruza???
- Acho que os teus pais não iam achar grande graça… Ainda te deserdavam… -
disse Miss K tentando levar aquele tema com leveza, mas sentindo o seu coração chorar com a possibilidade daquele mundo imaginário ser algum dia real.
- Naaaa… Os meus pais fazem tudo o que eu quero! Se eles soubessem que eu estava grávida ainda me iam mimar mais, e quando descobrissem que o netinho era filho de um homem com fortuna própria… Acho que iam ficar bem contentes… E empenhados em procurar vingança do nojentinho por me ter engravidado e ter fugido às suas responsabilidades como pai! – disse Paige a rir.

- Mas já imaginaste o que era… Tu carregares um filho dele na tua barriga?! Tu detesta-lo… Ele ia ser fruto da uma noite horrível… Era filho da vingança… - disse Miss K sendo incapaz de controlar o nojo e a raiva que sentia de Paige ao dizer uma coisa daquelas. Qualquer criança que nascesse do ventre de Paige ia ter uma vida facilitada mas decadente, e Miss K não queria que parte de Tom tivesse de passar por isso, já chegava todo o mal que Paige tinha feito ao homem que amava.
- Horrível mesmo!!! - disse Paige recordando com nojo o seu encontro com Tom – Mas que ia ser engraçado vê-lo fugir com o rabo à seringa, ia… Bem… Volto já… - disse Paige saindo do quarto para ir à cozinha.

Miss K colocou uma mão sobre o peito e respirou fundo diversas vezes mantendo os olhos fechados, precisava de controlar a raiva, o nervosismo e a dor que sentia ao estar com Paige e ouvir coisas que a magoavam de forma tão possante. Abriu os olhos e voltou a concentrar as suas atenções no computador. Precisava encontrar as fotos que comprometiam Tom o quanto antes, o seu tempo era limitado. Abriu a pasta de fotos que Paige tinha no computador e para sua surpresa encontrou de imediato uma pasta com o nome: Tom Kaulitz, abriu-a e nela encontrou algumas fotos de Tom, desde muito novo, onde ele se fazia acompanhar por mulheres, e uma pasta com o nome Zurique, onde estavam contidas todas as fotos que Paige tinha tirado de Tom nessa noite. Criou um zip e enviou-o via e-mail para si mesma. Sentia o coração descontrolado com a ideia de Paige entrar a qualquer momento no quarto e apanhá-la em pleno delito. Conseguiu enviar as fotos e apagá-las do computador sem que nada corresse mal. Levantou-se e afastou-se o quanto antes do computador. Miss K andava de um lado para o outro no quarto de Paige a pensar no que poderia fazer para disfarçar o nervosismo e a falta de fome que sentia, quando os seus olhos passaram pelo telemóvel de Paige pousado sobre a cama. Sentia-se mal por se achar capaz de mexer num telemóvel alheio, mas Paige tinha feito o mesmo consigo e por pior que fosse mexer no telemóvel dela, não seria pior do que o que já tinha feito no computador. Tudo era permitido quando se tratava de proteger Tom. Acedeu ao telemóvel de Paige e facilmente encontrou as fotos tiradas, apagou-as e quando se preparava para pousar novamente o telemóvel sobre a cama, Paige regressou ao quarto.

- Já está! – disse Paige entrando no quarto com um sorriso nos lábios – Temos de falar sobre os nossos planos futuros…
- Sim… -
disse Miss K escondendo o telemóvel de Paige atrás das costas.
- Está na hora de entrares em acção… Recuperar a confiança do nojentinho e acabar com ele…
- Achas que ele ainda vai confiar em mim depois de tudo o que lhe disseste? –
disse Miss K deitando-se sobre a cama de Paige de modo a pousar o telemóvel sobre ela sem que Paige desse por isso.
- Acho que sim… Tenho a certeza que consegues dar-lhe a volta… Ele vai com a tua cara…

- O que é que achas que eu lhe diga? –
perguntou Miss K fingindo-se interessada.
- Que sou tua amiga e que tenho uma paixão secreta por ele que me levou a querer separar-vos, mas que não é mais que isso… Ele vai querer matar saudades de ti em três tempos… Deve estar desejoso de te pôr as mãos em cima…
- Queres que vá para a cama com ele de novo??? – perguntou Miss K incrédula com a maneira como Paige já não se importava com aquele tema.
- Se for preciso… Não deve ser muito difícil para ti K… Reviver os bons velhos tempos…
- Não!!! –
disse Miss K incomodada com o modo como Paige queria fazer de si uma marioneta das suas vontades.
- Então K??? Não queres levar as coisas até ao fim?
- E é preciso ir para a cama com ele???
- Bem… Talvez haja outra saída… -
disse Paige pensando melhor – Podes sempre embebedá-lo… Se conseguisses fotos dele bêbado, juntávamos às fotos que eu tirei e às provas que vais plantar no quarto dele e está feito!
- Prefiro essa opção!
- Ok… É como preferires… Tens de voltar a entrar em contacto com ele como se nada fosse… Nós vamos apanhá-lo K… Ele vai pagar por tudo o que nos fez!
- Sim… -
disse Miss K fingindo-se interessada na vingança.

- Sabes o que é que me lembrei quando estava com ele?
- Não me chegaste a contar… -
disse Miss K assustada com o que a cabeça maquiavélica de Paige se podia ter lembrado.
- Imagina o que era ele ser parado no aeroporto com droga escondida numa guitarra? Ou mandarmos a polícia fazer uma rusga a um quarto de hotel dele e encontrarem uma surpresinha lá plantada…
- Isso a juntar às fotos ia ser o final do Tom e dos Tokio Hotel…
- Não é de génio??? –
perguntou Paige entusiasmada com a sua ideia.
- Sim… - disse Miss K tentando disfarçar o facto de estar apavorada.

- Tenho de falar com o manda-chuva a ver se ele aprova a ideia… - disse Paige com um grande sorriso nos lábios.
- Com o manda-chuva?! – retorquiu Miss K interessada em tentar sacar informações de Paige.
- Sim… Tudo tem de passar por ele! Não nos podemos desviar do que ele deseja que seja feito!

- E o que é que ele deseja que seja feito?
- Que apanhemos o Tom!
- Porque é que não apanhamos outro? O Tom não é o mais fácil…
- Vamos concentrar-nos no que temos a fazer e deixar que quem entenda do assunto, pense e planeie o que tem de ser feito… -
disse Paige para matar o assunto por ali.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Sentada em frente ao seu computador, Miss K chorava lágrimas de dor que ainda tinha guardadas num recanto escondido do seu coração. Ver as fotografias que Paige tinha tirado de Tom na noite que eles tinham partilhado, destruía todas as muralhas que tinha construído à volta daquela traição e que a protegiam do sofrimento atroz que sentia naquele momento. A impenetrabilidade que tinha criado, tinha sido destruída de forma fácil e infalível com aquelas imagens. Miss K sentia-se dominar pela tristeza. Sentia saudades de ter Tom consigo, de o ver descansar do seu lado, de o sentir no seu interior, de sentir as suas mãos e lábios presos a si. Como é que podia esquecer alguém que lhe dizia tanto? Como é que conseguiria suportar a dor que sentia ao saber que o tinha feito sofrer? Como é que poderia suportar a dor que sentia ao vê-lo dormir depois de ter ido para a cama com Paige, se sentia o seu coração apertado e dominado por um uma tristeza imensa? Já não conseguia sentir nojo, nem raiva dele. Já não conseguia encarar o que tinha acontecido como uma traição. O tempo tinha-lhe mostrado que Tom tinha sido uma vítima da maldade de Paige e que não poderia ser culpabilizado por aquilo que tinha ocorrido, mas mesmo assim, Miss K não conseguia evitar de sentir um peso tomar conta do seu peito. Sabia que tinha perdido Tom por algo que se arrependia amargamente. Sabia que naquele momento ele era capaz de estar a sentir parte da sua dor e que tal era injusto. Ninguém tinha o direito de brincar com os sentimentos de outra pessoa.

Precisava falar com Tom. Tinha prometido deixá-lo ao corrente do que fosse descobrindo. Não sabia como reagir à voz dele. Não sabia sequer se ele lhe daria o prazer de ouvir a sua voz. Tinham passado dois dias desde que se tinham encontrado em Lisboa e ainda era capaz de sentir o desejo e dor consumirem o seu interior de forma preocupante. Mas tinha de o fazer, era o correcto. Pegou no telemóvel e respirando fundo diversas vezes seleccionou o número de telefone de Tom.

- Sim… - atendeu Tom com uma voz claramente incomodada.
- … Atendeste! – disse Miss K espantada e apanhada de surpresa pela rapidez com que Tom lhe tinha atendido o telefonema.
- Não sou como tu… - disse Tom de forma ressentida – O que é que queres?
- Dizer-te que já apaguei as fotos que a Paige te tinha tirado em Zurique… Tanto do computador, como do telemóvel… -
disse Miss K sentindo o seu coração bater acelerado por estar novamente ao telefone com Tom, por mais agressivo e impaciente que ele estivesse - Talvez ela tenha outras cópias… Se as encontrar, destruo-as…
- Ok…

- Posso enviar-tas? –
perguntou Miss K a medo – Talvez fosse bom teres acesso ao que ela tem contra ti…
- Sim. Envia-mas para o e-mail que me tinhas criado…
- disse Tom sem querer explorar muito a conversa.
- Ok, vou fazer isso… - disse Miss K acedendo ao seu e-mail para dar seguimento ao zip que tinha tirado do computador de Paige.

- É tudo?
- Não… Ela quer que eu te procure e que dê seguimento ao plano…
- O que é que isso quer dizer?
- … Que em principio vou ter contigo a Milão… -
disse Miss K a medo da reacção de Tom.
- Vens ter comigo?! – repetiu Tom admirado com a expressão que Miss K tinha utilizado – Não… Quer dizer que em principio vais a Milão… A cidade é grande, não precisamos de nos encontrar… Não estou interessado nisso…
- Eu sei, mas… Talvez devêssemos falar do que vamos fazer a seguir…
- Eu não tenho nada para falar contigo!!! Tu disseste que me tinhas contado tudo o que tinhas para contar e que me ias deixar em paz, estou à espera que o faças! –
disse Tom ficando ligeiramente exasperado com aquela conversa.
- Eu sei, mas a Paige quer que eu plante as provas contra ti…
- E estás à espera que eu te abra a porta do meu quarto e te deixe entrar para fazeres o teu trabalhinho???
perguntou Tom incrédulo e enraivecido com o decorrer da conversa.
- Não digas isso Tom… - disse Miss K sentindo uma onda de lágrimas atacarem os seus olhos – Eu seria incapaz de te fazer isso…
- Não sei se serias assim tão incapaz…
- Sabes… No fundo, eu acredito que tu saibas… Senão não me atendias o telefone…

- Então o que é que queres? –
perguntou Tom incomodado.
- Perceber como vamos dar a volta à situação… Como é que eu vou até Milão ter contigo e volto de mãos a abanar…
- Não tenho nada a ver com isso… Não me vais fazer entrar nos teus joguinhos sujos… Arranja-te… Tu é que te meteste nessa embrulhada…
- Por favor Tom… Eu quero proteger-te… Deixa-me ajudar-te…
- Eu não preciso de protecção nem ajuda de ninguém!!! –
frisou Tom de forma agressiva.

- Ela está a pensar mandar fazer uma rusga ao teu quarto ou arranjar maneira que sejas apanhado no aeroporto com droga escondida nas guitarras…
- Preciso de me preocupar com isso?
- Claro que sim! –
disse Miss K imediatamente – Não por mim!!! Mas por outras pessoas… Não leves ninguém para o teu quarto, e verifica sempre as guitarras antes de embarcar…
- As guitarras vão sempre no tourbus… -
disse Tom respirando fundo - … E tu não tens nada a ver com as pessoas que eu levo para o meu quarto!
- Eu sei… Mas promete-me que vais ter cuidado com o que fazes… -
suplicou Miss K sentindo o seu coração partir com o modo como Tom lhe falava. Podia merecê-lo, mas não deixava de custar ouvir a raiva e tristeza da voz de Tom.
- Não tens o direito de me pedir nada!
- Por favor Tom…
- Não te vou fazer promessas…


Miss K afastou o telefone do ouvido durante breves instantes. Sentia uma dor tão forte tomar conta do seu peito e uma vontade de chorar tão incontrolável que tornava difícil o seu controlo. Limpou as lágrimas dos olhos e levou o auscultador novamente ao ouvido na esperança de ter a força necessária para acabar aquela conversa.

- Eu preciso de estar descansada e saber que tu consegues olhar por ti… Se te acontecer alguma coisa…
- Dás uma festa? –
perguntou Tom de forma irónica.
- Só o facto de pensares numa coisa dessas magoa-me… - disse Miss K não contendo as lágrimas que escorriam sobre o seu rosto.

- Eu estou ocupado… - disse Tom desejoso de fugir àquela conversa.
- Desculpa… - disse Miss K fungando – Prometo não me demorar muito mais… Queria só aproveitar para te dizer que descobri que quem está por detrás disto tudo é um homem…
- Já desconfiava que fosse! As mulheres acabam sempre por ser fracas e demonstrarem como realmente são… -
disse Tom claramente ressentindo com Miss K por tudo o que tinha acontecido.

- Dói tanto ouvir-te dizer essas coisas… - disse Miss K percebendo que Tom tentava de tudo para a magoar com as suas palavras e indirectas.
- Porquê? Revês-te nelas?

- Vou-te deixar em paz… -
disse Miss K ignorando a pergunta dolorosa de Tom – Vemo-nos em Milão…
- Não, não vemos… -
disse Tom de forma imediata – Podes ir a Milão fazer o que quiseres, mas não tentes ir até lá para estar comigo, porque eu não quero estar contigo… Aproveita para ir às compras e esbanjar o dinheiro da tua amiguinha… Há lá lojas com roupa gira… Até podes comprar uma roupinha a condizer para ti e para ela…

- Não sabia que eras capaz de ser assim… Esse sarcasmo parece-me mascarado de uma maldade que tem como único propósito ferir-me…
- Não tenho tolerância para quem me faz mal! Chama-lhe defeito… Eu chamo virtude!
- Ok… Como queiras… -
disse K atingindo a sua tolerância de massacre do dia – Adeus Tom…
- Espero que sim… -
respondeu Tom desligando o telefone de seguida.

Miss K pousou o telefone e cruzando os braços sobre a sua secretária, deixou que a cabeça se apoiasse neles e os seus olhos chorassem toda a dor que estava contida no seu interior. Não conseguia tolerar a tristeza que sentia ao ouvir Tom ser tão agressivo e duro consigo. Por mais que merecesse, amava-o demasiado para que aquelas palavras não ecoassem de forma violenta no seu interior.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSex Abr 29, 2011 10:41 pm

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA GAROTA MAU CARATER. É muita falta de porrada mesmo né. Como ela PODE PENSA em uma coisas dessas ? Ela não tem noção mesmo das coisas, a casa palavra dela me da nojo garota sem escrúpulos. E PARA PIORA A SITUAÇÃO, ela pensa em uma coisas deles para meu bebê; colocar drogas nas guitarras deles. ÔH ODEIO. p*t* p*t*
Miss K continua fazendo isso que você vai longe ele ainda esta arrasado mais vai passar ~euacho~ e ele esta sendo muito rude :s Mais temos que ver o lodo dele também né.
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dikas
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeDom maio 01, 2011 9:11 pm

CaTaRiNaAaaAAaa \o/ \o/ \o/


Mau caracter é pouko GrRrRrRrrrr......... p*t* p*t* p*t* Essa garota n tem é caracter nenhum!!! É do piorio!!!!! é komo vc diz, ela precisava levar muita porrada para ver se mudava muito!!!!! GrRrRrRrr....garota detestavel!!!!! Uma autentika kaskavel p*t* p*t* p*t* p*t*
O Tom foi mesmo rude para a Miss K.... mas é kompreensivel, né?? Ele tá muito magoado.... mas ela n pode deixar as koisas fikarem por aki!!



* * * KiSsEsSsSs * * *



104

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 104xk


Sentiu a mão dele descer lentamente pelas suas costas e procurar abrigo no início do seu rabo, ao mesmo tempo que os seus lábios ávidos procuravam agradar a sua boca numa troca de beijos arrojada e excitante. Sentiu a mão dele descer um pouco mais e apoderar-se do seu rabo, provocando-lhe uma onda de arrepios. Mordeu o lábio inferior de Bill ao mesmo tempo que segurava na cara dele com ambas as mãos e deixava que o corpo dele rebolasse por cima da cama e se deitasse sobre si para continuar numa troca de beijos selvagem e perigosa para o bater do coração de ambos. Bill colocou uma mão sobre os cabelos macios dela, acariciando-os com amor e dedicação, e arrastou a outra mão até à cintura dela. Levou os lábios ao pescoço de Gabi, beijou-o e lambeu-o, ao mesmo tempo que deixava a mão que tinha sobre a cintura dela investigar a pele macia que se fazia sentir por baixo do top que ela tinha vestido. Gabi sentia o coração em pleno campo de batalha. Estava extasiada, mas ao mesmo tempo lutava contra o desejo e o calor crescente que sentia tomar conta do seu corpo. As mãos de Bill pareciam ter sido feitas para se passearem sobre o seu corpo e os lábios dele voltavam a atacar os seus lábios de forma tão vigorosa que tudo o que Gabi desejava era sentir novamente o piercing que ele tinha sobre a língua tomar conta de todos os cantos e recantos da sua boca. Abraçou o corpo de Bill e sentiu-o colocar-se entre as suas pernas, como se, se preparasse para algo mais. Gabi soltou-se dos lábios de Bill e colocando uma mão sobre o peito ofegante dele, fez com que ele parasse e a olhasse nos olhos com um brilho excitado e desinquieto. Gabi sorriu e depositou um beijo terno sobre os lábios escaldantes de Bill, saindo debaixo dele para se sentar na cama.

- Preciso de ir… - disse Gabi tentando recuperar o fôlego. Os beijos de Bill deixavam-na irremediavelmente receptiva a todos os seus passos. Bill tinha um poder estranho sobre si.
- Porque é que não ficas comigo esta noite? – pediu Bill, acariciando as costas dela por baixo do seu top.

Gabi olhou para trás para fitar Bill nos olhos e ver neles uma expressão apaixonada e atrevida. Sorriu ao aperceber-se que ele a desejava e mordeu o lábio inferior. Aproximou os seus lábios dos de Bill e depositou um novo beijo sobre eles, sentindo a mão de Bill que estava nas suas costas, tomar conta da sua cabeça e acariciar a sua nuca.

- É melhor eu ir… - disse Gabi suspirando. Se ficasse com Bill sabia que acabaria por ceder ao corpo dele e ainda era cedo para isso, por mais que fossem ambos adultos e o desejo fosse algo ardente entre eles.
- Não te estou a pedir para acontecer nada… Só quero que fiques aqui comigo… - disse Bill suplicando com o olhar – Podíamos ficar agarradinhos um ao outro…. Falávamos pela noite fora…
- E depois despediam-me por estar a tirar as noites de sono ao vocalista dos Tokio Hotel! –
disse Gabi a rir.
- Eu acho que te promoviam por o deixares feliz e cheio de vontade de cantar e encantar nos palcos de todo o mundo…
- És tão tontinho! –
disse Gabi suspirando através de um sorriso, depositando um novo beijo sobre os lábios de Bill.

- Ok, então podemos dormir… Sim? Parece-te bem? Assim eu descanso e quando acordar estou feliz nos teus braços… - sugeriu Bill piscando o olho a Gabi.
- Outro dia… - disse Gabi levantando-se da cama para tentar fugir à tentação de Bill.

- Já te disse que te amo, hoje? – perguntou Bill ao vê-la ajeitar a roupa e o cabelo em frente ao espelho do seu quarto.
- Não… - disse Gabi virando-se de frente para a cama, fitando Bill nos olhos. Adorava ouvi-lo declarar-se apaixonado por si.

Bill saltou da cama para ir de encontro a Gabi. Abraçou-a pela cintura e encostou-a contra o espelho, deixando que a sua pélvis ficasse de encontro ao corpo dela, mas o seu tronco se distanciasse o suficiente para a olhar com profundidade nos olhos.

- Amo-te Gabi… - disse Bill derretido com o sorriso que Gabi esboçava ao ouvir as suas palavras, sentindo-se impelido a fazer com que os seus lábios percorressem o pescoço dela, fazendo-a arrepiar-se – Amo-te mais que muito… - disse Bill roçando os seus lábios até aos lábios dela para os tomar com energia e desejo – Mais do que te amava ontem… E amanhã tenho a certeza que te vou amar mais do que te amo hoje… - disse Bill de forma sussurrada ao ouvido dela, fazendo uma pausa para brincar com o lóbulo da sua orelha em mordidelas sensuais e ao mesmo tempo que apertava o corpo dela contra o seu - Embora ainda tenha de procurar espaço dentro de mim para acolher esse amor todo…
- Tenho a certeza que vais encontrar um espacinho… -
disse Gabi sugando o lábio inferior de Bill, ao mesmo tempo que passeava as suas mãos pelos cabelos dele.
- Eu também! – disse Bill sorrindo, apoderando-se novamente dos lábios dela sedento de a beijar uma vez mais e matar o desejo que sentia por ela – Porque te amo!

- É tão bom ouvir-te dizer isso… -
disse Gabi suspirando enquanto fechava os olhos e inclinava a sua cabeça para trás.
- Amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te…. – disse Bill de forma praticamente inaudível por estar empenhado em beijar o pescoço dela com toda a dedicação e afecto.

- E eu amo-te a ti… - disse Gabi segurando na face de Bill com ambas as mãos, encarando-o olhos nos olhos, ao mesmo tempo que o seu coração disparava de forma galopante e sentia com uma intensidade medonha as palavras que dizia. Tinha a certeza que o amava, mais do que tinha amado no passado, menos do que iria amar no futuro.

Bill sentiu um arrepio percorrer o seu corpo e sorrindo de forma verdadeiramente feliz e completa, preencheu os lábios dela com os seus. Ouvi-la dizer aquelas palavras perfazia e satisfazia o seu imaginário de perfeição. Sabia que cada palavra que ela dizia era sentida. Sabia que tinha encontrado a mulher dos seus sonhos e que juntos poderiam viver uma vida unida e feliz.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Sentia-se mal por ter sido tão rude e agressivo com Miss K, mas não tinha como controlar a raiva e a dor que ia no seu interior. Não sabia lidar com a confusão de sentimentos que o dominava e não tinha sequer vontade de saber o que isso quereria dizer. Tinha ficado assustado quando Bill lhe tinha chamado a atenção para o facto de gostar dela. Era verdade. Sentia-o em si. Com as outras gostava do sexo, do corpo, da sedução. Com ela, gostava de tudo. Tinha plena noção que não a amava e que aquele sentimento não era eterno, mas por mais que a desejasse detestar e ver pelas costas, algo o fazia gostar dela e da sua companhia. Algo o fazia sofrer ainda mais por ter sido mal criado e tê-la feito chorar ao telefone. Ultimamente só conseguia fazer porcaria. Todas as raparigas que se aproximavam de si acabavam a chorar e magoadas consigo. Precisava mesmo de uma pausa e de se ver longe do sexo feminino.

Pegou no telefone do quarto de hotel e pensou em ligar a um dos seus amigos. Não valia a pena ligar a Bill, sabia que ele ia estar ocupado com Gabi, tinha tirado a noite para estar com ela, por isso optou por ligar a Gustav.

- Estou… - atendeu Gustav.
- Gus, é o Tom… Queres ir tomar um copo? – perguntou Tom sem grandes rodeios.
- Não posso… Estou ocupado…
- Vá lá… Preciso mesmo de sair um bocado…
- Não estás a perceber… -
disse Gustav baixando o seu tom de voz – Estou ocupado… Com uma miúda…
- Ahhhh….
disse Tom percebendo que estava a incomodar – Desculpa! Não tinha percebido! Força aí… Dá-lhe como se fosses o Sex Gott!
- Sempre com a alma… -
disse Gustav claramente feliz com a sua companhia.
- Garanhão!!! – disse Tom a rir entretido com a expressão do amigo.
- Fica bem…
- Tu também! –
disse Tom momentos antes de desligar o telefone.

Tom sorriu feliz com o facto do amigo estar acompanhado. Era raro Gustav recorrer a one night stands, mas quando o fazia era porque a rapariga lhe dizia realmente qualquer coisa. Voltou a pegar no telefone e ligou para Georg, era ele que o ia libertar do seu estado de consciência excessivo.

- Sim… - atendeu Georg.
- É o Tom!
- Então, tudo bem? –
perguntou Georg.
- Sim… Queres ir tomar um copo?
- Não posso, estou a falar com a Em pelo Skype!
- Falas com ela depois… Anda lá beber um copo, não me apetece ir sozinho!
- Hoje não dá mesmo Tom, eu e a Em fazemos um ano e meio!
- Não sabia… -
disse Tom percebendo que não ia encontrar uma maneira de convencer Georg a largar o computador – Parabéns aos dois! Manda beijinhos meus a ela… Daqueles que eu sei que ela gosta!
- Não te estiques! –
disse Georg a rir.
- Ok, beijinhos para ti também… Não precisas de ficar com ciúmes!
- És muito engraçadinho –
disse Georg a rir - Desculpa, mas hoje não vai dar mesmo…
- Na boa, eu percebo! Divirtam-se…
- Tu também!
- Fica bem Ge… -
disse Tom despedindo-se.

Tom desligou o telefone e levantou-se da cama. Precisava de sair do quarto ou ia acabar por dar em maluco sem saber o que fazer. Toda a gente estava ocupada com alguém, menos ele. Mas naquela noite não estava à procura de companhia, apenas descontrair. Pegou nas chaves do quarto e no maço de tabaco e saiu sem pensar em demasia naquilo que ia fazer. Apanhou o elevador que dava acesso ao 3º piso, onde ficava o bar do hotel e apercebendo-se que o bar era sossegado e que se podia fumar no seu interior, sentou-se numa mesa perto de uma das grandes janelas de vidro, pediu uma cerveja ao empregado e acendeu um cigarro. Sentia-se estranho, como se não pertencesse ali nem a lado nenhum. Se tivesse a companhia de alguém seria mais fácil. Talvez devesse tentar telefonar a Nathalie para que ela lhe fizesse companhia. Esperou que o empregado lhe trouxesse a cerveja e telefonou à amiga.

- Hallo Tom! – atendeu Nathalie visivelmente animada.
- Que fazes?
- Estou com a Dunj a ver umas roupinhas de bebé que ela comprou hoje, são tão girassssss! Porquê?
- Não querem passar pelo bar para tomarmos um copo?
- Sabes se o bar é para fumadores?
- Sim, é.
- Então não convém a Dunj ir, por causa do bebé!
- Pois… -
disse Tom percebendo que ia ficar restringido à sua própria companhia – Ok, deixa estar…
- Telefona a um dos rapazes!
- É o que vou fazer… -
disse Tom não querendo revelar que já os tinha contactado, para que Nathalie não se sentisse mal em deixá-lo sozinho.
- Até amanhã.
- Até amanhã meninas… Beijos para as duas!
- Beijinhos Tom… -
disse Nathalie desligando o telefone.

Tom desligou o telefone e pousou-o em cima da mesa. Levou o cigarro à boca e deu um longo bafo, pensando na sua vida e no facto de estar absolutamente sozinho. Expulsou o fumo do seu interior, brincando com ele. Levou o gargalo da garrafa de cerveja à boca e deu um longo golo. Observou o bar e as pessoas que nele se apresentavam e sentiu-se mais solitário ao perceber que era das únicas pessoas que estava sozinho. Levou novamente a garrafa à boca e de forma impensada bebeu praticamente todo o conteúdo dela. Deu um bafo no cigarro e espreitou para o exterior do hotel, apercebendo-se que haviam umas quantas fãs à porta. Se quisesse podia ir para a cama com qualquer uma delas, era só escolher. Afastou aqueles pensamentos da cabeça e deixou-se ficar a observar a rua e as pessoas que passavam enquanto terminava de fumar calmamente o seu cigarro e preparava-se para acabar e cerveja e ir para o seu quarto. Talvez levasse uma nova garrafa de cerveja consigo para lhe fazer companhia, já que a noite parecia triste e solitária para os seus lados. Apagou o cigarro no cinzeiro e pegou na garrafa, levando o gargalo à boca. Inclinou o pescoço para trás de modo a beber até à última gota que tinha na garrafa e quando voltou a colocar a cabeça para a frente e pousar a garrafa sobre a mesa reparou que estava uma mulher sentada na sua mesa, à sua frente. Tom humedeceu os lábios e ficou ligeiramente assustado. O olhar dela era sensual e cativante. Devia ter cerca de trinta anos e um corpo que denotava que passava grande parte do seu tempo no ginásio. Sorria para si com um olhar brilhante e provocante. Tom engoliu a seco. Não tinha ido até àquele bar à procura de companhia, por mais que desejasse não estar sozinho.

- À procura de companhia? – perguntou ela inclinando o seu corpo sobre a mesa, deixando à mostra o farto decote e os implantes dos quais ela se devia orgulhar bastante.
- Não… - disse Tom passando a língua diversas vezes sobre o piercing que habitava os seus lábios. Não devia dar confiança a ninguém. Estava fechado para férias no departamento de mulheres bonitas que davam a volta à sua cabeça e vida. Não queria companhia, nem problemas.

- … Nem de uma companhia inesperada?
- Depende… -
disse Tom sem querer. Estava formatado para agradar e seduzir, era mais forte do que ele e a sua força de vontade juntos – Se a companhia for boa…

- Não te agrada aquilo que vês? –
perguntou ela sem pudor.
- Agrada-me bastante… - disse Tom fitando o decote e os lábios carnudos dela – Mas parece que não sou só eu que estou agradado com o que vejo…
- Pois não… -
disse ela tirando um cigarro do maço de Tom para o acender de forma sensual e encostar-se à cadeira – Estava sentada na outra ponta da sala e vi-te entrar… Fiquei curiosa com o que se esconde por debaixo de tanta roupa…
- Um corpo de homem… -
disse Tom sorrindo de forma sedutora. Adorava aquele jogo de palavras, eram os seus preliminares preferidos.
- Não tenho dúvidas disso… - disse ela expulsando uma vasta quantidade de fumo do seu interior, passando a língua de forma lenta e estudada sobre os lábios – E imagino que seja um corpo bastante interessante…

- O que te leva a imaginar isso? –
perguntou Tom pegando no cigarro que ela tinha na mão, para o levar à sua boca provocando-a.
- Atitudes dessas… - disse ela sorrindo, mostrando-se absolutamente conquistada pela provocação e atrevimento de Tom.

Tom sorriu e continuou a fumar o cigarro dela de forma descontraída. Não tinha qualquer intuito de sair do bar acompanhado, mas o seu corpo estava desejoso de ter um encontro com aquela mulher. Era verdade o que Bill lhe dizia: sempre que tinha problemas virava-se para mulheres bonitas e sexo, era mais forte do que ele. Tinha-se habituado a lidar com os problemas daquela maneira, e por mais que gostasse de negar aquele corpo que estava naquele momento à sua frente, tinha uma vontade imensa de o provar e sabia que se o fizesse se sentiria bem melhor. Observou com atenção a mulher que tinha à frente e percebeu que sendo mais velha devia andar à procura de uma aventura, sem compromissos, nem complicações. Devia querer única e exclusivamente prazer e uma boa noite de sexo, simples e directa ao assunto. Talvez devesse começar a procurar companhias mais velhas, menos complicadas e que exigissem menos de si. As mulheres mais velhas tinham uma forma muito especial de o agradar, eram desinibidas e sabiam o que queriam e gostavam. Conheciam melhor o corpo dos homens e não tinham pudores na hora de o satisfazer. Tom apagou o cigarro no cinzeiro e levantou-se sobre o olhar espantado dela. Estendeu-lhe a mão e olhou-a com o seu olhar felino e predador.

- No teu quarto, ou no meu? – perguntou ela dando a mão a Tom, levantando-se de seguida.
- No teu… - disse Tom tentando salvaguardar a sua intimidade.

Tom sentiu a mão dela agarrar a sua com força e levá-lo através do bar, parando somente perto do balcão para deixar uma nota de vinte euros que pagava a despesa de ambos naquela noite. Conduziu-o até ao corredor, e encaminhou-se até uma das portas daquele mesmo piso. Abriu a porta e deixou-a aberta para que Tom entrasse. Tom fechou a porta e humedeceu os lábios. Entrou para o interior do quarto e reparou que ela já estava a tirar os sapatos e a procurar um preservativo na sua mesa-de-cabeceira. Tom pensou no que estava a fazer e em como tinha prometido a si mesmo acalmar e tentar pensar mais naquilo que fazia, mas não era capaz de negar algo que sentia como uma necessidade primária do seu corpo. Era só naquela noite. Estava a precisar dela e do que ela lhe queria oferecer. Nada de mal poderia resultar daquele encontro, não diria sequer o seu nome.

- Onde me queres? – perguntou ela de forma erótica.
- Em qualquer lado…
- Pode ser em frente ao espelho? –
perguntou ela aproximando-se dele transpirando sensualidade em cada passo que dava.
- Hmmm… Queres ver-me tomar o teu corpo? – perguntou Tom excitado com a ideia. Nunca lhe tinham feito aquele pedido.
- Sim… - disse ela colocando ambas as mãos sobre o peito de Tom para o sentir definido e rijo, tal como gostava.

Tom tirou o casaco que trazia vestido e deixou que ela lhe tirasse as t-shirts que tinha sobre o seu corpo acalorado pela excitação. Viu na expressão do olhar dela um brilho particular que lhe garantia que aquela noite ia ser divertida.

- Era o que estavas à espera? – perguntou Tom sentindo as mãos dela atacarem as suas calças, para se verem livres dela o mais rápido possível.
- Sem dúvida… - disse ela puxando as calças de Tom para baixo olhando fixamente para o volume que se escondia nos seus boxers – Mas confesso que tenho muita curiosidade em conhecer outras partes do teu corpo…
- Não tanta quanto elas têm em conhecer-te a ti… -
disse Tom puxando-a até si para a beijar pela primeira vez.

Tom beijou-a com alguma dificuldade. Sentia-a demasiado inquieta nos seus braços, ao mesmo tempo que tirava os collants que trazia vestidos. Não era capaz de se concentrar naquele beijo, e a vontade que tinha em beijá-la estava a perder-se aos pouco e poucos. Quando finalmente se apercebeu que ela se desfazia dos collants, sentiu um dos braços dela abraçá-lo, enquanto a outra mão procurava estimulá-lo sexualmente e ir directa ao assunto que o levava até ali. Tom deixou-se levar e excitar por ela, e tentou abrir o fecho do pequeno e justo vestido que ela trazia sobre o corpo, sendo impedido pelas mãos dela. Deixou que as suas mãos percorressem o corpo feminino que lhe daria prazer naquela noite e quando chegou à zona do peito, ela puxou o decote para baixo, deixando-o a descoberto. Não trazia soutien, mas isso não espantava Tom que se tinha apercebido que ela tinha implantes mamários no momento em que ela tinha exibido o seu decote no bar. Afagou com as mãos o peito dela e acariciou-o, levando os seus lábios até ele para o beijar e mordiscar sensualmente, ao mesmo tempo que a ouvia soltar gemidos de prazer e excitação. Encaminhou o corpo dela até à secretária do quarto, onde ficava o espelho, beijando-a de forma selvagem e activa, e quando se preparava para a parar de beijar e fazê-la sentar-se sobre a mesa para iniciar a sua exibição, sentiu-a travá-lo novamente, soltando-se dos seus lábios e virando-se de costas para si.

- Eu gosto por trás… - disse ela levantando ligeiramente o vestido, até deixar a descoberto o fio dental transparente que trazia vestido – Dá-me mais prazer!
- Eu sou a favor do prazer! -
disse Tom observando-a puxar o vestido e colocar as mãos sobre a mesa, olhando para ele através do espelho.
- Deixei o preservativo em cima da cama… - disse ela nitidamente desejosa de sentir Tom no seu interior.

Tom procurou o preservativo e assim que o encontrou, puxou os boxers ligeiramente para baixo, sem os tirar na totalidade, e colocou-o em si. Aproximou-se do corpo excitado dela, e fez deslizar pelas suas pernas abaixo o fio dental em tons de vermelho que ela trazia vestido. Olhou para o espelho e viu-a expectante e com os lábios entreabertos em clara agitação. Tom abriu as pernas dela um pouco mais e apoiando as suas mãos sobre o final das suas costas, agarrou-a pela cintura e procurou entrar dentro dela de forma dura e penetrante, fazendo com que ela soltasse um sem fim de gemidos que pareciam um misto de prazer e algo encenado para satisfazer os ouvidos dos seus parceiros. Investiu sobre o corpo dela com a sua pélvis, fechando os olhos para aproveitar a excitação que se apoderava do seu corpo. Adorava aquela sensação, era ela que revitalizava o seu corpo e limpava a sua mente, libertando-o de pensamento impróprios. Abriu os olhos e apercebendo-se que ela o fitava através do espelho sentiu-se intimidado. Deslizou as mãos pela barriga dela e só parou quando atingiu o seu peito voluptuoso. Ouvia-a emitir sons de prazer sem parar. Tom não sabia se pelos seus dotes de amante, se pela vontade de o satisfazer auditivamente. Pegou na perna direita dela, e puxou-a para cima, obrigando-a a colocá-la sobre a mesa. Entrou dentro do corpo dela de forma mais ágil e vendo-a olhar para si de olhos semicerrados e uma das mãos sobre o espelho, para segurar o impulso do seu corpo, entrou dentro dela com mais intensidade, fazendo-se sentir mais rápido. Queria que ela gemesse e gritasse só quando ele lhe desse razões para isso. Aumentou a perícia com que a penetrava e sentiu-a começar a gemer de forma incontrolável. Agora sim, ela não conseguia controlar o prazer que sentia. Deitou o seu corpo sobre as costas dela, e abraçando-a pela cintura, movimentou a sua pélvis em movimentos pequenos mas rápidos e incisivos que a faziam respirar de forma descoordenada e procurar os lábios dele que se encontravam sobre o seu ombro direito. Tom negou-lhe os seus lábios e afastou-se do corpo dela. Sentou-se sobre a mesa para que não tivesse de a encarar através do espelho e puxou o corpo dela para cima do seu, percebendo que ela estava encantada e hipnotizada com a sua própria figura reflectida no espelho. Puxou o vestido que ela trazia para fora do seu corpo e posicionou-a sobre a sua cintura para continuar aquilo que o levava até àquele quarto. Sentiu o corpo dela impulsionar-se sobre o seu vezes e vezes sem conta e deixou-se encostar sobre o espelho, fechando os olhos e permitindo-se somente a sentir o prazer que ela lhe infligia. Abriu os olhos quando a sentiu parar e ofegar com dificuldade e percebeu que tinha de ser ele a tomar as rédeas àquela situação ou corria o risco de não se satisfazer plenamente. Saltou de cima da mesa, e encostando-a contra a mesa, de costas voltadas para si como ela tanto gostava, entrou novamente no seu interior e soltou todas as energias que lhe restavam, no corpo dela, fazendo-se sentir de forma rápida e eficaz, como o orgasmo que pouco tempo depois daquele estimulo o atingia de forma estrondosa. Saiu do interior dela e viu-se livre do preservativo que o cobria. Puxou os boxers para cima e procurou a sua roupa que estava espalhada no chão do quarto para se vestir e ir embora. Sentia-se verdadeiramente mais leve e pronto para enfrentar a noite de sono que se seguia. O corpo dela tinha sido como uma terapia para si.

- Qual é o número do teu quarto? – perguntou ela sentando-se sobre a mesa, observando-o vestir-se.
- Para que é que queres saber? – perguntou Tom achando estranha aquela pergunta, recordando a chamada de atenção que Miss K lhe tinha feito há umas horas atrás pelo telefone em relação a não levar ninguém que não conhecesse até ao seu quarto porque Paige estava empenhada em apanhá-lo.
- Para repetir a noite de hoje… Podia-te fazer uma visita amanhã por volta desta hora…
- Amanhã não estou cá… Sigo viagem… -
disse Tom omitindo o facto de ainda estar hospedado no hotel na noite seguinte e só seguir caminho até Milão na manhã que se seguia.
- É uma pena…

- Gostaste assim tanto? –
perguntou Tom com um sorriso atrevido nos lábios.
- Sim… - disse ela saltando da mesa para apanhar o casaco dele do chão – És de onde?
- Alemanha...
- Hmmm… Tenho de procurar mais alemães como tu… -
disse ela ajudando-o a vestir o casaco.
- Nem todos são como eu… Tiveste o prazer de provar o melhor… - disse Tom abraçando o corpo dela, apertando o seu rabo pequeno com ambas as mãos, atacando de forma selvagem os lábios dela.
- Só saberei se experimentar mais uns quantos… - disse ela sem pudor.
- Experimenta-os a todos, mas não te esqueças de mim… - disse Tom ajeitando a fita que tinha sobre a cabeça para se preparar para sair.
- O primeiro é sempre inesquecível…
- E no teu caso será sempre o melhor! –
disse Tom passando a língua sobre os lábios.

- Convencido e mordaz… És o meu género de homem! – disse ela mordendo o lábio inferior.
- Quem sabe não nos encontremos novamente um dia destes… - disse Tom de forma galanteadora. Tinha a certeza que nunca a veria novamente e não estava interessado noutra coisa. A noite tinha sido boa, mas tinha sido terapia pura para o seu ego e espírito.
- Ia ter muito prazer de certeza… - disse ela seguindo Tom até à porta.
- Eu ia-me garantir disso! – disse Tom abrindo a porta.
- E já percebi que és capaz de o fazer… - disse ela depositando um beijo nos lábios de Tom e um apalpão nas suas zonas mais intimas – Boa noite tigre!
- Boa noite… -
disse Tom encaminhando-se através do corredor para a zona de elevadores.

Agora sim podia regressar à sua cama sabendo que estava pronto para enfrentar a solidão das paredes do seu quarto com um sorriso bem rasgado e a cabeça longe de tudo o que o perturbava.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeDom maio 01, 2011 10:43 pm

Bill és perfeito, tá já disse isso varias vezes aqui mais ok. Gabi meu amor, você esta jogando fora um pedido desses ? Mais pensando por um outro lodo você vai ter muitos mais e melhores ou é ? OKSAKPOSPOAKS AH! quem não gostaria de ouvir do Bill dizendo que nos ama ? Pergunta difícil essa KKKKKKK' Tom esta na pura solidão, coitado do meu bebê. Ligando para todo mundo e todos ocupados MAIS como o Tom sempre tem uma solução para os problemas, ele tem que ter uma companhia feminina isso já é instinto não tem como mudar.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeTer maio 03, 2011 11:55 pm

CaTariNaAaAAaAaa \o/ \o/ \o/


O BiLL é mesmo perfeito..... I love you I love you I love you E a Gabi uma sortuda k tem muito auto controle para jogar fora esse pedaço de mau caminho haha haha haha
O Tom está realmente na pura da solidão... Mesmo depois de prometer ao irmão que não ia mais tentar curar a sua dor com o que não deve, saí do quarto e elas vão ter com ele se oferecendo.... Homem não é de ferro, e Tom muito menos!!! A tentação é grande... o corpo não resiste!!! =)



* * * KiSsEsSsS * * *




105

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 105ar

Tinha acabado de chegar ao hotel. O concerto daquela noite tinha sido gravado para o dvd da tour. Tom estava com a excitação à flor da pele. O concerto tinha sido incrível e a energia que se tinha gerado naquela arena, tinha sido esmagadora e de uma intensidade tal, que Tom julgava-se capaz de desbravar os céus do prazer com a sua guitarra entre mãos. Tinha sido sem dúvida alguma um dos melhores concertos da tour. Ainda bem que tinha sido gravado para que o pudessem partilhar com todos os fãs que os tinham acompanhado naquela aventura que estava prestes a chegar ao final.

Não tinha tido coragem de contar a Bill que há duas noites atrás tinha estado sexualmente acompanhado. Sabia que se o fizesse ia levar um sermão do seu irmão por tudo o que já lhe tinha dito e avisado anteriormente, mas a verdade é que a noite que tinha partilhado em Roma no quarto de uma perfeita desconhecida, tinha servido para o restabelecer fisicamente da dor que sentia. Emocionalmente e psicologicamente continuava a sentir-se de alguma forma debilitado, embora se sentisse capaz de viver e aproveitar tudo com o que tinha sido abençoado. Era impossível não delirar com o furor que se fazia sentir em terras de Itália com a passagem dos Tokio Hotel. Mas havia algo na mente de Tom que não o deixava acalmar realmente. Miss K tinha-lhe dito que ia até Milão e que o visitaria para falarem. Tom tinha passado o dia todo com medo daquele encontro, e até então ela não lhe tinha aparecido à frente. Será que tinha perdido a coragem de o fazer depois das palavras rudes que lhe tinha proferido ao telefone? Ou será que ela ainda lhe faria uma visita no decorrer daquela noite? Tom não quis pensar demasiado no assunto. Tomou um banho para relaxar do dia atarefado que tinha vivido e vestiu umas calças de fato de treino e uma t-shirt para se deitar sobre a cama e descansar um pouco enquanto via televisão e fazia uma ronda sobre os seus e-mails.

Ainda não tinha tido coragem para ver as fotos que Miss K lhe tinha enviado, talvez o fizesse naquela noite. Sentia-se tão tranquilo e em paz consigo mesmo que por mais perturbadoras que as fotos pudessem ser, não o atingiriam tanto quanto noutra noite qualquer. Encheu-se de coragem e acedeu ao e-mail que Miss K lhe tinha criado. Já não o fazia há bastante tempo. Sentiu-se surpreender ao deparar-se com um e-mail de Miss K por abrir. Datava do final de Março e dizia:


Querido amante,

Tenho pensado muito em ti ultimamente… Nem sabes como desejava estar um pouco mais livre da faculdade para te visitar! Passar os dias a fazer trabalhos de grupo e a estudar, quando podia estar a fazer trabalho de campo do teu lado, é tão entediante… Já imaginaste o que era eu trabalhar num dos hotéis em que estás hospedado? Os teus desejos seriam ordens para mim… E seria um prazer satisfazê-los a todos…
Espero que esteja tudo bem entre ti e o teu irmão. Fiquei preocupada quando me ligaste no outro dia! … Levas a mal se te disser que fiquei muito contente por me teres telefonado? Talvez não te devesse dizer isto, mas senti-me tão bem ao saber que pensavas em mim e que era a minha voz que querias ouvir naquele momento… Nem sabes como desejei poder estar do teu lado para te colocar um sorriso nos lábios… Mas se o fizesse, tenho a certeza que o teu corpo inteiro sorriria para mim… Ok… Não posso pensar nisso!!! Não sei quanto tempo vou estar sem te ver e pensar em ti e no teu corpo não me faz nada bem neste momento…

Love & Wishing Hot Sex,

Miss K

PS – Olha o que eu encontrei no meu computador… Lembraste desta sessão fotográfica? Tinha-as tirado a pensar em ti, mas nunca te cheguei a enviar estas… Espero que gostes e que elas te façam sonhar com uma noite de prazer nos meus braços…



Tom abriu o anexo e encontrou três fotografias do corpo de Miss K com o seu nome e apelido escritos a batom vermelho, separados por um coração. Aquele era o tipo de fotos que ela lhe enviava quando se tinham conhecido. Tinham sido as fotos que o tinham atraído e conquistado. Tinham sido as fotos que o tinham levado à sua desgraça pessoal. Uma das novas fotos chamou particularmente a atenção de Tom, era especialmente provocadora, tratava-se de um grande plano do rabo de Miss K. Tom sentiu-se invadir por um desejo intenso. Não podia, nem queria pensar nela com desejo, mas era difícil não o sentir no seu interior ao ver algo que o deixava tão estimulado visualmente. Lembrava-se perfeitamente de passar noites a sonhar com o corpo de Miss K antes de a conhecer, tal como se lembrava de navegar nele e sentir aquele rabo definido entre as suas mãos. Fechou os olhos e respirou fundo. Será que era aquilo a que Bill se referia quando dizia que era normal continuar a gostar dela, mesmo detestando tudo aquilo que ela representava e aquilo pelo qual ela o tinha feito passar? Fechou o e-mail que ela lhe enviara, mas não sem antes ler o seu conteúdo novamente. Quando se preparava para abrir o e-mail que Miss K lhe tinha enviado com as fotos de Paige, ouviu bater três vezes à porta do seu quarto. Tom sentiu o coração parar e os seus sentidos ficarem alerta. Não podia estar a ouvir aquele bater à sua porta. Era o bater que anunciava a presença de Miss K a escassos metros de si. Levantou-se da cama sentindo o coração regressar ao seu batimento cardíaco, mas não batia de forma normal e compassada, batia de forma sufocada. As fotografias que tinha acabado de ver, aliadas ao e-mail que tinha lido não lhe tinham feito bem. Tom mentalizou-se que ela era uma vigarista sem coração, por mais atraente que pudesse parecer, e que não merecia a sua atenção e simpatia. Encaminhou-se até à porta e respirando fundo abriu-a, para se deparar com a figura encapuçada que tão bem conhecia. Miss K sempre tinha resolvido procurá-lo e deslocar-se até Milão para o ver. Porque é que ela tinha de ser tão casmurra?

- O que é que estás aqui a fazer? Eu disse que não te queria ver! - disse Tom sentindo-se sem vontade de ser simpático com ela.
- Eu sei, mas não podia deixar de tentar… - disse Miss K sentindo o coração descontrolado com a presença de Tom à sua frente.
- Perdeste uma viagem… - disse Tom humedecendo os lábios, apercebendo-se que se sentia repleto de desejo pelo corpo dela depois de ter visto aquelas fotos. Como é que era possível reagir de forma tão animal sabendo que ela não prestava? Porque é que se tinha de comandar somente pelo que lhe ditava o seu corpo e não a mente? Tinha de ser mais forte. Tinha de ser insensível e impermeável a ela.

- Não podemos pelo menos falar?
- Não… -
disse Tom sem hesitar – Eu não tenho nada para te dizer e duvido que tu tenhas alguma coisa para me dizer que eu queira ouvir…
- E se tiver?
- Garanto-te que não tens… Não há nada que possas dizer que me interesse… -
disse Tom mostrando-se indiferente a ela e às suas vontades – Mas já que vieste de propósito a Milão, aproveita para passeares pela cidade e esbanjar algum dinheiro da tua amiguinha

- Vá lá Tom… Eu vim até cá de propósito… -
disse Miss K percebendo pelo olhar de Tom que havia muita dor por sarar no seu interior.
- Eu disse-te para não vires!
- E eu disse que vinha!
- Plantar provas contra mim…
- Não… Isso é o que a Paige julga que eu vim fazer!
- E o que é que vieste realmente fazer? –
perguntou Tom interessado em saber.
- Não sei… Talvez atrasar as coisas… Por isso é que gostava de falar contigo…. Delimitar algum tipo de plano…
- Tu não precisas de mim para isso… Tu és boa a planear este tipo de coisas!
- Por acaso não sou… As ideias nunca foram minhas… Eu fui apenas o isco…
- Pelo menos admites! -
disse Tom de forma depreciativa.

- Já deixei de ter segredos de ti há algum tempo… - disse Miss K fitando o chão, com vergonha de falar cara a cara com Tom novamente sobre aquele tema – Não me sinto particularmente orgulhosa do que fiz, mas não tenho como alterar nada disso… A única coisa que posso fazer é aprender com os meus erros e remediá-los no presente e no futuro… Por isso é que estou aqui...
- Tudo coisas muito bonitas de se dizer… -
disse Tom mostrando-se inflexível – Mas como te disse, não tenho interesse que remedeis nada, podes seguir em frente com a tua vida, que eu sigo em frente com a minha…

- Eu não vou sair daqui até me deixares falar contigo… -
disse Miss K sentindo-se encorajada para ser persistente. O que a levava a Milão era Tom, porque haveria de se ocupar com qualquer outra coisa que não fosse ele?
- Vais perder o teu tempo… - disse Tom dando um passo atrás como se, se preparasse para fechar a porta.

- Esta noite vi-te em palco pela primeira vez… - disse Miss K percebendo que ele pretendia fechar-lhe a porta na cara – Comprei um bilhete e fui ao concerto…

Tom sentiu o seu coração bater de forma vigorosa. Olhou para os olhos azuis dela e percebeu neles uma tristeza imensa, mas um brilho algo especial ao mencionar o facto de o ter visto tocar ao vivo. Porque é que se sentia estranhamente curioso em saber aquilo que ela tinha achado da sua prestação? Porque é que não se sentia capaz de dizer nada? Miss K tinha-o visto actuar numa noite que o tinha deixado extasiado e com uma felicidade imensa no seu interior. Ela tinha o dom de colocar sobre aquela noite uma sombra, e um peso sobre o seu peito.

- Agora percebo o porquê das tuas fãs te serem tão fiéis… Gostei muito daquilo que vi… Vocês são uma grande banda ao vivo! O espectáculo estava perfeito, nunca tinha visto uma produção daquela magnitude… Tenho pena de nunca vos ter visto antes, mas farei questão de vos ver no futuro… - disse Miss K percebendo que ele a ouvia com toda a atenção – Parabéns pelo concerto…
- Obrigado… -
disse Tom sentindo-se orgulhoso, construindo à sua volta um muro maior do que o que já tinha para poder resistir aos elogios e ao crescer do seu ego – Agora se não te importas… Tenho mais que fazer… Boa noite… - disse Tom fechando a porta.
- Eu vou ficar aqui… - disse Miss K enquanto observava Tom fechar a porta do seu quarto.

Tom regressou ao interior do seu quarto e deitou-se sobre a cama, pensando naquilo que tinha acabado de ouvir. Será que estava a ser demasiado intransigente ao deixá-la no corredor e fechar-lhe a porta na cara? E se ela tivesse realmente alguma coisa séria para lhe dizer? Não, não podia ter. Se Miss K tivesse algo importante para lhe dizer tinha-se feito ouvir a todo o custo. O que ela queria era aliciá-lo no seu joguinho de sedução e atacá-lo quando ele estivesse novamente enfraquecido, mas isso nunca iria acontecer. Agora tinha os olhos bem abertos e não havia Miss K que o enganasse. Levantou-se e mesmo sabendo que não era permitido fumar naquele hotel, abriu a janela do quarto que dava para a parte de trás do hotel e fumou dois cigarros de seguida, apoiando os cotovelos sobre o parapeito da janela. Estava nervoso com a possibilidade dela continuar no corredor à sua espera. Não estava a gostar nada daquela situação, fazia-o sentir-se praticamente na obrigação de a ouvir. Era exactamente isso que ela queria, e como tal, era exactamente isso que não lhe podia dar. Esperou cerca de dez minutos e curioso para saber se ela continuava do outro lado da porta, abriu-a para se deparar com ela sentada no chão em frente ao seu quarto, de capucho enfiado na cabeça e um ar triste e abandonado.

- Vai-te embora! - disse Tom suspirando de incredulidade.
- Gostava de falar contigo… - disse Miss K fitando-o nos olhos.
- Os seguranças fazem rondas no corredor, se te virem aí sentada expulsam-te do hotel…
- Então fico aqui até tu me ouvires, ou eles me expulsarem! –
disse ela como se fosse algo simples e não houvesse outra saída possível.

- Vais tornar isto ainda mais difícil para ti? – perguntou Tom – É preciso eu chamar os seguranças para que te levem daqui?
- Se é isso que queres… -
disse Miss K como se não se importasse com aquilo que ele dizia. A sua missão era clara.
- Ok… - disse Tom fechando a porta do quarto ao aperceber-se que a conversa com Miss K não dava em nada.

Tom pensou durante breves segundos sobre o que deveria fazer e acabou por pegar no telemóvel e telefonar ao chefe de segurança para lhe dar conhecimento que tinha uma fã sentada à porta do seu quarto. Talvez não estivesse a reagir bem, mas precisava de saber que ela não estava do outro lado da sua porta. Queria-a longe de si. Numa questão de segundos ouviu um burburinho vindo do corredor que não deixava restea de dúvidas que Miss K tinha sido escoltada para longe dali. Tom sentiu-se impelido a abrir novamente a porta e certificar-se com os seus olhos que ela não estava ali sentada. Sentia um peso no peito por a ter expulso, não gostava de ser assim com ninguém, mas precisava daquela noite de descanso e com Miss K à sua porta só se sentiria constrangido. Tom tentou-se mentalizar que aquilo que tinha feito iria acontecer de qualquer maneira. Os seguranças nunca deixariam Miss K acampar à porta do seu quarto. Entrou para o interior do quarto e procurou acender um novo cigarro à janela. Ainda ia no início do cigarro quando ouviu baterem à porta do seu quarto. Pousou o cigarro no parapeito da janela e foi abri-la para se deparar com o chefe de segurança.

- Sim… - disse Tom.
- A rapariga já foi colocada fora do hotel! – anunciou o segurança – Desculpa não ter reparado antes…
- Não tem problema!
- Avisei a recepção que ela estava a perturbar-te e eles asseguraram-me que não a deixavam entrar novamente!
- Ela não estava a fazer nada, mas estava aqui de plantão… -
disse Tom mostrando-se não melindrado com a ameaça de Miss K.
- Se ela te tentar incomodar novamente, diz…
- Ok! Obrigado! –
disse Tom assentindo afirmativamente com a cabeça – Boa noite…
- Boa noite! –
despediu-se o segurança, encaminhando-se pelo corredor.

Tom fechou a porta do quarto e respirou fundo sentindo um peso enorme sobre o peito. Não se sentia bem ao saber que ela tinha sido expulsa do seu hotel como uma perfeita desconhecida que o assediava. Retomou o seu porto de abrigo à janela do quarto e pegou no cigarro que tinha pousado no parapeito, levou-o à boca e inspirou com força, sentindo o fumo entrar directamente nos seus pulmões. Fechou os olhos e deixou-se sentir o vento que lhe batia sobre o rosto. Expulsou o fumo que tinha dentro de si e voltou a abrir os olhos para se aperceber que Miss K estava sentada no passeio do prédio em frente ao hotel. Tom sentiu um aperto no coração. Ela não tencionava virar-lhe costas. Será que estava disposta a passar a noite nas traseiras do seu hotel ao relento? A noite estava fria e pouco amistosa. Tom agradeceu mentalmente o facto de estar no sétimo andar e de não conseguir ver os contornos do rosto dela ou sentir-se-ia um monstro por a ter de fazer passar por aquilo. Mas não podia ceder. Tinha de ser forte e mostrar a Miss K que estava convicto das suas acções. Só esperava que ela não se tivesse apercebido que era ele que estava à janela a fumar aquele cigarro. Deu um último bafo no cigarro e mandou-o para a rua. Fechou a janela e as cortinas, fechando-se uma vez mais no seu casulo. Agora que sabia que ela estava na rua, esperava que ela fosse capaz de desistir daquela casmurrice estúpida e fosse para o seu hotel descansar. Era escusado ela estar ali.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Sentia-se como uma perfeita criminosa que invadia o espaço de Tom clandestinamente e era expulsa de forma cobarde e dolorosa. Ele tinha-a avisado que o faria, mas no fundo Miss K desejava que ele não tivesse coragem de o fazer, que se sentisse amolecer pela sua presença ali e aceitasse falar consigo. Talvez acabasse de aprender uma lição com Tom: nunca duvidar da palavra dele.

Deambulou em frente do hotel e reparou que todas as fãs dos Tokio Hotel que ali se encontravam, olhavam para ela como se fosse uma ameaça letal. Mas era normal que assim fosse, ela acabava de ser expulsa do interior do hotel por um dos seguranças dos rapazes, provavelmente pensavam que ela tinha passado a noite com um deles ou que tinha conseguido chegar até eles para os importunar. Facilmente percebeu que não estaria em segurança perto das outras fãs. Deu a volta ao edifício e reparou que ninguém se encontrava nas traseiras, talvez por ser um beco que tinha apenas caixotes de lixo e as traseiras de outro edifício que parecia estar praticamente em ruínas. Será que o quarto de Tom dava para aquele lado ou para a parte da frontal do hotel? Observou com atenção as janelas no sétimo andar que tinham as luzes acesas e sentou-se de encontro ao prédio em frente ao hotel para procurar acalmar as pernas que não paravam de estremecer. Sentiu uma lágrima escorrer sobre o seu rosto e uma dor profunda tomar conta de si. Porque é que tinha de ser tudo tão difícil? Porque é que por mais que sentisse que tinha perdido Tom para sempre algo no seu interior lhe pedia para lutar e não desistir de amar? Porque é que não via qualquer esperança para o bater do seu coração quando olhava para os olhos de Tom, mas o corpo dele gritava por si? Ia acabar por dar em louca com a confusão de sentimentos que a assaltavam. Encolheu-se com o frio que se fazia sentir e apercebeu-se que numa das janelas que tinha as luzes acesas no piso de Tom, um rapaz estava à janela e parecia estar a fumar um cigarro. Esfregou os olhos para desembaciá-los e percebeu que era Tom. Só podia ser ele. Tinha o cabelo preto e comprido, tal como ele. Será que ele a conseguia ver? Será que se apercebia que ela estava ali por ele e para ele e que não desistia? Se fosse preciso passar a noite naquele chão sujo e encardido, passaria. Viu Tom recolher-se para dentro e fechar as cortinas do quarto. Perdeu momentaneamente a força que a apreendia naquele momento de auto-confiança e enterrou a cabeça entre as mãos para se proteger do frio e da dor que sentia sair-lhe dos olhos em forma de lágrimas salgadas e destroçadas.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Acordou sentindo que não tinha descansado tão bem quanto podia. Levantou-se e foi direito à casa de banho tomar banho e despertar da sonolência que ainda o assediava. Saiu do banho e enrolado com uma toalha à volta da cintura, foi directo à grande janela do seu quarto abrir as cortinas para que o sol pudesse entrar. Lembrou-se da noite passada ter visto Miss K sentada no passeio em frente à sua janela e desejou interiormente que ela não continuasse ali, mas para seu espanto ela continuava lá, imóvel, encolhida e com o capucho a cobrir-lhe a cabeça. Tom sentiu-se horrível por a ter feito passar a noite ao relento, mas tentou-se mentalizar que não tinha culpa que ela tivesse optado por ali ficar.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQua maio 04, 2011 10:54 pm

Voltando ao tempo Tom ? Aquela época era ótima, ninguém sabia de nada nem nunca tinha se visto; pelo menos ali ele nem imaginava nas mentiras. Eu acho que Miss K tem sangue brasileiro, porque não não desistimos nunca; esse é o nosso lema de vida e porque ela não ter nem pensado em sair de lá já é muita coisa. Não vou criticar o Tom porque se fosse comigo eu faria o mesmo, sem dó, uma coisa que não tolero é mentiras ainda mais uma dessas é de tirar qualquer um do serio. Mais o que será que ele vai fazer agora ? Vai mandar chama-lá ou vai ele mesmo ? OU vai deixa-lá ? Xi, são muitas duvidas. Tom Kaulitz é imprevisível.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQui maio 05, 2011 9:57 pm

CaTaRiNAaAAaa \o/ \o/ \o/


Pois.... se desse para voltar no tempo as koisas podiam ser bem diferentes.... mas é melhor saber a verdade k viver debaixo de uma mentira tão grande e não saber de nada Sad Sad Sad
LolOlololOL Kem sabe.... talvez a Miss K tenha antepassados brasileiros mesmo haha haha haha
Pois... é dificil criticar o Tom pk ele está muito magoado e está se protegendo à maneira dele, mas..... ele n agiu correcto né??? Rolling Eyes No Rolling Eyes Ela não ker mal para ele..... ela ker ajudar...... ela ama ele......
O k será k ele vai fazer??? Bela pergunta......



* * * KiSsEsSSss * * *





106

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 106yk

A viagem a Milão tinha corrido mal. Tom tinha-se mostrado inflexível em relação à sua presença. Miss K tinha passado a noite ao relento, e começava a demonstrar alguns sinais de estar a ficar doente devido ao frio que tinha apanhado nessa noite. Paige tinha-a convidado para passar uma tarde no seu ginásio, para colocarem as novidades em dia, mas Miss K não se sentia bem fisicamente, nem psicologicamente para exercitar o seu corpo. Estava demasiado presa às suas emoções e dores. Sentia-se navegar para longe de Tom quando tudo o que desejava era estar com ele e saber que ele estava bem.

- Tens a certeza que não queres vir fazer a aula comigo? – perguntou Paige acabando de beber o seu batido de morango – Não pagas nada!
- A certeza absoluta…

- O que é que andaste a fazer para ficar doente?
- A noite lá estava fria… Bastou apanhar uma corrente de ar, fiquei assim… -
disse Miss K sem interesse em prolongar aquela conversa – Mas já tomei uma aspirina e amanhã tenho a certeza que estou muito melhor…
- Espero que sim porque temos de meter mãos à obra K… Se o nojentinho está assim tão reticente em acreditar novamente em ti… Talvez seja melhor começarmos a pensar introduzir uma pessoa nova em jogo…
- Talvez eu ainda consiga! -
disse Miss K assustada. Não podia deixar que mais ninguém se aproximasse de Tom – Talvez seja mesmo necessário recorrer à intimidade que tive com ele…

- E estás disposta a isso?
- Em nome da vingança??? –
inquiriu Miss K fingindo-se enraivecida – … Vale tudo!
- Grande K!!! –
disse Paige abraçando a amiga de forma entusiástica. Miss K estava finalmente com sede de vingança – Vamos revolucionar a vida daquele cabrãozinho!!!
- Acho que já revolucionámos… -
disse Miss K baixinho e de forma mecânica, sem se aperceber que o dizia.
- E ele ainda não viu nada!!!

Paige depositou um beijo sobre a bochecha direita de Miss K e levantou-se da mesa, anunciando que ia dar início ao seu treino diário no ginásio. Miss K optou por permanecer sentada na mesa enquanto terminava o seu sumo. Sentia uma dor tão grande no seu interior com tudo o que andava a acontecer ultimamente na sua vida. Sentia-se tão vazia pela distância que mantinha de Tom. Amava-o muito e nada do que tinha acontecido era capaz de varrer o sentimento que nutria por ele. Doía tanto ouvi-lo falar de forma amargurada consigo e ver os seus olhos entristecidos. Tinha de fazer algo por si mesma e pela sua felicidade. Tinha de seguir em frente, ou procurar o passado…


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


- Tu chamaste o segurança??? – perguntou Nathalie tapando a boca com as mãos sem acreditar naquilo que ouvia.
- Sim… - disse Tom sem se orgulhar daquilo que tinha feito.
- E ela ficou a noite toda na rua à espera que tu a deixasses entrar??? – perguntou Nathalie abismada com o que ouvia.
- Sim… - respondeu Tom.

- Fogo… Ela deve gostar mesmo de ti!!! – disse Nathalie admirada.
- Ou estar desesperada para me dar o golpe! - disse Tom de forma insensível e olhando para o seu irmão gémeo que se mantinha calado perante o que lhe tinha contado acrescentou - … Achas que fiz mal?
- Não sei… -
disse Bill sem saber o que achar da história que Tom lhe tinha contado – Nunca tive o prazer de conhecer a defunta mas… Acho que os dois podem ter razão…. Ou ela gosta mesmo de ti, ou está mesmo desesperada a ver se ainda te consegue apanhar…
- Se ela teve a coragem de contar tudo ao Tom e está a tentar protegê-lo, porque é que haveria de continuar a querer apanhá-lo? –
inquiriu Nathalie sem perceber que sentido fazia aquilo que os gémeos pensavam.
- Eu tenho um pé atrás em relação a ela…. – confessou Bill – Ela sempre me pareceu misteriosa demais e demasiado bem informada, e agora que sei que ela magoou o meu irmão, não tenho vontade nenhuma de gostar dela se o Tom a quer ver pelas costas…
- Eu sei… Só estou a dizer é que isso é atitude de uma mulher que te ama Tom… Ela era bem capaz de fazer tudo por ti… -
disse Nathalie impressionada com tudo o que tinha ouvido.

- E achas que fui duro demais em mandá-la expulsar do hotel? – perguntou Tom absorvendo tudo o que lhe era dito.
- Foste! - disse Nathalie.
- Mas não era nada que não fosse acontecer! – disse Bill ao pensar racionalmente sobre o assunto.
- Sim, mas é diferente ser feito porque é o que tem de ser feito, e ser feito porque o homem que nós amamos pede para nos expulsarem… - garantiu Nathalie – Isso para um coração com sentimentos faz toda a diferença…

- Estás a dizer que eu não tenho sentimentos??? –
perguntou Tom disposto a uma luta para proteger-se.
- Não… Estou a dizer que quando queres és um casmurro como o teu irmão!!! – disse Nathalie dando um carolo na cabeça de Tom.
- Hey, hey!!! – disse Bill imediatamente – Não me metam no meio disso!!!
- E que como casmurro que és, se calhar até te estavas a roer por dentro e a sentir-te a pior pessoa do mundo mas deste numa de macho e foste em frente… -
disse Nathalie ignorando o comentário de Bill.
- Não… Eu fiz o que devia fazer…. – disse Tom fazendo-se de duro – Eu avisei-a a bem, ela não quis sair pelo pé dela, saiu a mal…

- Nessa nem eu acredito!!! –
disse Bill levantando uma sobrancelha a Tom.
- O quê??? – perguntou Tom.
- Que o fizeste sem o mínimo de remorsos… – disse Bill que já conhecia bem o seu irmão – Nem quando a viste na rua a apanhar frio???
- Vais-nos dizer que dormiste descansado??? –
perguntou Nathalie.
- Dormi muito bem… - disse Tom de forma altiva – Ela é que deve ter dormido mal… Mas é bem feita!

Bill preparava-se para dar uma resposta a Tom quando ouviu bater à porta do quarto de Nathalie e ela levantou-se para a ir abrir. Jost tinha pedido que eles se reunissem no quarto dela para que assim que ele chegasse de Hamburg terem uma conversa repleta de novidades. Tom, Nathalie e Bill estavam ansiosos e expectantes com o que podiam esperar de Jost.

- Pessoallllllllllllllll!!! – disse Jost dando um abraço a Nathalie – Com saudades minhas???
- Nem por isso… -
disse Tom levantando-se para dar um abraço a Jost com um sorriso nos lábios – Tudo bem velho?
- Tudo! –
disse Jost abraçando Tom ao mesmo tempo que lhe passava uma mão sobre a cabeça com agressividade como se o quisesse despentear – E por aqui, como é que estão as coisas?
- Tudo bem… -
disse Bill com um grande sorriso abraçando Jost assim que ele se despegou de Tom.

- Tenho novidadessssss…. – disse Jost de forma excitada.
- E boas pelos vistos! – disse Nathalie contagiada com a alegria de Jost.
- Não sei se são boas, mas são respostas e isso por si só é óptimo! – disse Jost sentando-se sobre a cama de Nathalie esperando que eles se sentassem também para poder começar a falar – Nem sei por onde hei-de começar…
- Pelo menos bombástico! –
pediu Bill.
- Ok… - disse Jost respirando fundo – A Dunj…

- O que é que se passa com a Dunj? –
perguntou Nathalie assustada.
- Ontem estive a falar com ela ao telefone e ela vai-vos acompanhar aos Estados Unidos quando a tour acabar, mas depois… Descanso total para se preparar para acolher o novo membro da crew dos Tokio Hotel… - disse Jost com um grande sorriso entre os lábios.
- Ahhhhh…. Vamos ter um bebéééééé!!! – disse Nathalie entusiasmada.
- Que bom!!! – disse Bill batendo palminhas entusiasmado com a noticia.

- Mas ainda faltam uns dois ou três meses, não é? – perguntou Tom a fazer as contas mentalmente.
- Sim, mas o médico aconselhou-a a não ir convosco para a promoção na Ásia, é perigoso para o bebé… - esclareceu Jost.
- Pois… Faz sentido… - disse Tom que não tinha pensado nisso.

- Isso quer dizer que a Gabi é que vai ficar encarregue de nos aturar? – perguntou Bill entusiasmado com a ideia de estar mais tempo com Gabi.
- Vai ter de ser… - disse Jost a rir pela expressão que Bill utilizava.
- Olha que chato!!! – disse Tom a rir, dando uma cotovelada a Bill.
- Tom… Ela trabalha connosco! Vê lá o que andas a fazer! – disse Jost de forma repreensiva, longe de saber que Tom não se constituía como um perigo para Gabi.
- Eu??? – disse Tom a rir, sendo seguido pelo riso contagiante de Bill e Nathalie. Se Jost sonhasse quem é que andava a arrastar uma asinha para Gabi, ficaria com certeza admirado – Eu bem tento, mas ela não me dá conversa… Acho que ela não quer saber de mim…
- Ainda bem! –
disse Jost.

- E mais? – perguntou Nathalie, querendo afastar o tema da conversa de Gabi. Se Bill não queria que Jost soubesse de nada, era melhor não deixar que Tom falasse muito sobre o assunto, ou ia acabar por se descair como era seu costume.
- Maissss… - disse Jost de forma vaga criando suspense – Saiu a primeira perícia da policia em relação ao acidente da Nova…

- Porque é que eu acho que me vou passar??? –
auto-inquiriu-se Tom respirando fundo para o que se preparava para ouvir.
- Porque eu também me vou passar!!! – disse Bill levantando uma sobrancelha.
- Calma rapazes… Vamos ouvir o que o Jost tem para dizer, primeiro! – disse Nathalie respirando fundo. Também ela sentia uma curiosidade aliada à certeza de que ficaria mal disposta quando Jost contasse o que tinha para contar, e virando-se para Jost pediu – Conta…
- Ao que parece, tudo não passou de um problema de roedores… -
disse Jost a rir.
- Tens a certeza??? – perguntou Bill de forma imediata.
- Sim… A policia diz que não tem a mínima dúvida que foram ratos que roeram as ligações do carro e que fizeram a Nova perder os travões! – garantiu Jost.
- E o que é que a seguradora diz disso? – perguntou Nathalie intrigada.
- A seguradora só disse que era mão criminosa porque as ligações tinham sido cortadas, mas não investigou quem poderia ter sido, nem como… Isso ficou a cargo da polícia! – disse Jost respirando fundo – Nem sabem o peso que me saiu de cima…

- Tens a certeza absoluta??? –
perguntou Bill muito sério.
- Sim… Esta tarde vai lá a casa uma empresa de desinfestação tratar da saúde dos malditos que nos pregaram este susto! – disse Jost tranquilamente.

- E se foi o Mercier que criou isso tudo? – perguntou Bill.
- Lá estás tu com a mania da perseguição… - disse Jost sabendo que Bill ia ter de colocar aquela hipótese.
- Não estou a gozar… - disse Bill muito sério para que Jost não levasse aquele assunto de ânimo leve – Se ele colocou os ratos em tua casa???
- E barrou o carro da Nova com algo apetitoso para que eles fossem lá de propósito roer??? –
conluíu o pensamento do irmão, Tom.

- Rapazes!!! – disseram Jost e Nathalie ao mesmo tempo pela imaginação fértil dos gémeos.

- Estamos a gozar!!! – disseram Bill e Tom ao mesmo tempo a rir por terem apanhado os amigos.
- Acho que dessa o Mercier não se ia lembrar! – disse Tom a rir – … E daí não sei…
- Acho que não!!! –
disse Bill a rir – Fico mesmo contente que não tenha sido nada pior… Tiraste um peso de cima de mim também!

- Mesmo assim o Mercier não anda de todo manso… -
disse Jost num tom sério.
- Pronto…. Tinha de ser!!! – disse Tom respirando novamente fundo para se preparar para as verdadeiras más noticias.
- Estranho era se andasse… - disse Bill percebendo que vinham aí mais problemas.
- O que é que aquele desgraçado andou a fazer? – perguntou Nathalie enraivecida.
- Cabrão, queres tu dizer!!! – disse Tom a Nathalie.
- Calma!!! – disse Jost percebendo que tocava num tema complicado – Ele não fez nada contra a Nova, mas sem dúvida alguma que andou a espalhar o boato na Bild de que eu vos ia deixar a seguir à tour… E a verdade é que não fui capaz de controlar o boato e amanhã, com o final da tour, ele vai explodir por aí…
- Filho da puta!!! –
disseram Bill e Tom enraivecidos.

- O que é que ele ganha com isso? – perguntou Nathalie chocada.
- Não sei… Envolve-nos em problemas? Faz o nosso nome andar na comunicação social? Cria discussões? Não sei… - disse Jost franzindo a testa ao mesmo tempo que levantava as mãos ao ar de forma incompreensível.
- Juro que não percebo… - disse Nathalie.
- Chama-se maldade Nat! – disse Bill como se fosse algo lógico.
- Mas… Não se têm de preocupar…. Eu não vos vou deixar, digam o que disserem, por isso… Eles que falem à vontade! – disse Jost não dando importância àquela noticia.
- Exacto! As coisas só têm a importância que nós lhe dermos… - disse Nathalie – Se nós não nos deixarmos afectar, é mais um rumor que morre por aqui!
- Por mim está morto!!! –
disse Bill.
- E enterrado!!! – concluiu Tom.
- Isso faz-me lembrar alguém… - disse Bill a rir, dando uma cotovelada a Tom para o picar.
- Não sei do que estás a falar! - disse Tom ignorando-o.

- E tenho mais uma novidade… - disse Jost quebrando a pirraça dos gémeos.
- Esta é que vai ser a bomba? – perguntou Tom.
- Eu acho que sim… - disse Jost respirando fundo, olhando para Nathalie.
- O que foi? – perguntou Nathalie percebendo que tinha algo a ver consigo – Aconteceu alguma coisa com o Erik???
- Não… -
disse Jost calmamente – Mas estive com ele…

- Estiveste com o meu filho??? –
perguntou Nathalie surpresa.
- Sim! – disse Jost com um sorriso na cara – Tive de passar em Berlin na Universal e resolvi ir ver como estava o Erik…
- Eu não acredito!!! –
disse Nathalie levando as mãos à boca, começando a chorar emocionada – Como é que ele está??? Como é que está o meu filho Jost???
- Crescido… -
disse Jost abraçando Nathalie – Está um homenzinho… Formaste-o bem… É forte como a mãe!

Nathalie deixou que as lágrimas de dor e saudade inundassem os seus olhos. Assim que sentiu Jost largá-la sentiu uns novos braços acolherem-na, era Bill, o seu melhor amigo. Abraçou o corpo dele e deixou que as lágrimas que ainda tinham contidas no seu interior fossem exteriorizadas. Sentia-se tão sozinha e magoada longe do seu filho. Não havia alegria nenhuma que conseguisse combater a sua tristeza. Ouvir Jost dizer que tinha estado com o seu rebento, enchia o seu coração com uma esperança e uma vontade de lutar sobre-humana. Sentiu as mãos de Bill limparem as lágrimas que tinha nos seus olhos e os braços acolhedores dele manterem-se à sua volta quando Jost retomava a conversa.

- Ele está a ir muito bem na escola, e anda a fazer furor entre as meninas… - disse Jost a rir para ver se animava Nathalie.
- Êhhhh Erikkkk!!! Está a aprender coisas com o tio Tom!!! – disse Tom a rir, esfregando as mãos uma na outra.
- A ideia de contratares uma ama foi perfeita… Ela toma conta dele todos os dias! Tive a oportunidade de a conhecer e gostei imenso dela… - disse Jost.
- É a única maneira de ter notícias dele e garantir que ele está a ser bem tratado! – disse Nathalie com alguma dificuldade devido ao estado emotivo em que estava.
- Foi uma grande ideia! – disse Jost louvando a amiga – Mas…
- Tinha de haver um mas… -
disse Nathalie assustada – O que é que se passa???
- Não é nada com o Erik… -
disse Jost de imediato para a tranquilizar – É com o Patrick!
- Outro cabrão… -
disse Tom revirando os olhos respirando fundo.
- O que é que ele fez desta vez??? – perguntou Bill curioso.
- Tive uma reunião com o detective privado e ele recolheu evidências em como o Patrick anda a sair com diversas mulheres… Cada noite, é uma diferente… E leva-as a tudo o que são eventos sociais… E o mais estranho é que, segundo o detective, ele largou o emprego que tinha e aparentemente… Não faz nada! - disse Jost de forma pausada para explicar tudo direitinho – Ao que parece o Patrick descobriu uma mina de ouro que o faz ganhar bom dinheiro, estar rodeado de mulheres bonitas e frequentar os sítios mais badalados do nosso país…
- Droga??? –
perguntou Tom que estava marcado com aquele assunto desde que Miss K tinha confessado o plano que o vitimizava.
- Não… - disse Jost.
- Mas sabes o que é??? – perguntou Bill imediatamente.
- Sei, porque procurei o Patrick e confrontei-o cara a cara… - disse Jost.

- O que é??? – perguntou Nathalie assustada, soltando o corpo de Bill – O que é que aquele filho da mãe anda a fazer???
- Quando tu me telefonaste a dizer que tinhas visto as fotos do Patrick naquele evento social… -
disse Jost concentrando-se em Nathalie por saber que aquele assunto lhe era mais próximo – Eu conhecia a organizadora do evento e telefonei-lhe de imediato a perguntar como é que o Patrick tinha sido convidado para a festa… E a resposta foi uma surpresa para mim… Uma grande surpresa!!!
- Mercier??? –
perguntaram Bill e Tom ao mesmo tempo.
- … Não! – disse Jost sorrindo de forma irónica – O que fez com que ele tivesse acesso a todas as festas… Fomos nós!
- Como assim, nós???
perguntou Bill.
- Nós??? – perguntou Nathalie chocada, ao perceber onde Jost queria chegar.
- O Patrick ia como nosso enviado especial… - disse Jost – Era o vosso representante oficial nas festas!!!

- Como é que aquele cabrão conseguiu isso??? –
perguntou Tom alterado.
- Foi aí que o confrontei e descobri quem é que realmente lhe abriu as portas… E emiti um comunicado a todas as agências de relações públicas e de organização de eventos a dizer que ele era um impostor e que não reconhecia da nossa parte qualquer tipo de ligação a mim ou à banda que o permitisse ir a estas festas no nosso nome… - disse Jost.
- Sim… Mas confrontaste-o e o que é que ele te disse? – perguntou Nathalie.
- Disse que tinha desenvolvido um gosto especial por frequentar as festas da alta sociedade e que agora que trabalhava para o Mercier, tinha a porta aberta para ir a qualquer lado… - disse Jost.

- Trabalhava para quem??? – perguntou Nathalie chocada.
- Eu sabia que aquele cabrão tinha de estar envolvido no meio disto tudo!!! – disse Tom enraivecido.
- O Patrick está a trabalhar para o Mercier??? – perguntou Bill incrédulo. Já desconfiava que algo se passava entre Patrick e Mercier, mas nunca desconfiara que fosse em parte uma relação de trabalho – Tens a certeza???
- Ele mesmo me disse… Aliás… O Patrick fez questão de mo esfregar na cara… -
garantiu Jost – Só não me disse o que fazia… Mas coisa boa não há-de ser… Garanto-vos…

- … O Erik!!! -
disse Nathalie retomando as lágrimas ao pensar que o seu filho estava entregue a um bando de criminosos.
- Não fiques assim… - disse Bill abraçando-a novamente, procurando acalmá-la – Nós vamos conseguir mudar isto tudo…
- Neste momento era capaz de matar o Mercier!!! –
disse Tom enraivecido ao ver o estado fragilizado de Nathalie.
- O detective ficou de investigar quais os trabalhinhos sujos que o Patrick anda a fazer… - disse Jost – Mas ao que parece é algo muito misterioso porque durante todo este tempo o detective não foi capaz de captar nada estranho… Até pensou que ele tivesse largado o trabalho para não fazer realmente nada…

- E em termos legais, achas que isso ajuda a Nat a ganhar a custódia do Erik??? –
perguntou Bill ao mesmo tempo que acariciava os cabelos de Nathalie que se procurava acalmar.
- Eu não sou advogado… Não percebo nada disso… Mas acho que estas provas que andamos a recolher não podem ser apresentadas em tribunal… - disse Jost – E mesmo que possam ser apresentadas… Elas só provam que o Patrick é um pai ausente…
- E não chega??? –
perguntou Tom – Abandonar o filho dessa maneira quando existe quem queira estar com ele e educá-lo!!!
- Sim, mas a Nat também não está presente…. Não dá a estabilidade que a criança precisa… -
disse Jost a medo para não fragilizar mais Nathalie.
- Eu deixo as tours… - disse Nathalie imediatamente – Faço o que for preciso!!! É o meu filho… Eu quero poder estar com ele e falar com ele sempre que quiser!!! Faço tudo por ele!!! Se o meu trabalho é o que me impede de estar com ele, eu procuro outro!!! Tenho dois braços e duas mãos que me possibilitam de trabalhar em qualquer lado!!!
- Em breve poderás dizer isso ao juiz… -
anunciou Jost.
- A audiência foi marcada??? – perguntou Nathalie efusivamente.
- Sim… Daqui a um mês tens uma audiência com o juiz…. – disse Jost sorrindo – Até lá vamos ter todas as provas necessárias para que o Erik volte para ti!
- Daqui a um mês tens o teu filho nos braços! –
disse Bill com um sorriso imenso, tentando animar Nathalie.
- Só mais um mês… - disse Jost sorrindo.

- Tive uma ideia… - disse Bill largando Nathalie e pegando no seu telemóvel sem avisar a nenhum dos presentes aquilo que se preparava para fazer – Estou…. Nicky… Olá, tudo bem? … Comigo também… Estava-te a ligar para te fazer uma pergunta… Sabes quem é o Patrick Franz?.... Sabes??? – repetiu Bill espantado, olhando para Nathalie com uma sobrancelha levantada ao achar esquisito que Nicky soubesse quem Patrick era – Ai é??? .... Por nada…. É que ele é o ex-marido da Nathalie, achei estranho que ele agora trabalhasse para o Mercier… E há quanto tempo é que ele trabalha convosco?... Hmmm… E faz o quê exactamente?.... Estou a ver… Não, não é nada… Claro que ela não fica chateada contigo por causa disso, ela já se divorciou do Patrick há uns bons meses… Não te preocupes… Ok… Vai lá… Eu também tenho de ir… Beijinhos Nicky… Obrigado! – disse Bill desligando o telefone.

- Conta!!! – pediu Nathalie impacientemente.
- O que é que ele anda a fazer para o cabrão? – perguntou Tom curioso.
- A Nicky diz que ele é o enviado especial do Mercier na Europa… É o representante dele: o assistente… Desde o inicio do ano… - disse Bill não precisando de explicar o que aquilo significava.
- E o que é que ele faz? – perguntou Jost.
- Aparentemente nada de especial… Apenas trata da vinda da Nicky e do Mercier quando eles vêm para a Europa… - disse Bill.
- Achas que eu acredito nisso??? – perguntou Tom.
- Não… Porque eu também não acredito que o Mercier dê tanto ao Patrick sem ter praticamente nada em retorno… Eles raramente vêem cá…. Para que é que o Mercier precisa de um assistente europeu??? – perguntou Bill de forma retórica.
- Para fazer trabalhinhos sujos… - disse Tom firmemente.
- De certeza!!! – disse Bill – O Patrick anda a tramar alguma…
- Ou o Mercier… -
disse Jost confiante que seria mais Mercier. Patrick era um pau mandado nas mãos de quem oferecesse mais.


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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQui maio 05, 2011 11:01 pm

Miss K esta mesmo sofrendo né ? :/ Tom você tem que conversa mais com a Nath, ela vai te dar bons conselhos pelo que eu vejo. O acidente não tem nada a ver com o Mercier ? Isso sim é que é novidade. Como assim o Patrick trabalha para o Mercier ? Agora sim eles viajaram na maionese, povo sem noção e ainda quer dar uma de impostor, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA vai te catar meu filho, esse povo esta merecendo um bom chá que simancol porque esta difícil. Agora será que com tudo isso a Nath vai ter o Erick de volta ? E ele esta se saindo como o Tom Kaulitz da vida né ? (: Tomara que tudo de certo para ela né. Estou torcendo. E Bill conta logo pro Jost que você e a Gabi estão um gamado no outro, acho que ele não vai ver problema algum. (:
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSeg maio 09, 2011 8:42 pm

CaTaRiNaAaAAAaaa \o/ \o/ \o/

A Nat é boa conselheira... e konsegue meter juizo na kabeça dessa gente toda, é mais k mãe deles todos haha haha haha
Pois.... Afinla o Mercier n tem mão em tudo..... Mas pelo menos no Patrick tem de certeza!!!! GrRrRrRrrrr p*t* p*t* p*t*
Tomara k a Nat tenha o Erik de volta pk assim n pode ser.... o Erik tem de fikar é kom a mãe k o ama!!! Ela pode viajar muito mas ama muito mais o Erik k o Patrick algum dia poderá vir a amar!!!
É... n era má ideia o BiLL kontar ao Jost a verdade sobre ele e a Gabi.... haha Até pk eles se arriskam tt k kk dia o Jost descobre tudo mesmo sem k eles keiram!!!



* * * KiSsEsSSs * * *



107

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 107kz

Os Tokio Hotel estavam a uma noite de terminar a tour pela Europa. O hotel em Paris já lhes era familiar. A multidão à porta era ensurdecedora. Tom acabava de se instalar no seu quarto depois de um dia de viagem, mas por mais cansado que estivesse, não lhe apetecia ficar trancado no quarto, queria aproveitar agora que a tour estava prestes a chegar ao fim, para se divertir com os seus colegas de profissão e amigos. Tom desfazia a mala com os seus produtos pessoais quando ouviu bater à porta.

- Quem é? – perguntou Tom.
- Gabi…
- Eu sabia que tu haverias de ceder… -
disse Tom abrindo a porta do seu quarto com um sorriso bem rasgado – Vieste comemorar comigo o fim da tour?
- Vim… -
disse Gabi a sorrir – O fim da tour e da tua vida!
- Ohhh vá lá Gabi… -
disse Tom a rir das respostas sempre prontas dela – Só estamos aqui nós os dois… O Bill não precisa de saber de nada…
- Eu também acho que não… Ele não ia ficar lá muito contente em saber que eu tinha assassinado lenta e dolorosamente o irmão gémeo dele…

- Hmmm… Eu gosto quando tu és agressiva! –
disse Tom a rir – Mata-me Gabi!!! Mata-me até eu ficar fora do meu corpo!!!
- Não peças muitas vezes!!! –
disse Gabi a rir do modo como Tom tinha dito aquela última frase.
- Algo me diz que estou quase lá… - disse Tom fazendo olhinhos a Gabi – Fazes-me chegar lá?
- O que eu queria era que ganhasses juízo, mas já que isso não é possível… -
suspirou Gabi – Vim entregar-te o teu computador… Os seguranças foram entregá-lo ao meu quarto por engano…
- Isso é um sinal… –
disse Tom pegando no computador que Gabi trazia nas mãos – Está aos olhos de qualquer um… Estamos destinados um ao outro!
- Porque me entregaram o teu computador? –
inquiriu Gabi a rir.
- Sim! Serve? Ou precisas de mais provas em como a minha cama só ficava completa contigo nela?
- Por isso é que vai ficar incompleta para sempre…
- Pelo menos aquece a cama do meu maninho, sim? Fazes isso por mim? –
pediu Tom a rir com um ar atrevido.
- Não haveria de o fazer por ti de certeza…. Masssss…. A cama do teu irmão já me parece bem mais interessante que a tua… - disse Gabi por entre um sorriso atrevido.

- Deus… - disse Tom olhando para o tecto como se falasse com uma entidade superior – Faz com que a Gabi veja uma luz algures na vida dela… O teu servo está aqui para a satisfazer e ela nem me vê à frente…
- Deus… -
disse Gabi imitando Tom ao olhar para o tecto – Era uma boa altura para fazeres com que as luzes se fundissem e o ego do Tom descesse à Terra… Obrigada pela atenção!

Tom desatou-se a rir, sendo seguido por Gabi. A relação que se tinha desenvolvido entre eles era provocadora e amigável. Tom adorava provocar a amada do seu irmão e ver até quando ela teria uma resposta na ponta da língua, mas Gabi nunca se deixava ficar mal. Gostava bastante dela e ficava muito contente que Bill tivesse encontrado alguém tão especial na sua vida.

- Boa noite Tom… - disse Gabi despedindo-se.
- Boa noite… - disse Tom sorrindo – Gabi… Para a próxima não me resistas…
- Seria incapaz de te resistir Tom… -
disse Gabi sorrindo, encaminhando-se pelo corredor - … Se fosses o último homem à face da Terra e os animais não estivessem disponíveis…
- Há esperança para mim!!! –
disse Tom a rir divertido com a boca de Gabi – Obrigado por me ouvires, meu Deus!!!

Tom fechou a porta do quarto ouvindo Gabi a rir no corredor. Era bom poder brincar descontraidamente com uma mulher sem ter segundas intenções. No fundo, por mais que se tivesse sentido em tempos atraído a Gabi, seria incapaz de olhar para ela como uma mulher bonita a partir do dia em que o seu irmão se tinha declarado apaixonado por ela, mas isso não fazia com que a piada de se meter com ela diminuísse, apenas tinha aumentado. Tom pousou o computador sobre o cadeirão que tinha no quarto e retomou o seu posto junto da mala que estava a desfazer, quando ouviu bater novamente à porta. Será que Gabi se tinha esquecido de algo? Encaminhou-se até à porta e abriu-a sem perguntar quem era. Ao abri-la sentiu o seu coração disparar como se, se tratasse da bateria do seu companheiro de banda. Era ela. Miss K. Porque é que ela não tinha batido à porta com o seu toque habitual? Porque é que Tom se sentia totalmente despreparado para aquela visita surpresa? Tinham estado juntos há dois dias e Tom ainda se sentia triste consigo mesmo pelo que a tinha feito passar em Milão. Não sentia sequer coragem de a encarar nos olhos. Miss K vinha encapuçada, como era seu costume, mas desta vez trazia uma mochila às costas e uma roupa bem mais informal do que era seu costume. Tom engoliu a seco aquela presença à porta do seu quarto. Não sabia como reagir, nem o que dizer. Ia negá-la novamente para se sentir pior a seguir? Ia obrigá-la a passar uma nova noite na rua em frente ao hotel? Sentia um nervosismo tremendo apoderar-se de si e o seu coração garantir-lhe que a presença dela à sua frente mexia de alguma forma consigo.

- Desculpa mas desta vez vou entrar… - disse Miss K determinada, passando por Tom mesmo sem ser convidada.
- … Eu ia convidar-te… - disse Tom de forma praticamente inaudível, envergonhado com as suas recentes atitudes, e com o facto do perfume dela deixar um rasto tão tentador que fazia com que se recordasse de situações que não poderiam estar tão vivas na sua memória.

Tom fechou a porta do quarto e observou Miss K pousar a mochila no chão e tirar o capucho de cima da cabeça.

- Pensei que fosses outra pessoa… - disse Tom sem saber o que dizer.
- A tua amiga que acabou de sair daqui? Desculpa se te desiludi… - disse Miss K que tinha ficado escondida na zona dos elevadores até Gabi ter desaparecido do corredor para poder procurar Tom.
- Ela veio só entregar-me o computador… - disse Tom percebendo que estava à procura de justificações para o que não tinha de justificar - Não estava à espera de te ver…
- Achei que seria melhor se não estivesses à espera… -
disse Miss K passando as mãos pela cara. Estava nitidamente nervosa e sem saber como lhe dizer metade das coisas que tinha para lhe dizer.

Miss K entreteve-se a andar de um lado para o outro do quarto de Tom, enquanto ele se mantinha em pé, sediado num curto espaço, distante dela. Tom sentia-se totalmente apanhado de surpresa. Não fazia a mínima ideia da razão que a levava até lá, mas tinha de ser grave e urgente, caso contrário ela não se faria impor daquela forma e não o procuraria depois de há dois dias atrás lhe ter desfeito o coração de forma cruel e pensada. A tensão que sentia no ar servia para o deixar ainda mais constrangido, mas aberto a tudo o que ela tivesse para dizer. Estava em divida para com ela, por mais que ele fosse a vítima do jogo de manipulação que ela tinha um dia pensado levar a cabo.

- Vim sem pensar… - confessou Miss K tirando o casaco, pousando-o sobre a mochila – Precisava de vir…
- Ainda bem que vieste… -
disse Tom sentindo-se na obrigação de lhe pedir desculpa – Devo-te um pedido de desculpa…
- Tu não me deves nada…
- Devo… -
disse Tom inspirando fundo – Por mais que me custe admitir, devo! Não devia ter lidado com as coisas como lidei… Não devia ter feito o que fiz…
- Já estou habituada a sofrer ao teu lado… -
disse Miss K virando costas a Tom para não o ter de encarar – É a única maneira de estar contigo e ter-te por perto… É o preço que estou disposta a pagar…

Tom sentiu um peso sobre o coração ao ouvir Miss K dizer aquelas palavras. Não gostava de ser a razão de sofrer de alguém, mesmo que esse alguém, tivesse em tempos pensado em cometer algo tão assustador para o seu futuro. Desejava poder esquecer aquilo que tinha acontecido e abraçá-la. Mantê-la segura nos seus braços até a dor desaparecer e ela ser capaz de seguir em frente com o coração sarado.

- Vim por minha conta… - disse Miss K voltando-se novamente de frente para Tom para o encarar nos olhos com uma tristeza excruciante no olhar – Peguei nas últimas economias que tinha e vim ter contigo… Ainda tenho muitas coisas para te dizer… E precisava de tas dizer pessoalmente… Não podia ser por telefone…

- … Como é que vais fazer para pagar a faculdade? –
perguntou Tom pensando na situação económica em que Miss K devia ter ficado só para ir ter consigo a Paris. Devia tê-la ouvido em Milão, se assim fosse, ele não se sentiria tão obrigado a ouvi-la naquele momento e ela não ficaria em dificuldades económicas.
- Quando regressar, procuro trabalho… Posso trabalhar à noite e estudar de dia… Não serei a primeira pessoa a fazê-lo e não serei com certeza a última… - disse Miss K suspirando. Será que ele percebia que ela estava ali com o coração nas mãos, sem nada a não ser uma muda de roupa na sua mochila?

Tom ficou uma vez mais sem saber o que dizer. Ainda estava meio atordoado pela surpresa de a ter à sua frente. Ainda sentia o seu coração descontrolado e um nervosismo diferente do costume apoderar-se de si. Humedeceu os lábios e baixou a cabeça em direcção ao chão sem saber como se libertar da pressão que se fazia sentir dentro daquelas quatro paredes.

- Quando estávamos em Milão… - começou Miss K a desenterrar as suas recordações daquele encontro doloroso para o bater do seu coração – Eu sentia uma necessidade imensa de estar contigo… Não precisava de acontecer nada, só queria estar contigo… Acho que foi por isso que me deixei humilhar…
- Eu não te queria humilhar! –
disse Tom assustado que fosse esse o modo como Miss K via o que ele tinha feito por medo e raiva.
- Mas humilhaste… Fizeste-me sentir tão mal… Como se fosse alguém que não merecesse sequer o direito à vida… - disse Miss K sentindo algumas lágrimas inundarem-lhe os olhos com a dor de recordar as horas que tinha passado nas traseiras do hotel de Tom debaixo de frio e dor – Ou pelo menos a fazer parte da tua vida…
- Eu não queria falar contigo… -
disse Tom sentindo as palavras de Miss K como uma faca a cravar o seu coração. Vê-la naquele estado combalido por sua culpa, era difícil de suportar.
- E o mais engraçado é que desde que me apaixonei por ti, que sabia que ia chegar um dia em que ia ter de abrir mão de ti, porque tu nunca serias capaz de perdoar os meus erros e eu nunca seria capaz de viver com eles… E mesmo sabendo disso tudo, nada impediu nem me preparou para a dor que sinto… E a dor não cessa por mais que o tempo passe e eu sinta que me deva afastar de ti… - disse Miss K deixando que uma lágrima fugisse dos seus olhos – Eu tento, tento, tento… E és sempre tu que eu vejo…

Tom sentou-se sobre a cama tentando assimilar aquilo que ouvia e o modo como a imagem de Miss K a chorar o estava a afectar. Não queria ser um monstro para ela, não queria magoá-la, gostava demasiado dela para ser capaz de o fazer.

- É sempre em ti que eu penso e ainda é por ti que acordo todas as manhãs… Na esperança que hoje seja o dia em que vou fazer diferença na tua vida e livrar-te de todo o mal que trouxe até ela… - disse Miss K limpando as lágrimas silenciosas que escorriam sobre o seu rosto – Há dois dias que penso no que aconteceu… E me pergunto o que é que me levou a ficar uma noite inteira ao relento, a humilhar-me, na esperança que tu olhasses para mim…
- Não queria ter-te deixado assim… -
disse Tom sentindo dificuldade em falar pelo peso que tomava conta do seu peito.
- Eu fiquei porque quis… - disse Miss K olhando para ele desculpando-o dos seus actos – Eu quis ficar naquela rua até ser manhã… Porque queria sentir-me perto de ti… Foi uma opção minha… E enquanto ali estava, estava bem… Porque sabia que estavas por perto, que qualquer coisa que acontecesse eu poderia ir no teu socorro… Por mais que tu não me quisesses ver…

- Desculpa…

- Quando regressei a Londres é que me senti vazia… -
disse Miss K sorrindo com pesar – Como é que eu posso ser mais feliz na minha tristeza, do que no meu próprio ambiente? Como é que a simples distância a ti e ao teu corpo me é capaz de esvaziar e romper todas as amarras que tenho à vida? Porque é que tu me tratas tão mal e eu mesmo assim tenho vontade de largar tudo e vir até aqui?

- Não sei… -
disse Tom tocado com as palavras dela.

- Eu não percebia porque é que depois de ouvir as coisas que ouvi, de ser expulsa daquele hotel, ainda encontrava em mim forças para me humilhar e passar uma noite à janela do teu quarto… Pensei nisso… Pensei muito… Pensei até demais… E só cheguei à conclusão que a razão é tão óbvia, tão clara e ridiculamente evidente… Que chega a magoar-me ainda mais por não ter feito nada antes… - disse Miss K chorando uma nova onda de lágrimas silenciosas – E a razão és tu… Porque eras tu que me ofendias, eras tu que me magoavas, foste tu que me expulsaste do hotel e porque eras tu que estavas naquele quarto… Porque és a pessoa que eu mais amo neste mundo e que mais significa para mim… Acima de qualquer ser vivo ou inanimado… Tu és tu… A única pessoa a quem eu me entreguei sabendo que ia perder… E mesmo assim fui incapaz de tolerar a tua perda…

Tom manteve-se calado. A forma sentida e emocionada como Miss K falava e se declarava era tocante. Nunca tinha passado por uma situação semelhante com ninguém, nem mesmo quando tinha ido atrás dela para a ouvir pela primeira vez declarar o amor que sentia por si, nem nessa altura, a tensão era tão evidente. Talvez a dor trouxesse uma tonalidade diferente àquela conversa, ou talvez fosse o amadurecer dos sentimentos que ela nutria por si. O que quer que fosse, algo muito intenso e poderoso tomava conta do coração de Miss K e Tom desejava poder ser capaz de sentir o que era.

- Arrependo-me de nunca ter lutado por ti… De te ter virado as costas em todas as ocasiões… E sempre à primeira! O que eu sinto por ti era capaz de me levar a desbravar a terra e o céu… E eu limitei-me a aceitar que o meu dever era manter-me afastada de ti, sem fazer absolutamente nada pelo que sinto… Sem lutar, uma única vez… Sem te ouvir dizer que não… - disse Miss K deixando que o seu corpo debilitado pela dor e emoção descaísse até ao chão – Por pior pessoa que seja e por mais que me odeies… Eu amo-te e só quero estar contigo… Por isso vim até aqui por mim mesma e sem que a Paige saiba…. Porque quero estar contigo, porque quero lutar… Quero estar ao teu lado quando amanhã a tour acabar…. Como estive quando ela começou… E porque preciso que me digas que não… Preciso de saber que tentei, e lutei e que não tenho como vencer esta guerra…. Eu juro que tentei esquecer-te, ignorar-te, culpar-te por tudo e arranjar desculpas para não te querer ver mais à frente… Mas o meu coração não me obedece…

- … Só queres ouvir um não? –
perguntou Tom emocionado com aquela declaração.
- Sim… - disse Miss K enterrando a cabeça nas mãos para esconder as lágrimas que escorriam ininterruptamente do seu rosto.

- … E se eu não te conseguir dizer que não? – questionou Tom, sentindo-se atraído ao corpo frágil que tinha à sua frente. Tudo o que deseja era dizer-lhe que não, mas tudo o que queria era estar com ela. Sentia um misto de sentimentos tomarem conta de si. Queria, mas não queria porque sabia que não devia prolongar a sua relação com Miss K.

Miss K desenterrou a cabeça das mãos e olhou-o com uma expressão surpresa e confusa. Como é que Tom podia desejá-la? Estava no seu pior. Era um caco humano, sentia-se lixo, emocionalmente debilitada e fragilizada, e totalmente exposta por ter aberto o seu coração e alma daquela forma. Como é que ele era capaz de olhar para si, se não a amava?

- Se eu te quiser dizer que não… Mas sentir-me impedido de fazê-lo? – disse Tom num tom baixo e pensativo – … O que é que é suposto fazer?
- Deixares-te amar… -
disse Miss K pensando que tinha ido até Paris surpreender Tom, mas acabava por ser ela a mais surpreendida. Não conseguia controlar o pulsar do seu coração e a força com que sentia as palavras dele – Deixares-me amar…

- Essa palavra assusta-me… -
disse Tom respirando fundo. Não era aquilo que queria e procurava. Não queria amor, não tinha nada para lhe oferecer, apenas um carinho especial.
- Não tenhas medo… - disse Miss K levantando-se do chão para se aproximar de Tom e ajoelhar-se aos seus pés, colocando ambas as mãos sobre os joelhos dele – Não tenhas medo que eu te ame…
- Eu não te posso retribuir o que sentes… -
disse Tom abanando a cabeça da direita para a esquerda em forma de desaprovação.
- Eu sei… Mas eu não te estou a pedir nada em troca… Apenas que te deixes amar… - disse Miss K sentindo uma gota violar o seu olhar, ao mesmo tempo que tomava coragem para levar uma das suas mãos até à face de Tom para o acariciar de forma doce – Tudo o que tu me deste até hoje foi mais do que suficiente para eu ser feliz…

- Eu não sei… -
disse Tom abanando a cabeça da direita para a esquerda – Não é justo eu aproveitar-me daquilo que sentes por mim… A única coisa que te dei até hoje foi só sexo!
- Não… Também me deste intimidade e cumplicidade… E isso é mais do que já recebi de muita gente… -
disse Miss K suspirando, levando a outra mão à face de Tom – Eu gosto tanto de ti… Sou capaz de tudo por ti… Quero lutar por ti e pelo que sinto porque sei que mesmo que me sinta mal, do teu lado sinto-me sempre melhor… Longe de ti sinto-me vazia…

- Eu não sei se consigo confiar em ti… O que tu fizeste não tem perdão… Não vou conseguir esquecer as razões que te levaram até mim… –
disse Tom baixando as guardas ao sentir o desejo por ela aumentar significativamente com o modo como ela segurava na sua face.
- Eu sei… - disse Miss K fitando os lábios de Tom com vontade de o beijar – Por isso deixa que o meu amor compense a dor que te causei…

Tom humedeceu os lábios de forma automática. O modo como ela fitava a sua boca e o desejo crescente que sentia no seu interior estavam a roubar-lhe toda a racionalidade que ainda lhe restava no corpo. Miss K sentia-se arder por dentro no desejo e dor de ter Tom perto de si. Não conseguia evitar de provar nem que fosse pela última vez na sua vida os lábios dele. Fechou os olhos e deixou que a sua boca se guiasse até aos lábios onde habitava o piercing que tantas vezes a tinha macerado e feito sonhar. Tom manteve-se momentaneamente afastado do corpo dela, mas não tinha razões para o fazer por muito tempo, queria tanto matar saudades daqueles lábios e daquele corpo. Abraçou o corpo de Miss K, espremendo-o contra o seu com desejo e deixou que os seus lábios se passeassem pelos lábios e pescoço dela de forma selvagem e instigadora enquanto Miss K acariciava a sua nuca e correspondia com a mesma dose de sensualidade ao seu beijo.

- Como é que és capaz de dizer que me dás sexo… Só??? O teu sexo e a palavra não combinam juntos… - disse Miss K sorrindo de forma doce.
- … Porque é bom? – perguntou Tom sorrindo de forma tímida e atrevida.
- Porque é muito bom… Porque me fazes sonhar com ele, quer esteja a dormir ou acordada…. Porque me fazes querer mais, mesmo antes de me teres tocado com um dedo que seja…

- Gostavas de matar saudades minhas? –
perguntou Tom sugando o lábio inferior dela.
- Era tudo o que mais desejava neste momento… - disse Miss K tirando o lenço branco que Tom tinha sobre a cabeça.

- Posso fazer-te feliz? – perguntou Tom colocando as suas mãos sobre a cintura dela para começar a fazer a t-shirt que ela tinha vestida deslizar para cima.
- Sempre… - disse Miss K levantando os braços para que Tom lhe tirasse a t-shirt – Tu só me fazes feliz…
- Só???
inquiriu Tom a rir ao mesmo tempo que segurava em Miss K pelo rabo, lembrando-se das fotos que tinha visto em Milão, puxando-a para cima de si.
- Só! – disse Miss K tirando a t-shirt que Tom trazia vestida, obrigando o tronco de Tom a deitar-se sobre a cama para levar os seus lábios ao peito definido dele – Estamos na cidade dos amantes…
- É a nossa cidade… -
disse Tom aproveitando o facto dela estar dobrada sobre si para lhe desapertar o soutien e ver-se livre dele.

Miss K delineou uma linha imaginária com a sua língua, desde os abdominais de Tom até aos seus lábios e beijou-o com vontade e saudade, sendo recebida pelos lábios dele com fome e prazer. Deixou que Tom rodasse o seu corpo sobre a cama, colocando-se sobre ela de forma dominante. Miss K procurou a braguilha de Tom, sem nunca se despegar dos lábios carnudos dele que enchiam os seus com uma vivacidade e um contentamento que pareciam querer matar a sua sede. Puxou as calças de Tom para baixo e sentiu-o largar os seus lábios e sair de cima de si para se levantar, descalçar os sapatos e deixar que as calças caíssem no chão. Miss K deixou-se ficar deitada e sorriu ao ver novamente o corpo de Tom nu à sua frente. Tinha tantas saudades daquele corpo definido e perfeito. Entreteve-se a descalçar-se e tirar as calças de ganga que trazia vestidas, enquanto via Tom procurar numa das suas muitas malas uma caixa de preservativos e colocá-la sobre a mesa-de-cabeceira. Aproximou-se da cabeceira da cama e com um olhar e sorriso sensual, esperou que Tom subisse novamente para a cama com um olhar guloso que era capaz de lhe provocar um orgasmo cerebral. Sentiu-o pegar nas suas pernas e puxá-la para si. Arrancou as cuecas que ela tinha sobre o corpo com alguma agressividade e pressa e desfez-se dos seus boxers, colocando em si o preservativo que seria testemunha do prazer que Miss K era capaz de lhe dar sempre que se encontravam. Tom sorriu e por momentos não acreditou que estivesse realmente prestes a apropriar-se do corpo dela novamente. Tinha quase a certeza absoluta que nunca o voltaria fazer. Colocou a perna direita de Miss K sobre o seu ombro, testando a elasticidade dela e moveu-se sobre o corpo dela de forma selvagem, recolhendo com os lábios toda a essência do seu perfume que estava espalhada pelo seu peito e barriga. Demorou-se um pouco mais sobre o umbigo, para brincar com o piercing que ela tinha e que sempre o tinha deixado em êxtase pela sensualidade que expirava. Voltou a assaltar os lábios dela com vontade de os tornar seus, sentindo as mãos dela cravarem as unhas sobre a sua pele e sem demoras entrou dentro dela fazendo-a respirar de forma mais pesada, emitindo sons de esforço que o deixavam absolutamente rendido àquele corpo e com uma vontade imensa de a possuir. Entrou e saiu do seu interior de forma lenta e ritmada, comedindo os seus gestos. Queria que aquela noite durasse o máximo possível e que Miss K visse a sua viagem recompensada. Levou uma mão ao peito dela e colando os seus lábios ao pescoço dela para respirar o seu perfume, sentiu as mãos dela deslizarem até ao seu rabo e as unhas dela cravarem-se cada vez com mais força sobre a sua pele, proporcionando-lhe um misto de dor e prazer que o deixava absolutamente louco e com vontade de intensificar as suas investidas para a ouvir gemer e ofegar como tanto gostava. Os sons que ela emitia eram tão femininos e sedutores para os seus ouvidos que Tom não pensou duas vezes, reforçou o modo como a penetrava e sentiu-a soltar um grito que indicava que estava no bom caminho. Sentiu a perna dela que estava sobre o seu ombro fazer força para o virar de lado e Tom deixou-se levar, ficando virado de lado na cama, frente a frente com ela. Miss K deslizou a sua perna até à cintura de Tom, e colou-se ao corpo dele, aproximando-se o máximo que podia, abraçando-o com força, como se tivesse medo de o perder, e sentindo que os braços de Tom também a abraçavam, impulsionou-se sobre a pélvis dele, sentindo que também ele se movimentava de encontro a si de forma dura e profunda com o único intuito de os fazer felizes, tal como tinha prometido e desejado antes de iniciar aquela noite de prazer. Detiveram-se naquela posição tempo demais. Miss K perdia as forças para lutar contra o corpo de Tom e sentindo-se cansada pelo esforço que fazia, deitou a sua cabeça para trás sentindo a língua de Tom lamber as gotas de suor que escorriam do seu pescoço. O corpo de Tom estava imparável, conseguia possui-la de forma mais rápida e sentida, como se só agora tivesse começado a sentir o seu interior. Os seus corpos colados e escorregadios pelo suor que emitiam, já há muito que sentiam um calor extremo apoderar-se deles. Era o poder do prazer que sentiam quando se davam sem pudor. Miss K juntou a sua cabeça à de Tom pela testa e fechando os olhos procurou os lábios dele, enquanto Tom se sentia impulsionado a investir uma última vez com força sobre o corpo dela e entrava nela a uma velocidade acrescida, fazendo com que o corpo dela desse de si e geme-se tão alto como se contorcia em ondas de prazer capazes de dominar o seu corpo todo. Só Tom conseguia ter aquele poder sobre ela. Só Tom conseguia conceder-lhe o prazer sem limites.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSeg maio 09, 2011 10:14 pm

Eu amo as conversas entre a Gabi e o Tom, sempre me faz ri. E o Tom também não falo mais nada, esse já é diversão né certa (:
OMG! Miss K na parada novamente ? Espero que sim., agora eu não sei como vai isso em diante mais tenho certeza que vai mudar, depois dessa conversa não tem como não mudar ainda mais que o Tom meio de se abriu também; então tudo que ficou mais fácil agora digamos assim. E agora eu estou muito orgulhosa da Miss K, falou tudo o que tinha que falar sem medo. E como sempre, uma relação entre Miss K e Tom não pode falta uma boa noite .... Ai esta uma (:
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQua maio 11, 2011 8:32 pm

CaTaRiNaAaAaaa \o/ \o/ \o/

LolOlolOLOloOL As conversas entre eles são bem divertidas mesmo... O Tom bem k instiga, mas ela tem sempre uma resposta na ponta da lingua para dar para ele haha haha haha
Oh YeahHhH..... Miss K volta à parada yaya yaya yaya E em grande!!!! yaya yaya yaya Vamos ver onde isso vai parar!!!



* * * KiSsEsSSs * * *




108

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 108xu


Acabava de calçar os sapatos quando ouviu bater à porta do seu quarto.

- Quem é? – perguntou Tom curioso em saber quem o procurava àquela hora da manhã.
- A tua cara metade… - disse Bill a gozar.

- O que é que queres? – perguntou Tom ao abrir a porta.
- Bom dia para ti também… - disse Bill descontraidamente – Tu por acaso ontem não ficaste com nenhuns óculos de sol meus?
- Por acaso não…


Bill preparava-se para insistir na ideia que Tom tinha ficado com os seus óculos de sol no dia anterior quando se apercebeu que no interior do quarto do irmão alguém acabava de deixar cair algo ao chão. O som era inequívoco.

- Estás acompanhado??? – perguntou Bill de forma sussurrada, surpreso com o seu irmão.

Bill não foi capaz de conter a curiosidade e entrou ligeiramente no interior do quarto de Tom para ver uma rapariga que não conhecia de costas, com uma toalha enrolada à volta da cabeça. Tom pegou no braço de Bill e arrastou-o até à porta, sem acreditar no escândalo que o seu irmão estava a fazer.

- Tu estás mesmo acompanhado!!! Ela dormiu contigo??? – perguntou Bill num sussurro com a curiosidade à flor da pele. Tom não costumava pernoitar com os seus engates. Só havia uma pessoa com quem Bill imaginava Tom a dormir, mas essa pessoa supostamente estava morta e enterrada.
- Cusco!!! – disse Tom a rir do ar eléctrico de Bill – Sim… Ela dormiu comigo…
- Quem é??? –
perguntou Bill com um brilho nos olhos e um interesse crescente em descobrir quem era a companhia de Tom que tinha tido o prazer de partilhar a cama do seu irmão naquela noite.
- Alguém que tu ias gostar de conhecer… - disse Tom a rir pelo modo infantil como Bill se comportava – Espera…

Tom deixou Bill à porta e encaminhou-se para o interior do quarto, encontrando Miss K em frente ao grande espelho do seu quarto a secar o cabelo com a toalha que anteriormente o continha.

- Importaste de chegar aqui à porta? – perguntou Tom com um sorriso nos lábios.
- Claro… - disse Miss K largando a toalha sobre a cama.

Miss K seguiu Tom até à porta, e assim que viu que quem a esperava era Bill, sentiu-se fraquejar. Porque é que Tom não lhe tinha dito que era para conhecer o seu irmão? Estava nervosa e envergonhada por o conhecer naquelas condições. Bill olhava para si com um sorriso rasgado nos lábios e uma simpatia óbvia e aparente, mas mesmo a tranquilidade com que ele se preparava para a receber, a deixava ainda mais nervosa.

- Queria apresentar-te o meu irmão… - disse Tom dirigindo-se a Miss K – Bill esta é a Keri… Keri, este é o meu irmão Bill…
- Ahhhh a famosa d… -
disse Bill incrédulo com o facto de Miss K estar com o seu irmão depois do que ele lhe tinha feito em Milão.
- Miss K! – disse Tom com medo que Bill completasse a frase que se preparava para dizer
- Miss K… - disse Bill sorrindo percebendo que se preparava para a chamar defunta sem querer – É um prazer conhecer-te!
- O prazer é todo meu… -
disse Miss K envergonhada.

- Vais ficar connosco para o concerto de logo? – perguntou Bill de forma simpática. Gostava de conhecer Miss K melhor.
- Não posso, tenho voo marcado para esta tarde… - disse Miss K sentindo uma empatia imediata a Bill.
- Ohhhh… - disse Bill com pena de não ter oportunidade de a conhecer melhor.
- Pode ser que eu ainda a convença… - disse Tom fazendo olhinhos a Bill com um sorriso matreiro nos lábios.
- Sim… - disse Bill contente com a ideia – É o nosso último concerto da tour e a seguir vamos festejar!
- Não dá mesmo… -
disse Miss K com pena de não poder ficar a conviver com eles. Bill convidava-a para passar o dia com eles? Só podia estar a sonhar.
- Logo vemos… - disse Tom passando um braço sobre os ombros de Miss K – Eu sei ser muito persuasivo…

- Acho que estou a mais… -
disse Bill a rir.
- Não… - disse Miss K envergonhada.
- Sim! – disse Tom ao mesmo tempo que Miss K, fazendo com que os três se desatassem a rir.

- Acho que vos vou deixar resolverem isso sozinhos… - disse Bill a rir do ar envergonhado de Miss K – Então não sabes dos meus óculos, não é?
- Não… -
disse Tom, e virando-se para Miss K acrescentou – Viste alguns óculos de sol por aí?
- Tinhas uns em cima da mesa-de-cabeceira… -
disse Miss K soltando-se do braço de Tom – Vou ver…

Miss K encaminhou-se novamente para o interior do quarto deixando Tom e Bill à sós.

- Ela é lindaaaaaa! – disse Bill dando um murro no ombro direito de Tom, não contendo o entusiasmo. Agora percebia o porquê do seu irmão ter ficado nas nuvens com ela – E parece ser mesmo querida e simpática… Tens de a convencer a ficar até logo! Quero conhecê-la melhor!
- Vamos ver… -
disse Tom sentindo-se com o ego em alta por Bill ter uma primeira impressão de Miss K tão favorável, mesmo depois de tudo aquilo que ela tinha feito.
- Eu nem acredito que ela veio ter contigo e que vocês dormiram juntos!!! – disse Bill batendo palminhas entusiasmado com as novidades.
- Ela não tinha onde ficar… E nós estivemos entretidos grande parte da noite… Não a ia expulsar do quarto!
- Sim… É coisa que tu nem tens por costume fazer!!! –
disse Bill a rir, sendo imediatamente atingido pelo punho cerrado de Tom no braço – Auuuuu

- São estes? – perguntou Miss K espreitando para o corredor que dava aceso à porta com uns óculos de sol na mão.
- Simmmmm! – disse Bill batendo palminhas.
- Pensava que esses óculos eram meus!!! – disse Tom observando Miss K dar óculos a Bill.
- Obrigado! – disse Bill colocando os óculos nos olhos – Estes são meus… Os teus são iguais mas em prateado!
- Ahhh pois é… -
disse Tom lembrando-se que nem os tinha trazido na tour.

- Ok… Agora é que vos vou deixar… - disse Bill sorrindo – Foi um prazer conhecer-te Keri… Fico a contar contigo para logo à noite!
- O prazer foi meu… -
disse Miss K com um sorriso contido.
- Até já… - disse Bill encaminhando-se para o corredor.
- Até já! – disse Tom momentos antes e fechar a porta.

- Oh meu Deus!!! – disse Miss K tapando a boca com as mãos incrédula com o que tinha acabado de acontecer – Era o teu irmão!!!
- Ele é uma pessoa normal… -
disse Tom a rir pelo ar apavorado de Miss K – É só um rapaz da nossa idade… Como tu e eu!
- Achas que eu estou assim por ele ser o vocalista dos Tokio Hotel??? –
perguntou Miss K com os olhos esbugalhados.
- … Não?
- Não!!! –
disse Miss K abraçando Tom sentindo-se incrivelmente nervosa – Eu disse que nunca fui grande fã da tua banda… Eu estou assim porque ele é o teu irmão!!!
- Sim… -
disse Tom sem perceber o que isso tinha de especial.
- Tu não fazes mesmo ideia do significado que tens para mim e de como me fazes sentir feliz e especial ao incluíres-me na tua vida e apresentares-me a tua família, pois não?
- Não… -
disse Tom sorrindo, ao mesmo tempo que apertava o corpo dela contra o seu como se não a quisesse largar – Porque é que não me explicas?

Miss K sorriu e procurou os lábios de Tom para o beijar de forma apaixonada e sentida. Não estava de todo preparada para conhecer Bill, mas o efeito surpresa e o facto de saber que era Tom que queria que eles se conhecessem, fazia com que Miss K se sentisse ainda mais feliz. Tom aproveitou os lábios dela e deixou que as suas mãos se passeassem pelo corpo dela de forma tentadora.

- Fica… - pediu Tom – O meu irmão gostava de te conhecer melhor e eu gostava que ficasses…
- Tu sabes que eu não posso… -
disse Miss K com pena. Saber que Tom queria que ela ficasse fazia com que o seu coração tivesse força e vontade própria e batesse a um ritmo tresloucado.
- Podes! É só quereres… – disse Tom empurrando o corpo de Miss K até à zona onde estava a cama.
- Não é assim tão fácil! – disse Miss K deixando-se levar pelos braços fortes de Tom. Procurando os lábios dele para o sentir e beijar.
- É o último concerto da tour… Tu disseste que tinhas gostado de nos ver ao vivo e que querias acompanhar-me no final… - disse Tom deixando-se cair sobre a cama, puxando o corpo de Miss K para cima dele.
- Isso é chantagem emocional… - disse Miss K a rir abraçando com força o corpo irresistível de Tom sobre a cama para o beijar de forma empenhada e selvagem, tal como o desejo que sentia por ele arder-lhe sobre as veias.
- Só estou a pedir que fiques… - disse Tom sorrindo de forma sedutora ao perceber que tinha um efeito forte sobre ela – Podias ficar no backstage...

- Não posso… Além disso não me sentiria bem no meio de pessoas que não conheço e que provavelmente me conhecem pelas piores razões possíveis… -
disse Miss K suspirando, saindo de cima do corpo de Tom para se sentar do lado dele e acariciar-lhe o tronco – Tenho voo marcado, não tenho dinheiro para o desmarcar ou comprar outra passagem…
- Isso não é um problema!
- Para mim é! -
disse Miss K imediatamente – Vim aqui com o meu dinheiro, e regresso a casa da mesma maneira… Não quero nada que seja teu!
- K…
- Não! Já o fizeste uma vez, mas as razões eram diferentes… Precisávamos mesmo de falar pessoalmente e eu na altura não podia ir ter contigo… Desta vez não há razão para eu ficar e aceitar que me pagues a viagem! Além disso a Paige não sabe que eu estou cá e amanhã fiquei de passar em casa dela para combinarmos a minha viagem a Hamburg…

- A tua viagem a Hamburg???
- Sim… Tu vais passar uns dias a Hamburg antes de seguires para LA, não é? –
perguntou Miss K depositando um beijo nos lábios de Tom.
- Sim… - disse Tom colocando uma mão sobre as pernas de Miss K para as acariciar.
- A Paige quer que eu vá ter contigo e que faça de tudo para te seduzir e levar o plano em frente…

- De tudo??? – perguntou Tom com um sorriso atrevido ao mesmo tempo que deixava a sua mão deslizar para o interior das coxas de Miss K.
- Tudo! – repetiu Miss K sentindo-se arrepiar pela mão de Tom, deitando-se de lado para Tom para introduzir a mão debaixo da t-shirt dele e brincar com os seus abdominais.

- Nunca pensei conseguir gostar tanto da Paige… - disse Tom impondo o seu corpo sobre Miss K, procurando o pescoço dela com os seus lábios.
- Não digas isso nem a brincar! Não há nada nela que possas gostar!!! – disse Miss K abraçando o corpo de Tom como se o tivesse medo de perder.
- Esqueces-te que eu já a conheci bastante intimamente e sei disso em primeira pessoa… – disse Tom puxando a t-shirt de Miss K para cima para poder brincar com o piercing que habitava o seu umbigo.
- Não… Nunca me esquecerei disso, por mais que o deseje todos os dias! – disse Miss K com um tom triste e prostrado.

Tom largou o umbigo de Miss K e olhou-a nos olhos para ver nela uma tristeza. Não devia ter tocado naquele assunto. Era um dos muitos assuntos que entre eles tinha de arranjar maneira de morrer, ou seria difícil conviverem e darem-se de forma livre como Tom gostaria que acontecesse no futuro.

- Esquece o que disse… - disse Tom atacando os lábios de Miss K de forma abrasadora.
- Ela não tem nada de bom! - disse Miss K sem conseguir tirar aquele assunto da cabeça. Queria que Tom percebesse que Paige não era de todo alguém com quem ele pudesse sequer sonhar em brincar. A raiva que ela tinha dele era destrutiva.
- Eu sei… - disse Tom passando a mão sobre a face dela – Foi só uma brincadeira…

Miss K abraçou o corpo de Tom e sentiu os lábios deles procurarem os seus novamente para matarem o desejo que sentiam naquela manhã

- Então vais ter comigo a Hamburg… - disse Tom puxando a t-shirt de Miss K para cima, de forma a tirá-la – E tens de me seduzir… Hmmm… Isso parece-me absolutamente tentador… Acho que me vou fazer de difícil…
- Se fores difícil terei de ficar mais tempo até te convencer que sou alguém que queres ter por perto… -
disse Miss K tirando a t-shirt de Tom de cima do seu corpo, ao mesmo tempo que sentia os lábios dele beijarem o seu peito arrepiado pelo toque do metal frio.
- Acho que serei implacável… - disse Tom rodando sobre a cama, puxando o corpo de Miss K para cima do seu.
- Estou a ver que me vais dar trabalho… - disse Miss K sentando-se sobre o corpo de Tom.
- Muito… - disse Tom desapertando as calças dela.
- Então terei de me esforçar para te agradar… - disse Miss K seguindo o exemplo de Tom e desapertando as calças dele.
- Adoro pessoas esforçadas… - disse Tom sentindo Miss K sair de cima do seu corpo para se desfazer das calças de ambos e procurar um preservativo sobre a mesa de cabeceira.

- A que horas é que tens de estar pronto? – perguntou Miss K abanando a embalagem de um preservativo no ar, tentando Tom.
- Às 11h… - disse Tom mordendo o lábio inferior contendo a vontade que tinha de se apoderar dela de forma rápida e feroz.
- São 10h40… - advertiu Miss K subindo para cima da cama.
- Ainda dá para uma rapidinha… - disse Tom fazendo olhinhos a Miss K – Preciso de me despedir de ti…
- Até Hamburg… -
disse Miss K sentindo Tom puxar o seu corpo para cima do dele sem contenção. Estava realmente excitado e com vontade de se fazer sentir naquela manhã.
- Até daqui a uns dias… - disse Tom arrancando o preservativo da mão de Miss K para dar inicio ao ritual que o faria iniciar o seu dia com um sorriso bem rasgado.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQui maio 12, 2011 10:44 pm

Bill ficou feliz em conhecer a Miss K ? QUE BOM. (: Assim fica tudo em família, por mais as coisas que a Miss K fez esta tudo bem entre eles. Eu fiquei imaginando o jeito feliz do Bill e morro de rir. E a Miss K ficou feliz também né, o Tom apresentou o Bill pra ela e ele não entendeu muito, mais eu sei a importância disso. Tom querendo uma rapidinha a essa hora da manha ? Porque isso não me surpreende ? ¬¬' OKSPOAKOPSKPA
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSex maio 13, 2011 11:17 pm

CaTaRiNaAaAaAaaa \o/ \o/ \o/

Éééééééé e parece k ele n só fikou feliz komo gostou dakilo k viu LolOLololOlol haha
A Miss K tb fikou muito feliz, mas em paniko também.... konhecer assim o BiLL impoe respeito Embarassed Embarassed Embarassed Ainda para mais sendo irmão gémeo do BiLL.... Oh Gott..... Deve ser uma sensação incrivel mas ao mesmo tempo tenebrosa!!!!
O Tom ker SEMPRE rapidinhas, né???? Twisted Evil haha =)



* * * KiSsEsSSss * * *



109

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 109omw

A tensão que sentia pela proximidade de Gabi ao seu corpo era difícil de suportar. Tudo o que lhe apetecia fazer era tomá-la nos seus braços em frente a toda a gente, beijá-la e gritar bem alto que ela era sua e que a amava mais do que julgava ser possível amar outro ser humano. Olhava para ela a conviver com Nathalie, Dunja, Jost e Georg, e só desejava ser capaz de terminar aquela festa para poder estar com ela a sós e dar largas à sua imaginação. Era incrível como o seu olhar acabava sempre por recair nela, e a sua atenção estava focada em algo que o emergia e tomava de forma avassaladora, sem deixar espaço para que outra mulher pudesse sequer sonhar fazer parte da sua vida.

A tour estava oficialmente encerrada. O concerto em Paris tinha corrido às mil maravilhas. A banda e a sua crew encontrava-se agora reunidos no backstage da sala de espectáculos parisiense para celebrarem o seu último concerto.

- Acho que já estou a começar a sentir o efeito do álcool… - disse Tom pousando o copo que tinha na mão sobre uma mesa que tinham por perto.
- Eu se fosse a ti não subestimava o poder que o álcool tem… - disse Bill regressando à conversa que travava com Tom – Se te fazes à Nat de novo habilitas-te a levar uma chapada de recordação!
- Já larguei o copo! –
disse Tom soltando um arroto, para se desatar a rir sozinho.

- Ela é tão perfeita... – disse Bill perdendo-se a olhar para Gabi e o modo sedutor como ela ria e olhava para si de soslaio.
- Porque é que não vais ter com ela?
- Porque é que achas bêbado? Será que é porque ninguém sabe do que se passa e nós queremos manter tudo em segredo? –
perguntou Bill de forma irónica.
- … Faz sentido! – disse Tom a rir.

- Mas conta-me lá o que é que se passou com a defunta… - pediu Bill entusiasmado – Já percebi que a tua persuasão não é assim tão boa quanto apregoas…
- Pois… Ela tinha mesmo de ir embora, mas depois vai ter comigo a Hamburg!

- Hmmm… Está-me a escapar alguma coisa porque da última vez que tínhamos falado ela tinha ido ter contigo a Milão e tu deixaste-a a dormir na rua… -
disse Bill interessado em saber o que se tinha passado para eles dormirem juntos - Agora já passam a noite juntos e ela vai ter contigo a Hamburg!?
- Eu sei, mas ela ontem apareceu-me à porta do quarto novamente e eu não fui capaz de dizer que não!
- Eu sabia que tinhas ficado com peso na consciência!!!
- Um pouco… -
confessou Tom voltando a pegar no copo. Falar de Miss K não era tarefa fácil.

- E o que é que ela queria? … Para além do óbvio… - perguntou Bill a rir.
- Lutar por mim…
- O quê??? –
disse Bill espantado – Depois de tudo o que ela fez, e de tudo o que tu lhe fizeste, ela foi capaz de vir ter contigo para lutar por ti??? … Deste mesmo a volta à miúda!!!
- Parece que sim… -
disse Tom bebendo de um só trago o conteúdo do seu copo.

- A vossa relação é mesmo muito estranha…
- A quem o dizes! –
disse Tom pousando o copo vazio – Mas tu tinhas razão… Eu gosto dela por mais que o que ela me tenha feito seja algo que eu não consiga perdoar… Gosto de estar com ela e de a ter na minha cama…
- Pois, isso nunca foi novidade para mim… E como é que vão ser as coisas daqui para a frente?
- Sei lá! Nem vou pensar nisso… -
disse Tom encostando-se à mesa ao sentir o álcool tomar conta de si – Estou bem como estou… A única coisa que me podia deixar mais feliz agora… Era acabar a noite com uma festa em privado!!!
- Deixaste a miúda escapar, agora tens a cama vazia… -
disse Bill a rir.
- Arranja-se outra… - disse Tom piscando o olho ao irmão – As opções são sempre infinitas e ilimitadas…
- Tu não tens mesmo emenda!

- Tommm… –
chamou Gustav com entusiasmo – Chega aqui!

- Lá vou eu… -
disse Tom arrastando-se até à zona onde Gustav e alguns membros da crew conviviam.
- Tenta não trocar os pés! – disse Bill a rir.

Bill divertiu-se a ver Tom arrastar-se até Gustav, tropeçando pelo caminho. Olhou para Gabi e percebeu que ela estava a sós com Nathalie e Jost e que eles olhavam para Tom a rir, mas que Gabi não tirava os olhos de si e sorria de forma sedutora. Bill sentiu-se impelido em juntar-se a eles.

- É impressão minha ou o teu irmão já está mais para lá, do que para cá? – perguntou Jost a rir.
- Ele que nem se aproxime de mim!!! – disse Nathalie a rir.
- Nem de mim! – disse Gabi sorrindo com um olhar cativado pela presença de Bill.
- Não se preocupem, eu protejo-vos! – disse Bill sorrindo de forma tímida. Sentia-se tão afogueado pela simples presença de Gabi à sua frente. A ideia de fingir que não sentia absolutamente nada por ela, fazia com que a interacção entre eles fosse tão mais excitante.

- Acho que a Gabi é que se tem de preocupar! – disse Jost a rir.
- Porquê? – perguntou Gabi com medo que algo lhe estivesse a escapar.
- Porque o Tom quando está assim gosta de dar asas às provocações e aos joguinhos de sedução mais bizarros que possas imaginar! – disse Jost a rir – Como a Nat está protegida pelo Bill… E o Tom parece gostar muito de ti… Podes ouvir e ver coisas que não te vão agradar lá muito esta noite!
- Eu não estou protegida pelo Bill! -
disse Nathalie imediatamente para não criar nenhum mal entendido.
- Duvido que o Tom se aproximasse de ti sabendo que tu e o Bill tiveram uma história tão longa… Ainda foram uns bons meses… Mais de meio ano! – justificou-se Jost a Nathalie – Além disso vocês nunca tiveram a tensão que sempre existiu entre ti e o Bill!

- Do que é que estás a falar?! –
perguntou Bill incomodado com o que Jost dizia. Gabi tinha um ar apreensivo e preocupado, parecia querer assimilar tudo o que ele dizia na esperança de descobrir algo que lhe estava a ser escondido.
- Mesmo antes de andarem, era óbvio que mais dia, menos dia ia acontecer alguma coisa entre vocês… - disse Jost um pouco tocado pela bebida – As trocas de olhares e carícias… A tensão… Havia cheiro a sexo no ar há muito tempo… Era tão óbvio!

- Talvez seja melhor parares de beber! –
disse Nathalie tirando o copo que Jost tinha na mão. Era demasiado constrangedor ouvi-lo dizer aquele tipo de coisas com Gabi presente – Senão quem vai começar a dizer disparates és tu!
- Até parece que é mentira! –
disse Jost ofendido por lhe ser privado álcool.
- Nós nunca andámos! – disse Bill olhando para Gabi percebendo que ela não estava realmente a achar piada nenhuma àquela conversa.
- Pois… Só iam para a cama e passavam os dias juntos como um casalinho… - disse Jost a rir – Bill… Qual é que é o problema de admitires que andavas com a Nat?
- O problema é que nós não andávamos! –
disse Nathalie ligeiramente irritada – Sempre fomos amigos… Qual é o problema de irmos para a cama de vez em quando se éramos livres e era isso que ambos queríamos???
- Por favor… -
disse Jost a rir de forma arrastada e embriagada.

- Jost, tu estás bêbado e eu não vou ficar aqui a discutir contigo o que se passou entre mim e a Nat, porque tu sabes muito bem o que aconteceu entre nós e não percebo porque é que te estás a armar em parvo! – disse Bill chateado com o rumo da conversa – Quando estiveres sóbrio e quiseres falar do assunto diz…
- Qual falar no assunto, qual quê! Não há nada para falar! Era o que faltava que andassem a falar sobre o que aconteceu entre nós passado este tempo todo!!! É que nem faz sentido!!! –
disse Nat incomodada com a situação – Nem percebo de onde veio esta conversa tão estúpida…
- Do Tom querer comer a Gabi esta noite… -
disse Jost.
- O Tom não vai comer a Gabi, nem ninguém!!! – disse Bill importunado com tudo o que se estava a passar.

- Eu sei-me proteger das boquinhas do Tom… Já sei como ele é quando está bêbado… - disse Gabi falando pela primeira vez. Estava a sentir-se constrangida e a mais. Não se sentia bem em ouvir descrições do passado de Bill e Nathalie por mais que o respeitasse e aceitasse como algo natural - Vou buscar alguma coisa para beber…
- Eu vou contigo… -
disse Bill olhando para Nathalie implorando com o seu olhar para que ela controlasse Jost e a sua bebedeira antes que a boca dele o levasse até maus lençóis.

Bill seguiu Gabi até à mesa das bebidas. Ela servia-se sem se pronunciar. Estava a ignorá-lo como se ele nem estivesse presente. Bill sentia-se triste e mal por toda aquela situação. Não queria que Gabi levasse a sério as coisas que Jost tinha dito, não passavam de desabafos de um bêbado que não sabia aquilo que dizia. Porque é que Jost tinha de ter insistido em ter aquela conversa idiota em frente a Gabi?

- Desculpa o Jost… - acabou Bill por dizer. Sentia o seu coração mirrado pelo modo como ela ignorava a sua presença.
- Quem diz a verdade, a mais não é obrigado… - disse Gabi mantendo os olhos nas garrafas que tinha à sua frente.
- Mas não era verdade!
- Os bêbados têm uma característica engraçada… -
disse Gabi olhando para Bill pela primeira vez, deixando transparecer a tristeza que tinha no seu interior – Dizem sempre a verdade… Falam o que querem e não querem…
- Tu ouviste o que eu e a Nat dissemos? Nada daquilo se passou daquela forma… -
disse Bill de forma contida. Não queria criar um escândalo, nem dar a entender aos outros que algo se passava e que eles estavam a discutir algo tão pessoal – Nós nunca andámos, nunca fomos um casalinho… Nunca houve tensão no ar!!!

- Talvez tu não te tenhas apercebido, mas se para o Jost era assim tão óbvio, e se comigo ele ainda não percebeu nada… E eu garanto-te que sinto tensão entre nós… É porque a vossa relação era realmente forte e… muito sexual!
- O Jost só está connosco há dois dias… É normal que ainda não tenha percebido nada! Além disso ele anda ocupado com trabalho… -
disse Bill tentando-se justificar – Eu também sinto tensão entre nós… Como nunca a senti com mais ninguém!
- Mas não podes negar que a tua relação com a Nat… -
começou Gabi por dizer.
- Sim… Era forte… Nós conhecemo-nos há muitos anos, é normal que tivéssemos intimidade e cumplicidade… E sim… Era muito sexual, porque não passava disso… Era só sexo!

- Bill, eu aceito tudo o que se passou entre vocês, mas é difícil ouvir alguém falar assim do vosso passado… -
disse Gabi respirando fundo – Eu já te disse que sou ciumenta…
- Vamos sair daqui para um sitio onde possamos falar só os dois… -
sugeriu Bill apercebendo-se que ninguém olhava para eles, mas que em breve seria difícil ignorar a conversa cruzada carregada de emoção que estavam a ter – Aqui estamos sobre o olhar de toda a gente…
- A ideia é fazer com que ninguém perceba que se passa algo entre nós!
- Mas neste momento as coisas não estão a correr bem…
- Mas se desaparecermos os dois juntos, vai ser pior… -
disse Gabi suspirando - Dá-me tempo para assimilar aquilo que acabei de ouvir… Só preciso de um pouco de espaço…
- Ok… -
disse Bill com vontade de esganar Jost por ter deixado um fantasma do seu passado assombrar a relação que mantinha em segredo com Gabi.

Bill deixou que Gabi saísse de ao pé de si e serviu-se com um vodka Redbull. Precisava de algo que o ajudasse a dar espaço a Gabi sem se sentir sufocar pela falta que o sorriso dela lhe fazia. Saber que ela estava triste e que tinha de digerir uma vez mais algo sobre o seu passado com outras mulheres não o deixava minimamente feliz. Aproximou-se de Gustav e Tom e deixou-se ficar lá durante algum tempo, mas o peso que sentia sobre o peito não o ajudava. Não conseguia concentrar-se em nada, nem pensar em mais ninguém. O seu olhar recaía sempre sobre Gabi e a forma íntima como ela falava com Georg e Dunja. O olhar entristecido dela estava a corroer-lhe a alegria que o final da tour trazia. A sua vida sem Gabi, era uma vida sem luz. O sol que o amor dela lhe proporcionava desvanecia e tudo o que via era uma escuridão com a qual não queria conviver. Precisava de falar com ela, por mais que ela lhe tivesse pedido algum espaço.

Assim que Gabi abandonou a sala onde a banda e a crew festejavam o final da tour para ir até à casa de banho, Bill arranjou maneira de sair de ao pé dos seus amigos para a seguir. Correu pelo corredor atrás dela e interpelou-a à porta da casa de banho.

- Gabi… - chamou Bill.
- Bill… - disse Gabi virando-se para trás para se deparar com ele – Eu tinha-te pedido espaço…
- Eu sei! Mas eu não quero que tu percas o teu tempo a pensar em algo que não merece a tua atenção… O passado é passado… O que é que interessa o que se passou entre mim e a Nat? Eu contei-te tudo… Não tenho segredos contigo…

- Isto não é uma conversa que possamos ter aqui… Falamos depois quando formos para o hotel e pudermos estar a sós!
- Tem de ser agora… Não me sinto bem em ver-te triste e sinto-me péssimo com esta situação toda… Quero falar contigo, não quero espaço…
- Então é melhor entrarmos na casa de banho… -
sugeriu Gabi.

Bill assentiu afirmativamente com a cabeça e esperou que Gabi abrisse a porta da casa de banho e entrasse para a seguir. A porta não fechava por dentro, a única possibilidade de terem privacidade para o caso de alguém entrar, era escolhendo um compartimento e trancarem-se no interior. Gabi sentiu-se constrangida em fazê-lo, mas era a solução mais fácil para proteger a privacidade deles do mundo exterior. Entrou para dentro de um compartimento e deixou que Bill a seguisse e fechasse a porta atrás de si. O compartimento era pequeno e intimista. A proximidade ao corpo de Bill aliada ao nervosismo que sentia no seu interior tornava aquele momento algo pesado e tenso.

- O que é que me querias dizer? – perguntou Gabi encostando-se a uma das paredes falsas do compartimento, sentindo a sua respiração pesada.
- Que sei que não deve ser fácil para ti aceitar esta situação, principalmente quando convivemos com a Nat todos os dias… - disse Bill sentindo-se em êxtase pela proximidade a ela.
- Eu sei que tu tens o teu passado… E que antes de mim tinhas uma vida… Mas é difícil imaginar-te com outra mulher que não seja eu… Principalmente com alguém que admiro e respeito!
- Mas tu sabes de tudo o que se passou entre nós!
- Sim… -
disse Gabi percebendo que o seu ataque de ciúmes estava a ser infantil, mas gostava tanto dele.

- Era sexual… - esclareceu Bill pegando numa mão de Gabi para a acariciar – Era muito sexual, porque não era mais que isso…

- Como é que queres que eu me sinta, sabendo que vocês eram tão perfeitos na cama? Nós ainda nem sabemos se funcionamos juntos…
- Há uma maneira de apagar da tua cabeça qualquer dúvida que tenhas a esse respeito… -
disse Bill sorrindo de forma sedutora, puxando o corpo dela até ao seu, para a abraçar pela cintura.
- Eu não quero ir para a cama contigo para te provar a ti ou a mim, ou a quem quer que seja, que sou melhor que a Nat! – disse Gabi abraçando o corpo de Bill, deitando a sua cabeça sobre o tronco dele – Principalmente depois de sentir-me pressionada a isso por saber que eras tão sexual com outra mulher…
- Eu também não quero que te sintas pressionada a isso… -
disse Bill abraçando-a com força, depositando um beijo meigo sobre a sua cabeça – Quero que as coisas aconteçam naturalmente connosco…
- Por isso é que preciso de espaço… -
disse Gabi olhando Bill nos olhos.

Bill assentiu afirmativamente com a cabeça e beijou os lábios que tanto amava à procura de a tranquilizar. Desejava-a como nunca antes tinha desejado nenhuma mulher, mas seria capaz de esperar o tempo que fosse necessário por ela, porque tinha a certeza absoluta que valeria a pena. Bill compreendia que não fosse fácil assimilar todas as relações que ele tinha tido na sua vida, principalmente quando Gabi se via bombardeada com elas quando menos esperava. Acariciou a cabeça dela e procurou satisfazê-la com um beijo terno no pescoço que provocava em Gabi um arrepio e um sorriso sensual.

- Tenho medo que o facto do teu passado com a Nat ter sido tão perfeito, faça com que eu não seja capaz de estar à altura dela… - confessou Gabi envergonhada – Eu sei que é estúpido! Mas é o que sinto… E se eu não for aquilo que tu desejas? Se for uma decepção?
- É impossível! –
disse Bill sorrindo.
- Não podes dizer isso…
- Posso… Porque o que sinto por ti dá-me a certeza absoluta que aconteça o que acontecer entre nós, tu és tão especial para mim que havemos de arranjar uma maneira de sermos felizes juntos!
- É o que eu quero! –
disse Gabi procurando os lábios de Bill.
- Então temos tudo para avançar sem medo…

- Acho que a minha auto-estima desaparece por completo quando fico enciumada e tenho medo de te perder…
- A tua sorte é que eu adoro mulheres com ciúmes… -
disse Bill deixando as suas mãos procurarem o rabo dela e os seus lábios saciarem-se com o sabor doce da boca de Gabi.
- Mesmo assim, tenho de ver se me controlo… Não gosto de ser assim… Mas muitas vezes é mais forte do que eu… - disse Gabi acariciando a nuca de Bill.
- Eu sei… Eu também sou ciumento… - disse Bill procurando novamente os lábios dela. Não conseguia parar de a beijar.

- Se alguém nos apanhar aqui dentro… - disse Gabi quando sentiu os seus lábios livres da presença dos de Bill que pareciam querer matar o desejo ali mesmo.
- O nosso segredo fica revelado… - disse Bill encostando-a contra uma parede do compartimento para a beijar de forma mais arrojada, deixando as suas mãos percorreram a cintura e costas dela.
- E nós não queremos que isso aconteça… - disse Gabi sentindo o seu pescoço ser assaltado pela língua de Bill que continha um pedaço de metal que a deixava louca.
- O que torna as coisas ainda mais excitantes… - disse Bill parando por momentos para a olhar nos seus olhos azuis e reparar que ela os tinha fechados e que aproveitava cada investida da sua língua sobre o seu pescoço.

- Não penses que isso te dá o direito a algo mais… - disse Gabi abrindo os olhos, sorrindo ao aperceber-se que ele mordia o seu lábio inferior e tinha uma expressão ávida no olhar – Vamos ter de ficar por aqui… Este compartimento está-se a tornar demasiado claustrofóbico para mim… - disse Gabi segurando na cara de Bill com ambas as mãos para o beijar de forma apaixonada – Por mais que eu te ame…
- Podemos continuar esta conversa mais logo… -
sugeriu Bill não encontrando em si mesmo forças para largar o corpo dela.
- Quem sabe… Talvez te faça uma visita nocturna hoje… - disse Gabi a rir, deixando o mistério no ar.

- Tu disseste que me amavas… - disse Bill com um sorriso radiante no rosto, apercebendo-se realmente daquilo que Gabi tinha dito. Adorava a forma como ela declarava o seu amor por si. Conseguia-o sentir de forma tão pura e natural.
- E já não é a primeira vez… - disse Gabi sorrindo de forma tímida e feliz, soltando-se do corpo de Bill.
- Amo-te tanto! – disse Bill voltando a abraçar o corpo dela para a beijar como se nunca mais tivesse a oportunidade de o fazer.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSáb maio 14, 2011 1:26 pm

Alguém da um soco no Jost ? Ta ok, não foi completamente culpa dele, ele esta sobre o efeito do álcool mas bem que ele poderia ficar de boquinha fechada né ? Não é pedir tanto assim. Mais olhando por um outro lado foi até bom, que ai a Gabi e Bill colocam as coisas pra fora, ela conta o que esta sentindo em relação as coisas e ele também e ainda mais que os dois são super ciumentos é melhor um ficar tudo as claras. Bill SEMPRE safado né ? Como pode isso ? Mais de uma coisa eu tenho certeza quando eles tiverem a sua primeira vez 'juntos', vai ser pura mágica. Porque além do mais estamos falando do Bill. PKSPOAKOPS
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeDom maio 15, 2011 8:42 pm

CaTaRiNaAaAAAA \o/ \o/ \o/

LolOLolOlolOl concordo com vc... O Jost estava a precisar de um soco bem mandado haha haha haha
Hmmm... vc tem razão... no fundo tb é bom k eles kolokem tudo às klaras e saibam o k podem kontar um kom o outro e kt se gostam e são ciumentos I love you
BiLL é safadinho MESMO!!! Esse aí tem genes de Kaulitz e n engana não haha haha haha
Simmmmmm..... O BiLL ama muito ela, e ela ama ele, de certeza k no dia em k esses 2 s juntarem vai haver faiscas no ar!!



* * * KiSsEsSSs * * *



110

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 110tn


Estava em Hamburg há dois dias. A sua estadia naquela que tinha adoptado como sendo a sua cidade, ia ser curta. Em breve partia com destino a Los Angeles para passar cinco dias com Nicky Fuller e tratarem de alguns assuntos que tinham pendentes na editora discográfica que os promovia nos Estados Unidos. Tom tinha acordado com o seu irmão que naquela noite não dormia em casa para que ele e Gabi pudessem estar a sós. Para Tom aquele acordo não o incomodava uma vez que tinha Miss K hospedada num dos seus hotéis preferidos no centro da cidade, e a ideia de passar a noite entretido com ela agradava-lhe bastante, principalmente quando depois da visita aos Estados Unidos preparava-se para desbravar os caminhos da Ásia pela primeira vez e a sua agenda ia estar tão ocupada, que duvidava ter espaço ou paciência para gastar o pouco tempo livre que tinha, à procura de mulheres que o cansassem ainda mais.

A sua noite com Miss K estava agora no início. Não tinham sido capazes de chegar até à cama. A fome que os possuía, deixava-os sedentos e animalescos na sua busca de prazer pelo corpo um do outro. Tom mantinha o corpo nu de Miss K preso de encontro a uma parede. Entrava dentro dela de forma proeminente e activa procurando satisfazê-la com o toque das suas mãos e a habilidade dos seus lábios. Segurava na perna direita dela, enquanto a sentia enlaçada à sua cintura e insistia de forma selvagem e excitada sobre o corpo contraído e arrebatado dela. Os sons que ela emitia, aliados ao cheiro que o seu corpo emanava, deixavam Tom louco de desejo e tesão. Sentia as mãos dela percorrerem as suas costas e nuca e sentia-se arrepiar pelo poder que o toque das suas mãos tinha. Dava consigo mesmo em interjeições de prazer e êxtase por se ver novamente preso àquele corpo que era capaz de perfazer o seu de forma tão arrojada e igualmente excitada. Apertou a coxa dela como se quisesse entrar no seu interior de todas as formas possíveis, e aumentou o ritmo a que a sua pélvis embatia contra ela, para a ouvir soltar um grito de contentamento. Olhou para os olhos azuis dela e viu-os presos a si e sorrindo tomou conta dos lábios de Miss K beijando-os com a mesma fome com que entrava no seu corpo.

- E se eu agora parasse? – disse Tom sentindo uma gota de suor escorrer pelo pescoço até embater contra o seu ombro.
- Porque é que farias isso? – inquiriu Miss K sentindo-se tomar por uma onda de calor sufocante. Sentir o corpo de Tom colado contra o seu e o peso dele subjugá-la contra aquela parede deixava-a cada vez mais agitada.
- Para tornar tudo mais…. Tântrico! disse Tom sorrindo de forma atrevida ao mesmo tempo que humedecia os lábios, fazendo a sua língua passar diversas vezes sobre piercing que os habitava.
- Podemos tentar isso noutra altura? – perguntou Miss K beijando o peito definido de Tom – Quero-te mesmo muito… Agora!

- Era suposto seduzires-me… -
disse Tom parando a forma entusiasta como invadia o corpo dela.
- Prometo seduzir-te duas vezes mais, se agora me recordares como sou feliz nos teus braços… - disse Miss K saltando para o colo de Tom, enlaçando ambas as pernas à volta da cintura dele, sussurrando de seguida numa voz sensual e provocadora – Sou tua… Faz-me ver o céu estrelado de Hamburg novamente…

Tom abraçou o corpo de Miss K e deixando-a encostada contra a parede, assaltou os seus lábios de forma selvagem e entrou novamente no corpo dela sentindo-a cravar as unhas no seu corpo e os seus lábios soltarem um sem fim de gemidos, suspiros e exclamações que o impeliam a ser mais agressivo e forte para com o desejo que o tomava e parecia não ter fim.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


A noite com Gabi estava a decorrer de forma perfeita. Bill tinha preparado o jantar com todo o amor e carinho que tinha por ela. Os seus cozinhados não tinham saído na perfeição como Bill desejaria, não estava habituado a cozinhar, mas Gabi tinha adorado o jantar à luz das velas e a dedicação com que Bill tinha preparado tudo. O romantismo de Bill era verdadeiramente fascinante e apelativo. Após o jantar, Bill tinha pegado em dois copos e numa garrafa de vinho e tinha procurado o conforto do sofá da sala que ficava em frente à lareira para namorar e aproveitar cada segundo da presença de Gabi. Adorava ficar a sós com ela e conversar sobre tudo ou nada. Adorava os seus olhos azuis que pareciam sempre tão apaixonados e sinceros. Adorava o seu cabelo fino e macio. Adorava as mãos cuidadas dela. Adorava os seus lábios carnudos que tinham um sabor tão idílico. Adorava o modo como a sua personalidade era forte e inabalável para o exterior, mas frágil e meiga nos momentos de intimidade consigo. Adorava o seu sorriso, era capaz de se perder nele durante horas e horas, sem nunca se cansar ou deixar de sentir contagiado pelo modo como aqueles lábios que amava se contorciam. Adorava o piercing que habitava o seu nariz, aquele pequeno diamante era capaz de reluzir tanto, e tão pouco ao lado da beleza dela. Adorava as pequenas sardas que tinha descoberto em redor do seu nariz. Adorava sentir a cabeça dela encostada ao seu tronco e as mãos dela acariciarem-no, como sentia naquele momento em que o som da lenha a arder e o calor que dela saía o faziam crer que seria impossível viver um momento mais repleto de perfeição do que aquele.

- Queria ficar assim para sempre… - disse Bill passando a mão sobre os cabelos dela, ao mesmo tempo que suspirava.
- Eu também… - disse Gabi apertando o corpo de Bill de encontro ao seu, sem nunca parar de acariciar o seu peito – Mas não podemos… E isso faz com que este momento seja ainda mais especial!
- Tens razão… -
disse Bill beijando a cabeça dela de forma doce – Se o fizéssemos todos os dias não seria tão importante para nós… Consegues ouvir o meu coração?
- Sim… -
disse Gabi afastando-se do peito de Bill para o olhar nos olhos com um sorriso apaixonado – Tem estado agitado desde que me encostei ao teu peito…
- Não… Tem estado agitado desde que me deitei ontem à noite sabendo que ia acordar para passar parte do meu dia contigo…


Gabi sorriu e abraçando Bill pelo pescoço beijou-o de forma lenta e cuidada, aproveitando cada centímetro daqueles lábios que a faziam tão feliz. Bill estava cada vez mais convicto de que aquela era uma noite perfeita, difícil de ser superada.

- Tenho uma coisa para ti… - disse Bill sorrindo de forma entusiasmada – Fecha os olhos!
- Não era preciso teres comprado nada! –
disse Gabi sentindo-se mal por só ter trazido o vinho para o jantar.
- É só simbólico… Já vais perceber… - disse Bill beijando os lábios de Gabi uma última vez antes de se levantar e voltar a pedir – Fecha os olhos…
- Ok…


Gabi fechou os olhos sem conseguir conter um sorriso nos lábios. Adorava surpresas, e as de Bill eram sempre verdadeiramente agradáveis. Eram pequenos gestos e pormenores que simbolizavam o amor que ele sentia por si. Nunca lhe tinha comprado nada caro ou exibicionista. Bill correu até ao estúdio, e pegando com alguma dificuldade na prenda que lhe tinha comprado, encaminhou-se novamente para a sala, onde Gabi continuava de olhos fechado à espera dele.

- Estás com os olhos fechados? – perguntou Bill ajoelhando-se no chão entre o sofá onde Gabi estava sentada e a lareira que ambientava a paixão ardente deles.
- Sim… - disse Gabi percebendo que Bill já estava à sua frente.
- Então podes abri-los…

Gabi abriu os olhos devagarinho e viu um sorriso aberto e entusiasmado de Bill ser emoldurado por um sem fim de rosas vermelhas. Levou as mãos à boca soltando uma interjeição de espanto e logo viu os braços de Bill estenderem até si as rosas. Gabi acolheu-as no seu peito com alguma dificuldade cheirando uma rosa, para se aperceber que o cheiro delas era intenso, tal como o amor que sentia por ele. Pousou-as sobre o sofá e jogou-se nos braços de Bill para o abraçar e beijar em forma de agradecimento. Agora percebia o porquê de ele dizer que era apenas algo simbólico. Aquelas rosas vermelhas faziam alusão ao dia em que eles se tinham beijado e confirmado os seus sentimentos um pelo outro. O dia em que tinha perdido o medo de sentir algo que a arrebatava de forma tão pura e sincera. O dia em que tinha chegado ao seu quarto de hotel e tinha encontrado vinte e cinco rosas vermelhas sobre a sua cama.

- Obrigada… - disse Gabi beijando Bill de forma ininterrupta – É a melhor prenda que me podias ter dado… Sempre que vejo rosas vermelhas penso em ti e em nós…
- São 42… -
disse Bill passando as mãos sobre a cabeça dela, entranhando os seus dedos por entre os cabelos macios dela – Uma por cada dia em que te conheço e amo… São os 42 dias mais felizes da minha vida! Obrigado por os teres tornado em dias de sonho… Amo-te mesmo muito!
- Eu é que te tenho de agradecer por me fazeres acreditar no amor e não desistires de mim… -
disse Gabi abraçando o corpo de Bill sentindo-se estremecer.
- Desistir de ti era desistir do que de melhor há em mim, meu amor… - disse Bill beijando-a de forma doce.
- Amo-te… – disse Gabi abraçando o corpo dele fechando os olhos para aproveitar o sonho que vivia – Conhecemo-nos há 42 dias, mas eu sinto que te conheço desde sempre...
- Eu sinto o mesmo… Como se fosses realmente parte da minha vida e me estivesses destinada!
- E estou…


Bill sorriu e apoderou-se dos lábios de Gabi num beijo ainda mais terno e sentido. Tudo o que desejava era estar com ela para o resto da sua vida. Não tinha qualquer dúvida que tinha encontrado a sua alma gémea no corpo de uma mulher. O amor que sentia por ela era tão forte e avassalador que em quarenta e dois dias tinha sido capaz de revolucionar a sua vida. Finalmente era capaz de viver do bater do seu coração e da força do seu amor.

- Gostava que ficasses cá esta noite… - disse Bill com medo de a sugestão não ser bem acolhida.
- Devo-te lembrar que dos 42 dias que te conheço, só estamos juntos há uns 15? – perguntou Gabi a rir. Sabia onde Bill queria chegar com aquela conversa – Por mais intensos e maravilhosos que tenham sido…
- Há 17! –
corrigiu Bill que os contava com paixão.
- Tens contado?
- Todos os dias, horas, minutos e segundos… Na esperança que virem, meses, anos e décadas…

- Porque é que és irresistível??? –
perguntou Gabi abraçando o pescoço de Bill para o voltar a beijar ao mesmo tempo que suspirava.
- Porque te amo e fomos feitos um para o outro… Não te parece óbvio? – disse Bill piscando o olho a Gabi.
- Parece… - disse Gabi a rir – Mesmo assim… Acho que vou regressar a Lübeck…
- Mas já é tarde e a viagem ainda é longa… Fica comigo… Prometo que não vou forçar nada…
- E se eu forçar? –
perguntou Gabi beijando o pescoço de Bill de forma lenta e sonora.
- Eu não digo que não… - disse Bill fazendo olhinhos a Gabi por entre um sorriso divertido e atrevido.
- Vendido!
- Com muito gosto! – disse Bill a rir abraçando o corpo dela – Agora a sério… Fica… Podes até dormir no quarto de hóspedes!

Gabi passou uma mão sobre a face de Bill e suspirando, pensou no desejo que sentia por ele e pelo seu corpo. Tinha sido difícil resistir-lhe durante dezassete dias, mas não queria realmente que a proximidade e intimidade que se gerava pelo facto de viverem vinte e quatro horas, sobre vinte e quatro horas juntos, os levasse a viver aquela paixão de forma tão intensa que os esgotasse e limitasse um ao outro. A verdade é que queria desfrutar da intimidade que tinha com Bill e do amor que sentia por ele como qualquer homem e mulher o faziam. Queria o amor dele de todas as formas possíveis. Sabia que era forte e intenso, puro e virtuoso, mas o medo de levar as coisas depressa demais estava a privá-la de viver intensamente o seu amor.

- Só se visses a noite de hoje como um desafio, daqueles que tu adoras fazer ao Tom… Estavas disposto a isso? – instigou Gabi por entre um olhar misterioso
- Estou disposto a tudo para acordar e saber que te tenho por perto, e que serás a primeira pessoa que vou ver… - disse Bill entusiasmado com a ideia – Qual é o desafio?
- Passares esta noite comigo, sem que nada aconteça….

- O que é que ganho com isso?
- … Ganhas-me a mim! -
disse Gabi sorrindo de forma tímida.
- E se não conseguir? – perguntou Bill adorando aquilo que estava em jogo.
- Tencionas falhar?
- Não… Quando entro num desafio levo-o até ao fim para ganhar… Não aceito perde-lo!
- Então não te precisas de preocupar com o que perdes… -
disse Gabi beijando os lábios de Bill para o provocar – O que me dizes? Fico? … Ou regresso ainda esta noite para Lübeck?
Bill não tinha qualquer dúvida de que o que mais desejava era passar todo o tempo que tinha disponível com ela. Claro que aceitava o desafio, fosse ele qual fosse. O que Gabi lhe prometia era uma entrega total do seu corpo e amor, a entrega que Bill desejava desde que a tinha visto pela primeira vez.

- Vou ver se está tudo bem com o quarto de hóspedes… - disse Bill de forma eléctrica, beijando os lábios de Gabi para se levantar de seguida e desaparecer pelos corredores da casa.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Sentia-se inquieta e sem conseguir dormir. A ideia de estar sobre o tecto de Bill e de se manter afastada ao corpo dele não era bem aceite pelo seu coração que batia de forma energética e nervosa pela proximidade a ele. Já se tinha deitado há cerca de meia hora e continuava sem saber como reagir. Tinha sobre o seu corpo roupa que Bill lhe tinha emprestado para dormir. O cheiro dele estava presente em cada peça. Parecia que naquela noite o sentia de forma mais viva e fugaz que em todas as noites anteriores, talvez por ser a primeira em que sabia que estava verdadeiramente a sós com ele e que nada se opunha a dar-se de alma e coração ao homem que amava, ou talvez pela ternura e romantismo de Bill naquela noite se ter excedido e completado o seu coração de forma perfeita. Precisava de estar com ele. Sabia que seria capaz de se controlar, se ele não insistisse em demasia, mas ao mesmo tempo não tinha vontade nenhuma de se manter firme na sua palavra, porque o desejava como nunca antes o tinha desejado. Queria ceder ao prazer carnal que sabia que ele lhe poderia oferecer. Queria tudo o que Bill tinha para lhe oferecer enquanto homem. Queria provar-lhe que os seus corpos também estavam destinados a unirem-se na perfeição, tal como as suas vidas. Quem os tinha criado, tinha-os feito em muito diferentes, para que um dia se encontrassem e pudessem suplantar a falta do outro, completando-se com as suas imperfeições.

Levantou-se, e pé ante pé procurou o quarto de Bill. Sentia o seu coração irrequieto e o corpo estremecer como um radar que ao aproximar-se do corpo de Bill se sentia cada vez mais quente e alterado. Abriu a porta do quarto dele e entrando no seu interior, voltou a fechá-la com cuidado. Será que ele já dormia? Para não se ter apercebido da sua presença era porque provavelmente já tinha adormecido. Aproximou-se da cama e sem pensar naquilo que fazia, enfiou-se debaixo dos lençóis, deitando-se ao lado de Bill. Deixou que os seus olhos se habituassem à escuridão e antes de ser capaz de se pronunciar, ouviu-o dizer:

- Eu não sou de ferro…
- Eu sei… -
disse Gabi deitando-se de lado, para ficar frente a frente com ele – Quero dormir contigo… Posso ficar aqui?
- Claro amor… -
disse Bill colocando uma mão sobre a face dela, acariciando-a de forma terna.

- A minha cabeça está aqui, porque é que o meu corpo há-de estar tão longe do teu?
- Não faz sentido… -
disse Bill sorrindo, depositando um beijo doce nos lábios dela, sem cessar as carícias à sua face e cabelo – Mas esqueceste-te do teu coração… Onde é que ele está?
- Em todo o lado… Sinto-o no peito, mas também o tenho nas mãos e a querer saltar-me pela boca…
- Tens um coração grande….
- E um amor ainda maior… -
disse Gabi beijando os lábios de Bill lentamente.

- Eu ainda estou empenhado em ganhar o desafio… - disse Bill sentindo os lábios dela percorrerem cada centímetro do seu rosto em beijos doces e sentidos.
- Quero muito que o ganhes e que sejas meu… - disse Gabi procurando com os seus pés o calor dos pés dele.
- Amo-te tanto… - disse Bill abraçando a cintura dela.

Bill uniu os seus lábios aos dela e sentindo a forma terna como ela o acariciava e beijava, deixou-se levar por aqueles beijos apaixonados e retribuiu todo o amor que ela lhe dava. Era capaz de ficar preso a ela naquela troca de carícias para todo o sempre. Sentiu a mão dela entranhar-se no cabelo da sua nuca e um arrepio percorrer o seu corpo. Voltou a colocar a sua mão sobre a face dela e a fazer-lhes festinhas meigas e extremosas, enquanto deixava que o seu piercing satisfizesse a curiosidade que ela tinha em senti-lo. Deixaram-se ficar em trocas afectuosas de ternura e beijos apaixonados até perderem a noção do tempo, e Gabi virar-se de costas para Bill deixando-se abraçar pelos braços longos dele. Sentiu os lábios de Bill beijarem a sua face de forma meiga e fecharam ambos os olhos desejando uma boa noite um ao outro. Aquela noite seria inesquecível e repleta de amor do mais puro que existia.

Passavam poucos minutos desde que tinham optado por dormir nos braços um do outro. Bill permanecia abraçado ao corpo dela. Estava extasiado e manifestamente feliz com a possibilidade de pela primeira vez adormecer nos braços da mulher que fazia com que há quarenta e dois dias atrás, tivesse encontrado uma nova força de vida. Gabi abraçava e acariciava os braços de Bill que a continham e restringiam colada ao corpo dele. Sentia-se feliz por ter tomado a decisão de o procurar. A forma como tinha sentido as mãos e os lábios de Bill naquela troca de afectos tinha sido tão terna e apaixonada que não duvidava que se tivessem feito amor, teria sido algo verdadeiramente sentido e especial para ambos. Mas mesmo sem a parte carnal, tinham estado ligados de forma pura e amorosa, como duas pessoas que se amavam verdadeiramente e se sentiam felizes e completas pela mera presença do outro na sua cama. Gabi procurava acalmar o bater do seu coração quando sentiu algo em Bill manifestar-se. Algo que ela reconhecia como sendo o desejo que ele sentia por si. Bill afastou-se dela de forma envergonhada.

- Desculpa… - disse Bill virando-se de costas para Gabi desejando um buraco onde se pudesse esconder – É difícil estar contigo e controlar alguns pensamentos…
- É bom saber que me desejas tanto quanto eu te desejo a ti… -
disse Gabi sentindo-se elogiada com a erecção de Bill – A minha sorte é que o meu corpo não reage de forma tão visível como o teu…
- Não digas isso porque tornas tudo ainda mais difícil! –
disse Bill levando as mãos à cabeça, respirando fundo diversas vezes.

- Eu sei que tu consegues… - disse Gabi procurando o corpo de Bill, abraçando-o pelas costas, depositando um beijo terno nas suas costas.
- Isto é pura tortura… - disse Bill sentindo-se ainda mais excitado por ter o corpo dela preso ao seu - Mas eu vou superar o teu desafio…

- Eu acho querido… -
disse Gabi sorrindo de forma sedutora. Sentia-se verdadeiramente enaltecida com a forma como Bill a desejava com o seu pensamento.
- Se soubesses o que eu sinto neste momento, não dizias isso…
- … E excitante! -
acrescentou Gabi passando a mão sobre o peito de Bill. Sentia um desejo acrescido ao saber que o corpo dele estava receptivo ao seu.
- Estou a ver que quem vai acabar no quarto de hóspedes, sou eu…. – disse Bill afastando-se de Gabi o máximo que conseguia para se acalmar. Porque é que ela tinha de ser tão sedutora e sensual quando ele tinha um desafio tão árduo para enfrentar naquela noite?

- Ok… Eu vou controlar-me… - disse Gabi a rir da aflição de Bill – Quero muito que ganhes este desafio… Por ti, por mim e por nós…
- Eu vou conseguir… -
disse Bill respirando fundo – Dá-me só um tempinho até me recuperar…
- Precisas de espaço amor? –
perguntou Gabi a rir.
- Se quiser ganhar o desafio, preciso de muito espaço… Embora tudo o que deseje neste momento seja a ausência total de espaço entre nós…

- Prova que me amas e serás recompensado… -
disse Gabi sussurrando ao ouvido de Bill de forma sensual.
- Ahhhhh… Isso é batotice!!! – disse Bill levantando-se da cama atrapalhado com a forma como não conseguia deixar de pensar nela de forma atrevida – Estás a provocar-me!!!
- Confesso que me estou a divertir bastante! –
disse Gabi a rir – Quem disse que os desafios eram fáceis?
- Não precisavas de fazer absolutamente nada para que o desafio se tornasse um autêntico suplício, mas quando dizes essas coisas e me falas ao ouvido dessa maneira… Estás a ser mazinha!!! –
disse Bill andando de um lado para o outro do quarto, chocando contra os pés da cama – Auuuuuuu!
- Então? Não precisas de ficar nervoso e ir contra as coisas! – disse Gabi rindo-se com vontade. Achava aquele nervosismo de Bill absolutamente tentador. Lembrava-se de ele ser assim quando a tinha conhecido e de lhe achar imensa piada.
- Estou a tentar pensar em alguma coisa que não me agrade… Tipo… Couves de Bruxelas, azeitonas, brócolos, espargos… Arghhhh…

- Curioso como só és capaz de pensar em comida…. –
disse Gabi de forma sensual e provocadora – … Estás com fome? Querias saciá-la em mim?
- Ahhhhhhh… Eu não aguento!!! –
disse Bill louco com a forma como Gabi o provocava e deixava fora de si. Era impossível comandar o seu corpo quando o desejo o possuía sem pedir autorização – Tu queres levar-me à loucura!!!
- Queres enlouquecer comigo e pegar fogo a esta cama? –
perguntou Gabi sem conter o riso. Provocar Bill acabava de tornar-se no seu desporto preferido.
- E riste??? Tu és o diabooooo!!! – disse Bill a rir, sentindo um desejo imenso tomar conta do sangue que circulava no seu corpo – Queres levar-me à tentação e ao pecado!!!
- O pecado é tão tentador…

- Assim não dá… -
disse Bill chocando uma segunda vez contra a cama Auuuu… Merdaaaaaa!!!
- Hmmm…
Até dizes palavrões… Estás mesmo empenhado em pecar… Deixas-me ser o teu pecado original? A razão da tua luxúria?

- Ok… Eu não consigo mesmo estar aqui…. –
disse Bill encaminhando-se até à porta para a abrir – Vou dar uma volta, respirar ar fresco e quando me sentir preparado, volto…
- Sim, não te esqueças que eu estou aqui… Deitada na tua cama… À tua espera… -
disse Gabi de forma sedutora não controlando o riso.
- É melhor esquecer isso… Pelo menos até me sentir de volta ao normal…

Bill saiu do quarto deixando Gabi deitada na sua cama a rir da situação que tinham acabado de viver. Gabi sentia-se com o ego em alta pelo modo como Bill a desejava e amava. Tudo o que mais queria era poder adormecer nos braços de Bill e acordar nos braços do homem a quem se entregaria. Bill tinha de superar o desafio. A tensão que se fazia sentir entre ambos era demasiado excitante.
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSeg maio 16, 2011 7:37 pm

AH! Tom tão bom irmão que sai de casa só para o Bill ter mais privacidade, e foi tão difícil para ele né ? KKKKKKKKKKKKKKKK! Concerteza ele vai sair de lá só em outra vida.
Bill SUPER ROMÂNTICO, porque não cai um desses na minha horta ? POKSAOPKOSPOAKS. Eu pensava que só o Tom fazia desafios malucos para o Bill mas estou enganada né ? E a Gabi é bem ruim'zinha, não sei como o Bill conseguiu. Não pude conter o riso, mais isso foi muito engraçado quase me matei de ir aqui. Muito bom. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' haha haha haha
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeTer maio 17, 2011 8:27 pm

CaTaRiNaAaAAaa \o/ \o/ \o/


LolOLOlololOL O Tom é assim..... Tudo pelo prazer do maninho e pelo dele também!!! K o Tom ainda n virou santo, né???? haha haha haha
O BiLL é assim.... era bem bom k kaisse na sua horta e na minha!!! LolOlolOL
A Gabi é bem ruinzinha kd ker..... provoku o BiLL até o moço fikar descontrolado LolOLolololOL haha haha haha
Fiko kontente k vc tenha gostado e dado risada!!!! \o\ \o\ \o\




* * * KiSsEsSsSSs * * *






111

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Acordou com o bater à porta. Abriu os olhos e ao aperceber-se que tinha o corpo de Tom adormecido ao seu lado sorriu e espreguiçou-se com vontade e energia para enfrentar o dia que se avizinhava. Acordar com ele do seu lado depois da noite de sonho que tinha passado nos seus braços, não podia ser mais perfeito. Pegou no telemóvel para ver que horas eram e ao aperceber-se que eram somente dez da manhã, achou estranho que alguém a procurasse. Quem poderia querer alguma coisa consigo àquela hora? Levantou-se meia ensonada, tentando não fazer barulho para não acordar Tom e foi até à casa de banho enrolar sobre o corpo nu uma toalha. Encaminhou-se até à porta e lembrou-se de Paige. E se fosse ela? Só Paige sabia que ela estava naquele quarto de hotel. Sentiu todas as suas guardas levantarem e o seu sono desaparecer por completo. Não sabia se devia abrir a porta ou não. Tinha medo do que estava do outro lado. Colocou um pé perto da porta para travar a sua abertura e destrancou-a calmamente, sentindo o seu coração palpitar a uma velocidade estonteante. Abriu levemente a porta e tudo o que conseguiu ver foi um imenso ramo de rosas vermelhas e um homem vestido com um uniforme a segurá-las. Miss K ficou surpresa. Abriu a porta o mínimo e dispensável para falar com o homem que figurava à sua frente.

- … Sim? – perguntou Miss K com alguma estranheza.
- Miss K?
- Sim…
- São para si… -
disse o homem estendendo o imenso ramo de rosas até Miss K.
- Obrigada! – disse Miss K recebendo as rosas sentindo uma vivacidade e alegria imensa tomar conta de si. Nunca lhe tinham oferecido tantas rosas e de forma tão romântica. Sentia-se num autêntico filme.
- Resto de um bom dia! – disse o homem despedindo-se.
- Obrigada… E bom dia!

Fechou a porta do seu quarto e cheirou as rosas. Sentia-se a flutuar num mar imenso de felicidade e plenitude. Não esperava que Tom fosse capaz de demonstrar aquilo que sentia por si de forma tão apaixonada. Aquelas eram as rosas mais belas e perfeitas que alguma vez tinha visto. Todo o amor que nutria por ele estava agora à flor da pele. Sentia necessidade de o apertar e beijar. Correu para o interior do quarto, e mandou-se para cima da cama, acordando Tom com um abraço e um beijo tão sentido e apaixonado que se esquecia que as rosas estavam a ser tão esmagadas por ela, quanto Tom. Ele acordou com um sorriso nos lábios, surpreso mas deleitado com a boa disposição e paixão que ela carregava naquele gesto.

- São lindas!!! – disse Miss K beijando Tom ininterruptamente, sem o deixar despertar convenientemente – Não estava nada à espera!!!
- A isto é que eu chamo um bom acordar… -
disse Tom sorrindo sem parar pelo ataque massivo que Miss K fazia aos seus lábios.
- Foi a melhor surpresa do mundo!!! - disse Miss K sentando-se na cama abraçando as rosas contra o seu peito com todo o amor que sentia, apercebendo-se que elas já tinham sido um pouco esmagadas por si e pela sua felicidade – Tu é que me deste o melhor acordar de sempre!!! Ok… Ainda consigo pensar em coisas que tu sabes fazer de forma perfeita para tornares esta manhã ainda mais inesquecível, mas…

- Desculpa, mas não fui eu que te enviei as flores… -
disse Tom sentando-se direito na cama, sentindo-se envergonhado e curioso em saber quem é que andava a enviar flores a Miss K. Ela tinha-lhe dito que não tinha namorado.

- Não foste tu??? – perguntou Miss K confusa. Se não tinha sido Tom, quem lhe poderia ter enviado rosas vermelhas? Teria um admirador secreto?
- Não… - disse Tom pegando num pequeno cartão dobrado em dois que tinha caído sobre a cama.

Enquanto Tom abria o cartão para ler o que nele estava escrito, Miss K viu cair sobre a cama um pequeno papel. Pegou nele e ficou chocada e perplexa ao aperceber-se que era um extracto bancário da sua conta e que em vez de estar praticamente a zero, estava repleto de zeros. Quando se preparava para dizer algo a Tom de quão estranho tudo aquilo lhe parecia, ouviu-o numa voz agressiva perguntar:

- QUE MERDA É ESTA???
- O que é que foi? –
perguntou Miss K ainda mais assustada, pegando no cartão que estava nas mãos de Tom para nele ler:


Querida K,

Vales cada cêntimo que gastámos em ti.
Bom trabalho!

P. Mercier



- De onde é que conheces aquele cabrão??? – perguntou Tom alterado.
- Ãhhh…??? Eu já te contei tudo o que sabia… - disse Miss K assustada com a forma enervada e hostil com que Tom lhe falava.
- Não me falaste do Mercier!!!
- Qual Mercier? –
perguntou Miss K confusa com tudo aquilo – A Paige? Eu contei-te…. Conhecemo-nos quando eu trabalhava num café, onde ela costumava… - começou a Miss K a contar na tentativa de acalmar Tom.

- A PAIGE É MERCIER??? – perguntou Tom enraivecido, sentindo-se capaz de destruir aquelas flores que estavam à sua frente.
- Sim… - disse Miss K sem perceber qual era o problema do apelido de Paige.

- Conheces algum James Mercier???
-
James Mercier?! … Sim… O tio dela chama-se James… Mas não mora em Inglaterra, acho que foi para a faculdade nos Estados Unidos e acabou por ficar por lá… Não o conheço pessoalmente, mas a Paige fala dele várias vezes… Porquê?
- Cabrão!!! –
disse Tom levantando-se da cama enfurecido e capaz de desfazer qualquer coisa que tivesse à mão – Aquele filho da puta vai pagá-las!!! Eu juro que o desfaço em merda se o vejo à minha frente!!!

- Tom… O que é que se passa? –
perguntou Miss K assustada com o ataque de fúria que assistia. Sentia-se nervosa e em perigo, por mais que soubesse que Tom seria incapaz de lhe tocar com um dedo que fosse.
- O que é que se passa??? – perguntou Tom possuído por uma raiva desumana – O que se passa é que esse filho da puta tem feito de tudo para destruir a vida do meu irmão!!! … DE TUDO!!! Fora ter-me ameaçado a mim, à Nat, ao Jost e a toda a gente que faça parte do nosso circulo de confiança… O que se passa é que a víbora da tua amiguinha é sobrinha da pessoa que eu mais detesto à face da Terra e que era capaz de matar com as minhas próprias mãos!!! É isso que se passa…
- … Ela não é minha amiga… -
disse Miss K com uma voz praticamente inaudível pelo choque e pelo estremecer do seu corpo assustado.

- Porque é que nunca me disseste que ela se chamava Paige Mercier??? – disse Tom começando a apanhar a sua roupa do chão para se vestir.
- Nunca pensei que fosse relevante… E tu nunca perguntaste!

- O que é que era esse papelinho que estavas a ver à bocado???
– perguntou Tom de forma curiosa, pegando no papel que Miss K tinha anteriormente entre mãos para se aperceber que era um extracto bancário da conta dela e que estava realmente recheado. Para quem quase não tinha dinheiro para ir ter consigo a Paris, aquela conta bancária parecia demasiado cheia. Olhou para ela com indignação sentindo-se uma vez mais traído e perguntou – … O que é isto??? Diz-me que isto não é o que eu estou a pensar, e que não significa aquilo que me parece lógico que signifique…
- Eu não faço ideia como é que esse dinheiro foi parar à minha conta! –
disse Miss K aflita por perceber que Tom se virava agora contra si. Mas as provas assim o obrigavam – Eu não fiz nada daquilo que estava combinado… Não sei porque é que me pagaram, se eu não cumpri com o prometido!!!
- NÃO ME MINTAS!!! –
gritou Tom de forma encolerizada.
- Eu não te estou a mentir!!! – disse Miss K sentindo lágrimas apoderarem-se dos seus olhos entristecidos. Porque é que aquilo tinha de estar a acontecer numa manhã que tinha tudo para ser perfeita.

Miss K levantou-se da cama e abraçou o corpo de Tom com força, não sentindo qualquer retribuição por parte dele. Não o podia perder novamente. Tom estava totalmente enfurecido. Nunca o tinha visto daquela forma. Sentiu as mãos agressivas dele apertarem os seus braços e afastarem-na de si, Tom olhava-a nos olhos com um olhar triste e enraivecido. Estava dominado pelo ódio e rancor.

- Porque é que eles te haveriam de pagar se não fizeste nada??? – perguntou Tom abanando o corpo fragilizado dela com as suas mãos.
- Não sei… - disse Miss K a chorar de forma compulsiva, fechando os olhos para não encarar aquela imagem tão dolorosa para o seu coração – Não faço ideia… Não percebo nada do que se está a passar! Só sei que não fiz nada de mal… Não fiz nada do que estava acordado…
- Mentirosa!!! –
disse Tom largando o corpo dela, virando-lhe costas para continuar a vestir-se. Tudo o que desejava era sair daquele quarto e não olhar para Miss K nunca mais na sua vida – Eles não te iam pagar sem lhes teres prestado os teus serviços…
- Eu não estou a mentir!!! Tens de acreditar em mim Tom… -
disse Miss K deixando o seu corpo fragilizado cair sobre a cama - Eu não sabia que tu tinhas ligações à família da Paige… Não sabia que ia receber esse dinheiro… Nem quero esse dinheiro para nada!!! É dinheiro sujo…. Vou doá-lo a uma instituição ou oferecê-lo a quem o quiser… - disse Paige tentando uma vez mais procurar o corpo de Tom para o abraçar com força – Eu amo-te!!! Seria incapaz de te fazer mal… Olha para mim…

Tom virou-se de frente para Miss K e olhou-a nos olhos. Sentia-se tão magoado e ferido. Tinha acreditado nela quando tudo apontava para não o fazer. Tinha-se dado como nunca se tinha dado a ninguém para sair macerado e maltratado daquela relação. Não aguentava estar do lado dela mais um segundo que fosse. Nunca tinha sido um homem que se regesse pelo coração, mas tinha procurado perdoar o imperdoável e superar as suas fraquezas para ser feliz do lado dela, mas não conseguia. Não se sentia capaz de amar, mas também percebia agora, que nunca seria capaz de perdoar. Tinha atingido o seu limite.

- É a terceira vez… - disse Tom numa voz triste ao mesmo tempo que a voltava a afastar de si.
- Não, não é! Não aconteceu nada desta vez… Eu não fiz nada Tom!!! – disse Miss K em forma de súplica. Não podia ficar sem ele, ou o bater do seu coração seria extinto.
- Eu pensei que aquilo que tu sentias por mim, fosse capaz de chegar para os dois… Quis acreditar em ti e na tua inocência, mas aquilo que tu fizeste… Mesmo que não tenhas tido coragem de o levar até ao fim… Magoa-me muito… Nunca vou conseguir esquecê-lo e nunca te vou conseguir perdoar… - disse Tom terminando de se vestir para a encarar nos olhos e vê-la chorar de forma desesperada – Saber que tudo o que tu fizeste não passou de um plano do Mercier… - disse Tom abanando a cabeça da direita para a esquerda, incrédulo com o que tinha descoberto - Eu sabia que ele me queria atingir, mas nunca pensei que fosse de forma tão estudada e planeada… Tu andas atrás de mim há meses!!! Aquele cabrão tinha plena consciência dos danos que tu me podias causar e de como isso seria capaz de me magoar a mim, e por consequência o meu irmão… Estou capaz de o matar!!!

- Eu nem o conheço…
- E o que é que isso me interessa??? Talvez devesses saber melhor no que te metes, antes de aceitares fazer o que ias fazer por alguém que não conheces!!!
- Mas eu não fiz nada… -
disse Miss K deixando o seu corpo cair novamente sobre a cama. Não tinha forças para coexistir com a dor que sentia - … Eu só te quero proteger!
- Tu só me magoas… Quanto mais tempo passo contigo, mais próximo de ti fico e mais danificado também… –
disse Tom colocando as mãos sobre os olhos como se isso o ajudasse a controlar a dor que sentia.

- Eu amo-te… - disse Miss K de forma desesperada. Sentia que o estava a perder para sempre.
- Mas tu não me fazes bem… - disse Tom olhando para ela com dor e pesar.
- … Mas amo-te tanto!
- Eu sei… -
disse Tom reconhecendo nela o amor que dizia ter por si. Sempre o tinha demonstrado em todos os seus gestos e palavras. Sabia que ela o amava de uma forma apaixonada e que se entregava de alma e coração. Sabia que ela tinha feito muito por si, mais de que alguma vez uma mulher tinha feito. Mas sabia também que o tinha magoado como nenhuma outra – Mas eu não sou assim… Eu tentei, mas não consigo estar ao lado de ninguém neste momento da minha vida… Nem agora, nem num futuro próximo…
- Eu não me importo que tu não me ames… Apenas não me excluas da tua vida! –
pediu Miss K sentindo o seu coração partir.
- Mas eu importo-me! Não consigo estar contigo sabendo de tudo o que se passou… E passa!

- Eu sabia que te ia perder… Eu sabia que ia chegar o dia em que teria de abrir mão de ti… -
disse Miss K enterrando a cabeça nas mãos.
- Eu não consigo…
- Eu sei… Eu compreendo… Por mais duro que seja aceitar e reconhecer que as minhas certezas estavam tão correctas… Nunca desejei estar tão errada na minha vida!


Miss K deixou-se ficar em silêncio chorando as suas lágrimas de dor e comoção. Sabia que desta vez perderia Tom para sempre. Sabia que lhe tinham sido dadas todas as oportunidades para o amar de forma pura e destituída de interesse, mas a história e o passado dela acabava sempre por os assombrar e lembrar que aquela relação por mais forte e emocionante que fosse, vivia de um segredo negro e manchado de sofrimento que os seguiria até ao final dos seus dias, para lhes lembrar que o amor poderia ser uma doença que os consumia. Miss K reconhecia o esforço de Tom em manter-se do seu lado tanto tempo mesmo sem retribuir o amor imenso que ela tinha por ele. Sabia que mais dia, menos dia teria de abrir mão dele e seguir com a sua vida, mas mesmo assim, não se sentia capaz de ser livre e procurar voar por um trajecto desconhecido à espera de encontrar um porto de abrigo que a torna-se mais capaz de viver sem aquela dor que carregava marcada a ferro no seu coração.

Tom mantinha-se imóvel a olhar para ela. Porque é que sempre que discutiam sentia pena dela? Como se ele a estivesse a magoar de forma praticamente desumana. Será que era por ser tão claro que ela o amava e sentia as suas palavras com uma intensidade em muito superior ao normal? Será que era por saber que nunca seria verdadeiramente capaz de a amar daquela forma, e de a desejar como pessoa e não como mulher e ser sexual? Sentia o seu coração desfalecer pela dor que via nela, mas não deixava de se sentir triste e magoado por saber que era incapaz de permanecer do seu lado. Gostava de ser capaz de a amar sem olhar para trás, mas não era. Nunca seria capaz de esquecer aquilo que tinha passado do seu lado, tanto o bom, como o mau. Por mais perfeito que o corpo dela fosse, os seus erros e pecados eram superiores e manter-se-iam para sempre vivos e activos no seu pensamento. Seria sempre assaltado pela dor e pelo reconhecimento da traição de Miss K. Para quê forçar algo em que não acreditava?

- Eu não sou desprovido de sentimentos, sabes? – disse Tom de forma sentida e emocionada – Tu foste e és… O mais perto de gostar de alguém e de ter uma relação que eu alguma vez estive…

Miss K olhou para Tom nos olhos e percebeu o imenso carinho que ele tinha por si. Era visível no olhar dele e na forma terna como ele agora falava consigo.

- Mas isso ajudou-me a perceber que eu não quero mesmo levar esta vida… Não sou capaz de abrir mão da minha liberdade por ninguém… Nem por ti… Desculpa… - disse Tom sentando-se ao lado dela na cama – Mas por mim acabou…
- Faz parte da tua maneira de ser… Só tenho de aceitar… -
disse Miss K mantendo-se cabisbaixa e chorosa – Eu já estava à espera deste dia…

- Tenho a certeza que vais aprender a deixar de gostar de mim…
- Isso não é uma coisa que se aprenda… -
disse Miss K olhando-o nos olhos amendoados e felinos que amava – Nunca serei capaz de te esquecer…
- Não peço que me esqueças, mas que me deixes de amar… Porque eu não te amo, e acho que não estou preparado para algum dia vir a amar…
- Não vou conseguir… -
disse Miss K abraçando o corpo de Tom chorando toda a dor que tinha no seu interior.
- Vais…

- Talvez seja melhor mantermo-nos afastados mesmo… - disse Miss K separando-se do corpo de Tom com dificuldade. Tinha de reconhecer que estar perto de Tom acabava de se tornar perigoso para ele – É obvio que a Paige têm-me debaixo de olho… Ela sabe o que eu ando a fazer… Não serei capaz de te ajudar daqui por diante… Não vou servir de nada na tua vida… Serei uma marca negra que passou e deixou um história triste de recordação…
- Não digas isso! –
disse Tom passando a mão sobre os cabelos dela – Nós tivemos coisas tão boas… Noites tão estreladas… Mas nada é eterno… E por mais que eu goste de ti, porque gosto… - garantiu Tom com um olhar sincero e meigo – Não fomos feitos para estar juntos… Eu não te sei amar e tu mereces quem o saiba fazer…
- Era capaz de abdicar da minha felicidade para estar ao teu lado…
- Não digas isso… Ninguém devia ser capaz de dizer uma coisa dessas! A tua vida é tudo o que tens… Nunca ninguém será capaz de a viver por ti! Abdicares da tua felicidade é desistires de viver, e a vida tem sempre tantas surpresas preparadas para nós… Agora pode parecer-te improvável, mas outros virão que te farão feliz… Um dia eu também não vou passar de uma lembrança para ti…

- Recuso-me a ouvir-te dizer isso… -
disse Miss K levantando-se ofendida, limpando as lágrimas que escorriam do seu rosto – Tu nunca serás somente uma lembrança ou uma recordação para mim… Nem haverão outros que me façam tão feliz quanto tu…
- Tenho a certeza que te farão ainda mais… -
disse Tom levantando-se também – Deve ser especial amar e ser amado… Sentir o nosso amor a ser retribuído…
- Não!!! –
disse Miss K levando as mãos aos ouvidos para os tapar – Eu aceito que tenha chegado a hora de me despedir de ti, mas não aceito que me fales num futuro onde tu não fazes parte dele… Deixa-me ficar assim… Sem rumo, nem esperança, mas não me fales noutros, nem numa felicidade nos braços deles!!! Respeita o que eu sinto por ti… É tudo o que te peço!!!
- Ok… -
disse Tom pegando no seu casaco para o vestir e preparar-se para ir embora.

Miss K deixou-se ficar a observar a forma como Tom vestia o casaco e desejou não se ter de separar daquele que a fazia ter vontade de viver. Aquele que agora a abandonava com a certeza que nada do que ela lhe pudesse oferecer seria suficiente para compensar a dor que ela lhe tinha feito passar.

- Este é o teu não… Aquele que querias ouvir em Paris… - disse Tom sentindo-se também ele esmorecer por dentro. Não era fácil dizer que não ao seu vício. Àquela que tinha sido capaz de o fazer viver noites intensas de paixão e prazer.
- … É justo! - disse Miss k sentindo as gotas escorrerem sobre o seu rosto.
- A tua luta acabou… Não vale mais a pena… Não volto atrás na minha decisão… - disse Tom seguro de si mesmo – E não me tentes impedir de ir embora, porque eu gostava de acabar tudo de forma calma e civilizada…
- Eu não te vou prender… És livre para fazeres o que quiseres…


Tom encaminhou-se até ela e olhando-a com tristeza e pena abraçou o corpo dela com força, sentindo-o tremer na sua dor e angústia. Era a última vez que a teria nos braços. Sentiu as mãos dela procurarem a sua face e o olhar dela suplicar por um beijo de despedida. Tom não foi capaz de dizer que não. Deixou que os lábios dela procurassem os seus com ternura e romantismo e fizessem a sua última tentativa de o cativar e amar. Tom sentiu cada sentimento que ela lhe passava através dos seus lábios doces, e despedindo-se da forma como melhor sabia, entrelaçou os seus lábios nos dela e procurou beijá-la de forma mais audaz e voraz, como era o sentimento que nutria por ela. Afastou-se dos seus lábios e voltou a abraçar o corpo arrasado de Miss K com força. Ouvia o choro dela de forma tão nítida e tocante que por momentos sentiu-se prestes a baixar as suas defesas e chorar a sua dor também.

- Se me amas… - começou Tom por dizer.
- Muito!!! – disse Miss K apertando-o com mais força nos braços.
- … Não me procures mais…
- Tom?! – disse ela ofegando e retomando as lágrimas de forma compulsiva.
- Por favor… - pediu Tom – Deixa-me viver a minha vida, livre de problemas… Preciso de distância de ti… E tu precisas ainda mais da distância de mim, para retomares a tua vida…

- Eu não sei se…
- Fá-lo pelo amor que sentes por mim!


Miss K olhou para Tom nos olhos e percebendo a dor que ele sentia e o quão difícil era para ele aquele momento também, assentiu de forma afirmativa com a cabeça. Era chegada a hora de procurar viver a sua vida, passando uma borracha sobre a existência de Tom. Era chegada a hora de sofrer e provar a si mesma que era forte e capaz de superar a dor eterna. Seria capaz de tudo para o ver feliz. E se a única forma dele ser feliz era estando afastado de si, estava disposta a pagar esse preço. Sentiu o corpo de Tom despegar-se do seu e sentiu-se vazia e perdida, como se fosse um bebé abandonado no meio de uma floresta repleta de um imenso nada. Estendeu as mãos na direcção dele como se isso o fosse fazer regressar para os seus braços e viu-o sair do seu quarto sem olhar para trás. Estava decidido em seguir com a sua vida e pôr um ponto final a tudo o que tinha acontecido entre eles. Estava determinado em acabar com o seu coração e seguir em frente…
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Catarina Kretli
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQua maio 18, 2011 8:31 pm

Eu sabia que a Mercier tinha um dedo nessa historia. Como a Paige a pagou se ela não fez nada ? Ela fez isso de propósito ? Ela sabia que o Tom ai ter com ela não é ? Ai fez essa putaria com a garota, mas graças a Deus o Tom acreditou nela. Esse eu acho que foi o momento mais triste ate agora, principalmente para a Miss K que o ama vai ser difícil mesmo, eu realmente não conseguiria ela vai ter que ser MUITO FORTE MESMO. O Tom ele foi sincero e ao mesmo tempo carinhoso e isso me da raia porque é assim que 'nós' ficamos cada vez mais apaixonadas por ele, isso deveria ser um crime. Agora o que o Tom vai fazer ? Será que ele vai ligar novamente pro Mercier e falar poucas e boas ? Ou vai ficar tudo na mesma ?

POSTA QUE AGORA FICOU TENSO.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQui maio 19, 2011 8:33 pm

CaTaRiNaAAaAaa \o/ \o/ \o/


Sweety antes que mais kero avisar você k vou estar fora esse fim de semana até meio da semana +/-, por isso só lá para 4ª ou 5ª feira é k posto outro kapitulo..... Embarassed
Pois...... O Mercier tinha mesmo de ter algo a ver kom essa enkrenkada toda!!!! GrRrRRrrrr p*t* p*t* p*t*
Para a Miss K foi mesmo muito muito doloroso passar por isso tudo Sad Sad Sad Ela vai ter de ser muito forte MESMO!!!
O Tom no fundo tb está muito magoado kom tudo isso k ele descobriu... Sad
E agora??? .... Não perca o próximo capitulo haha haha haha LlOlolOL
Ficou tenso.... MESMO!!!!



* * * KiSsEsSSSs * * *




112

[FF] - Kampf der Liebe - Página 13 112bh

Acordou com a sensação de estar a flutuar numa nuvem tão alta que os seus pés dificilmente voltariam a tocar no chão. Olhou para Bill e viu-o acordado a olhar para si com um sorriso meigo e amistoso nos lábios. Foi incapaz de não sorrir. Agora lembrava-se do porquê de estar tão feliz e sentir-se tão leve e capaz de tudo, tinha passado a noite nos braços de Bill e o amor que sentia por ele parecia ter-se multiplicado.

- Bom dia amor… - disse Bill depositando um beijo terno nos lábios dela ao mesmo tempo que acariciava a sua face com uma mão.
- Bom dia… - disse Gabi suspirando.

- Descobri que adoro ver-te dormir… - disse Bill com um sorriso apaixonado – És tão doce e singela… Pareces um anjo!
- Tonto! –
disse Gabi a rir dos elogios de Bill que a deixavam envergonhada, ao mesmo tempo que se abraçava ao corpo dele para o sentir novamente preso nos seus braços.
- Quem me dera ser tonto para o resto da vida…
- Só depende de nós! –
disse Gabi beijando os lábios de Bill de forma lenta e apaixonada para se sentir tomar pelo desejo com que tinha adormecido nos braços dele – Ontem comportaste-te como um autêntico cavalheiro… Honraste o nosso compromisso e superaste o desafio…
- Não sei bem como… Acho que estava prestes a entrar no limiar da loucura… -
disse Bill a rir.
- Só quero que fiques no limiar da loucura comigo… - disse Gabi passando a mão sobre o peito de Bill, ao mesmo tempo que procurava novamente os lábios dele.
- Quanto a isso não te precisas de preocupar… És a única que me deixa assim… - disse Bill suspirando ao mesmo tempo que abraçava o corpo dela para a beijar de forma mais intensa e sentida.

- Parece que agora estou em dívida contigo… - disse Gabi deitando-se sobre o corpo de Bill para o olhar nos olhos com desejo.
- Parece que sim… - disse Bill sentindo-se tomar por um nervosismo e um acesso de paixão.
- E eu acho que tu mereces o teu prémio… - disse Gabi procurando os lábios dele para o beijar de forma amorosa e sentida – Por isso… Sou tua…

- Se não quiseres… -
disse Bill com medo que ela se sentisse obrigada a fazer algo contra a sua vontade somente pelo desafio.
- Quero! – disse Gabi beijando a boca de Bill para o impedir de falar – Quero muito… Eu quero ser tua… Está na hora de sentires o meu amor…
- Amo-te tanto! –
disse Bill abraçando Gabi e rodando o seu corpo de forma a colocar-se sobre ela. Sentia o coração tão alterado e um nervosismo estranho tomar conta de si, como se aquele momento marcasse de forma histórica o momento em que se ia entregar pela primeira vez a uma mulher, de alma e coração.

- Posso confessar-te uma coisa? – perguntou Gabi acariciando o cabelo de Bill enquanto sentia os lábios dele percorrerem e arrepiarem o seu pescoço.
- Tudo! – disse Bill parando de a beijar para a olhar nos olhos.
- Se tivesses perdido o desafio… Tinhas a mesma sorte! Eu já não consigo estar afastada de ti… Só penso em ti… Quero muito estar contigo…. Ontem à noite o teu desafio, tornou-se no meu desafio, porque a forma como eu te desejei… Era desumana!

Bill sorriu e apoderou-se dos lábios dela de forma apaixonada. Era tão bom sentir-se amado e saber que ela o desejava como uma mulher deseja o corpo de um homem. Era tão bom saber que a tinha presa ao seu corpo e que juntos iam viver uma manhã apaixonada e repleta de amor. Daquele dia por diante, nada seria igual. O amor que os unia teria forma e daria frutos num prazer que Bill tinha a certeza absoluta nunca antes ter sentido. Alcançou as mãos dela e entrelaçou os seus dedos com os dela, prendendo as mãos de ambos ao lado do seu tronco para a beijar de forma sentida e apaixonada. Tudo nela parecia-lhe perfeito. Aquela manhã era de alguma forma a manhã mais mágica que alguma vez se lembrava de ter vivido. A simples presença de Gabi na sua cama, enchia o seu coração de uma felicidade esmagadora. Saber que ela seria sua, e que juntos se uniriam para se tornarem um só corpo, deixava-o extasiado em amor e desejo.

- Acho que agora já me podes provocar à vontade… - disse Bill a rir soltando as mãos dela para se apoderar da sua face e acariciá-la ao mesmo tempo que procurava beijá-la em cada centímetro de pele que ela tivesse à vista.
- Para quê provocar, quando te posso provar? – disse Gabi de forma sedutora, ao mesmo tempo que fechava os olhos e deixava-se somente sentir a forma cuidada como os lábios de Bill percorriam a sua pele a faziam sentir-se em êxtase.
- Hmmm… - murmurou Bill, escondendo um sorriso nos seus lábios – Adoro a ideia… Tu sabes mesmo dar comigo em louco!
- Então é agora que vamos pecar? –
perguntou Gabi apoderando-se da t-shirt que Bill tinha sobre o corpo para a puxar para cima, ao mesmo tempo que sentia pela primeira vez naquela manhã, a masculinidade de Bill procurar dar sinais de uma vitalidade assanhada. Gabi sentiu-se novamente elogiada e com um desejo em muito superior ao que já sentia, percorrer o seu corpo. Era chegada a altura de ter Bill, o seu corpo estava preparado para o tomar e unirem-se no amor que sentiam um pelo outro – … Importaste que peguemos fogo à tua cama?
- Faço questão… -
disse Bill puxando a t-shirt de Gabi para cima para a mandar para o chão e ver pela primeira vez o seu peito pequeno e arrebitado. Gabi tinha-se enganado quando na noite anterior lhe tinha dito que o corpo dela não mostrava sinais visíveis da excitação que sentia ao estar consigo. O peito dela era incapaz de esconder a forma como ela estava arrepiada e excitada, e o seu coração não parava de bater a uma velocidade acelerada e constante.

Bill olhou-a nos olhos e com alguma contenção e nervosismo iniciou uma nova onda de beijos que começou pela boca dela e foi descendo vagarosamente pelo seu pescoço, até chegar ao seu peito para perceber que a respiração de Gabi começava a mostrar sinais de se encontrar descoordenada e ofegante. Sentia as mãos dela acariciarem a sua nuca e costas ao mesmo tempo que a via arquejar o corpo deleitada com o prazer de sentir os seus lábios e língua percorrerem aqueles recantos nunca antes navegados por ele. Bill voltou a assaltar a boca de Gabi para a beijar e perceber pelos lábios dela, que o grau de excitação tinha aumentado não só no seu corpo, como no corpo dela que o beijava e acarinhava de forma mais assanhada e impetuosa. Sentiu-a procurar as suas próprias calças e arrastá-las para baixo, num gesto que deixava claro a Bill que ela queria avançar em frente e dar-se a ele. Bill sentiu o seu coração palpitar de forma sufocante, como se não fosse capaz de conter a excitação e o nervosismo daquele momento. Aquele, era o momento pelo qual tinha esperado a vida toda. Desde que se lembrava de ser gente que desejava amar e ser amado com a mesma intensidade, e naquele momento, para além de sentir uma conexão com Gabi de força espiritual, sentia que os seus corpos iam finalmente provar da forma mais pura e intima o amor que partilhavam e que os fazia felizes. Olhou para ela com devoção e mordiscou o lábio inferior dela sentindo-se preso demais no interior das suas calças. O desejo que sentia era algo que nunca antes tinha sentido. O seu corpo ardia por fora e por dentro num fogo quente e apaixonado que o deixava verdadeiramente insano com o toque da pele dela. Alcançou os lábios de Gabi com os seus e procurou dedicar a sua atenção à mesa-de-cabeceira onde tinha escondido no seu interior uma embalagem de preservativos, na esperança que a noite anterior fosse forte em emoções e sentimentos. Sentiu as mãos de Gabi puxarem as suas calças para baixo e um arrepio percorrer-lhe o corpo no momento em que alcançava um preservativo. Beijou os lábios dela novamente com uma sede insuportável. Sentia-se num deserto imenso, onde Gabi se instituía como a miragem mais idílica e satisfatória que alguma vez podia observar e sentir por perto. Experienciava uma sensação praticamente de ausência corporal quando sentiu as mãos dela uma vez mais puxarem para baixo a última peça de roupa que se constituía como um entrave à plenitude do amor de ambos. Bill olhava-a nos olhos com uma intensidade e um frenesi atroz, e via no olhar dela a resposta a todos os seus sentimentos.

- Vais querer acordar para ouvir a merda que te tenho para contar… - disse Tom ao entrar no quarto de Bill de forma lançada, apercebendo-se que acabava de apanhar Bill e Gabi em plena acção. Tom sentiu-se imediatamente a mais e com vontade de desaparecer e encontrar um buraco onde se enfiar. Fechou a porta de forma rápida e agressiva e gritou para si mesmo - … FUCK!

Bill e Gabi assustaram-se com a intervenção de Tom. Bill saiu de cima de Gabi assustado com a presença de Tom. Sentiu-se prestes a explodir e desejoso de matar o seu irmão gémeo de forma lenta e dolorosa. Tudo o que desejava naquele momento era esganá-lo. Como é que Tom era capaz de quebrar o momento que vivia com a sua amada? Gabi pegou de imediato no lençol que os cobria e puxou-o para cima para proteger a sua intimidade. Sentia-se prestes a morrer de vergonha.

- Eu não acredito… Vou morrer!!! – disse Gabi tapando o rosto com o lençol. Tudo o que desejava era desaparecer e nunca mais ter de encarar Tom – Que vergonha, que vergonha, que vergonha…
- Eu mato aquele gajo!!! –
disse Bill enraivecido ao ver o estado em que Gabi tinha ficado.

Bill puxou os boxers para cima e procurou as suas calças para as vestir.

- Bill… – chamou Gabi olhando envergonhada para a forma como ele estava alterado – Deixa estar… Onde é que vais?
- Dizer-lhe das boas!!! –
disse Bill saindo do quarto lançado até à cozinha, onde ouvia Tom mexer em algo.

Entrou na cozinha lançado e enraivecido vendo Tom remexer em algo no interior do frigorífico. Bill pegou numa laranja que estava pousada no cesto de fruta e mandou-a à cabeça de Tom gritando de forma austera e zangada.

- FODA-SE TOM!!! E SE BATESSES À PORTA ANTES DE ENTRAR???

- Auuuuuuuuuuuu! – disse Tom levando com a laranja em cheio na cabeça – Desculpa! Não me lembrei que estavas acompanhado!
- Como é que te esqueceste que eu estava com a Gabi se eu te pedi para dormires fora??? Ãhhh sua besta??? –
disse Bill pegando em mais duas laranjas para as atirar a Tom e vê-lo esconder-se por detrás da porta do frigorifico na esperança de conseguir escapar ao seu ataque.
- Hey... Hey… Acalma-te lá!!! – pediu Tom conseguindo evitar ser atacado pelas laranjas graças à porta do frigorifico – Já pedi desculpa!!! Foi sem querer!!! Ao menos vocês tiveram a vossa noite de paixão e já aconteceu tudo o que tinha para acontecer…
- Não meu anormal… Não aconteceu nada…. PORQUE TU NÃO DEIXASTE!!! –
disse Bill procurando Tom para lhe dar socos ininterruptos nos braços e nas costas.

Tom fechou o frigorífico e por entre queixumes tentou defender-se do seu irmão sem grande resultado. Bill estava totalmente dominado pela raiva que sentia naquele momento.

- Desculpaaaaaaaaa! – disse Tom sendo brutalmente atacado pelos punhos cerrados de Bill – Pensei que já tivessem consumado a relação!!! Neste momento tenho mais coisas na minha cabeça em que pensar, do que aquilo que tu e a Gabi andam, ou não, a fazer…
- Apetece-me matar-te…. –
disse Bill parando de socar o irmão para lhe virar costas e levar as mãos à cabeça – Estava quase a… Ahhhhhhhhhhhhhhhhh! Não… Eu vou mesmo matar-te…. Tem de ser… - disse Bill virando-se novamente para Tom para começar a socá-lo novamente mas desta vez ser travado pelo corpo forte e atlético de Tom.
- Calmaaaaa!!! Não sabia que as coisas andavam assim tão mal para os vossos lados!!! Hão-de ter outras oportunidades de… Despacharem o assunto!!!
- Quem te despacha não tarda nada sou eu!!!

- Não queres ouvir o que eu tenho para te dizer???
- Como deves imaginar: NÃO!!! Não queria ouvir nada do que tu me tivesses para dizer neste momento… Devias ter passado a noite, a manhã a tarde e o resto do dia com a defunta e deixares-me em paz com a Gabi!!!

- Isso era impossível, porque eu acabei tudo com ela… -
confessou Tom largando as mãos de Bill.
- Com a defunta??? – perguntou Bill surpreso. A relação deles era realmente complicada. Ora estavam entre lençóis, ora discutiam e viravam costas um ao outro – O que é que aconteceu desta vez?!
- Não dá mais… Eu tentei, mas não consigo… Quero ser livre e feliz à minha maneira… Sem amarras a ninguém e sem estar constantemente a ser relembrado que ela me magoou e traiu… Não sou capaz de a amar, nem viver do lado de alguém que me fez aquilo que ela fez… Há coisas que não funcionam, e nós podemos dar-nos muito bem na cama, mas fora dela, não conseguimos ter uma relação minimamente normal porque tudo em que falamos vem sempre com a conotação do que aconteceu e de como nos conhecemos e há coisas que eu não suporto… E esta manhã elas vieram-me bater à porta de novo para me lembrar que andam por aí…

- Do que é que estás a falar? –
perguntou Bill confuso e abismado com aquilo que Tom lhe dizia.
- Do Mercier…
- O Mercier bateu-te à porta??? – perguntou Bill elevando a sua voz espantado com aquilo que Tom dizia.
- Quase… - confessou Tom sentando-se numa cadeira – Descobri que a Paige… Aquela amiga da K que tinha inventado esta história toda da vingança… É sobrinha do Mercier… O nome dela é Paige Mercier!
- ESTÁS A GOZAR??? –
perguntou Bill totalmente chocado levando as mãos à boca – Então o esquema que queria acabar contigo e com os Tokio Hotel veio do Mercier???
- Sim…
- Filho da puta… Se eu o apanho mato-o… Que raiva!!! –
disse Bill encolerizado – … Mas porquê??? O que é que ele quer contigo??? A Miss K já vem de há meses!!!
- Eu sei… E ele resolveu pagar à K… Ela diz que não sabe porquê… Mas isso assusta-me, porque eu acho que ele não lhe ia pagar sem ela ter prestado algum tipo de serviço… O que me leva a perguntar: o que é que ela fez que nos possa prejudicar???
- Que merda!!! Eu não acredito!!! –
disse Bill pousando os cotovelos sobre a bancada da cozinha para de seguida enterrar a cabeça nas mãos – O que é que esse caralho quer??? Cabrão de merda…

Bill sentia-se perdido. Não era capaz de acreditar que Mercier tinha sido capaz de planear algo que datava de há meses atrás contra o seu irmão. Como é que era possível alguém ser tão mau e magoar pessoas genuinamente boas e com um coração de ouro? Tom não merecia todo o sofrimento que já tinha passado nas mãos de Miss K. Mercier não tinha o direito de pegar nos pontos fracos daqueles que o rodeavam para se aproveitar deles, brincar com eles como se fossem marionetas e fazê-los sofrer à sua mercê. Tinha uma vontade imensa de acabar com aquele contracto de uma vez por todas, não estava disposto a ver aqueles que mais amava sofrerem nas mãos de um tirano. Ouviu um longo silêncio por parte de Tom e desenterrando a cabeça das mãos, olhou para o seu irmão e percebeu que ele tinha um olhar triste e magoado por debaixo de toda a raiva e incredulidade com o que se tinha sucedido.

- … Como é que estás? – perguntou Bill percebendo que descobrir que tinha sido usado por Mercier nas mãos de Miss K, e afastar-se dela, não devia ter sido algo fácil para o seu gémeo.
- Normal… Mas com uma vontade imensa de matar aquele cabrão! – disse Tom evitando olhar para os olhos de Bill. Sabia que do seu irmão gémeo não ia ser capaz de esconder a dor que sentia no seu coração.
- Tommi…
- Não vou ficar a arrastar-me pelos cantos por uma miúda…
- Mas também não precisas de dizer que está tudo bem quando estás obviamente magoado com tudo o que aconteceu…

- Sinto-me traído… -
confessou Tom percebendo que não seria capaz de esconder os seus sentimentos.
- Não disseste que ela não sabia quem estava por detrás disto tudo?
- Sim, mas é o Mercier!!! É o cabrão que te tem feito a vida negra!!! Ela pode não ter culpa de nós já termos atritos com ele, mas eu não consigo estar com ela sabendo que ela veio a mando da pessoa que eu mais odeio no mundo!!! Não consigo… Sinto-me traído, magoado, mas acima de tudo cansado dos problemas e das discussões!!! Antes dela entrar na minha vida, eu não era assim… Tinha os meus encontros ocasionais, não me ligava a ninguém e era feliz… Eu não nasci para ser de ninguém a não ser de mim mesmo… Por mais perfeito que seja o corpo dela, não passa de isso… É um corpo… Eu não a amo, nunca a vou amar, nem perdoar… Não consigo estar com ela…
- Eu percebo… -
disse Bill sentindo-se tomar por um peso no peito que pertencia ao seu irmão – Também nunca pensei que fosses capaz de ficar tanto tempo com ela… Pensei que se afastassem mais cedo, numa das vossas brigas…
- Mas desta vez é para sempre… Não quero mais confusões e não a quero mais por perto… Não dá, não funciona… Eu tentei, mas não consigo… Agora é seguir em frente… Quero ser feliz… Acho que tenho o direito a isso, e não é ao lado dela que o vou ser… Eu sou livre e preciso de voar…
- Eu sei…

- Mas não te posso dizer que não me custa… -
confessou Tom entristecido – Gosto muito dela e vê-la chorar e sofrer por causa disto tudo também me dói…
- Era inevitável ela sofrer… Ela ama-te!
- Tenho pena de não lhe poder devolver o sentimento… Talvez se eu a amasse fosse capaz de a perdoar… Mas estar com alguém que me magoou tanto e que fez o que fez para nos destruir… Não consigo… Vai haver sempre uma sombra sobre nós… Eu sinto-a e não me consigo abster dela!

- Tom… -
disse Bill não sabendo ao certo como abordar aquele tema – Quando formos para Los Angeles… Eu não quero que tu te aproximes do Mercier… Quem tem contas a ajustar com ele, sou eu…
- Achas mesmo que és só tu que tens contas a ajustar com ele??? –
perguntou Tom franzindo a testa incrédulo com o que ouvia do seu irmão. – Achas que depois de tudo o que ele planeou contra mim, tu és a única vitima daquele cabrão??? E achas mesmo que eu me vou manter à parte, enquanto tu ajustas contas??? … Estás muito enganado!!!
- Tom…
- Não é Tom, nem meio Tom!!! –
disse Tom levantando-se da cadeira enraivecido – Tenho muita coisa para falar com aquele cabrão!!! Já tinha ontem à noite quando me deitei… Mas hoje de manhã, acredita que tenho o dobro das razões para o querer conhecer pessoalmente!!!

- Eu não quero isto para nós… Estou farto das discussões, das acusações, das brigas, das lutas… Estou farto disto tudo!!! –
disse Bill levando as mãos à cabeça andando de um lado para o outro – Para que é que eu vou insistir numa merda de um contrato se só está a magoar as pessoas à minha volta??? Do que é que vale manter-me ligado à Nicky, se para cada lado que me viro, vejo alguém a sofrer por causa do Mercier???

- O que é que queres dizer com isso??? –
perguntou Tom percebendo exactamente onde o seu irmão queria chegar com aquela conversa.
- Que estou farto!!! Não aceito, nem admito que aquele cabrão faça o que quer de toda a gente… Estou farto e pronto para desistir desta loucura toda para ter alguma paz!!! Para mim esta foi a gota de água… Ele fez o que fez com a Nat e o Erik… Lançou os boatos à volta do Jost… E agora descubro que a Miss K era um plano dele também… No fundo tu estás assim, por causa de mim… E para mim isso é o meu limite!!! Estou farto e não o vou deixar fazer o que quer…

- Achas que o Mercier vai cruzar os braços no dia em que o teu contrato com a Nicky for à vida??? –
perguntou Tom não percebendo para onde tinha ido a racionalidade de Bill – Eu duvido! Acho que desistires não é sequer opção…
- A diferença é que agora eu estou nas mãos dele pelo contrato… No dia em que não tiver o contrato, posso fazer o que quiser e bem entender!!!
- Então porque é que não esperas? Já vais a mais de metade do contrato… Acaba o que tens a fazer e depois ajustas contas… -
sugeriu Tom que desejava vingar-se de Mercier tanto quanto Bill mas sabia que ele precisava de esperar e fazer as coisas com calma.

- Eu não aguento ver as pessoas a sofrer Tom!!! – disse Bill tapando os olhos com as mãos – Tu não estás bem… E a culpa é minha por ter entrado nesta loucura!!!
- Bill… -
disse Tom percebendo o quão afectado Bill tinha ficado com as revelações que lhe tinha feito a respeito de Miss K e Mercier – O que ele tinha para fazer contra mim, já está feito… Não há nada que possas fazer agora que me vá impedir de ficar triste e em baixo… Já não me vais proteger de nada… Mas o que é que isso interessa? Achas que vou ficar assim durante muito tempo? Tu já me conheces… Dá-me uns dias e estou a celebrar a morte da defunta com um ménage bombástico… O Mercier achou que me ia fazer bater no fundo, mas esqueceu-se que por mais que a K seja importante para mim, é só uma miúda… E eu nunca ficaria deprimido com isso… O que me deixa deprimido é ver-te assim… Por isso, vamos esquecer parcialmente o que aconteceu, e seguir em frente…

- Isso é fácil de dizer…
- Pensa na Gabi… -
sugeriu Tom sorrindo para o seu irmão.

- Não percebo como é que destruir-nos e acabar com a banda podia ajudar a carreira da Nicky… Juro que não percebo… - disse Bill sem conseguir tirar da sua cabeça os problemas que acabava de adicionar à sua lista negra de assuntos a resolver com Mercier.
- Não sei… Mas acredito que um dia vamos descobrir… Mas esse dia não é hoje, nem agora, por isso, antes que dês em maluco… Volta para o quarto… Acaba o que estavas a fazer, mete um sorriso nessa cara… Eu vou tomar banho e ver se como alguma coisa porque a noite de ontem gastou-me todas as energias que tinha…
- Achas mesmo que eu vou continuar seja o que for??? Não estou com disposição para isso… E duvido que a Gabi esteja… Tu mataste o ambiente romântico que estava no ar…

- Sou o empata fodas??? –
perguntou Tom a rir.
- Literalmente!!! – disse Bill cerrando os olhos a Tom com um ar assassino.
- Quem diria… O maior fã e o Sex Gott, ser o empata do seu próprio irmão… - disse Tom a rir – E nem acredito que no meio de tanta confusão não vi sequer um mamilo…

- Tu queres mesmo morrer hoje, não queres??? -
perguntou Bill atacando o cesto da fruta para mandar contra Tom tudo o que tinha à mão, incluindo o próprio cesto.
- Ok…. Já não está mais aqui quem falou…. Vai lá tratar da miúda e depois falamos! – disse Tom ao ser atacado de forma massiva – Mas nem penses em desistir do contrato! És um Kaulitz, e um Kaulitz não desiste nunca!!! O que o Mercier nos fizer, vai receber em dobro um dia destes, vais ver…

Bill preparava-se para sair da cozinha quando voltou atrás para ver Tom pegar na fruta e no cesto que estavam no chão e desatou-se a rir.

- Ri-te, ri-te, mas quem devia estar a apanhar isto eras tu!!! – disse Tom em forma de queixume – Eu é que sou atacado e é que tenho de limpar a tua merda?!
- Tu não podes falar… Ou preciso de te relembrar da tua entrada triunfal no meu quarto???
- Não… Deixa estar… -
disse Tom a rir.

- Mas olha lá… - disse Bill tocando no assunto que o tinha feito regressar à cozinha – Eu quero que peças desculpa à Gabi!
- Estás a gozar???
disse Tom espantado com o pedido – Isso só vai fazer com que nos sintamos ainda mais desconfortáveis com o que se passou!
- Não me interessa… Quero que lhe peças desculpa na mesma…
- Vais-me fazer passar a vergonha da vida!!!
- Tendo em conta que tu já me fizeste passar o desgosto da vida… Acho que não te custa muito!!!
- … Está bem! –
assentiu Tom contra a sua vontade.
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeSáb maio 21, 2011 2:33 pm

Não falei que ia ser um momento romântico ? Bill é tudo de bom, ninguém o supera. TOM EU TE MATO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKk' Eu ri demais, quase dei um infarto aqui. Como pode uma pessoa fazer isso ? Eu não consigo nem comentar direto. Salvou meu dia. (: Calma Kaulitz, tudo vai dar certo, só falta mais um pouco e vai acabar com tudo isso. Essa conversa deles dá pra ver o quanto um se importa com o outro e eu acho isso a coisa mais perfeita do mundo. EU QUERO VÊ COM QUE CARA O TOM VAI PEDIR DESCULPAS KKKKKKKKKKKKKKKK'
POSTA (:
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MensagemAssunto: Re: [FF] - Kampf der Liebe   [FF] - Kampf der Liebe - Página 13 Icon_minitimeQua maio 25, 2011 9:11 pm

CatARInAaAaAaaa \o/ \o/ \o/

Falou sim... E aki está ele ... até ter sido interrompido!!!!!! haha haha haha
Antes de vc matar o Tom, o BiLL já matou ele.... E a Gabi.... LolOlololOL Você tem de ir para a lista de gente k ker matar o Tom!!! LolOlololOLolOL Oh Gott.... N tenha um infarto não!!!!! haha haha haha Fiko kontente k vc tenha gostado tanto assim sweety!!!!
Simmmmmmmmmmmmmm....... eles se gostam muitoooooooooo!!!!! I love you I love you I love you
LolOLOlololOL vamos ver.... Razz



* * * KiSsEsSSSs * * *




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Bill regressou ao interior do seu quarto para perceber que Gabi tinha aproveitado a ausência dele para tomar banho e vestir-se. Sentia-se triste por não ter sido capaz de acabar aquilo que iniciara, mas já não seria capaz de retomar o estado de espírito em que estava anteriormente. Estava perturbado, preocupado e triste com tudo o que tinha caído sobre os ombros do seu irmão naquela manhã.

- Espero que não te importes mas resolvi tomar banho e… - começou Gabi por dizer.
- Fizeste bem… - disse Bill entristecido.

- Desculpa… - disse Gabi encaminhando-se até Bill para o abraçar ao perceber que ele não tinha ficado bem com tudo o que se tinha passado – Gostava muito de estar contigo, mas não me sinto bem depois do que aconteceu…
- Eu percebo! –
disse Bill suspirando ao mesmo tempo que passava as suas mãos sobre os cabelos dela – Eu também não estou no meu melhor agora…
- Vamos ter outras oportunidades… -
disse Gabi de forma meiga procurando os lábios de Bill para depositar neles um beijo terno.
- Claro… Temos a vida toda…
- Obrigada por compreenderes… -
disse Gabi retornando a beijar os lábios de Bill com dedicação e amor – … Amo-te cada vez mais!
- E eu a ti… -
disse Bill abraçando o corpo dela.

Gabi olhou para os olhos de Bill e percebeu que algo estava mal. Será que ele tinha discutido com Tom? Ou estaria somente triste com o que tinha acontecido?

- Não te chateies com o teu irmão por causa do que aconteceu… - pediu Gabi passando a mão sobre a face entristecida dele – Podia acontecer a qualquer um…
- Não estou assim por causa disso… -
disse Bill acariciando a face dela também - … O Tom tinha razões para entrar no meu quarto de rompante, como entrou… Aconteceu-lhe uma coisa muito chata por causa do Mercier… - disse Bill, e lembrando-se de como ela era a única pessoa que continuava protegida das mãos de Mercier, abraçou Gabi com força e depositou um beijo doce sobre a sua cabeça – Não quero que nada te aconteça…
- Não me vai acontecer nada! –
disse Gabi sentindo-se derreter pelo instinto protector de Bill – Ele nem sabe que eu existo!
- Ele está em todo o lado… -
disse Bill de forma assustada.
- Não está no nosso coração… - disse Gabi sorrindo de forma amorosa – Nem aqui connosco… Somos só nós os dois!
- Tens razão… -
disse Bill beijando Gabi de forma apaixonada. Se lhe acontecesse alguma coisa seria capaz de cometer uma loucura.

- Vou acabar de me arranjar e vou para casa… - anunciou Gabi soltando-se do corpo de Bill.
- Não queres ficar para almoçar? – perguntou Bill na esperança de poder estar com ela um pouco mais – Vou só tomar banho e já preparo alguma coisa para nós comermos…
- Não leves a mal, mas não estou com grande vontade de me sentar à mesa e encarar o teu irmão com o seu sorriso perverso na cara!
- Ele também ficou constrangido e envergonhado com o que aconteceu. Não vai fazer piadas de mau gosto, não te preocupes… E se fizer, eu mato-o! –
disse Bill piscando o olho a Gabi.
- Mesmo assim…
- Mesmo assim, acho que nem nos vamos ter de preocupar porque ele disse que ia comer qualquer coisa agora, por isso não deve querer almoçar connosco! –
disse Bill encaminhando-se até Gabi para a abraçar e beijar novamente – Almoça comigo amor… Vá lá… Queria estar contigo mais um bocadinho…
- Ok… -
disse Gabi sendo incapaz de resistir ao olhar doce e à súplica do seu amado – Mas depois vou para casa…
- Eu deixo! –
disse Bill sorrindo e beijando Gabi de forma apaixonada – Dá-me só cinco minutinhos para tomar um banho rápido…
- Vai lá… -
disse Gabi dando uma palmadinha amistosa no rabo de Bill desencadeando nele um sorriso atrevido e um beijo não menos arrojado.

Gabi viu Bill entrar no interior da casa de banho que ele tinha no seu quarto e ficou a pensar no que deveria fazer. Se saísse do quarto, era capaz de dar de caras com Tom, e isso parecia-lhe demasiado aterrorizador naquele momento. Se ficasse no quarto, teria de encarar a nudez de Bill, o que também não era de todo algo com que se sentisse à-vontade naquele momento. Respirou fundo e tomou coragem para sair do quarto de Bill. Teria de enfrentar Tom mais dia, menos dia, não havia como fugir do que tinha acontecido, por mais que o desejasse. Encaminhou-se até à sala e sentou-se no sofá. Acendeu a televisão e fez um zapping rápido pelos canais de televisão à procura de algo interessante para ver. Recordou mentalmente a noite que tinha passado nos braços de Bill e o modo como naquela manhã estavam prestes a unirem-se no seu amor. Deu consigo mesma a suspirar e com o coração a palpitar de forma brava e sentida. Dava tudo para recuar no tempo e ter-se entregue a Bill na noite anterior.

- Gabi…

Gabi acordou do seu transe momentâneo e virou-se para trás para se aperceber que Tom acabava de sair da cozinha com uma taça de cereais na mão e tinha um ar compenetrado e contido a olhar para si. Gabi sentiu-se instantaneamente constrangida e sem vontade de ter a conversa que provavelmente Tom queria ter.

- Não é preciso falarmos do que aconteceu… - disse Gabi seguindo Tom com o olhar, à medida que ele circundava o sofá e colocava-se à frente dela.
- Desculpa… - disse Tom timidamente – Eu não sabia que vocês estavam juntos…
- Não tem problema… Estás desculpado! –
disse Gabi rapidamente, na esperança de acabar com aquela conversa o mais depressa possível.

- Eu sei que às vezes sou um bocadinho inconveniente…
- Às vezes??? – repetiu Gabi com um ar depreciativo na brincadeira.
- Ok… Muitas vezes… - corrigiu Tom com um sorriso – Mas foi mesmo sem intenção… Juro que não vi nada!
- Eu acredito… -
disse Gabi tentando despachar a conversa. Sentia-se verdadeiramente intimidada com aquela situação, nem coragem de encarar Tom nos olhos sem se sentir corar, tinha – Vamos fazer assim… Não falamos mais no assunto e fingimos que nunca aconteceu nada. Pode ser?
- Sim, é o melhor… -
disse Tom contente por colocar aquele assunto atrás das costas e ter mantido a promessa ao seu irmão de pedir desculpas a Gabi.
- Óptimo!

- Um dia ainda nos vamos rir disto… -
disse Tom de forma divertida para aligeirar a tensão que sentia no ar.
- Talvez, mas até lá… Não falemos sobre o assunto!

- Posso contar aos meus sobrinhos o que aconteceu? –
perguntou Tom com um ar algo perverso.
- Que sobrinhos Tom??? – perguntou Gabi a rir com a observação dele – Se continuares a fazer o que fizeste hoje, sabes quando é que vais ter sobrinhos???
- Até posso adivinhar…
- Nunca!!!



* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *


Há três dias que não saía de casa e sentia-se esmorecer numa tristeza sem precedentes. Era o acumular da dor que vivia no seu interior que a faziam perder a força para ser alguém. Desde que regressara de Hamburg que não falava com ninguém, nem mesmo com a sua mãe. Estava fechada no seu quarto sem comer, sem dormir, sem tomar banho ou olhar para um livro da faculdade. Passava os seus dias a chorar e recordar os momentos que tinha passado com Tom e que a tinham feito a mulher mais feliz do mundo. Todas as suas fragilidades tinham tomado lugar num corpo debilitado e enfraquecido pelo amor que sentia e que se apoderava de si veementemente.

O que a levava a sair de casa naquele dia, era a certeza que algo estava mal. Que merecia uma justificação por tudo aquilo que tinha acontecido enquanto estava com Tom. Paige não a tinha contacto desde o seu regresso, e isso por si só, implicava que algo maldoso estava por detrás de tudo o que se tinha passado. Paige não lhe dava um segundo de descanso quando sabia que ela estava com Tom. O que levava Paige a afastar-se de forma tão misteriosa depois da bomba que enviara? Tinha de descobrir ou não encontraria um final para a sua história com Tom.

Estava na sala de casa de Paige à espera que ela se dignasse a descer para falarem. Não havia por onde fugir. Miss K estava certa de que aquilo que a levava até ali ia destruir totalmente o seu coração, e que daquele dia por diante, não ia querer olhar para a cara de Paige, nem que esta se encontrasse coberta de ouro. Esperou cerca de meia hora e percebendo que Paige não descia, optou por subir a grande escadaria de casa dos Mercier que dava acesso ao primeiro piso e assaltar o quarto de Paige de rompante. Quando entrou deparou-se com Paige a falar ao telefone com um ar preocupado enquanto se entretinha a olhar para a grande janela do seu quarto.

- É melhor acabar com isto tudo mesmo… - dizia Paige ao telefone, antes de ouvir a porta do seu quarto abrir-se e dar de caras com Miss K – Vou ter de desligar tio… Falamos depois… Beijinhos… Não te preocupes, não preciso de sorte…

Miss K sentiu-se enfurecer. Paige tinha-a deixado à espera meia hora para falar ao telefone com o homem que arruinara o seu futuro com Tom, bem como a vida do irmão dele, e a sua por consequência. A vontade que tinha era de arrancar o telefone da mão de Paige e insultar o seu tio até que ele morresse de tantas pragas que lhe atribuiria. Estar perante Paige depois de tudo o que tinha acontecido era ainda mais doloroso. Sentia o seu coração gelar e uma ausência de sentimentos e emoções apoderar-se de si. Aquela rapariga que tinha à sua frente já não lhe dizia absolutamente nada. Tudo o que tinha recebido dela era cruel e frio.

Paige olhou para Miss K de alto a baixo e percebeu pelo ar doente e malnutrido dela que todos os seus planos tinham corrido como desejava. Era uma pena ter de destruir o coração dela, mas não se arrependia nem um pouco.

- Eu disse que descia! – disse Paige num tom austero.
- Mas como não desceste… Eu subi! – retribuiu Miss K na mesma moeda.

- O que é que queres? Já recebeste o teu dinheiro…
- Quero saber porque é que me enviaste aquelas rosas e porque raio é que me pagaram quando eu não fiz nada do que estava combinado!
- Não leste o cartão? –
perguntou Paige com um sorriso maquiavélico nos lábios – Fizeste mais por nós do que possas imaginar… E ainda te saíste muito bem, porque as tuas noites com o nojentinho foram um bónus e tanto, não foram?
- Não percebo… -
disse Miss K assustada em tentar perceber o que tinha feito para ajudar Paige.

- É tão secante ter de te explicar tudo… - disse Paige suspirando de enfadamento à medida que se encaminhava até à sua caixa de maquilhagem para se embelezar e preparar para a tarde atribulada que tinha pela frente.
- Mesmo assim, gostava que o fizesses… Acho que mereço saber o que se passa!
- Claro… Tens toda a razão… -
disse Paige de forma altiva – Se quiseres senta-te… Não quero que desmaies… Estás com um aspecto horrível!
- Fala! –
disse Miss K de forma autoritária, ignorando as provocações de Paige.
- Ok… Eu avisei-te… - disse Paige sem nunca desviar os olhos do espelho e daquilo que estava a fazer, como se Miss K não estivesse sequer presente no seu quarto - Quanto tempo é que pensaste que ia demorar até eu perceber que tinhas mexido no meu telemóvel e computador para apagar as fotos do nojentinho?

Miss K sentiu-se gelar. Paige já sabia o que ela tinha feito para proteger Tom das fotos que ela tinha tirado a ele na noite que tinham passado juntos.

- Não dizes nada? – perguntou Paige a rir – Deixa estar… Não precisas de dizer nada! Achas que tiveste acesso a todas as fotos? Achas que apagaste todas as fotos que eu tinha? Não és assim tão ingénua, pois não?

Miss K sentiu um peso imenso tomar conta do seu peito. Já calculava que Paige pudesse guardar as fotos noutro local e que provavelmente já as tivesse enviado ao tio, mas nunca tinha imaginado que ela pudesse ter mais fotos para além das que tinha visto. E se as tinha, porque é que Paige as guardava noutro local? Qual era o teor delas? Porque é que não se poderiam misturar com as restantes? Miss K tinha medo de descobrir a resposta às suas perguntas.

- Se eu não quisesse que tu visses as fotos, achas que as deixava à mão de semear, numa pastinha com o nome do nojentinho, prontinhas para tu carregares no delete? disse Paige com falsos paternalismos – Não me achas assim tão burra, pois não? Eu queria que tu visses as fotos… Era um dos meus objectivos… Queria que as visses e que elas te corroessem por dentro!

- Porquê??? –
perguntou Miss K incrédula com o que acabava de ouvir.
- Porque sim… Porque me apetecia pisar-te um bocadinho… Chama-lhe diversão! – disse Paige a rir – Quem sabe pelo caminho tu não ganhavas algum ódio ao nojentinho e não pudesses realmente fazer parte do nosso plano…
- Tu és má!!!
- Talvez… Mas vivo bem com isso!

- Tens mais fotos do Tom para além das que vi? –
perguntou Miss K em pânico. Precisava de tentar perceber a verdadeira dimensão daquele jogo.
- Claro… Tenho as fotos que o incriminam... Que o mostram com uma mesa-de-cabeceira cheia de droga… Malas de viagem repletas de coisas ilícitas… E coisas que tais… Achas que ia esperar que tu fizesses o servicinho sujo? Vá lá K… Tu não és burra… Se dependêssemos de ti, nunca íamos terminar a nossa missão! Achas mesmo que eu me ia sacrificar a dormir com aquele cabrão para te meter ciuminhos estúpidos???
- Oh meu Deus… Onde é que estão essas fotos??? Porque é que as guardaste??? O que é que pretendes fazer com elas??? –
perguntou Miss K em choque e apavorada com as revelações que acabava de ouvir.
- Tanto espanto quando as coisas estavam à frente da tua cara e tu nunca as quiseste ver… Afinal és mesmo mais ingénua do que eu pensava!!! – disse Paige olhando para Miss K com um ar de gozo – Mas como deves calcular, não te vou dizer onde estão as fotos… Apenas te digo que há várias cópias, e que mais do que uma pessoa as tem… Por isso escusas de virar detective novamente, porque mais uma vez, não vais conseguir nada… Agora quanto ao que eu pretendo fazer com elas… Digamos que por agora… Nada!!! Mas tenho de te agradecer por teres desempenhado tão bem o teu papel…

- De que é que estás a falar??? Eu não fiz nada!!! –
disse Miss K em pânico.
- A minha intenção nunca foi que tu tramasses o Tom… Eu sabia que tu serias incapaz de o fazer, mesmo que não te apaixonasses por ele… Tu não tens estofo para o que tinha de ser feito… Por isso, digamos que te menti e inventei um plano especial para ti… Assim enquanto tu distraías o nojentinho, eu podia fazer o que tinha de ser feito…
- Eu não acredito… -
disse Miss K levando as mãos à boca, chocada com as coisas que ouvia.
- Acredita, porque é verdade! – disse Paige a rir – Na verdade o que se passou ao longo deste tempo todo, foi que enquanto tu andavas a foder aquele cabrão… E já agora aproveito para te dizer que não foste lá muito boa actriz a tentar esconder o que era óbvio que se passava entre vocês… A única coisa que andavas a fazer, era a ajudar-nos a destruir o coraçãozinho de pedra dele, para que ele ficasse bem tristinho e em baixo e se sentisse mal e traído para ir a correr contar ao irmãozinho dele, e deixar o maninho preocupado e na merda! Ajudaste-nos a mostrar ao filho da puta do irmão dele que não há ninguém à volta dele que esteja a salvo, e que nós estamos em todo o lado, quer ele queira, quer não…

- Porquê o Tom???
- K… Não me desiludas!!! Tu sabes a resposta a essa pergunta!!! Sabes perfeitamente que os gémeos são unha e carne, e que tudo o que se faz a um, toca ao outro… Porque é que achas que não te mandei ir ter com um dos outros paneleiros dos Tokio Hotel??? Porque aquele cabrãozinho aceita qualquer mulher com dois palmos de cara e corpo na cama dele… Tudo o que fizesses ao nojentinho, ia cair nos ombros do irmão… E como toda a gente que o rodeia já estava com os dias contados, porque não tocar no ponto mais sensível do Bill e deixá-lo de rastos e com vontade de desistir de tudo???


- Porquê??? O que é que ele vos fez para lhe quererem tanto mal???
- Hmmm… Digamos que ele é daquelas pessoas que está sempre no sitio errado, à hora errada… Mesmo que esteja morto! –
disse Paige a rir do seu humor negro – A ideia era lixar o nojentinho e pelo caminho apanhar o irmãozinho dele… Mas claro que pelo caminho fomos recolhendo provas para que o Bill não fosse capaz de dizer que não ao contrato que lhe ia ser proposto…
- Mas o contrato foi feito em Dezembro do ano passado! Ele assinou-o… Está com a Nicky há meses… Até agora corre tudo bem, eles são o casalinho sensação de Hollywood! Sempre que aparecem fazem furor… Porquê isto tudo???
- O meu tio não vai com a cara do Bill… Tem contas a ajustar com ele…

- Mas se vocês acabarem com o Bill e com os Tokio Hotel… Prejudicam a Nicky!!! –
disse Miss K parecendo-lhe mais que óbvio.
- Porque é que achas que as fotos do nojentinho estão bem protegidas a sete chaves??? – disse Paige a rir – Não são para agora… São para quando o contrato acabar! Por isso é que eu te deixei arrastar o trabalhinho… Quanto mais tempo estivesses ao lado do cabrãozinho, maior ia ser a queda dele! Eu não tinha presa com as fotos… Tínhamos 6 meses pela frente…
- Mas o Bill vai estar ligado à Nicky por muito tempo… As pessoas não se vão esquecer que eles andaram juntos só porque uma revista o diz!!! –
disse Miss K de forma alterada percebendo que acabava de descobrir um trunfo contra Paige. Quanto mais perguntasse, mais ela dizia. Paige estava deliciada a abrir a corda aos segredos e planos futuros que prejudicariam Tom e os Tokio Hotel. Tinha de conseguir sacar o máximo de informação possível. Ela estava verdadeiramente orgulhosa de si a exibir-se das suas maldades conseguidas.
- É verdade… Mas o meu tio controla muitas dessas revistas, e a forma como a notícia do fim do namoro deles vai sair cá para fora… Também! Garanto-te que vai ser uma bomba! – disse Paige a rir.

- Então ires para a cama com o Tom sempre esteve nos teus planos???
- Tinha de ser… Há que nos sacrificarmos para conseguirmos alcançar os nossos objectivos!

- E eu fui o quê??? –
perguntou Miss K enraivecida.
- K… Eu precisava de uma gaja boa e bonita que fizesse o nojentinho babar e ter pensamentos perversos… Parece que tu foste a otária escolhida! Desculpa qualquer coisinha…
- Tu não tens vergonha de dizer uma coisa dessas??? Não tens sentimentos??? Eu conheço-te há anos, sempre fui a tua melhor amiga!!!
- Achas mesmo que eu te considero uma amiga??? –
perguntou Paige a rir – Uma empregadinha de café que no máximo vai ser uma empregadinha de hotel no futuro…. Por amor de Deus K…. Tinha-te em maior consideração! A tua inteligência deixa muito a desejar!!!
- És tão falsa e má e…
- E o quê?

- O que é que tu ganhas com isto tudo??? –
perguntou Miss K sentindo um ódio desumano pela sua suposta amiga.
– Olha, dá-me imenso gozo… – disse Paige a rir como se Miss K lhe tivesse contado uma piada muito engraçada – Além disso o meu tio deu-me uma quantia bem avultada e ofereceu-me um trabalho na empresa dele… Parece que já lhe provei que sou uma boa planeadora e executora de afazeres e vidas…

- Que decepção… Quando eu pensava que tu já me tinhas decepcionado tudo o que era possível… Enganei-me! –
disse Miss K abanando a cabeça da direita para a esquerda – Para mim tu morreste… Esquece que eu existi… Não sou, nem nunca serei tua amiga… Não te quero ver à frente… Nunca mais!
- E achas que eu quero???
perguntou Paige a rir – Por amor de Deus… Estás-me a sair mesmo limitada cerebralmente… K… Eu quero é que tu vás dar uma curva e desapareças!!! Já serviste para o que eu queria e precisava… Agora aproveita o dinheirinho e vive a vida medíocre que escolheste para ti mesma…

- Detesto-te!!!
- Ama-me ou odeia-me… É-me indiferente! –
disse Paige encolhendo os ombros – Já sabes onde é a porta… Podes sair...
- Tenho nojo de ti!!! –
disse Miss K
- Sim, sim… - disse Paige sem se importar com o que Miss K dizia – Ah…. E K… Escusas de me contar o que se passou em Hamburg, porque como deves calcular, eu sei…
- Eu não te ia contar nada!
- Pois é… -
disse Paige a rir – Por momentos esqueci-me que tu nunca me contavas a verdade! Mas deixa estar…

Miss K sentiu-se gelar. Paige mandava-a seguir para saber exactamente o que acontecia nas suas noites com Tom? Desde quando? Provavelmente desde que sabia que eles tinham ido para a cama pela primeira vez. Sentiu uma vontade imensa de chorar pela perda total de esperança na vida que levava. Estava uma vez mais totalmente sozinha. Os seus erros acabavam por assombrá-la de todas as formas possíveis. Ignorou a existência de Paige à sua frente e virou-lhe costas para sair de casa dela o quanto antes. Quanto mais rápido se visse livre dela e da sua maldade, melhor.

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