TERMINEI FINALMENTE, desculpem a demora, mas finalmente terminei, espero que gostem comentem. Boa leituraEu estava de frente a um espelho imenso, era a milésima vez que eu estava fazendo aquilo desde que o concerto começara. Tokio Hotel estava nos palcos pela ultima vez naquela dimensão e eu me encontrava no camarim da banda, por mais que Bill tivesse insistido em me pedir para ver, eu não podia, era demais pra mim, eu ainda precisava de um tempo comigo mesma para pensar. Já não tinha duvidas de que ia para a dimensão humana, a opção de ficar nessa esta fora de cogitação depois do meu incidente no terraço. Aqui não é seguro para alguém como eu, me sinto aleijada sem um belo par de asas nas costas.
Wir sind durch die Stadt gerannt. Nós corremos pela cidade
Haben keinen Ort mehr erkannt Não conhecemos nenhum lugar
An dem wir nicht schon einmal waren. No qual nunca tenhamos estado
Respirei fundo e apertei bem os olhos quando ouvi Bill anunciar a despedida da banda. As fãs começaram a gritaram e falar ao mesmo tempo e meu coração se apertou por saber que eu era a culpada daquilo tudo estar acontecendo, eu era a culpada por quebrar o sonho daqueles milhares de fãs em mil pedaçinhos. E aquilo era mais que um castigo, eu estava vivendo um tremendo inferno. Sem memória, sem asas ou imortalidade, sem perspectiva de nada, eu estava oca e vazia por completo. Aquilo doía demais.
Wir haben alles ausprobiert Nós provamos de tudo
Die Freiheit endet hier Nossa liberdade acaba aqui
Wir müssen jetzt durch diese Wand Agora precisamos derrubar essa parede
Percebi que o concerto havia acabado quando os quatro rapazes sorridentes voltaram ao camarim suados e cansados – Gustav estava com cãibras e mal conseguia andar, coitado. Todos sorriam menos Bill. Ele sabia o quanto eu sofria com as milhares de duvidas em minha mente, ele podia lê-las perfeitamente e aquilo me incomodava, não queria dividir minha angustia com ninguém. Já não bastava eu, ele não merecia...
- Tudo vai voltar ao normal, não precisa se culpar tanto, foi nossa decisão também – Bill interrompeu meus pensamentos me aconchegando num abraço protetor e confortável.
Verlager dein Gewicht Desloca o teu peso
Den Abgrund siehst du nicht Você não vê o abismo
- Eu sei – disse sobre seu ombro – se eu pudesse voltar atrás. – funguei de leve me afastando dele – eu tive a oportunidade de fazer escolhas e escolhi o pior caminho.
- Hey... – Bill segurou meu rosto com as duas mãos delicadamente me encarando com aquele sorriso perfeito – errar é humano.
Aquela frase tinha um significado muito maior do que eu jamais podia imaginar tempos atrás. Sorri de leve com uma pequena chama de esperança aflorando em mim. Esse deve ser um dos motivos pelo qual eu sempre o amei tanto, por maior que fosse a tempestade que a minha vida pudesse causar a mim mesma, uma simples frase seguida de um sorriso sincero de Bill Kaulitz fazia tudo ficar melhor.
- Não se esqueçam – o velho conselheiro alertou quando adentramos pela sala do portal – Há um grande risco de perderam novamente a memória.
- Não tem como as coisas ficarem pior – disse com um pouco de humor na voz andando sem olhar para trás para a janela aminha frente.
Achtung, fertig, los und lauf Atenção, pronto, vai e corre
Vor uns bricht der Himmel auf Na nossa frente o céu se abre
Wir schaffen es zusammen Nós faremos isso juntos
Übers Ende dieser Welt Depois do fim desse mundo
Die hinter uns zerfällt Que cai atrás de nós
A sala era cinza, vazia e triste. Havia uma janela enorme onde era o portal para a dimensão humana. Tom, Gustav, Georg, Hale, Robert, Bill e eu estávamos prestes a arriscar nossa memória e tudo que havíamos conquistado nessa dimensão para voltar à humanidade. Tom não voltava apenas por mim ou por Bill que viria junto a mim, mas também pela esperança de reencontrar Beatriz, as chances dela estar viva eram grandes e Tom não perderia a oportunidade de ver seu verdadeiro amor, depois de mais de cem anos sem vê-la.
-
Wir schaffen es zusammen übers ende dieser welt die hinter uns zerfällt. (
Nós faremos isso juntos depois do fim desse mundo que cai atrás de nós) - Bill cantarolou com um sorriso sarcástico – essa musica veio bem a calhar!
Wir schauen noch mal zurück Nós olhamos de volta outra vez
Es ist der letzte Blick Este é o último olhar
Auf alles, was für immer war De tudo o que era pra sempre
Komm, atme noch mal ein Vem, inspira outra vez
Es kann der Anfang sein Esse pode ser o começo
Morgen ist zum Greifen nah Amanhã estará perto
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- NOSSA QUE DOR DE CABEÇA! – grunhi com a voz abafada pelo travesseiro – espera...
Abri os olhos de leve e os pisquei diversas vezes para me certificar de que não estava sonhando. Eu estava no meu quarto. Olhei para o lado e encontrei meus velhos e queridos posters do Tokio Hotel e eu estava exatamente do na mesma posição que na ultima vez que estive nessa dimensão, antes de Bill vir pela janela e invadir meu quarto.
- ESPERA UM POUCO AI – gritei novamente me dando conta de que a minha memória estava intacta, me lembrava de cada detalhe na outra dimensão, eu tinha que avisar Bill e os outros.
Sai em disparada para a sala onde meu celular deveria supostamente estar. Não tinha percebido que estava de pijamas até entrar na sala cheia de gente olhando espantada pra mim, principalmente Robert que parou seu olhar em minhas pernas desprotegidas de tecido.
- O que você ta fazendo de pijama Andressa? Esqueceu que dia é hoje? – Hale despertou minha atenção cobrindo os olhos de Robert.
- Ahn dia de comemorar nossa volta a dimensão humana? – chutei sorrindo sem graça.
- Dimensão humana? – mamãe repetiu devagar. NOSSA nem vi ela ali – querida, você está bem?
- Estou mãe, é uma piada interna com Hale e Rob – pisquei para os dois divertida, apesar de muito sem graça por dentro.
- Não peguei a piada – Robert olhou para Hale afim de saber se pelo menos ela haviam entendido.
- Nem eu, do que estava falando?
Legal. Eu to ficando doida e aquilo tudo foi um sonho. Boa Andressa!
- Tanto faz, depois eu explico. Mas me digam uma coisa, que dia é hoje?
- DIA DO SHOW DO TOKIO HOTEL AQUI EM HAMBURGO – mamãe, Hale e Rob disseram em uníssono me olhando simultaneamente como se eu fosse retardada.
- Nossa – arregalei os olhos – acho melhor eu correr e me arrumar logo né?
Não esperei uma resposta e corri para o banheiro. Tomei um banho rápido e vesti a primeira coisa que vi. Uma
camiseta do I ♥ NY, short jeans, meu all star surrado e um colete por cima. Eu sabia que ia fazer frio, mas eu ia soar mais que um obeso numa maratona naquele show, ai se ia.
Robert pegou o carro e nos levou diretamente para o estádio onde o show ia acontecer, na Color Line Arena como sempre foi. Passamos pela fila imensa e a minha ansiedade foi aumentando, junto com a agonia.
- Não acredito que o show já vai começar e a gente ainda tem que passar por essa fila enorme – reclamei do banco de trás do carro.
- Não vamos – Hale mostrou os ingressos VIPs enquanto dava uma risada vitoriosa – Não acredito que esqueceu da promoção.
- Que promoção? – rebati muito confusa
- Que nós ganhamos, primeira fila, lá vamos nós.
Ok eu achei que tinha recuperado a memória e a única conclusão que tive é que eu na a recuperei, só enlouqueci. Através de alguns empurrões e esbarros conseguimos ficar na frente. A platéia já gritava loucamente pela vinda dos meninos e pelo que ouvi, era o retorno deles depois de um ano preparando o novo disco da banda. De repente uma musica misteriosa começou a tocar e a platéia começou a gritar loucamente – isso me inclui. A fina cortina branca nos permitia ver a silhueta dos rapazes devidamente em seus lugares, todos não Tom e Georg. Uma voz estranha anunciou o começo do concerto “Tokio Hotel Humanoid” e a cortina foi aberta mostrando um ovo metálico se abrindo lentamente, ao fundo Gustav tocava entusiasmado e Bill surgiu por entre as faíscas de fogo cantando Komm. Nesse momentos todos se amontoaram mais para a grade, onde infelizmente – ou não- eu me encontrava, completamente amassada, porem sorrindo e cantando.
Depois de um rápido intervalo de silencio e escuridão as luzes voltaram, se concentrando no centro do palco. De lá subiu uma motocicleta completamente enorme e lindo, Bill estava sobre ela de óculos escuros, completamente concentrado. Começou a tocar minha musica favorita, geisterfahrer.
Bill cantava olhando gentilmente para cada fã que gritava seu nome, seu olhos varriam o local lentamente até chegar a minha direção. Seu rosto ficou desorientado quando olhou para mim, senti meu coração acelerar de uma forma desordenada e não consegui reagir de forma alguma a não ser ficar estupidamente sem graça o encarando. Bill interrompeu a tudo, pedindo para que esperassem.
- Acho que quero chamar alguém para terminar essa canção comigo – ele disse olhando para minha direção. Não era possível que... – Que tal a moça com a
t-shirt I ♥ NY? Bem ali – ELE APONTOU PRA MIM.
Um segurança enorme estendeu o braço para me pegar e me levou as escadas que davam para o palco. Eu estava completamente paralisada e assustada, olhar para a platéia do palco era uma coisa muito assustadora. Passei por Tom sorrindo sem graça, ele tinha um olhar assustado e dizia algo como “não pode ser!”, mas não prestei muita atenção. Apenas andei até Bill que sorria para mim.
- Olá. Qual seu nome? – ele passou o microfone para mim e me abraçando com um braço.
- Andressa – respondi com a voz falha, ele ficou serio e olhou rapidamente para Tom
- Sabe cantar a parte que resta Dessa? – ele disse meu apelido, quase infartei.
- Aham
- Ok, vamos lá.
- Ich bin hier, hinter dir, geisterfahrer, ich komm mit, auf deinem letzeten stück. – minha voz saiu horrível, mas não consegui me importar com aquilo naquele momento.
- Küss mich jetzt, im gegenlicht, wie'n geisterfahrer, such ich dich… – Bill continuou.
A música acabou e nos abraçamos, eu podia sentir meu coração saltar pela boca.
- Danke Sehr – ele sussurrou em meu ouvido – parece besteira mas sinto que nos conhecemos de algum lugar.
-
Wir schaffen es zusammen übers ende dieser welt die hinter uns zerfällt (
Nós faremos isso juntos depois do fim desse mundo que cai atrás de nós) – sussurrei entre lagrimas.
Nos afastamos e um segurança veio me guiar até a platéia novamente.
- Espere um momento – Bill disse fora do microfone para o segurança – leve-a para o camarim, quero conversar com ela.
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FIM eeeeba.
Queria agradecer a todas os leitores pacientes, e pelos comentários lindos que me estimularam a continuar, já cheguei a pensar em desistir dessa fic e a terminei apenas pelos meus lindos leitores
Obrigado e em breve vou começar uma fic nova e BEM melhor que essa