Nossa, quantos comentários, obrigada!
Bom, é a primeira vez que escrevo algo nestes gêneros; Se ficou ruim, me perdoem.
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CAPÍTULO ÚNICO
Abri meus olhos, porém, era o mesmo que mantê-los fechados.
A escuridão dominava aquele ambiente frio e úmido. Era estranho, eu não conseguia me lembrar de nada antes de apagar da forma como apaguei. Tentei ajeitar meu corpo sobre aquela dura superfície, porém, eu estava me segurava pelos pulsos, enquanto uma aguda dor percorreu meu abdômen. Senti algo quente e molhado escorrer por meus braços, e senti cheiro de sangue.
Que diabos estavam fazendo comigo, afinal? Ou melhor, quem estava fazendo aquilo comigo? Que lugar era aquele?
Tentei me manter em absoluto silêncio, mas nada ouvi. Tentei me ajeitar novamente, e apesar da dor em meu ventre e em meus pulsos, consegui fazer com que meu corpo fosse um pouco para cima. Ouvi barulhos de corrente, e isso me assustou.
Então, uma forte e inesperada luz cegou-me. Apertei os olhos, virando um pouco o rosto para o lado, e quando me acostumei um pouco com a mesma, olhei contra ela. Havia alguém ali; Uma pessoa de alta estatura e corpo fino observava-me. Era-me uma forma familiar, porém, eu não conseguia lembrar-me quem era. Forcei os olhos, e quando a mesma andou até mim, não tive dúvidas.
- Bill? – sussurrei.
- Gostou da surpresa, Alina? – ele perguntou, a maldade explícita em sua voz.
- O que houve, Bill? Porque você está fazendo isso comigo? – perguntei. – Por favor, tire-me daqui.
- Te tirar? Por quê? – ele perguntou, cínico. – Eu pensei que você estivesse gostando de sofrer, da mesma forma que você me fez sofrer.
Olhei-o, confusa. Eu não entendera muito bem do que ele estava falando – e se entendera, não tive certeza se estava certa. Porém, ele explicou na mesma hora.
- Acho que você ainda se lembra quando me traiu com o Georg, não lembra? – ele se agachou ao meu lado, e só então me dei conta de que eu estava no chão. – Eu te amava, Alina. Mas você brincou com meus sentimentos.
- Bill, eu... – comecei, porém, ele deu-me um forte tapa no rosto.
- Calada, eu não terminei. – sua voz saiu quase um sussurro. – Você não soube aproveitar a chance que teve comigo. Eu era capaz de fazer qualquer coisa por você. E o que você fez? Simplesmente me tratou como um lixo. Eu não demonstrava o quanto eu estava mal, não queria me passar por fraco. Mas todas as noites, eu chorava na minha cama, com raiva de mim mesmo por ter sido tão idiota em me entregar para uma vadia como você.
Senti um aperto no peito. De fato, eu havia errado com ele, e era a coisa que eu mais me arrependia na vida. Tudo o que ele estava jogando na minha cara agora era verdade. Porém, não era um motivo para ele me torturar dessa forma.
- Agora – ele começou, segurando forte meu pescoço, fazendo-me olhar para ele. – Eu vou fazer você sofrer o dobro do que eu sofri. E de uma forma bem diferente.
Sentia que estava prestes a sufocar, quando ele largou bruscamente meu pescoço. Senti que suas unhas haviam deixado alguns vergões ali, e isso me Fez soltar um gemido de dor.
- Bill, por favor. – supliquei, os olhos marejando. – Pare com isso.
- Parar? Porque? – ele perguntou, de costas para mim, enquanto mexia em alguma coisa que eu não podia ver. – Eu não pedi em momento algum para você parar.
Eu não sabia dizer o que estava doendo mais: meus supostos ferimentos ou as palavras que ele dizia.
- Cadê o Georg? – perguntei, depois de alguns minutos em silêncio. – O que você fez com ele?
Bill nada disse, apenas me olhou. Pude sentir a fúria em seu olhar, e então ele veio até mim. Colocou uma perna de cada lado de meu corpo estendido no chão, e antes que eu esperasse, sua mão atingiu meu rosto novamente.
- Mesmo prestes a morrer, você não se esquece do seu amado, não é? – sua mão atingiu meu rosto novamente, porém agora, do outro lado. – Realmente, eu não sabia a boa bisca que você é.
- Me responde, seu cretino! – gritei, e consegui dar um chute em sua perna.
Bill abaixou-se e, em um movimento rápido, enfiou algo pontudo e afiado em minha perna, o que me fez soltar um grito agoniado de dor. Pude presenciar um sorriso satisfeito no rosto de Bill, e ele aproximou seu rosto do meu. Segurou em meu queixo e olhou no fundo de meus olhos, o que fez uma chama se acender em meu corpo.
- Ele já teve o que merecia. – respondeu-me, empurrando meu rosto para trás.
- O que você fez com ele? – perguntei, agoniada.
- Não importa. De qualquer forma, você não vai vê-lo novamente.
Uma lágrima escorreu por meu rosto. Ele não poderia ter matado Georg. Eu sabia que Bill não seria capaz disso, pelo menos não contra Georg. Ele me fitava com satisfação, e limpou a lágrima que escorreu por meu rosto.
- Tsc, tsc... Você aqui chorando por ele... Ele mal deve lembrar que você existe.
Isso queria dizer que ele estava vivo? Eu não queria perguntar novamente e receber a resposta direta.
- Porque você não acaba comigo logo? Vamos! Mate-me, Bill! Eu sei que é o que você mais quer agora!
- Está com pressa, Alina? – ele perguntou, pegando um estilete. – Pois eu não. E ainda quero fazer algo antes de você partir.
Com o estilete em mãos, ele rasgou o resto de blusa que sobrava em meu corpo, deixando-me nua da cintura para cima. Então, juntou seus lábios com os meus.
Seus beijos eram ardentes, urgentes e um tanto agressivos. Sentia sua língua explorando minha boca por completo, enquanto suas unhas arranhavam meu corpo brutamente. Seus lábios desceram para meu pescoço, chegando aos seios, o que me fazia emitir gemidos prazerosos, acompanhados com uma nota de dor.
Ele beijava, lambia e mordia fortemente meu corpo; Era uma sensação boa, e estaria mentindo se dissesse que não estava gostando. Senti suas mãos chegarem até minha calça, e então, ele abriu o zíper da mesma, tirando-a com rapidez. O objeto cravado em minha perna saiu juntamente com a calça, e tive a impressão que o ferimento havia aumentado. Ouvi um barulho metálico colidindo com o chão, e pude concluir que o que estava cravado ali era uma faca.
Bill deixou-me completamente nua, abriu minhas pernas e penetrou três dedos em minha entrada. Soltei uma reprovação, e seus lábios atacaram os meus novamente. Ele movimentava sua mão rapidamente, masturbando-me, o que me fazia gemer apesar da dor.
- Eu sei que você gosta disso, sua vadia. – ele sussurrou, mordendo meu pescoço em seguida.
Meu corpo se contorcia, e sentia que os ferimentos em meus pulsos aumentavam. Meus olhos estavam apertados. Não estava mais suportando essa nova tortura.
- Bill, eu preciso... Agora... – sussurrei, ofegante.
Ele retirou seus dedos de mim, e levantou-se. Ouvi um barulho de zíper, e antes que eu pudesse abrir os olhos, senti Bill penetrando-me.
Meus gemidos misturavam-se com os dele, enchendo o ambiente. Ele dava fortes investidas, indo mais fundo em cada uma delas. Suas unhas judiavam de minha cintura, e podia sentir vergões formando-se na mesma. Ele mordia meu pescoço, tentando abafar seus gemidos, enquanto os meus se tornavam mais altos. Bill acelerou seus movimentos, e não demorou muito para chegarmos ao orgasmo juntos.
Ele depositou mais um beijo em meus lábios, e pude sentir certa ternura desta vez. Ele levantou-se, arrumou a calça e virou-se de costas para mim novamente. Voltou com algo escuro e brilhante em suas mãos, e pude identificar um revólver. Ele agachou-se ao meu lado novamente e envolveu meu rosto, carinhosamente, em sua mão livre.
- Pode ter certeza. – ele sussurrou em meu ouvido. – Fazer isso está doendo mais em mim do que em você própria.
Ele deu uma leve mordida em meu lóbulo e olhou em meus olhos. Um leve sorriso se formou em meus lábios.
- E você pode ter certeza que eu irei morrer feliz. – disse, quase num sussurro.
- E posso saber o por quê? – ele perguntara, uma nota de dúvida em sua voz.
- Por saber que você ainda me ama, e por ter sido sua uma última vez. – respondi. – Mesmo com tudo o que eu fiz para você, saiba que eu nunca deixei de te amar.
Pude ver lágrimas formando-se em seus olhos, e então ele se levantou. Fechei meus olhos, com o sorriso ainda estampado em meus lábios, pronta para o que me aguardava.
[BILL]
As últimas palavras de Alina quase me fizeram desistir de tudo o que estava prestes a fazer. Vê-la daquela forma estava doendo muito em mim, isso era verdade. Mas, já que eu havia chegado até aqui, eu iria prosseguir.
Ajeitei o revólver, e mirei diretamente em seu coração. Observei seu peito mover-se pela última vez, e então, puxei o gatilho. Fechei os olhos com o barulho do tiro, e as lágrimas escorreram por meu rosto. Abri novamente os olhos, e observei enquanto o sangue escorria do ferimento de seu peito. O sorriso em seu rosto permanecera, e fui até o corpo, agora já sem vida.
Tirei seus braços da corrente que os prendia, e pude ver o estrago que as mesmas haviam feito em seu pulso. Deitei carinhosamente seu corpo no chão frio e arrumei seus braços sobre o mesmo. Depositei um beijo em seus lábios gélidos, e ajeitei o revólver novamente.
- Me espere, anjo. – sussurrei, olhando para o rosto pálido, acariciando-o levemente. – Eu estou indo para te encontrar do outro lado.
Mirei o revólver em minha cabeça e puxei o gatilho. Então, a escuridão me engoliu.
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É, o final foi difícil escrever Ç.Ç
Bom, espero que vocês tenham gostado