HALLO LIEBEN <3
Obrigado pelo carinho
Desculpem-nos a demora! Essas festas atrapalham qualquer um!
Bruna todos tem um medalhão <3
Enfim, uma boa leitura!________________________________________
You say that I can trust you
I don't know
Everytime I'm near you
I lose control
Surrender - LasgoHamburgo
26 de maio de 2010 O dia amanhecera tão rápido quando escurecera.
Comumente, Elisabeth era a primeira a acordar. Vestida em sua camisola de seda rosada, ela caminhou até as portas da varanda, afastou as cortinas de tecido fluido branco e logo abriu a porta indo abraçar a grade para observar a paisagem matinal da Alemanha.
Paris era mais romântica, mas a Alemanha agradou os olhos da moça. Ela sorriu, sentindo a leve brisa da manhã bater em seu rosto. Aquilo lhe deu animo para continuar os afazeres de casa.
Primeiro, começou a preparar o café. Café dava energia, algo extremamente necessário para o dia de hoje, principalmente para ela e Rachel. As moças louras ainda não iriam começar o trabalho pesado, pois a Rachel ainda iria fazer a matrícula do colégio dela, para depois elas iniciarem as aulas, enquanto isso Beth usaria o tempo livre delas para continuar a prática de magia. Ela só precisava encontrar um lugar livre para isso, e pessoas que não fossem preconceituosas, acima de tudo.
Enquanto cortava o pão, sentiu dois braços rodearem sua cintura, pelo perfume doce, ela pode compreender quem era.
- Bom dia, maninha querida - era Rachel, alegre.
- Empolgada? - perguntou Elisabeth, dando um pedaço de pão para ela comer.
- Uhum - respondeu de boca cheia - Eu vou ter mais trabalho que você, mas estou empolgada - disse ela, gargalhando sonoramente, Elisabeth mostrou a língua - Esse pão é tão gostoso - finalmente desgrudou da irmã.
- Eu fiz em Paris, pensei que com a viagem tinha ficado ruim - disse Elisabeth, sorrindo orgulhosa.
- Acordo ou não acordo? - perguntou Rachel, brincando com as mãos como uma pessoa maléfica.
- Não, as deixa dormindo, é o último dia de descanso - respondeu séria, continuando a cortar os pães.
- Tudo bem, eu vou tomar banho então - disse ela, passando pelo som para colocar seu cd favorito. A música era baixa, mas o suficiente para que fizesse as duas dançarem enquanto faziam as suas atividades matinais.
Elisabeth conseguiu preparar o café-da-manhã todo em menos de quinze minutos. Retirou uma toalha de mesa de cor alaranjada, e por cima dela serviu o café-da-manhã repleto de guloseimas como bolo, pães, geléias, tortas, sucos, leite e o clássico café.
Como ela permitira que as moças dormissem por mais tempo, a clássica oração antes de todas as refeições fora feita sozinha, quando Elisabeth pousou seu corpo sobre a cadeira de madeira escurecida.
Sua irmã logo a acompanhou na oração e no próprio café, enquanto a música ainda tocava no som e as irmãs planejavam seus próximos dias.
- Hoje eu vou começar a trabalhar no Hanes - disse Elisabeth, dando o último gole no café forte.
- Onde que é isso? - perguntou Rachel, mordiscando mais um pedaço do viciante pão com raspas de chocolate.
- É um restaurante no centro da cidade, vou trabalhar de garçonete. É bem simples, e o horário é perfeito, pois eu posso usar a noite para a prática das nossas magias - falou as últimas palavras em tom sussurrante.
- Perfeito, onde eu vou trabalhar também me parece perfeito. É um escritório de moda, vou ser apenas a recepcionista da tarde - disse Rachel, brincando com os longos cabelos castanhos.
- Então tudo bem de você fazer a matricula das meninas? - perguntou Elisabeth, juntando sua xícara, prato e guardanapos usados.
- Você tem alguma idéia de que escola eu vá? - perguntou à morena, ainda brincando com os fios de seus sedosos cabelos.
- Santa Tereza - a outra morena sacou um panfleto que estava guardado junto com as pilhas de jornais da noite passada numa cômoda que se localizava atrás da mesa onde as moças guardavam chaves, cartas, revistas e entre outros utensílios práticos de serem encontrados.
- Têm certeza? - perguntou a Rachel pegando o panfleto.
- É a melhor opção - respondeu Elisabeth séria - É em conta e boa - a moça levantou finalizando o assunto.
Elisabeth caminhou até o quarto pertencente a ela, deixando Rachel terminar seu café-da-manhã, enquanto lia o panfleto do colégio onde provavelmente as garotas iriam terminar seus estudos, afinal elas sempre foram privadas de estudo, agora pelo menos fariam o 2° e o 3º terceiro ano do colegial.
Após seu banho, Elisabeth optou por roupas de tonalidade escura e que lhe mostrasse personalidade. Uma camiseta estampada em dourado, shorts de couro com duplos zíperes laterais, bolsa com detalhes artesanais branco, relógio negro presenteado por uma de suas amigas e por fim botas de salto com cadarço para dar um ar chique aquele visual rocker que caiu perfeitamente no corpo esguio da garota.
Dentro do quarto, Elisabeth preencheu sua bolsa com os documentos necessários para a admissão no restaurante, aproveitou para colocar uma corrente dourada que ela usava como amuleto em suas poções. E foi colocando essa corrente dourada que ela se lembrou do dia em que entregou o amuleto ao seu futuro amado.
De cabelos penteados, rosto maquiado e roupas impecáveis, Elisabeth passou pela sala, encontrando as amigas.
- Nossa, que linda - disse Katerin, sorridente.
- Obrigado Katerin - disse Elisabeth, pegando as chaves na cômoda - Meninas, se comportem, eu volto à noite - disse ela, sorrindo.
- Tudo bem - formou-se um coro.
- Até mais - disse Beth, abrindo a porta.
- Até - o coro se formou novamente.
Elisabeth pediu ajuda dos deuses para que tudo pudesse dar certo durante todo o percurso de sua vida. Ela temia que o amuleto que entregara aos jovens quando menores, não o ajudasse a encontrar-se com ele.
Ela andou até um ponto onde se localizava os táxis, logo que apareceu um, chamou-o e o mesmo a levou até o Hanes Bar, um restaurante badalado no centro de Hamburgo. Durante o percurso, observou todo o caminho para que pudesse aprender a fazer-lo outra vez.
O emprego no Hanes fora adquirido enquanto elas ainda estavam na França, ela conhecia um dono de uma cadeia de restaurantes internacionais, ela só precisava apresentar seu currículo e conversar sobre regras e etc.
O taxista dirigiu por mais algumas ruas até chegar ao centro de Hamburgo. Uma praça cercava o local, palmeiras estavam perfeitamente postas em volta de bancos brancos. Típicos de uma pracinha. Lentamente o motorista cobrou a corrida e assim que ela puxou alguns euros da sua bolsa e saiu do taxi. Ela suspirou e olhou ao seu redor, com um pequenino papel nas mãos passou seus olhos pelos números presos nos diversos estabelecimentos por ali. Não fora muito difícil de achar o letreiro apagado do “Hanes bar”. Caminhou até a porta de madeira escura que em seu alto pendia um sino dourado que com certeza faria aquele barulho chato típico.
E o barulho do sino fora ouvido, o que fez Elisabeth contorcer sua face bela numa típica de desgosto. Dentro do local, Elisabeth analisou seu interior. Um local amplo, um pequeno palco ao fundo indicando que ocorriam apresentações musicais devido aos instrumentos que estavam postos em seus lugares; o ambiente todo era escuro com detalhes em tons de vermelho. Havia um bar com bancos vermelhos e a bancada onde se pagava e eram recebidas as refeições; uma escadaria quase que invisível ao fundo do estabelecimento que levava ao segundo andar, provavelmente como descrevia a placa “Não entre sem a permissão”; havia mesas estava espalhado pelo ambiente e como o estabelecimento só abriam na hora do almoço, as cadeiras estavam sob as mesas.
- Bom dia - disse uma voz masculina vinda da direção da escada.
- Bom dia - disse ela, mesmo sem ver de quem vinha.
Quando o som dos sapatos tocarem o piso negro, ela pode observar de quem vinha aquele bom dia. Era um homem, homem belo por sinal. Era perceptível o sorriso de canto que ambos deram ao se observarem.
- Diego - estendeu a mão.
- Elisabeth - disse ela, tocando nas mãos dele.
As mãos dele eram macias e quentes e ele havia percebido o toque delicado das mãos dela.
Diego era o típico homem bem arrumado, cabelo curto numa tonalidade de castanho claro um pouco bagunçado, pele levemente morena e olhos azuis. Porte físico de um homem que pratica exercícios moderados e roupas... Sedutoras.
- Então você é Elisabeth Ridel - disse ele, sorrindo sedutor - Edgar me disse que você era bonita, mas eu não sabia era tão... - analisou-a de cima a baixo - Bela.
Depois dessa “cantada”, Elisabeth ficou um pouco sem-graça e desviando o assunto, iniciou:
- Eu trouxe meu currículo - prática, ela retirou o papel de dentro da bolsa rapidamente.
- Ok - ele disse, lendo rapidamente o que estava escrito - Acompanhe-me - pediu seguindo para a escadaria.
Quando passaram perto da escada, Diego acendeu as luzes do chão, pequenas luzes que guiavam aos ambientes. Elisabeth se mostrou surpresa com o ambiente bonito, enquanto caminhava docemente seguindo-o até o segundo andar, onde ficava a administração de todo aquele local.
No segundo andar o ambiente era diferente, era todo branco, como um típico escritório, havia três salas, a primeira estava com a porta aberta percebia-se uma mulher trabalhando, devia ser a contadora, a segunda sala no qual estavam se direcionando era a sala onde Diego passava suas manhãs.
- Entre - educado, ele deu espaço para ela adentrar.
- Obrigado - agradeceu sussurrante, quando ele entrou atrás dela, trancando a porta, um sentimento estranho percorreu seu corpo todo lhe causando arrepios.
A sala era mediana, havia uma mesa no centro e em cima dela havia um computador, cadernos, canetas, algumas pequenas caixas e entre outros; a cadeira onde ele se dirigiu havia uma jaqueta que deveria ter sido usada enquanto se dirigia ao local de trabalho; um conjunto de armários que deveriam guardar históricos e arquivos sobre o restaurante. Enfim, era uma sala comum de um administrante.
- Bom... Você já foi garçonete em bares da França... - começou lendo o currículo de Elisabeth - Isso lhe adiciona uma experiência de três anos, uhm... Muito bom - disse ele, sorrindo abertamente - Mas... Se você não quiser responder, fica ao seu critério, mas o que uma moça tão jovem e bonita quer sendo uma simples garçonete? - questionou sendo amigável, era visível que o emprego havia sido conquistado e Diego apenas queria ser amigável com ela.
- Eu preciso sustentar minhas irmãs e pagar-las um estudo melhor... Mas sim, eu pretendo seguir outros caminhos, aqui será apenas meu começo em Hamburgo - disse ela, séria, mas Diego sorriu e sorriu de um modo em que parecia que nunca mais aquele sorriso iria desaparecer de seus lábios.
- Hamburgo é um lugar repleto de mistérios, você vai se apaixonar por aqui - disse Diego, guardando o currículo dela dentro de uma pasta negra que já estava sob a mesa. Isso por que ele não sabe o mistério que Elisabeth e suas amigas guardavam.
- Com certeza, sim - disse ela, sorrindo meiga - Enfim, eu... Eu estou aceita? - perguntou receosa.
- Sim, está - respondeu ele, sério - Como todo lugar, aqui também temos nossas regras, e nós temos que discutir isto - disse ele, olhando-a nos olhos - Uniforme? Bom, nós não temos regras rígidas com os mesmos, apenas exigimos o uso da touca e do avental, e que suas roupas sejam... Como estas - apontou para as roupas que ela usava - Negras para passarmos o espírito da obscuridade, da noite... Você entende?
- Entendo perfeitamente - disse ela sorrindo simpática - E o horário, é o mesmo que eu combinei anteriormente? Das nove as nove?
- Sim, este mesmo. Pela manhã precisamos limpar todo o ambiente e prepararmos para receber os clientes da tarde e noite, já que a noite aqui fica mais freqüentada por conta dos shows e dos drinks oferecidos - assenti.
- Perfeito, mais alguma algo a ressaltar? - questionou.
- Eu acho que de resto, você vai aprendendo com o convívio - sorriram.
Diego levou Elisabeth até a sala onde os funcionários se trocavam que era a terceira sala do mesmo andar. Deu-lhe o avental e a touca e perguntou se ela se importava em trabalhar de salto, já que era o primeiro dia dela e se ela quisesse ficar mais confortável podia ir a casa trocar o calçado, mas Elisabeth não se importou com o calçado e disse que já era acostumada a usar-lo.
Diego lhe deu as primeiras indicações do que fazer, usar, dizer e logo Elisabeth começou logo a pôr em prática.
(...) Já era quase noite, o movimento do restaurante estava normal para aquele horário.
Elisabeth já havia se destacado entre as garçonetes, tanto por sua simpatia, tanto pelo seu sorriso e acima de tudo o trabalho bem feito e entre no momento certo sem delongas.
Diego havia percebido isso e não conseguia desgrudar os olhos da moça de cabelos longos, agora no turno da noite ela não precisava usar a touca, só servia as bebidas.
- Nossa... Eu sinto que aqui vai ser minha segunda casa - ela comentou entre uma bebida e outra quando o encontrou no bar.
- Assim, eu espero - disse ele, sorrindo com a empolgação dela.
Ela seguiu até uma mesa, onde se encontrava um jovem solitário.
- O que deseja? - perguntou como havia feito o dia todo.
Quando seus olhos se encontraram aos dela, ambos tiveram a certeza de que algo estranho viria a seguir.
- O mesmo de sempre - respondeu mimado.
- Me desculpe, mas... Eu... Eu comecei hoje, eu não sei qual é o seu pedido de sempre - disse com a voz educada.
- Você é idiota ou quê? - aumentou o tom de voz.
Beth se sentindo ofendida com aquilo, também o fez.
- Idiota é aquele que não sabe ouvir - ele demonstrou uma feição de nojo - Se você me disser o que você quer, eu te trago logo para acalmar os nervos! - ela deu um sorrisinho diabólico e ele fez um bico sedutor enquanto encarava as belas pernas da moça - Fale logo, não olhe para as minhas pernas - insistiu.
- Uísque com gelo - respondeu ainda encarando as pernas dela.
- Só isso? - questionou.
- Só gostosa - Elisabeth quase lhe bateu, mas Diego logo segurou suas mãos e questionou.
- O que está se passando por aqui?
- Nada de mais, só este... Jovem, que está encarando minhas pernas ao invés de meus olhos - respondeu ela, séria.
- Se bem que os olhos também... - começou o jovem, Diego iria fechar os punhos, quando Beth o interrompeu.
- Vou lhe trazer sua bebida - disse ela, com uma voz de empregada submissa.
Ela arrastou Diego para de trás do balcão.
- Deixa ele, ele quer beber, então vou dar a bebida - disse ela, sorrindo.
- Se ele fizer isso de novo, me avise - disse ele, mais calmo.