Bem pessoas devo avisar que a fic não é tão hot como parece, mãs vai ter algumas ceninhas boas
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Capitulo 2
- Me desculpe... Mas quem é o senhor? – Kate disse com voz de desinteressada ignorando o olhar de Gabriela ao seu lado.
- Este é Bill Kaulitz, o vocalista do Tokio Hotel – anunciou Jerry, como se estivesse apresentando o rei do universo – Não se lembra dele? Você o colocou no topo da lista dos solteirões mais cobiçados...
Bill ergueu uma mão no ar interrompendo Jerry. Ele tinha certeza de que Kate o conhecia perfeitamente.
- Ah!, claro como poderia esquecer. Com certeza o senhor deve ter algo fascinante pra me dizer – ela voltou a digitar em seu computador o ignorando completamente – mas eu estou muito ocupada como pode ver, nós elegemos os solteirões mais cobiçados apenas uma vez por ano.. Portanto volte no ano que vem e quem sabe não agendamos uma entrevista? – Kate sorri cantando vitória mentalmente pela coragem, ela sabia perfeitamente que Bill detestou estar na tal lista.
Ela ficou desapontada ao subir os olhos até o rosto de dele e perceber que não havia sinal de raiva ou incomodo. Nem mesmo uma linha.
Bill mantinha o rosto sereno a olhando fixamente nos olhos desde que chegou e isto estava a deixando irritada. Kate viu surgir um meio sorriso naqueles lábios carnudos que a pediam um beijo, e ela salivava de vontade.
Percebendo que a qualquer momento as pessoas a sua volta pudessem notar algo, ela volta sua atenção para o computador, porém a tela estava desligada. Sem entender, ela vê Gabriela segurando o fio do mesmo com cara de inocente. Kate poderia arrancar sua cabeça por isso, agora ela era obrigada a encarar aquele homem.
Para Kate tudo pareceu acontecer em segundos, em um momento Bill estava ali parado e no outro já estava curvado apoiando as palmas sobre a mesa dela. Sempre a encarando com aqueles olhos hipnotizantes.
- Se quer ter essa discussão em público, pra mim tanto faz. – ele sorri de canto mais uma vez – Não sou eu quem trabalha aqui.
O perfume familiar que Bill usava fez com que ela perdesse o controle sobre si fraquejando por um momento, suas pernas adormeceram, fazendo o salto ir de encontro com a madeira da mesa provocando um barulho, que ecoou por todo o lugar chamando mais atenção para aquela cena. Bill mantinha o sorriso irônico, com certeza era algo pessoal e Kate não ia deixar que ele a humilhasse de novo. Uma humilhação particular foi o suficiente para ela.
Uma humilhação em público? No seu lugar de trabalho? Seria de mais!
-Esta bem Sr. Kaulitz – ela respondeu em voz alta fingindo desligar o computador com pose de superior – Talvez podemos fazer a entrevista agora e, quem sabe, meu chefe concorde em editá-la no próximo mês. Com certeza o senhor quer que todas as mulheres saibam o que “estão perdendo” – Kate soltou com sarcasmo, sorrindo com a linha de irritação desmanchar aquela mascara de “bom moço”.
- A senhorita está sendo muito gentil – Bill devolveu tentando recuperar o autocontrole – Prometo que não estará desperdiçando seu precioso tempo.
Gabriela assistia tudo calada e boquiaberta. Bill Kaulitz estava ali na sua frente á procura da sua chefe, uma mulher sem graça, que ela chama de encalhada. Por um momento se sentiu deslocada fazendo comparações entre si e Kate. A morena era cerca de 10cm mais baixa que Kate, mas era Gabriela quem tinha o corpo cheio de curvas, era ELA quem tinha charme, ELA conseguia todos os homens que queria, era só ser um pouco insistente e fácil nas horas certas. Gabriela ficou sem entender por que foi Kate quem conseguiu ser procurada por Bill Kaulitz, como e por que ele estava procurando por ela?... Mas o que ela sabia era que nunca mais iria chamar Kate de encalhada.
Definitivamente ela está melhor do que eu pensei... – Franziu o cenho –
Será que ela me ensina o segredo dela?Gabriela voltou a atenção ao mundo real com um susto ao ouvir seu nome.
- Gabriela diga à Beth que terminarei o artigo mais tarde.
- Você não vai voltar hoje à tarde – Bill murmurou por trás de Kate que sentiu um arrepio percorrer sua espinha com a aproximação inesperada. Se recompondo ela gira os calcanhares para protestar, mas é interrompida.
- O senhor Kaulitz pediu que você tirasse o dia de folga e eu já aprovei – Jerry disse com cara de superioridade
- wowww – Gabriela gritou se calando quando todos a olharam – caham... quer dizer... eu irei cuidar de tudo Kate.
- Não vai cuidar de nada, por que eu não vou tirar o dia de folga! – Kate quase gritou
- Você é a primeira pessoa que prefere trabalhar do que tirar uma folga – Bill ironiza rindo
- Kate não faça drama. Ok! – Jerry a repreendeu
- Jerry eu tenho um artigo pra entregar e..
- Rachel pode substituir com outra matéria e você publica o seu mês que vem.
Kate observava tudo perplexa o que seria tudo aquilo? Desde quando o editor da Sparkle Magazine se importa em agradar astros do rock? E por que ela está com a sensação de que tudo isso é um complô contra ela?
Enquanto Kate surtava internamente, Bill fingia dar atenção à bajulação do gerente de edital ao seu lado. Em um surto de total falta de paciência, ele pega a bolsa de couro encima da mesa se virando para Kate.
- É sua? – Bill aponta
- Sim é! – Kate responde sem entender
- Então vamos! – ele ordenou pacientemente e, colocando a mão no cotovelo dela a conduzindo gentilmente para fora do escritório.
Kate desejava gritar! Como ele ousa tocá-la depois de tudo que aconteceu? Depois da cena ridícula que acabaram de fazer? Com certeza ela seria assunto para a semana toda. Para não piorar sua imagem, ela decide apenas sorrir e fingir que está tudo bem, deixando ser conduzida pela escadaria como uma colegial indo para a sala do diretor.
O sorriso fingido durou somente até a calçada do prédio, com um puxão rápido e brusco Kate se livra do toque de Bill esbravejando.
- Como você ousou fazer isso? Quem você pensa que é?
Bill nada respondeu, simplesmente a ignorou jogando a bolsa no banco traseiro do seu Audi e abrindo a porta do veiculo.
- Entre no carro!
- Não! Eu não vou entrar! – Kate se recusava a ser tratada como uma mulherzinha qualquer, se Jerry se curvava diante a fama de Bill Kaulitz, ela estava disposta a enfrentá-lo. Ela firmou-se no lugar cruzando os braços para reforçar sua decisão.
Bill ergueu uma sombracelha.
- Entre no carro Kate! – ele tentou usar um tom calmo enquanto ela batia o salto no asfalto como uma criança mimada - ..A menos que você queira que eu te coloque a força!
- Você não ousaria...
Kate nem tinha terminado a frase quando sentiu seus pés fora do chão. Indignada ela tentou se livrar dele o socando no peito, mas foi completamente ignorada. Bill a carregou no colo até o banco do passageiro, a jogando como se fosse um saco de batatas. Bufando de raiva ela ouviu a porta ao seu lado sendo fechada e travada, forçou os joelhos contra a mesma numa tentativa frustrada de abri-la novamente.
Enquanto isso Bill se divertia ao ver a cena, a mulher autoconfiante e prepotente de minutos atrás, estava se comportando como uma criança mimada, não que ele não gostasse, afinal o vestido de dela estava proporcionando um espetáculo a parte, quanto mais a morena se mexia, mais o vestido evidenciava suas coxas grossas.
Kate só percebe o movimento do carro quando a alta velocidade fez com que seu corpo tombasse fortemente sobre o encosto do banco.
- Acho melhor colocar o sinto de segurança antes que se machuque – Bill gritou tentando superar o barulho do motor
- Me deixa sair! – Kate gritou dando socos no painel - Isso é um seqüestro!!
Manobrando o volante com apenas uma das mãos, Bill alcança os óculos escuros no porta-luvas
- Pára de ser melodramática – ele a criticou e ajustou os óculos.
- Melodramática? – Kate estava realmente furiosa, como ele ousa falar assim com ela? Nem mesmo seu pai a tratara assim – E como você pode ser tão atrevido?
Bill diminuiu a velocidade do carro para poder frear no semáforo e aproveitou para falar.
- Acho que eu já provei até onde minha ousada pode chegar. Você pode escolher entre me enfrentar e discutir até cansar, mesmo sabendo que não irá me vencer... Ou pode simplesmente fazer o que eu digo e preservar sua preciosa dignidade!
Antes que ela pudesse pensar em uma resposta a altura, Bill engatou a marcha e acelerou assim que o sinal permitiu. Kate quase pulou do banco.
- Já te avisei pra colocar o cinto! – ele repetiu, enquanto contornava a esquina para seguir outra rua. Estava tão nervoso que quase atropelou dois pedestres que atravessavam fora da faixa.
Kate apressou-se em colocar o cinto de segurança. A final, não queria se matar pra salvar o amor-próprio. Alguma hora ele teria que parar o carro, então ela iria aproveitar pra falar. Até lá, o melhor a fazer é ficar de boca fechada.
Mas esse plano durou apenas cinco minutos. Á medida que ele diminuía a velocidade do carro ao cruzar a Oranieburger Straße em direção à Krausnickstraße, a sua curiosidade feminina falou mais alto.
- Aonde exatamente estamos indo, se é que eu posso saber?
- Nossa ! Quanta educação! – Ele brincou com um sorriso divertido
- Não precisa ser sarcástico! – ela o fuzilou com o olhar – Eu tenho direito de saber onde você está me levando!
Bill contornou mais uma esquina, freou e engatou a marcha ré, retornando até estacionar enfrente a um prédio de seis andares, com um terraço estilo georgiano.
- Agendei um horário pra você – Bill checou o relógio – temos dez minutos – ele anunciou sorrindo como se aquilo explicasse tudo.
Os ombros de Bill pareciam bem mais largos do que Kate se lembrava, trajando uma regata preta, jeans e suas botas, Bill parecia casual, porém intimidador na visão dela. Kate olhou por cima do ombro dele e leu a placa da rua.
- O que estamos fazendo na Große Hamburger Straße?
Havia uma pequena placa de bronze na entrada com o nome de dois médicos gravados nela. Aquilo fazia sentido. Kate podia reconhecer o lugar, era a região onde se concentram as clinicas particulares de Berlin, ela já estivera aqui com Jully a acompanhando em seu pré natal. Mas por que ele a trouxe até aqui?
Bill tirou os óculos escuros os atirando no banco traseiro do carro.
- Me responda uma coisa! – ele pediu com a voz aborrecida – Quando você pretendia me contar sobre isso?
- Contar sobre o que? – Kate respondeu sem paciência, ela estava cada vez mais confusa devido ao olhar dele, parecia que ela tinha roubado as jóias da coroa e tinha sido pega em flagrante!
Bill direcionou o olhar pra a barriga de Kate. Ela cruzou os braços em atitude defensiva.
- Sobre o bebê, é claro!