Nussaa quantas leitoras Oo
Sejam bem vidas e que bom que você estão gostando õ/
Mais um capi aeeeee
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Capitulo 5
Bill engatou a segunda marcha indo na direção de Mitte. Ao mesmo tempo ele observou Kate com o canto dos olhos, que se mantinha silenciosa no banco do passageiro.
Kate ficou o últimos dez minutos olhando a paisagem passando através da janela. Ela não pronunciou mais que algumas palavras desde que saiu do consultório. Bill já estava ficando nervoso com silencio, era certo que não fazia tempo que se conheciam, mas uma noite foi o bastante para saber que Kate Oliver não era, nem de longe, uma mulher calma e passiva, pelo contrário ela era uma mulher explosiva. Ele se lembrou do primeiro – e único encontro –, que tiveram, Bill ficou fascinado com o jeito animado que ela falava, quase sem parar. É claro que ele teve que agüentar sua língua afiada quando, enfim ele revelou sua identidade. Bill sorri quando percebe que sente falta disso... Ele sente falta do modo agitado de Kate, e preferia ouvir suas criticas.
Eu preferiria até mesmo brigar com ela... – pensou ele franzindo o cenho -
Eu escolho qualquer coisa que não seja esse silencio insuportável.Sem querer acelerou mais.
Bill ultrapassou o limite de velocidade, mas não se importou. Eram cerca de três da tarde de uma sexta-feira com a previsão do tempo anunciando um Sol glorioso por todo o fim de semana, portanto, o centro de Mitte estaria quase que deserto.
Enquanto a paisagem tornava-se apenas borrões na janela por causa da velocidade, Bill contemplava a reação de Kate. Ele chegou a conclusão de que o silêncio dela fosse útil naquele momento, afinal ele precisava se concentrar na situação e tomar uma decisão quanto a ela, ao bebê e principalmente sobre a si próprio.
Bill ainda estava chocado com a irresponsabilidade de Kate. Ele nunca pensou na possibilidade de Kate NÃO ter percebido a gravidez.
Afinal de contas as mulheres não têm uma espécie de “sexto sentido” pra essas coisas?Pelo menos era isso que ele imaginava... Até conhecer Kate. Ela era uma exceção a regra e não fazia idéia do bebê.
Mas como ela não percebeu? Ela já está no quarto mês! – Bill pensou intrigado, automaticamente virando-se para observar a barriga da mulher séria ao seu lado, e chegou a conclusão de que, se ele não soubesse de tudo, com certeza não suspeitaria de gravidez alguma.
A barriga dela parece não ter aumentado de tamanho, não admira ela ter se recusado a acreditar.
- Onde estamos indo? – Kate perguntou interrompendo os devaneios de Bill
- Para o seu apartamento – respondeu ele sem a encarar enquanto ela o observava surpresa e desconfiada
- E você acaso ainda se lembra onde fica?
Bill apenas afirmou com a cabeça.
Ele recusava-se a encará-la e demonstrar o quanto sofrera nas ultimas 16 semanas com a distancia dos dois. A estonteante lembrança daqueles grandes olhos castanhos, os lábios e a pele sedosa mais macia do que aparentava ser.
Bill se lembrava tanto do endereço, como também de cada detalhe da noite em que fizeram amor. A brisa fresca batendo em seu rosto enquanto os dois riam ao rolar na grama úmida do parque, como se fossem duas crianças bobas indo a primeira vez em um lugar daqueles. Ele sorriu um pouco mais com a lembrança do esforço que Gustav estava tendo para aproximar os dois durante o jantar, enquanto Jully tentava afastá-los, Bill nunca entendeu a “antipatia” que a esposa do amigo nutria por ele, e ficou imaginando a cara que os dois iriam fazer quando soubessem de tudo. Talvez eles reagissem bem, talvez ele e Kate possam visitá-los como um casal levando o filho para brincar com os amiguinhos... Ou talvez eles reagissem como Tom...
Tom... – Bill reviu em flashs a cena que o irmão fez quando ele o contou suas suspeitas, e virando-se para Kate, a viu no mesmo modo, cabeça encostada no vidro, braços cruzados, suspiros e... Silêncio.
Definitivamente você estava errado Tom!... – fez uma curva fechada para a esquerda
Kate amorteceu o impacto com as mãos e, por pouco, evitou um possível hematoma no rosto ocasionado por uma colisão com o painel do veiculo.
- Desculpe – Bill disse seco e ela apenas voltou a sua posição anterior revirando os olhos.
Sem gritos, xingamentos ou resmungos? Definitivamente ela não está bem. – preocupou-se
De volta aos pensamentos, Bill ficou quase que a viajem toda imaginando sua vida com um filho, lembrou-se de Richard e Bruno, os filhos de Gustav, e de como ele adorava ficar com eles enquanto Gustav surtava nos ensaios com a bagunça dos pequenos. Ele se permitiu sorrir ao imaginar ele levando seu pequeno no estúdio lhe ensinando a mexer nas coisas.
E Kate ainda mantinha-se quieta.
O carro virou em uma esquina mais uma vez e Bill observou ma linda menininha de cabelos dourados, correndo de encontro ao pai que a esperava sorridente do outro lado do parque infantil.
Espere! Mas e se for uma menina? – questionou ele mentalmente – Minha mãe ia adorar ter uma menininha para enfeitar – ele quase gargalhou ao imaginar a cena.
Kate suspira alto ao seu lado o chamando novamente à realidade, a admirou pelo espelho retrovisor e desejou que sua menina herdasse a beleza da mãe.
O suspiro de Kate foi o único som que ela emitiu.
Bill continuou a encará-la, ela estava ali ao seu lado, e esperando um filho dele. O comportamento dela era diferente da explosiva habitual e ainda assim o atraia, ele queria envolve-la nos braços e dizer “vai ficar tudo bem”. E mais uma vez, sua mente o carrega de volta aquela noite.
As lembranças eram quase reais, dando-lhe a impressão de ter o calor do corpo dela sobre o seu. O aroma exalado das rosas ao redor que inundava o ar da noite, o sorriso cativante de Kate exibindo dentes perfeito, os braços dela estendidos no momento em que tentava agarrá-lo quando ele fingia uma fuga. Ele quase pode sentir o gosto do cappuccino que dividiram naquela noite, e sorriu ao lembrar-se da maneira como ela lambera a espuma do leite grudado em seus lábios.
O sorriso se desfez quando as imagens dos acontecimentos seguintes invadiram sua mente, como ele pode ser tão idiota?
Como pude fazer aquilo? Por que tive que me envolver?O braços frágeis de Kate entrelaçados em seu pescoço. Enquanto Bill a carregava no colo para dentro do modesto apartamento. O sabor dos lábios dela, no mesmo instante em que ele descia seu vestido, ainda nos limites do pequeno hall do prédio. Os suspiros de prazer absoluto quando Bill a levou ao clímax. E então, a musculatura apertada da intimidade feminina o levou a loucura... Sim. Ele com certeza se lembrava muito mais do que um simples endereço.
Kate voltou a olhar para a janela e murmurou:
- Preciso voltar para a editora. Agradeceria se você me deixasse lá.
- Estou pensando em te levar para Hamburg. Passaremos o seu apartamento apenas para que você pegue algumas coisas – Bill anunciou, sem nem ao menos importar-se com a resposta dela.
Kate sentiu a cabeça girar como se estivesse prestes a sofrer um ataque. Cruzou os braços respondendo indignada.
- Sabe de uma coisa Kaulitz? Não sou obrigada a fazer o que você quer, portanto, acho bom parar com esses planos agora mesmo!
- Diante das circunstâncias não seria melhor você me chamar pelo meu primeiro nome?
- Eu te chamo do jeito que eu quiser porco espinho! – ela o xingou ele sorriu, bem esta era uma reação, melhor isso que o silêncio.
Kate sabia que estava sendo mal educada, mas ela não queria chamá-lo de Bill. Esse era o nome que ela sussurrou entre gemidos naquela noite... Noite que ela desejava deletar da memória.
Bill ignorou a provocação dela, ele nem mesmo se deu ao trabalho de responder. Ele apenas se divertia enquanto ela fervilhava de raiva ao seu lado, a diversão acabou até Bill estacionar o carro em frente ao prédio onde Kate morava.
- Sei que está cansada e emocionalmente abalada – Bill disse no mesmo tom pausado que tanto irritava Kate – A descoberta da gravidez deve ter te mexido com você, e eu entendo isso.
Kate manteve-se calada enquanto o sangue fervia em suas veias. Se Bill estava pensando que isso estava a acalmando, ele estava muito enganado.
- Não vou te acusar de nada – Bill continuou – Mas temos muito o que conversar. E acho que a minha casa de campo é o melhor lugar pra isso.
Kate descruzou os braços os apoiando nas laterais do banco, endireitou o corpo como se estivesse pronta para a guerra.
- Será que você ainda não entendeu? Eu não quero ir a lugar algum com VOCÊ!
Bill soprou os fios da pequena franja que caiam na testa e com um profundo suspiro tirou as chaves da ignição.
- Sei disso.
Pela primeira vez Kate reparou nas olheiras dele. E, quando Bill olhou em sua direção, Kate percebeu o quão abatido ele aparentava estar. Será que Bill estava tão abalado quanto ela por causa do bebê ou esse rosto cansado era apenas resultado de uma noite de farra?
Como se Bill adivinhasse os pensamentos de Kate, ele declarou.
- Nos fizemos um filho e teremos que arcar com as conseqüências. E a sua hostilidade não vai ajudar em nada. Ok!
Maravilha! Justo quando pensei que ele poderia mudar... Olha a arrogância ai de novo. – Kate revirou os olhos com o pensamento. Parecia que Bill fazia questão mantê-la longe. Mas algo que ele disse fez ela se contorcer com um frio na espinha. O que ele quis dizer com “arcar com as conseqüências”?
Ele era rico e famoso. E já havia tomado a iniciativa de levá-la ao médico, e Kate havia percebido que ele havia marcado um novo horário com a ginecologista. Será que estaria planejando pressioná-la a concordar em fazer um aborto?
Kate poderia até entender que ele não quisesse o bebê, mas obrigá-la a abortar: Seria cruel de mais. Porém Bill estava certo de uma coisa: Ela estava abalada emocionalmente. E por esse motivo, e só por isso, ela não estava a fim de discutir agora, principalmente com um cara mimado e egocêntrico acostumado a ter tudo que quer.
A primeira coisa que Kate desejava ter era uma boa noite de sono para se recuperar, tanto fisica como emocionalmente falando. Talvez ir para a casa de campo com Bill fosse um boa oportunidade para ganhar tempo pra organizar suas idéias ao invés de discutir inutilmente.
Porém, havia algo que ela gostaria de deixar claro antes de acompanhá-lo.
- Para ser sincera, acho você egocêntrico, arrogante, mimado e prepotente – ela soltou ao fitar a janela do veiculo - Isso sem mencionar o fato de ser extremamente possessivo. Quem sabe se você parasse de me tratar como se eu fosse um ‘coisa’ sua, eu não teria razão para ser mal educada.
Bill ergueu um das sobrancelhas e Kate notou que ele não gostou nem um pouco da observação dela quanto ao seu caráter. Bill enrijeceu o queixo como se estivesse censurando o que gostaria de dizer.
De repente, Kate teve um flash de memória daquela noite. Bill havia feito essa mesma expressão quando tentava segurar o orgasmo enquanto deixava que ela explodisse de prazer antes dele. A reação que veio depois da lembrança a deixou surpresa.
Kate sentiu a musculatura das coxas relaxarem e os mamilos enrijecerem. E isso só poderia significar uma coisa...
Excitação.
Mas o que há de errado comigo? Como posso me excitar com.. ELE? Justo ele que pretede me obrigar a fazer um aborto... – pensou ela indignada consigo mesma –
Devo estar louca! É isso eu enlouqueci!- Tem alguma coisa errada? – Bill soou preocupado você está doente?
- Não. Estou bem – murmurou Kate, esforçando-se ao máximo para não demonstrar o pânico que a consumia internamente.
Bill a tocou nas bochechas com a ponta do indicador.
- Parece tão pálida! Ainda está tendo enjôos?
- Não! – ela negou e apressou-se para disfarçar o choque eletrizante que o toque dele lhe provocou. E para completar, o aroma do perfume dele continuava a lhe torturar.
Deve ser isso! – Kate deduziu de repente
A súbita excitação que sentira segundos atrás deveria ter sido por causa dos hormônios da gravidez. Kate lembrou-se que tinha lido em algum lugar que as mulheres grávidas reagem instintivamente quando sentem a essência usada pelo pai do filho. Algo a ver com os hormônios.
É com certeza são os hormônios – suspirou
Kate estava aliviada. Não estava atraída por Bill. O que ela acabou de sentir foi apenas uma reação química, nada mais.
- Minha mãe mantém um grupo de empregados na casa de campo – informou Bill – A casa tem cerca de 30 cômodos e um área de lazer enorme, será o lugar ideal para descansar com a privacidade que precisamos para discutir o assunto e tomar as providencias.
- Não estou com disposição para conversar esta noite – Kate respondeu tentando mudar de assunto, ela estava apavorada com a idéia do que ele estava querendo dizer com “tomar as providencias”.
- Entendo. Eu também não estou disposto, mas eu vou pra lá agora e gostaria que você fosse comigo. Porfavor.
Kate achava que passar o final de semana com ele não seria a decisão correta, porém, o olhar suplicante quando ele pediu ‘por favor’ a deixou em duvida. E tinha que admitir que não era só por isso. O jeito como ele pediu fez ela se sentir ter ganho uma batalha. Além do mais, Kate estava começando a sentir a exaustão dominar seu corpo e não teria a mínima vontade de começar outra discussão com ele.
- Esta bem. Eu vou com você. Mas só se for por apenas UMA noite.
Bill concordou gesticulando com a cabeça e saiu do carro. Após contornar o veiculo, ele abriu a porta do passageiro e a ajudou descer apoiando um cotovelo de Kate. Ela tentou ignorar essa gentileza. Kate seria uma idiota se deixasse enganar-se outra vez pelas gentilezas dele.
- Eu preferia que você me esperasse no carro – pediu Kate
A ultima coisa que ela queria naquele momento seria ficar a sós com ele, ainda mais no apartamento dela onde as memórias daquela noite ainda estavam frescas, tanto na mente dela como nas marcas dos móveis.
- Posso pedir ao porteiro que consiga um cartão de estacionamento, caso você não tenha um.
- Não se preocupe. Eu me viro com isso. Só não demore muito.
- Vou demorar o quanto eu precisar, Kaulitz.
Kate tentou segurar a forte vontade de dar meia volta e gritar a plenos pulmões o que ela sentia e acha de tudo aquilo. Respirando fundo por alguns instantes ela conseguiu enfim, percorrer os dois lances de escadas ate a porta do seu apartamento. Ela poderia ter ido de elevador mas ela precisava descarregar toda a energia que sentia, pisando firme e produzindo sons audíveis com os saltos sobre o piso lustroso, ela enfim alcança a porta.
Depois de socar algumas roupas e artigos de higiene em uma mochila, Kate se jogou na cama sentido a maciez do colchão de baixo de si, ela fitou o teto tentando organizar as lembranças dos recentes acontecimentos, uma lagrima escore pelo canto do olho e sem perceber ela caíra no choro que tanto forçou esconder durante todo o dia.
Kate não entendia o “porque” de tudo aquilo estar acontecendo com ela, justo ela que havia feito de tudo para conseguir ser alguém na vida, atingir seus objetivos... O que sua mãe diria se soubesse? O que seus amigos vão dizer, pensar dela?
Deus o que eu vou fazer com um bebê? – choramingou entre soluços
Ela ficou ali encolhida na cama por mais alguns minutos, mas Kate sabia que não podia ficar mais, uma hora ela teria que ir, teria que encará-lo. Mas ela não queria... Ela queria apenas chorar e revoltar-se com o mundo, se recusava a acreditar, não queria aquele filho... pelo menos não naquele momento, não com ELE! Kate ficava cada vez mais perdida em indagações e incertezas, situações e hipóteses vagavam em sua mente hora despertando horror, hora despertando sorrisos... Ela poderia não saber o que iria acontecer dali para frente mas de uma coisa ela estava decidida:
Não vou deixar a história se repetir, não mais... Não comigo – disse firme ao encarar o porta-retratos batendo a porta atrás de si.
Assim que pisou na calçada ela avistou Bill apoiado no conversível de pernas cruzadas, um das mãos enfiada no bolso enquanto a outra segurava um aparelho celular, tão casual... Tão irresistível. Kate sentiu um calor lhe subir dos pés a cabeça.Engoliu seco e prosseguiu decidida. À medida que se aproximava ela sentia-se atraída por aquele cara tão arrogante e ao mesmo tempo tão...
Ahh nem eu mesma sei o que sinto por ele – concluiu ela
- Estaremos ai por volta das oito da noite – Bill disse firme - Prepare a suíte conjugada. Até mais tarde sra Thompson – ele desligou o celular assim que o barulho dos altos de Kate anunciavam sua aproximação.
Por mais uma vez Kate se perguntou como ela pode ter aceitado ir com ele. Seu mundo, relativamente perfeito, havia desmoronado naquele dia, a noticia de que teria um filho a abalou e ela nem sabia mais se eram por causa da gravidez, remorso e culpa por não ter se prevenido ou raiva por ter se entregado a Bill Kaulitz
Ele nem se importa com o que eu sinto, nem deve ter percebido que chorei... Ele só quer ser obedecido, nada mais que isso. Prepotente e arrogante!!- E então pegou tudo? – perguntou ele.
Kate socou a mochila com força contra o peito dele abrindo a porta do passageiro, e antes de entrar respondeu:
- Vamos logo e acabar com essa palhaçada – ela sentou engatando o cinto de segurança enquanto Bill jogava a mochila no porta malas
- Pensei que nós tínhamos combinado dar uma trégua nas hostilidades – resmungou dando a partida
- Combinamos? Desculpe acho que esqueci – disse ela sarcástica
Bill apenas sorriu, por mais que tentasse ele não conseguia ficar zangado com ela por muito tempo. Para ele Kate ficava mais bonita quando sua pele ficava vermelha de fúria e a raiva transmitida por aqueles grandes olhos castanhos o deixavam cada vez mais excitado, o fazendo sorrir ainda mais.
- Você esta achando graça em que? Se divertiu com tudo o que aconteceu hoje? – ela rebateu com fúria.
Bill desfez o sorriso ficando sem graça. Ela estava certa. Não era hora para esse tipo de coisa, mas ele não conseguia se controlar.
- Me desculpe – ele ensaiou um novo sorriso – É que você fica tão linda quando esta zangada que eu... ér... bem eu não resisti. Eu percebi isso naquela noite e quer saber? Continuo achando – ele sorriu de canto
- Se isso for um elogio – ela respondeu amarga – Eu tenho pena da garota que ficar com você!
- Assim como você ficou? – ironizou ele ignorando o insulto.
- Uma transa rápida não significa um relacionamento – resmungou ela
- Pelo que eu me lembre não foi tão rápido assim – Bill arqueou uma das sobrancelhas enquanto a observava bufar pelo retrovisor. Definitivamente ele estava se divertindo.
Kate manteve o silencio enquanto ele freava o carro diante do farol vermelho. Bill aproveitou para apertar o botão que erguia a cobertura do conversível.
- Não quero falar sobre aquela noite – ela resolveu falar – Eu estou tentando apagar da minha memória
- Então acho que você teve tanto sorte quanto eu – disse ele revirando os olhos – Acho que nenhum dos dois irá esquecer aquela bendita noite, não é?
Kate suspirou profundamente se recostando no banco e o encarando rapidamente
- Mas isso não significa que temos que cometer o mesmo erro de novo – disse ela áspera
- Aquilo não foi um erro Kate. – disse ele falhando a voz - Nem pra mim nem pra você
- Fale por si mesmo, não ponha palavras na minha boa – resmungou ela
- Então vai me dizer que você prefere fingir orgasmos pro resto da vida? – ele provocou
Kate ficou chocada com o comentário estúpido dele. Ela havia contado seu maior segredo pra hoje ele jogar isso em sua cara, como ele teve coragem?
A vontade de socar aquele rosto fortemente maquiado crescia a cada segundo, conseqüentemente Kate se contorcia no banco com o incomodo, ela desejava com todas as forças poder apagar tudo, porém quanto mais ela tentava, mais nítidas as lembranças se tornavam.