Vocês já sabem o gênero que costumo escrever, então quem não gosta de kaulitzcest, por favor não leia.
Mas essa one shot é diferente das outras.
É darkfic, deathfic, drama, horror, tragédia
Mesmo assim, espero que leiam =)
Boa leitura!
O que está em itálico são as lembranças!
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7 anos : Promessa
- Tomi...- O mais novo gemeu baixinho, tampando os ouvidos a cada grito que seu pai ou sua mãe davam no primeiro andar.
- Shii, Bill.- O garoto loiro, igual ao outro, sussurrou, abraçando o irmão por trás.
- Eles estão brigando mais que da outra vez, Tomi.- Murmurou, tremendo e chorando ao ouvir algo quebrando.- Eles vão nos deixar. Eles vão ir embora...
- Não vão, Bill. É só mais uma briga boba, Você vai ver, amanhã mesmo eles já estão se dando bem.- Acreditando no que seu irmão falara, e porque isso realmente sempre acontecia, Bill parou de tremer, limpando a última lágrima que deixava seus olhos.
- Promete, Tomi? Promete que mesmo se eles forem embora, você vai sempre continuar comigo?- Como se fosse uma pergunta boba, Tom riu baixinho, concordando ao dar um leve aceno com a cabeça.
- Claro, Billy.- Beijou a testa do irmão mais novo, selando a promessa.- A gente vai estar junto, sempre.- Sussurrou novamente, percebendo que o barulho lá embaixo havia aumentado.- Vamos estar sempre juntos. Vamos morrer juntos, Billy. Promete?- O mais novo riu, do mesmo modo que o irmão tinha feito antes.
- Claro, Tomi. Sempre juntos, até na morte.- E Bill selou a promessa também com um beijinho na testa.
Nada mais importava.
Eles tinham um ao outro até mesmo quando meses depois seus pais se separaram.
Mas o mais difícil ainda estava por vir.
13 anos: Star Search
- Não foi dessa vez.- Mesmo um pouco decepcionado, Bill entrou no quarto do irmão com um sorriso no rosto.
- Hey, tudo bem. O que importa é que você arrasou cantando It’s raining men.- O menor sorriu, abrindo os braços e rapidamente recebendo seu irmão neles. Mesmo que Bill fosse mais alto, ele continuava sendo menor que o outro, o corpo.
- Tudo bem. O que importa é que eu divulguei a banda.- Deu um rápido beijo na bochecha do mais velho, fazendo-o rir abertamente.
- Você foi ótimo, Bill. Ótimo...- Bill sentiu-se nas nuvens. Não havia nada mais prazeroso do que receber elogios de seu gêmeo. Ele sabia que tudo que Tom dizia para ele, elogios, críticas, conselhos, não eram falsos.
Se Tom disse que ele foi bem, é porque realmente foi.
Não importa se ele ganhou, de verdade.
Seu prêmio maior estava por vir, a fama.
Mas lembre-se, essa história não tem um final feliz. Se quiser parar aqui, onde eles ainda são inocentes, felizes, esse é o momento.
15 anos: Começo de tudo.
Durch Den Monsun foi um sucesso. Em todas as rádios, em todos os canais e comerciais da TV alemã.
Era só uma questão de tempo, de pouco tempo, e seriam reconhecidos em todo o Mundo.
- TOMI.- Bill gritou, chamando desesperadamente seu irmão mais velho.
- O que foi, Bill?- O loiro de dreads perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Nosso clipe, Tomi, na TV! – O maior sentou na beirada da cama,
balançando as pernas freneticamente para frente e para trás, cantando com a música.
- Você já viu nosso clipe na TV umas centenas de vezes.- Tom revirou os olhos, deixando o violão cair em cima de sua cama, amarrotando um pouco as cobertas.- Não cansa, não?
- Não!- O moreno gritou feliz, rindo como se fosse uma criança de 7 anos que acabava de receber um belo presente, Bom, o reconhecimento era realmente um belo presente, não? Mas assim como seu riso veio, ele se foi rapidamente, dando lugar para uma face séria.
- O que foi, Billy?- Tom perguntou, sentando ao lado do irmão, confuso.- Hey, diz para mim.
- Tom...- Abaixou a cabeça, com vergonha de olhar dentro dos olhos do outro.- Sabe a Angélica?- Perguntou sem jeito, coçando o couro cabeludo, em sinal de nervosismo.
- Claro, ela é minha namorada.- Riu sem graça, estranhando a falta de contato do outro nesse momento.
- Ela é uma puta.- Bill finalmente o encarou, tremendo ao ver os olhos arregalados de seu irmão.
- Nunca mais fale...- Foi interrompido.
- Não é minha culpa! Ela é realmente, Tom. Ela sabe que está com você e mesmo assim ela se atirou para cima de mim, entende?- Balançou as mãos no ar, tentando de algum jeito fazer com que o nervosismo passasse, mas com o olhar ameaçador que Tom lhe mandava, estava ficando cada vez mais difícil.
- Você... você não ficou com ela, não é, Bill?- Tom levantou-se, ficando em frente ao irmão que continuava sentado. Agora sim que Bill sentia-se mais inferior do que antes.
- Eu...eu não! Ela me beijou!
- É A MESMA COISA, MERDA!- Tom socou a cama ao lado da perna do mais novo.- VOCÊ SABIA QUE EU ESTAVA GOSTANDO DELA, BILL!- E, antes mesmo que Bill percebe-se, ele estava segurando seu rosto pelo tapa que havia levado do mais velho.
- Tomi?- Murmurou, correndo rapidamente para a mesinha que ficava no canto do quarto, apoiando-se nela e acariciando sua face machucada. Ele sabia que iriam brigar, mas não estava pronto para isso. Ela não significava nada perto do que Bill sabia que ele significava para Tom.
- VOLTA AQUI!- Gritou, correndo até seu gêmeo, dando um soco em seu estômago. Bill caiu de joelhos no chão, protegendo sua barriga de mais algum chute. Ele não iria revidar, não dessa vez. Porque por mais que Angélica tivesse o beijado, Bill havia gostado. Nenhuma menina se interessou por ele, mesmo que fosse por apenas um simples beijo.
- Pára...- Gemeu baixinho, soluçando a cada chute que Tom dirigia em seu estômago e costelas. Ele estava deitado no chão, deixando que o outro lhe chutasse até cansar.
Vendo uma gota de sangue cair pelos lábios do moreno, Tom parou, arregalando os olhos.
- Tomi?- Murmurou, olhando diretamente o loiro que ainda estava de pé. Em apenas alguns segundos, Tom ajoelhou-se no chão, puxando os cabelos de Bill, fazendo-o ficar da mesma altura.
- Aí...- Já não havia mais forças para gritar. Gemeu baixinho ao sentir um puxão mais forte em seu cabelo, e a respiração de seu irmão batendo junto com a sua.
O inesperado aconteceu.
Os lábios de Tom se chocaram com os de Bill, e um beijo doído, forte, triste.
- Tom...pára...pára...- Bill tentou gritar ao sentir uma mão acariciar sua barriga por debaixo da camisa, tocando seus mamilos.- Pára...- Tentou recuar.
- CALA A BOCA!- Mordeu seu lábios inferior, fazendo-o sangrar mais. O beijo de Tom estava machucando não só seus lábios, mas seu coração, que estava começando a quebrar a cada toque mais ousado.
E naquele mesmo local, naquele chão frio e gelado do quarto que sempre compartilhou com o irmão, Bill foi estuprado da pior maneira possível.
E a pior dor não era no seu corpo.
E com o passar do tempo, Tom já nem lembrava sua raiva de Angélica.
Mas a obsessão pelo mais novo continuara.
18 anos: Sofrimento.
Hey, Bill! Como você está?
Bill sorriu verdadeiramente ao ler a mensagem que Andreas, a pessoa por quem era apaixonado, havia lhe mandado.
Estou bem. Estou com um pouco de dor, mas bem...
Respondeu, digitando rapidamente. Levantou cabeça do travesseiro, cuidando para ver se seu irmão poderia chegar a qualquer momento. Mesmo sabendo que deveria chegar só daqui a alguns minutos, Bill decidiu ser cuidadoso.
O que o canalha do seu irmão fez para você dessa vez, Bill?
Andreas era o único que sabia do assédio sexual que Bill sofria por parte de seu irmão mais velho, desde os 15 anos.
É só que... ele normalmente espera mais de duas semanas, sabe? Para ter relações...
- Bill?- Bill tremeu ao ouvir seu nome ser pronunciado por aquela voz que tanto conhecia.- Não finja que está dormindo, merda!.- Gemeu ao sentir seu cabelo ser puxado com força, deixando o travesseiro.
- Sentiu minha falta, bebê?- Tom mordeu seu pescoço, deliciando-se com o gosto adocicado que seu gêmeo possuía.- DIGA QUE SENTIU MINHA FALTA!
- SENTI SUA FALTA.- Gritou de volta, recebendo um gemido feliz do mais velho.
- Isso...É a minha falta que você sente, entendeu, Bill? E não daquele filhinho de papai chamado Andreas! Você vai aprender apenas a me amar, Bill!- Jogou o irmão com força na cama, fazendo-o gemer de desconforto.
- Sabe, Billy...- Murmurou, retirando a calça de pijama que o mais novo usava, mostrando as nádegas avermelhadas dos tapas do dia anterior.-... Não importa quantas vezes eu faça amor com você...- Bill quase riu ironicamente da palavra “amor”, apenas não riu pois sabia o que viria se o fizesse.-... Você sempre continua tão apertado.- Tom gemeu prazerosamente ao enfiar o dedo indicador na entrada rosada do irmão.
Bill tremeu, em um pedido mudo para que Tom parasse. Mas sabia que não iria funcionar.
E mais uma lágrima dolorosa deixou sua face, caindo rapidamente nos lençóis sujos, enquanto Tom o penetrava sem muito cuidado.
Ele só queria seu irmão mais velho de volta, seu protetor.
Bill, você sabe que eu te amo, e quero te ajudar, meu amor.
Bill leu a mensagem de volta, sorrindo para si mesmo. Andreas o amava e ele podia retribuir. Mas desde que Tom o pegou falando com ele uns dias atrás, ele teve que começar a mandar as mensagens escondidas de Tom.
Bill arregalou os olhos ao ouvir passos em direção ao quarto, e, em um rápido movimento, mandou uma última mensagem.
Eu te amo, Andreas. Só você...
E desligou o celular, com medo de que Andreas poderia lhe enviar mais alguma coisa.
Fingindo estar dormindo, Bill suspirou aliviado ao ver Tom entrar no quarto e cair direto em sua cama, soltando um longo gemido.
- Boa noite, vadia.- Tom murmurou, sorrindo. Bill fechou os olhos com força, impedindo que algumas lágrimas caíssem.
Ele não iria mais chorar.
Iria apenas acabar com tudo.
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- Onde pensa que vai, Bill?- Tom perguntou sinicamente, achando que havia pegado o irmão no flagra.
Bill tremeu um pouco, aproximando-se mais de seu carro. Ele sabia que seria seguido pelo loiro, e era isso que queria.
- Acha que eu vou deixar você sair sem me dizer onde vai? Hein? Vai encontrar aquela bichinha do Andreas?- Tom sentiu o sangue ferver só pelo pensamento. Bill era seu, só seu.- Eu te amo, porra. – Tom gritou e Bill riu.
- Ama? Eu deixei de acreditar em você nos últimos quatro anos, Tom.- Bill abriu o porta mala e retirou um objeto escuro, algo que Tom não conseguiu ver direito o que era pelo fato da garagem estar mal iluminada.- Você só me fez sofrer.
- Sofrer? EU TE AMEI, DE TODAS AS MANEIRAS.
Bill riu novamente.
- Você me estuprou...- Murmurou, sabendo que mesmo assim o outro ouviria.
Tom arregalou os olhos, mostrando o brilho doentio que Bill tanto conhecia.
- Como ousa, sua puta?- Tom deu um passo à frente.- Eu vou te ensinar a respeitar os mais velhos.
- Nem mais um passo.- Rapidamente, Bill apontou o objeto escuro para a face de Tom, mostrando que era uma arma. Tobi sempre carregava uma , e, em uma momento de seu descuido, Bill havia roubado, colocando-a no porta mala de seu carro.
- Eu te amei tanto, Tomi...- Bill segurou a vontade de chorar, soltando um gemido doloroso.- Tanto...Por que, Tom? POR QUÊ?- Ele precisava desesperadamente de uma explicação.
- Porque você, Bill. Só meu.- Tom sorriu feliz. Sua face era a de um homem louco, obcecado.
- Eu era seu, Tomi...- E com isso, ele apertou o gatilho, não conseguindo conter as lágrimas ao ver o corpo caído e sem vida de Tom. Os olhos arregalados do loiro mostram como ele morreu de uma forma inesperada, já que realmente acreditava que Bill não teria coragem de atirar.
- Vamos estar sempre juntos. Vamos morrer juntos, Billy. Promete?- O mais novo riu, do mesmo modo que o irmão tinha feito antes.
- Claro, Tomi. Sempre juntos, até na morte.- E Bill selou a promessa também com um beijinho na testa.
- Sempre juntos, seu doente maldito.- Apontou a arma para a própria cabeça e atirou. Mais um corpo havia caído ao chão, só que diferente do outro, este havia caído com um pequeno sorriso nos lábios.
Um sorriso de liberdade.
Misteriosamente, as mãos se tocavam.
Era a morte de um desejo doentio.
FIM
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Sáb Ago 07, 2010 8:53 pm
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