Hey, essa é minha primeira songfic
Mas já vou logo avisando: é de tema shounen-ai e tambem é uma death-fic (entao já dá pra saber o que rola no final...)
Se nao gostam de nenhum desses dois generos ou se sentem ofendids, nao leiam
Mas para as quem lerem:
Gostaria de saber a opiniao de voces
ps: fica melhor ledo ouvindo a musica XP
*Attention*
Um rapaz corria pelas ruas chuvosas...
Um rapaz magro, cabelos pretos e vestido completamente de couro e metais. Ele cai no chao borrando a maquiagem, ela escorre pelo seu rosto se misturando com a chuva e com as lagrimas que rolavam...
Ele se levanta e volta a correr, corria nao se sabia para onde, para qualquer lugar, para nenhum lugar...
Desde que ficasse longe o suficiente do seu outro ele, da sua metade...
Uma metade que nao se improtava com o que ele sentia, como ele se sentia em relaçao a ela... Tom, ele nunca entendeu que Bill realmente o amava, mesmo depois de tudo que passaram... tantas vezes que Bill se declarou em palavras propriamente, com gestos, em musicas e Tom nunca ligou...
E mesmo tentando, morrendo para isso, Tom nunca deixou que Bill o conhecesse por inteiro, sempre criando uma barreira que Bill se chocava e sangrava cada vez que tentava transpassa-la...
Eu estou tentando te dizer
Eu tentando te conhecer
Eu morrendo para te mostrar
Lutando para te ter
Por que? Como Tom poderia ser tao insensivel? Como nao poderia encarar aquele sentimento como real?
Como nao poderia aceitar que Bill realmente o amava?
Ele brincava com seus sentimentos como se fossem de lama, seduzindo-o e jogando-o aos lobos logo em seguida...
Era uma tortura para Bill, sendo puxado e lançado como se fosse um brinquedo, como se nao passasse de uma brincadeira para Tom e seus sentimentos uma coisa descartavel, imprestavel... mas se essa era a unica forma de ter esse amor de Tom, mesmo sabendo que provavelmente nao passava de mais uma de suas mentiras de consolo, Bill aceitava isso de todo coraçao. Se esse era a unica maneira de sentir o seu toque, ele aceitaria quantas vezes fosse necessario essa dor, esse amor...
Tao logo quanto voce me toma
Voce vai e me joga
É legal quando voce me queima
Eu amo o modo como voce me machuca
Bill iria lutar por esse amor, lutaria ou morreria tentando... Tom, um dia ele seria só dele. Um dia eles seriam apenas um do outro...
E ate quando essa oportunidade existir, e mesmo que deixe de existir, Bill iria batalhar por ela. Ele nunca abandonaria Tom e nunca permitiria que Tom o abandonasse... sua vida, seu vicio... seu delicioso e amargo vicio...
Oh nao
Eu nunca te deixarei ir
Oh nao
Eu odeio precisar tanto de voce
Ele dobra ruas, se perdendo naquele labirinto que era sua cidade natal. Suas roupas tao pesadas pela chuva que era dificil se movimentar, mas ainda assim ele nao parava...
Lutaria ou morreria tentando...
Ele lutou, ele batalhou, ele se feriu, ele sangrou e por fim se rendeu.
Tom era um ser horrivel, era um ser maravilhoso. Conseguia transmitir amor e ao mesmo indiferença com ele. Era como se estivesse lá e ao mesmo tepo nao estivesse. Seus abraços frios, sua voz gelida, sua mente em outro lugar enquanto seu corpo estava agarrado ao de Bill...
Ele nao estava lá, nunca estava. Suas frases, seus gestos...tudo morto. Tudo estava morto, nada lá realmente era o que parecia...
Por mais que Tom gritasse "Bill, te amo", o que nunca aconteceu, Bill poderia enchergar sua alma pedindo para ele ir embora, se afastar
Nao é o que voce diz,
mas como voce diz
Nao é o que voce faz mas como voce faz
Bill estava cansado, estava cansado de sofrer...
Todos esses anos, todo esse tempo se guardando para Tom. Na esperança de que um dia Tom pudesse ver que aquele amor era verdadeiro... mas nao. Isso nunca aconteceu e provavelmente nunca acontecera...
E se a unica soluçao para todo esse sofrimento era ficar longe de Tom, mesmo que fosse na outra vida, ele faria de tudo para conseguir... Viver sozinho a viver aquele falso amor... aquela tortura de carinhos... vazio, tudo vazio.
Doente
e cançado de precisar de seu afeto
Eu prefiro ficar sozinho
Do que viver sem sua atençao...
Correr, o que lhe restava era correr. Ele podia ouvir o rio perto, o rio estava furioso... ou sera que tambem estava triste? Triste por ele ou por si mesmo? Talvez o ceu fosse como Tom e o rio, o mar como ele proprio... O ceu sabendo o quanto o mar, os rios lutavam para acançar-lhes em forma de nuvens e sempre jogava os fora em forma de chuva... desprezando todo o esforço de alcançar as alturas pelo outro...
Ceu cruel, Tom cruel...
Todas as tatuagens do seu corpo ardiam, cada uma delas representavam parte de Tom... seu amor, sua vida, sua historia...
Sua uniao. Estrela da sua vida. Sua liberdade. Sua origem... tudo nele transpirava Tom, ele queria arrancar aquelas tatuagens agora... elas queimavam, como se fossem lepra, como se degradassem seu corpo ao nada...
Tom o fez sofrer na ponta da agulha, o fez sangrar naquela simbologia de amor e afeto que nunca foram correspondidos...
Eu marquei seu doce nome
Certeiro na minha pele
Voce me deixou sangrando
Mas eu nao consigo desistir
Por muito tempo ele continuou incesante, esperando, como uma criança, uma criança tola...
Ele esperou pelo amor de Tom que nunca vinha, nunca veio e nunca virá...
E agora ele tinha cada celula do seu corpo gritando "É o Fim!"
O que ele queria agora era sua vida, sua alma de volta. Se Tom nao a queria, se ele nao queria esse amor, que devolvesse os anos de dedicaçao, o tempo de convivencia, cada palavra dita e desprezada, cada gesto inutil, cada lagrima rolada.
Ele corre para onde a agua o chama, o rio... o rio corre para o mar, e Bill corria para ele mesmo.
O rio o chamava, o rio revolto, se chocando contra a encosta dizia que o entendia...
Bill corria para lá, um semelhante seu. Se o Tom e o ceu nao os queriam, que eles se afogassem na magoa um do outro...
Devolva meu coraçao
Que seu corpo rejeitou
Em plena dor, mesmo nao querendo, a dor o cercava, o envolvia. Abraçando-o como uma mae cruel, uma iron maiden, abraçando
suas vitimas em seus corpos espinhosos. Suas vitimas sabiam que sofreriam amargamente com esse abraço mas nao tinham como fugir, esse era seu destino, sua sina. Entao os filhos e os condenados corriam para a cruel dama de doce voz esperando pelo ultimo abraço, o abraço de suas vidas, suas mortes...
Se afogando em sua propria magoa, em seu proprio sangue... sua ultima visao, o doce rosto da megera...
Ninguem poderia ver o que eles veriam, para isso tambem teriam que se deixar levar pelas damas. A mae cruel, que sorri enquanto lhe espanca, lhe mata. Mae cruel... louca...
A dama de ferro, a ultima risada ouvida seria a da porta rangendo enquanto se fecha e a dor lhe atravessando. Era como se fosse uma musica, voce nao sente nada, voce sente tudo, voce encherga tudo vermelho ate perceber que é o seu sangue que voce
respira...Parado na dor enquanto corria. A dor, tudo a sua volta, nao havia como escapar dela...
Eu estou parado na dor
Que esta me sufocando
Isso nao é mais que o meu proprio sangue
Voce nao consegue ver
Nao havia como escapar da dor...
Ele ouvia passos atras de si, passos distantes. Um grito no escuro era engolhido pela noite, se afogando na chuva que caia sem parar... ele nao entendia nada, nao queria entender...
Ele nao parou ate chegar ao rio. Admirando a beleza das aguas furiosas que tentavam inutilmente ferir a terra...
A ponte balançava de um lado para o outro, parecia que iria ceder a qualquer minuto, era apenas um jogo de paciencia... ele caminha ate o meio da ponte sentindo o balanço, a queda de braços entre a natureza e o homem...
Por tanto tempo... agora essa era sua rendençao. Ele se veria livre de tudo, livre da dor, livre do amor, livre de Tom. Seu gemeo, sua metade...
Por tanto tempo esperando, ansioso, tolo... O amor nunca veio, nunca viria. Por que esperar?
Sem atençao nao lhe restava nada. Uma vida de dedicaçao agora estava na sua frente, nao lhe restou nada, aquele tempo todo nao lhe valeu de nada...
Nada mais nessa vida tinha sentido, talvez na proxima ele tivesse uma chance melhor... na proxima...
Talvez na proxima ele encontrasse alguem que realmente o amasse, que aceitasse seus sentimentos e lhe desse atençao.
Atençao, tudo o que ele pediu foi atençao e mesmo isso lhe foi negado.
Ele caminha ate a borda da ponte passando pela grade de proteçao e se apoiando nos cabos de ferro.
Sim, quem sabe na proxima vida...
Voce nao consegue ver
Que eu estou faminto pelo seu amor
E eu preciso de atençao
Ou irei morrer
- BILL!
Bill agora ouviu, seu nome, aquela voz. Pela primeira vez aquela voz realmente demonstrou algum sentimento ao falar seu nome mas...
- POR FAVOR BILL, NAO PULE!!! - Tom esticava a mao numa tentativa inutil de lhe alcançar já que ainda estava muito longe...
- Sinto muito Tom... nao é essa a musica! - seu ultimo lamento é levado pelo vento. Tom ouvi e chora, mas nao havia como reverter a situaçao.
Bill já havia pulado, mergulhado com um sorriso nos labios indo se unir ao seu semelhante.
O rio corre para o mar, o mar corre para o ceu e o ceu o rejeita. Bill corria para Tom, mas Tom o despresava. Agora Bill corria para ele mesmo.
Se o Tom e o ceu os ignoram e nao ligam para os seus sentimentos, que Bill e o rio se afoguem na magoa um do outro.
#FIM#
Sim, eu sou uma pessoa um tanto quanto depressiva por natureza -_-"
Entao nao deu pra evitar com essa letra
Mas entao... gostaram? Odiaram?
Gostaria de ler suas opinioes
Ate uma proxima o/