one-shot "O DIA QUE GUSTAV SCHÄFER ME TELEFONOU"

O DIA QUE GUSTAVA SHÄFER ME TELEFONOU


Naquele dia eu só queria ver televisão e dormir, tinha acabado de levar um pé na bunda.
Botei meu DVD dos Tokio Hotel, fiquei embaixo das cobertas afogando minhas magoas em pipoca. Só que a merda do telefone resolveu tocar, deixei tocar umas 10 vezes, não estava nem um pouco afim de sair dali, só que a pessoa estava realmente afim de falar comigo.
-Alô? – eu disse grossa, a pessoa do outro lado nem perguntou quem era, desandou a falar:
-Bill, sai desse estúdio e vai pra casa logo, porque a Érica ta desesperada, o lagarto de vocês ta morrendo, e se ela me ligar mas uma vez eu juro que eu mesmo termino de matar o bicho, ela disse que o teu celular ta desligada e ela não tem o número ai do estúdio.
-ãn? –eu disse confusa.
-ãn oquê Bill? Vai pra casa. O disco já está ótimo.
-Filho, não é o Bill. Mas que Bill seria? Bill Kaulitz do Tokio hotel? –eu saberia que a resposta seria não, mas de qualquer forma não custa perguntar.
-Opa, desculpa número errado.
-Mas que Bill é? E eu estou reconhecendo a sua voz! GUSTAV? – seria ele mesmo? Meu deus.
-Já vi que vou ter que trocar meu número denovo. Inferno.
-Então você é Gustav shäfer? MORRI.
-Não morra, não quero ser processado.
-Tudo bem não irei morrer. Prometo. E não precisa trocar o número do telefone, não tenho identificador de chamada, bem que você podia ter ligado pro meu celular né.-ele riu.
- Verdade, tentarei errar o número do Tom da próxima vez, quem sabe assim dá no seu celular.- ele disse rindo- Qual seu nome?
-Débora, infelizmente, não que eu não goste do meu nome é que eu estou me sentindo um lixo.
-Se não for atrevido da minha parte, por quê?
-Levei um pé na bunda.
-Te entendo perfeitamente, mas você fez alguma coisa, ou foi do nada?
-Foi do nada, nós estávamos super bem ontem, hoje ele me vem com essa conversa de que não sente nada muito forte por mim...
-Pode ter certeza que tem outra pessoa na jogada débi, é posso te chamar assim não é?
-Pode, pode ele me chamava assim – então eu cai no choro.
-Você esta chorando?
-Não, não estou.
-Claro que está, não chora, olha só daqui a pouco vai aparecer um homem que realmente vai te amar.
-Claro, daqui a pouco ele cai do céu. - Eu disse irônica.
-Não perca as esperanças, e eu que tô na seca a uns séculos?- ele riu.
-Mas você pode namorar quem você quiser, o que mas tem são garotas que venderiam até a mãe pra te ter.
-Não quero uma dessas, quero uma garota que eu tenha que lutar pra conquistar. Ok, não lutar literalmente, lutar no sentido de ter...
-Eu já entendi.
-Obrigada. Então mas calma, acho que você devia relaxar, e conversar com alguém que te entenda como alguma amiga...
-Minhas amigas moram no Brasil. Não tenho amigos aqui ainda.
-Você é brasileira?
-Sim, sim. Não tenho amigos aqui.
-Sou seu amigo. Aonde você mora?
-Nossa amiga do Gustav não é pra qualquer um. –falei meu endereço brincando.
Desliguei o telefone muito confusa. Mano, Gustav Schäfer no telefone comigo. Bizarro. Deitei na cama novamente, dessa vez pra tentar dormir, a merda do telefone tocou denovo. Levantei realmente brava da cama.
-Oquê quer?- bem grossa.
-Acho que estou no hall de entrada do seu prédio.
-Gustav? Você ta brincando né?
-Não, em que andar tu mora?
-8.- a única coisa que eu podia dizer no momento.
Abri a porta do meu apartamento, esperando ele sair no corredor. Foi surpreendende, ele saiu de olhos fechados, e foi direto fazer oquê? Sim, me beijar você acertou.
-Pra provar que o amor é cego, ele disse.
-Você não disse que queria lutar?
-E lutei, qual seria a chance de eu acertar o seu número?–nós dois rimos.
-E o lagarto do Bill?
-Merda, esqueci. A Érica deve estar tendo ataques agora
Ele me beijou novamente.