Freunde Bleiben

Nome: Freunde Bleiben (Permanecer amigos)
Autora: Thaís Carvalho
Classificação: PG+16
Gênero: Romance/Drama/Comédia
Beta-Reader: eu e o Microsoft Word ;D
Nº de capítulos: Não definido
Terminada ou não: Não terminada
Sinopse: Thaís é uma garota brasileira, que mora na Alemanha com sua mãe, numa bela casa em Berlim. Dois novos alunos entram na sua escola, e viram seu mundo de cabeça para baixo. Ela acaba se apaixonando por um deles, mas ficar juntos não vai ser tão simples, já que ela não vai ser a única a lutar por esse garoto. Talvez eles devessem permanecer amigos. Ou, quem sabe, eles pudessem ter uma chance juntos...
Observações: alguns capítulos serão narrados em 1ª pessoa (o personagem contando a história de seu ponto de vista), e outros serão narrados em 3ª pessoa (o narrador conta a história). Quando houver, por exemplo, [Tom’s Point of View] no início do capítulo, significa que é o ponto de vista do personagem Tom, e para encerrar o ponto de vista desse personagem, aparecerá [/Tom’s Point of View], ou somente quando o capítulo acabar subentende-se que a narração do personagem também acabou. Se for o caso de continuar com o mesmo personagem narrando, eu colocarei novamente quem é que narra. Se não houver nenhuma observação no início do capítulo, significa que será narrado em 3ª pessoa.

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Com uns três comentários acho que já dá pra postar o primeiro capítulo, né? *-*

Como assim não postou ainda?
Pooosta claro!!!
ansiosissima pra ler, e tu sabe disso!!! ;DD
POOOOSTA LOGO AMOOORE \o/

Não consegui resistir, postei com dois comentários só
DOIASOIDHSHOADSHOSADOHID

Espero que gostem do primeiro capítulo *-*

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Capítulo 1

-Bill, vai logo, vamos nos atrasar! – Tom gritou, com sua mochila no ombro, já em frente de casa.
-Já estou aqui! – Bill chegou correndo, ofegante, jogando sua mochila nas costas – Estamos muito atrasados?
-20 minutos – o irmão respondeu, olhando o relógio com uma expressão preocupada – Mas se nos apressarmos chegamos antes do sinal bater.
-Ok! Só espero que a gente não perca a primeira aula, no primeiro dia de aula na escola nova. Isso não seria muito bom pra nossa primeira impressão – o outro disse, e ambos deram risada.

Andaram durante 15 minutos, até avistarem a grande construção de sua escola, que ocupava praticamente um quarteirão inteiro. As cores predominantes eram vermelhas e azuis, e havia um grande prédio central, que parecia ter 4 andares. Os dois irmãos atravessaram o portão de entrada de alunos, e presumiram que bem estavam atrasados por haver uma quantidade mínima de outros estudantes no local. Agradeceram mentalmente por terem sido orientados sobre os locais que deveriam ir quando foram fazer suas matrículas.
Foram até o andar onde ficavam as salas de aula do segundo ano, e ambos observaram suas turmas. Bill ficaria na sala 218 e Tom na sala 220. Ambas as portas estavam fechadas, e os professores já falavam animadamente, enquanto os alunos da turma conversavam entre si, ignorando completamente o tutor em frente. Haviam chegado atrasados e estavam perdendo a primeira aula. Ótimo.

-Perdemos a primeira aula – Bill falou derrotado, soltando um longo suspiro
-O que a gente faz agora? Esperamos aqui? – Tom perguntou confuso, mexendo com o dedo indicador em um de seus dreadlocks.
-Acho que sim, eu não tenho a mínima idéia. Mas hey! Tem uma garota vindo ali! Podemos perguntar pra ela – Bill apontou discretamente para uma menina que andava apressada na direção deles dois.

Ela era de estatura mediana, longos cabelos negros levemente ondulados, pele branca e um pouco magra. Usava uma calça jeans preta justa, uma blusa cinza (não se podia ver qual o desenho ou algo do tipo, já que ela usava um casaco listrado por cima) e um “Nike retro” rosa e branco. À medida que ela se aproximava, eles puderam observar que ela possuía olhos extremamente verdes (que ficavam ainda mais destacados devido à forte maquiagem preta) e mexas loiras no cabelo. Também tinha um piercing de argolinha no nariz. Ela parou ao lado dos dois, resmungando algo inaudível, e soltando um suspiro demorado. Os dois se olharam assustados. A garota finalmente pareceu notar a presença dos dois alunos estranhos no local, virando-se para eles rapidamente.

-Hey, vocês! – ela deu um largo sorriso – Prazer, eu sou a Thaís.
-Eu sou o Bill e esse é meu irmão, Tom – Bill cumprimentou a garota com um aceno discreto de mão
-Perderam a primeira aula também? – ela perguntou fazendo uma careta
-Sim! Mas não temos a mínima idéia do que fazer – Tom explicou, dando de ombros
-É só esperar essa aula acabar e nós entramos. Esse deve ser o único colégio da Alemanha que não tem salas ambientes, então fica mais fácil – Thaís disse dando uma risadinha – Vocês dois são da mesma sala?
-Não, eu sou da sala 218 e o Tom é da 220 – Bill falou consultando um pequeno papel com as informações necessárias para o primeiro dia de aula
-Seremos colegas então, Bill – a garota disse sorrindo – Tom, você vai ficar na sala da minha melhor amiga, depois eu te apresento ela – ela deu uma piscadela amigável para o garoto no final.
-Ok – ambos concordaram, balançando a cabeça afirmativamente.
-Pelo visto são novos aqui, certo? – ela perguntou levantando a sobrancelha
-Aham – Tom confirmou com um leve aceno de cabeça
-Bom. Há três coisas que vocês devem saber pra se saírem bem aqui neste colégio... – ela começou a dizer, enumerando nos dedos – Primeiro: NUNCA arranjem confusão com os populares, ou vocês serão crucificados pelo resto dos seus dias aqui no colégio; Segundo: não confiem de maneira ALGUMA em Ashley Schultz; E Terceiro: vocês definitivamente devem andar comigo e com meus amigos! – ela terminou de enumerar e deu um sorriso.
-Obrigada pelas dicas, Thaís! – Tom agradeceu, dando um sorriso
-Seria um prazer andar com você e seus amigos – Bill falou simpático
-Deixa-me comunicar a Amanda sobre vocês – Thaís disse enquanto pegava seu Sidekick. Mandou rapidamente a mensagem: “Te vejo no telhado, gente nova pra apresentar” para o número da amiga – Garotos, agora vocês vão ter o privilégio de conhecer nossa área VIP do colégio – a menina comentou enquanto andava, fazendo sinal para que eles a seguissem. Eles se entreolharam, confusos, mas seguiram-na.

Thaís andou mais um pouco, até uma escada. Olhou, desconfiada para os lados, e após assegurar-se de que não havia ninguém no corredor, subiu os degraus com agilidade, e os garotos apressaram-se também. Ela removeu uma corrente em que havia uma placa onde se podia ler “Não atravesse. Área proibida para alunos”. Obviamente que a garota não seguia as regras do colégio. Subiram mais três degraus e pode-se ver uma grande porta de vidro. Thaís tirou de sua mochila uma chave, abrindo o cadeado que trancava a tal porta, abrindo-a com cuidado e indicando para que os garotos passassem para o lado de fora. Ela os seguiu e fechou a porta rapidamente.
Os dois irmãos se olharam surpresos, ao ver que ali era um grande terraço, extremamente espaçoso e com uma bela vista da cidade. Afinal, o prédio daquela enorme escola possuía 4 andares. Daquele ângulo era possível ver vários prédios, casas, fábricas, lojas e tipos variados de construções, formando uma bela paisagem. Não era muito alto, mas com certeza tinha uma visão privilegiada. Agora eles entendiam o porquê “Área VIP do colégio”.

-Aqui é demais! Como vocês descobriram esse lugar? – Bill perguntou impressionado
-Sabe, eu tenho um sensor, um tipo de atração por coisas perigosas, proibidas e tudo mais. Quando eu estava à procura de algum lugar para matar aula de Educação Física, achei esse lugar por acaso – Thaís explicou, fazendo um som engraçado com a boca no fim da frase
-Ah, então você é matadora de aulas, atraída por perigo, chega atrasada e má influência... – Bill começou a falar, fazendo uma careta – Gostei de você – ele finalizou, fazendo seu irmão e a garota rirem
-Nós nunca fomos exemplos de bons alunos também – Tom confessou, dando de ombros – Só não pensamos que nesse colégio, que todos tanto falam, iriam ter alunos como nós.
-Realmente, vocês não têm noção do que acontece aqui nessa escola... Tudo e um pouco mais! – ela disse, sentando no chão. Assim que se acomodou, e os garotos estavam se preparando para sentar, os três ouviram um barulho, e uma garota apareceu no campo de visão do grupo. Era da mesma altura de Thaís, porém era mais magra e seus cabelos eram mais longos. Seus olhos eram azuis e seu cabelo castanho claro. Usava uma calça jeans clara bem justa, camiseta branca com alguns desenhos em preto e um tênis Addidas branco e preto. Usava sombra rosa forte e blush somente.

-Hey! – ela acenou, dando um sorriso, indo até eles
-Amanda, esses são Bill e Tom, e garotos, essa é a Amanda! – Thaís falou, apontando para cada um, respectivamente. Eles se cumprimentaram rapidamente, e a garota virou-se em direção à amiga, colocando as mãos na cintura, fazendo uma cara de brava
-Sua idiota, eu não acredito que você matou a primeira aula do ano! – Amanda disse, mantendo a expressão de brava
-Eu não matei, eu cheguei atrasada mesmo! Mas eu os encontrei, e os apresentei nossa área VIP! – Thaís se explicou, rolando os olhos impacientemente
-Você é uma péssima influência! – a garota falou, soltando um suspiro cansado – Você tem um cigarro?
-Depois eu que sou uma péssima influência! – Thaís disse perplexa
-Gente, eu tava brincando! – Amanda falou arqueando a sobrancelha – Alguém tem chiclete?
-Eu tenho cigarro e chiclete – Tom falou dando risada, levantando o dedo
-Oh, então eles já eram garotos maus antes de te conhecerem? – Amanda riu, sentando-se ao lado da amiga
-Parece que sim. O Bill me contou que ele já matou dois caras, foi preso por tráfico de drogas e é procurado pela polícia em Hamburgo – Thaís falou séria, fazendo uma cara surpresa – Por isso eles vieram estudar em Berlim.
-Exatamente – Bill disse dando risada
-Obrigada, Tom – Amanda agradeceu, assim que o garoto lhe entregou um chiclete
-Hey, vocês são irmãos ou algo do tipo? Eu estou reparando que vocês têm a boca e o nariz idênticos! – Thaís perguntou, os observando atentamente. Eles se olharam e riram.
-Somos gêmeos idênticos, na verdade – Tom disse apontando para ele e Bill várias vezes seguidas – Mas eu sou 10 minutos mais velho!

Assim que o garoto terminou de falar, as garotas sequer tiveram tempo de ficarem surpresas, pois o segundo sinal bateu, indicando que a segunda aula começaria.

-Vamos indo! – Amanda disse, chamando todos, que passaram à sua frente. Ela trancou a porta, e na passagem para o andar de baixo, colocou a corrente com a plaquinha no mesmo local. O grupinho desceu disfarçadamente, como se nada tivesse acontecido, e começaram a conversar calmamente, enquanto iam em direção às suas respectivas salas de aula.

Uma garota ruiva de blusa rosa berrante e uma saia que possuía um palmo (no máximo), passou por eles, dando uma olhada nada discreta em Bill, que a olhou com uma expressão de nojo e perplexidade. A garota pareceu não reparar, e continuou o seu caminho, indo cumprimentar algumas garotas.

-Você acabou de desprezar Ashley Schultz, e ela nem se tocou! – Thaís falou dando risada
-Tá brincando? Aquela garota é... Uma vadia! – Bill explicou-se, balançando a cabeça negativamente
-Eu gostei! – Tom disse olhando as pernas da garota, que percebeu o olhar e deu um sorrisinho
-Você é um depravado, óbvio que você gosta! – Bill falou rolando os olhos, soltando um suspiro impaciente
-Já entendi as personalidades de vocês dois – Amanda comentou pensativa – São quase o contrário.
-Mais ou menos isso – Tom concordou, dando de ombros – Vamos pra sala?
-Yep. Até mais galerinha! – Amanda se despediu dos dois que restaram, indo com Tom até a sala 220
-Então, Bill, você pode me acompanhar até a... MEIN GOTT! – Thaís soltou um gritinho agudo, interrompendo a frase, ao surgir um garoto conhecido em seu campo de visão. Soltou a mochila no chão de uma vez, e o tal garoto correu em sua direção, lhe dando um abraço apertado, levantando-a do chão. Bill ficou parado, estático, sem saber o que fazer.

Era um garoto pouco mais alto que Thaís, cabelos castanhos e lisos, não muito cumpridos, grandes olhos castanhos e pele branca. Usava uma calça jeans clara e camiseta azul, com um tênis branco e azul para completar. Os dois continuavam grudados, atraindo alguns olhares curiosos.

-Que saudades de você! – Thaís falou finalmente se soltando do pescoço do garoto
-Não me fala, parece que faz anos que não nos vemos! – o menino disse dando um largo sorriso, fazendo algumas garotas suspirarem.
-Eu tenho uma pessoa pra te apresentar! – a garota o puxou pela mão, levando-o em direção a Bill
-Bill, esse é o Georg, Georg, esse é o Bill! – Thaís os apresentou, sorridente, e ambos deram risada – O quê? Eu perdi alguma coisa? – ela perguntou confusa, ao ver os dois se cumprimentarem
-Eu já conheço o Bill faz anos! – Georg explicou estalando os dedos – Ele que é o vocalista da banda, lembra que eu te falei?
-AHHHH, NÃO ACREDITO! – Thaís disse alterada, dando alguns pulinhos infantis e batendo palmas - Vocês se conhecem, isso é maravilhoso! Não vamos precisar ter que ficar naquele clima chato de ninguém se conhecer!
-Como você percebeu, Bill, a Thaís faz amizade facilmente – Georg falou apontando para a garota fazendo uma careta
-Eu notei! Ela até me levou pra conhecer a área VIP! – Bill comentou dando risada, e o outro garoto fez uma careta.
-Thaís, sua pervertida! No primeiro dia de aula, já? Levando os garotos pra conhecer sua área VIP? – Georg perguntou fingindo perplexidade
-O quê? Não, seu tarado! Ele quis dizer a área VIP do colégio! Você é nojento, cara! – a garota disse dando tapas no braço de Georg, e os dois garotos riram
-Vamos, Bill, não dê ouvidos a ele, vamos pra sala! – Thaís falou puxando Bill pelo braço, e o levando até a sala 118. Mas antes de entrar por completo na classe, colocou a cabeça para fora da porta e mostrou a língua para Georg, que respondeu ao gesto da garota fazendo uma careta.

[Continua]

-Hey
me mataa!

continua[2]

Viciante *-*
Meu Deus... que fic doooida \o/
SUUPER TAAH
O Tom gosta, claro ;D
AUSHAUSHAUSHAUHSUAHSUAHSUAHSUAHSAUHSAUHAUSHAUSHAUHS'
Pooosta mais guria!! Muito boa

OMG!
adoreei!!
pode postar maiss...por favor!!
:D

[Continuação do capítulo 1]

Os dois entraram na sala e sentaram-se no fundo, a pedidos de Bill, que disse que odiava mortalmente sentar próximo ao quadro. Eles ficaram ao lado um do outro, mas não trocaram nenhuma palavra até o professor hiperativo de Música entrar na sala de aula falando alto e fazendo uma dança particularmente ridícula.

-BOM DIA, CLASSE! PRIMEIRO DIA DE AULA, HUN? – ele disse empolgado, andando entre as filas de carteiras na sala. Correu os olhos por todos os alunos, mas parou em Bill, que se assustou ao ver o professor problemático o fitando com atenção – Ora, oras, ora, temos um aluno novo na classe! Qual o seu nome, garoto?
-Bill – ele respondeu nervoso
-Bill do quê? – o professor insistiu, enquanto todos da turma cochichavam entre si, observando o novo aluno
-Bill Kaulitz – o garoto disse rapidamente, esperando que o tutor desistisse de qualquer conversa com ele
-Seja bem-vindo a esta maravilhosa turma, Sr. Kaulitz! – ele concluiu, forçando um sorriso e dando as costas, indo até a frente da turma novamente – Eu tenho um trabalho de início de ano letivo para vocês – todos da classe reclamaram em uníssono – Não adianta reclamar, ou eu irei complicar mais ainda! – silêncio total – Bem... Vocês devem se juntar em duplas e compor uma música. Pode ser qualquer estilo de música, só voz e violão, só violão, só voz, qualquer coisa... Vocês têm o prazo de dois meses para a apresentação, por isso estou avisando agora!

Vários murmúrios começaram na turma. Alguns reclamando, alguns empolgados, alguns que simplesmente não ligavam... E alguns que não tiveram reação. Thaís e Bill se olharam, sem demonstrar nenhuma emoção ou surpresa. Finalmente Thaís deu um sorriso, que foi correspondido imediatamente por Bill.

-Não sei como dizer isso, mas... – Thaís começou a dizer, batucando com os dedos na mesa
-Você quer ser minha dupla? – Bill completou, dando risada
-Eu adoraria, oh! – a garota colocou a mão no peito, fazendo uma encenação exagerada. – Te aviso agora que: eu canto mal, toco violão mal e sou uma péssima compositora. Agora lida com isso!
-Aposto que é mentira – ele falou revirando os olhos – Nós vamos compor uma bela música, e depois eu vou usá-la nos shows da minha banda.
-Com os devidos créditos à mim! – ela acrescentou, levantando o dedo indicador – Quando podemos começar? Estou ansiosa pra te ouvir cantar... O Georg falou que você canta bem.
-O Georg fala demais – Bill disse fazendo uma careta – Podemos começar quando você quiser, eu sou desocupado... Sexta-feira da semana que vem depois da aula na minha casa?
-Porque na sua casa? – ela perguntou, levantando a sobrancelha
-Ok, então na sua casa – o garoto disse dando de ombros
-Não, na sua casa está ótimo – Thaís concluiu, fazendo um sinal positivo com a mão
-Combinado então – ele falou confuso – Que dia é hoje?
-Quarta-feira – a menina respondeu – Um belo e confuso dia para início de aulas.

A conversa se encerrou naquele momento, pois o professor de Música pediu que todos fizessem silêncio para que ele começasse com a matéria do segundo ano.
As horas na escola passaram rapidamente, e no intervalo, Bill e Tom conheceram mais uma amiga das garotas, Lara Kreischer, atual “caso” de Georg. Fizeram um pequeno tour pelo colégio, e voltaram para as suas respectivas salas, para terminar as aulas do dia.

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Capítulo 2

[Tom’s Point of View]

Eu e Bill caminhávamos de volta para casa, com Thaís ao nosso lado. Após uma semana de aula acabamos descobrindo que a diferença entre nossas casas era de poucos quarteirões, então nós decidimos acompanhá-la.

-Você mora com seus pais? – eu perguntei, com as mãos no bolso
-Não, só com a minha mãe. Meus pais são separados e meu pai mora em Londres – ela respondeu e parou, colocando a mochila no chão e tirando o casaco. Olhei para o lado e Bill a observava com atenção. Dei um sorriso malicioso para ele, que me lançou um olhar ameaçador. Após guardar o casaco na mochila, ela tornou a colocá-la nas costas, continuando o que estava falando anteriormente – Mas ela não fica em casa a maior parte do tempo. Ela viaja muito, então eu praticamente não a vejo.
-Então... Você meio que mora sozinha? – eu falei arqueando a sobrancelha
-Mais ou menos. Têm algumas pessoas que trabalham na minha casa, então eu não fico completamente sozinha durante o dia – ela explicou dando um sorriso – Bill, você está calado!
-Oh, eu estou pensando, fazem alguns dias – ele respondeu distraído – Em alguma letra pra música que teremos que compor.
-Ah, é verdade! Mas você não precisa se preocupar com isso agora, sexta-feira nós pensamos nisso! – Thaís disse abanando o ar com as mãos – Bem, garotos, chegamos à minha casa.

Eu e Bill nos viramos e ficamos boquiabertos ao ver a casa de Thaís. Era uma mansão branca, com um enorme jardim com muitas flores na frente. Possuía uma bela fachada, com algumas colunas e sacadas, com grandes portas de vidro. Podia-se ver, ao longe, um jardineiro que estava plantando algo e uma moça limpando as janelas. Agora nós entediamos o porquê que ela nunca ficava sozinha durante o dia.

-Que bela casa você tem – Bill elogiou, dando um sorrisinho. Ele estava sendo educado.
-Tá brincando? Olha o tamanho dessa casa! – eu falei apontando, indignado para o lugar, e Bill me deu um cotovelada nas costelas – Outch!
-Obrigada, meninos – ela agradeceu, sem graça, entrelaçando suas próprias mãos – Bom, então nos vemos amanhã!
-Ok, até amanhã, Thaís! – meu irmão respondeu com um aceno de mão. Ele se assustou quando a garota veio na direção dele e lhe deu um beijo na bochecha. Ela repetiu a ação em mim, mas minha reação não foi tão patética quanto à dele
-E ah, podem me chamar de Tatai, Thaís é muito formal – ela disse enquanto procurava algo na mochila. Retirou um molho de chaves logo em seguida.
-Apelidos não são necessários – Bill falou emburrado. Essa implicância idiota com apelidos dele me irritava.
-Pra você não, seu nome já é praticamente um apelido, mas o meu nome precisa – ela explicou, dando uma piscadela, e abrindo o portão automático com um controle.

Deu um aceno de mão, antes de virar-se de costas e começar a andar em direção à porta de entrada. Nós a observamos fazer o caminho, cumprimentando todos que encontrava por ali. Quando Thaís finalmente entrou em casa, sumindo de nosso campo de visão, nós voltamos a andar.

-Você nem disfarça né, Tom – Bill resmungou, rolando os olhos
-Disfarçar o quê? Eu só comentei que a casa dela era grande! – eu me expliquei, gesticulando de maneira exagerada – Não posso mais me expressar?
-Idiota – ele falou, dando risada em seguida – Como foi na sua sala?
-Normal... Eu conversei bastante com a Amanda – eu comecei a contar enquanto observava algumas casas – Gostei dela.
-Já sei onde isso vai parar – Bill falou dando um sorriso – Vocês vão ficar juntos. Quero dizer, só por um tempo, porque você não fica com uma mesma garota por mais de... Uma semana?
-Talvez um pouco mais, talvez um pouco menos, mas calma, ainda é cedo – eu disse levantando a sobrancelha – Mas... Aquela Thaís...
-O que tem ela? – ele perguntou me olhando desconfiado
-Ela é boa – falei já avistando nossa casa
-Não faz seu tipo – Bill acrescentou sério – Ela é inteligente e engraçada, realmente não é o tipo de garota com quem você se envolveria.
-Hum, não necessariamente – comentei pensativo, enquanto nós subíamos os três degraus em frente à porta de nossa casa
-Mãe? – Bill perguntou, para verificar se havia alguém em casa – Gordon? – ele perguntou novamente, na esperança de que nosso padrasto estivesse em casa – Estamos sozinhos.
-Eba, vou aproveitar enquanto mamãe não chega para assistir televisão com os pés em cima da mesa de centro – eu falei, e joguei a mochila no chão, ligando a televisão e apoiando os dois pés na mesinha de vidro, sobre o olhar de reprovação do meu irmão.
-Retardado! – ele disse balançando a cabeça negativamente, indo para a cozinha em seguida. Voltou com pacote de balas e sentou ao meu lado. Eu fui com a mão em direção ao pacote, para pegar uma, e ele me deu um tapa na mão.
-HEY! – eu reclamei, esfregando o local onde ele havia me batido – Eu quero umas!
-Então vai comprar – Bill respondeu sem me olhar, com o olhar fixo na televisão
-Ah é? A mamãe vai adorar saber que você quebrou aquele vaso preto e branco dela... – eu disse com um sorriso malvado.
-Você não se atreveria! – ele falou perplexo. Eu apenas aumentei meu sorriso, recebendo como resposta um gesto grosseiro dele. Entregou-me o pacote de balas em seguida, e levantou do sofá, subindo as escadas em direção ao segundo andar.

[/Tom’s Point of View]

[Bill’s Point of View]

Eu subi as escadas e me joguei de costas na cama, fechando os olhos e os mantendo daquela maneira durante algum tempo. Não conseguia pensar em nada para criar a letra ou a melodia da música que eu teria que compor com a Thaís. Estava ficando irritado, pois eu sempre tive facilidade para esse tipo de coisa, e a inspiração vinha rápido. Mas fazia uma semana que eu pensava incansavelmente em algo para escrever... Nada.

-Bill, você é realmente patético – eu disse para mim mesmo, levantando e me olhando no espelho – Nem é grandes coisa, você vai compor uma música com uma garota. Qual o problema? – murmurei um “merda” baixinho e peguei alguns euros de dentro da minha carteira, colocando de qualquer jeito no bolso e descendo as escadas rapidamente.

-Aonde você vai? – ouvi Tom perguntar da sala, se esticando para ver o que eu estava fazendo
-Vou sair rapidinho, já volto – respondi rapidamente, saindo e batendo a porta atrás de mim.

Quem sabe andando eu não pensava em alguma coisa? Eu podia ir... Tomar um sorvete, isso seria ótimo. Nada melhor do que um pouco de glicose para animar o dia. Andei durante algum tempo, pensando onde havia uma sorveteria. Inevitavelmente eu passei em frente à casa de Thaís, mas não havia mais ninguém no enorme jardim. Continuei minha caminhada e finalmente lembrei-me da sorveteria que eu tomava sorvete com Tom desde que nós éramos pequenos.
Entrei no local, e sorri instantaneamente. Peguei um potinho vermelho, e coloquei vários sabores diferentes de sorvete, com bastante cobertura e vários confeitos e gominhas em cima. Paguei o total e me sentei em uma das mesas ao ar livre, e dei a primeira colherada com muito gosto, suspirando ao sentir o doce gelado entrar em contato com minha boca. Quando estava prestes a comer mais, senti alguém tocar meu ombro, e me virei distraidamente. Surpreendi-me ao ver Thaís parada.

[Continua]

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Obrigada por comentarem, meninas *-*
Espero que vocês gostem do cap novo

;*

OMG!!
adorando aqui!!
a fic tá viciante..
posta mais por favor!!:D
=]

wow, man. amei a tua fic! *_*

Bill, você é realmente patético –

a nem é
^^
MAis migah

Nooossa Tah *-*
Muito boa sua fic ;DD
Que música será? Mega curiosa.....
Pooosta mais amoore \o/

Obrigada a todas que leram e comentaram aqui *-*
Eu estou mandando MP para aquelas que comentaram avisando da atualização da fic, mas caso vocês não queiram ser avisadas é só me falar, ok?
Espero que gostem desse capítulo!

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Capítulo 3

[Bill’s Point of View]

-Hey! – ela falou, dando um largo sorriso
-Hey, você por aqui? – eu perguntei (devo acrescentar que foi bem patético) com um sorriso bobo no rosto
-É, eu resolvi vir tomar sorvete pra esquecer os problemas – Thaís explicou fazendo uma careta – Engordar um pouco.
-Senta aqui comigo então – eu sugeri, indicando a cadeira vazia ao meu lado
-Ok, vou pegar o sorvete ali e já venho – ela disse, dando uma piscadela e indo servir-se de sorvete

Eu fiquei a observando sorrir infantilmente enquanto colocava milhares de coisas diferentes no seu potinho, e não consegui evitar sorrir também. Não sei se isso faz sentido, mas essa semana foi extremamente agradável ao seu lado. Talvez seja porque ela não cedeu aos encantos do Tom e pareceu ligar mais pra mim do que pra ele. Raro. Sem contar que ela era incrivelmente bonita, e inteligente. Meus pensamentos foram interrompidos por Thaís, que voltava segurando seu sorvete com um sorriso no rosto.

-Você não imagina quanto tempo faz que eu estou com vontade de tomar um sorvete enorme desses! – ela exclamou, dando uma colherada e virando os olhos ao sentir o sabor do doce
-Eu me lembrei dessa sorveteria sem querer... Eu e Tom costumávamos vir aqui quando éramos pequenos – eu disse continuando a comer
-Falando em você e no Tom... O Gee me disse que o aniversário de vocês é dia 1º de setembro... Já é semana que vem! Porque você não me contou? – ela perguntou curiosa
-Eu devo ter esquecido... Mas não tem importância, nós não vamos fazer uma festa ou algo do tipo. Não ligo muito pra isso – eu disse dando de ombros
-TÁ BRINCANDO? – Thaís falou indignada, atraindo o olhar de algumas pessoas ao redor. Baixou o tom da sua voz ao notar que estava praticamente gritando – Eu não vou deixar o aniversário de vocês passar em branco! Eu adoro festas de aniversário! Todo aquele doce, bolo, refrigerante...
-Você pensa como um gordo! – eu disse rindo alto, e ela abriu a boca, ofendida
-Você tá dizendo que eu sou gorda? – ela perguntou colocando as mãos na cintura
-Eu disse que você PENSA como um gordo, não que você É gorda – eu expliquei e ela levantou a sobrancelha
-Pra mim é a mesma coisa – Thaís balançou a cabeça negativamente – E ah, sua bochecha tá suja de sorvete, haha – ela apontou para mim, dando uma risadinha
-Não tá não, eu não estou vendo nada – eu falei, tentando olhar para mim mesmo
-Agora tá! – ela deu uma risada malvada, passando um pouco de sorvete de morango na minha bochecha direita
-Não faz isso que depois você não vai se controlar e vai querer lamber o sorvete de mim! Gorda! – eu falei a ameaçando
-Ah é assim? Só por isso eu vou mostrar que eu sou gorda mesmo! – Thaís levantou da mesa, fingindo estar irritada, e se aproximou de mim, segurando meu rosto com as duas mãos, e lambendo lentamente o sorvete que antes estava na minha bochecha. Eu me arrepiei ao sentir sua língua gelada entrar em contato com minha pele quente. E... Não foi um arrepio só de frio.
-QUE NOJO! – eu exclamei, após ela ter terminado de lamber o local, dando um sorriso malicioso em seguida – Agora vai ter troco!
-Oh, seria muita audácia sua! – ela falou apertando os olhos, mas deu um gritinho assim que eu a segurei, passando sorvete de creme na sua bochecha. Mas sem querer, ficou próximo demais da sua boca. Eu me aproximei, vendo-a parar de tentar fugir de meus braços. Lambi suavemente a marquinha de sorvete, parando a alguns milímetros de sua boca. Soltei-a em seguida, e notei que suas bochechas estavam extremamente coradas.
-Seu porquinho – Thaís disse esfregando a palma da mão no local onde eu havia lambido – Baba de Bill, blearg.
-Não reclama! Você que começou com essa história – eu falei me sentando novamente, voltando a tomar meu sorvete. Thaís fez o mesmo, logo após eu me sentar.
-Tudo bem, eu supero – ela rolou os olhos, com uma expressão cansada – Você vai fazer alguma coisa agora à tarde?
-Não, por quê? – eu perguntei ansioso
-Quando terminarmos aqui vamos dar uma passadinha na minha casa, eu tenho algo pra te mostrar! – ela disse autoritária, cedendo e sorrindo em seguida – Pode ser?
-Seria ótimo! – eu falei sorrindo em resposta.

Nós terminamos de tomar nossos sorvetes praticamente em silêncio, trocando alguns sorrisos ocasionais, ou fazendo comentários quaisquer sobre assuntos relacionados à escola. Após sairmos da sorveteria, fomos andando calmamente até a casa de Thaís, enquanto eu contava algumas histórias engraçadas de mim e de Tom. Eu, particularmente, adorava vê-la sorrir. E como seus olhos verdes ficavam pequenos e sua covinha na bochecha esquerda aparecia quando ela ria. Por mais que eu acredite em amor à primeira vista, eu não acho que isso seja amor. Talvez eu só esteja sentindo alguma coisa boba e passageira por ela. Assim eu espero.

-Chegamos! – ela disse sorridente, abrindo o portão de entrada – Hoje eu mandei todos para casa mais cedo, porque eu vi no noticiário que vai cair um temporal. Não quero ninguém doente por minha causa!
-Aposto que era só porque você queria que ficasse mais comida pra você! – eu falei e ela riu alto
-Ok, você me pegou, espertinho – Thaís se rendeu, jogando as mãos para o alto. Nós estávamos seguindo uma trilha até a porta de entrada, que ela logo abriu – Bem vindo ao meu lar, Sr. Kaulitz!

[/Bill’s Point of View]

[Thaís’ Point of View]

Eu e Bill entramos na sala de estar espaçosa da minha sala. Havia três grandes sofás brancos, uma bela mesa de centro de vidro com alguns objetos de decoração, alguns quadros na parede, duas poltronas, um tapete, uma estante de madeira clara (que possuía alguns eletrônicos, como som, DVD, home theater, etc.) e por último, o melhor objeto, a TV de plasma de 43 polegadas. TVs nunca são grandes demais!

-Bem, essa é a sala de estar... Ok, eu realmente estou com preguiça de te apresentar a casa, então vamos direto ao ponto... Acompanhe-me – eu indiquei as escadas com o dedo, e ele balançou a cabeça afirmativamente.

Subimos o primeiro e o segundo lance de escadas, virando à direita no corredor, entrando na última porta. Era o meu quarto. As paredes eram lilás e possuíam alguns pôsteres, quadros magnéticos e estrelinhas desenhadas. Todos os móveis eram brancos, assim como os detalhes na pintura das paredes. Havia uma cama King Size forrada com uma coberta de zebrinha, uma escrivaninha enorme (em que ficava meu computador, som, CDs, DVDs, livros, e coisas do tipo), uma pequena estante com minha televisão e algumas prateleiras com coisas de coleção/decoração.

-Você tem um quarto bonito... – ele comentou, observando os detalhes do quarto
-Obrigada, agradeça ao decorador pelo bom trabalho – eu falei, fazendo um sinal positivo com a mão e dando risada em seguida – Bem, ali fica o banheiro e ali o closet – apontei para os lugares respectivamente e ele levantou uma sobrancelha. Hum, ele não podia fazer isso tão freqüentemente, confesso que acho sexy DEMAIS.
-Sabemos que somos consumistas quando temos um closet – Bill falou e eu ri alto – Mas isso é comum com mulheres, certo?
-Certo! Você acha que todas as minhas roupas caberiam em um pequeno armário? – eu expliquei, colocando as mãos na cintura – Mas, agora... Deixe-me lembrar o que eu vim te mostrar... – eu fiquei pensativa por alguns segundos – LEMBREI!
-Ok, fale – Bill disse prestando atenção
-Eu escrevi o comecinho da letra da música. Mas que fique claro que ficou ruim, eu tava com um pouco de sono quando escrevi, e eu ando assistindo muitos filmes de drama, provavelmente está ficando uma droga – eu comecei a falar rapidamente, e ele se aproximou de mim, me segurando pelas mãos
-Eu tenho certeza que ficou ótimo, fica calma – ele disse calmamente, e eu sorri. Que garoto adorável!
-Só não dê risada, por favor – eu fechei os olhos e lhe entreguei o papel

[Continua]

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Próxima att cheia de emoções IDOHSAIOSDAHIOSDAHOISDHOI *-*

uma lambidinha do Bill perto da boca? hum... aposto que as meninas daqui, fãs do Bill, iriam amar

mas, continua *_*

*-*
ADOREI!!
posta mais por favor!!
está ótima a fic!!:D

Capítulo cheio de emoções fortes hummm *-*
Próxima att vai demorar uns dois ou três dias, eu adoooro deixá-las curiosas OIDHAOIASDIOISAD

E ah, fãs do Tom, Capítulo 5 ele vai narrar uma boa parte, eu não esqueci dele nããão

Espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever!

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Capítulo 4

"-Só não dê risada, por favor – eu fechei os olhos e lhe entreguei o papel"

[Thaís Point of View]

Ele começou a ler o seguinte trecho em voz alta, enquanto eu escondia o rosto com as mãos:

Keiner weiss wies dir geht (Ninguém sabe como você vai)
Keiner da der dich versteht (Ninguém lá que te entenda)
Der tag war dunkel und allein (O dia foi escuro e solitário)
Du schreibst hilfe mit deinem blut (Você escreve "Socorro" com seu sangue)
Obwohl es immer wieder wehtut (Mesmo que sempre doa)
Du machst die Augen auf und alles bleibt gleich (Você abre os olhos e tudo continua o mesmo)

Bill terminou de ler pensativo, levantando o olhar pra mim e dando um sorriso enorme:

-Isso ficou perfeito, Tatai! – ele me abraçou forte, e eu perdi minhas forças por alguns segundos. Oh não, ele estava começando a mexer comigo.
-Obrigada...? – eu falei baixinho, ainda contra seu peito (porque ele era aproximadamente uns 10 cm mais alto que eu).
-Você não imagina quanto tempo eu fiquei pensando em alguma coisa pra escrever, e isso não poderia ser melhor! – ele disse se soltando de mim e dando um sorriso envergonhado. Eu tinha certeza que eu estava com as bochechas rosadas.
-Ok, você pode levar pra casa e continuar, se quiser – eu falei mordendo o lábio inferior, ainda constrangida, e mexendo num pedacinho de cabelo – Que tal nós... – eu comecei a falar, mas um trovão extremamente alto me fez dar um gritinho aterrorizado, e eu corri e abracei Bill com força, fechando os olhos.
-O que aconteceu? Foi só um trovão... – ele comentou confuso, me olhando de cima assim que eu abri os olhos
-Eu MORRO de medo de trovões, raios e qualquer coisa do tipo. Mas eu tenho muito medo MESMO. Hoje vai ter uma tempestade e eu estou sozinha aqui, acho que vou ter um ataque cardíaco. Quando acontece isso e eu estou sozinha, eu me fecho no estúdio lá embaixo com o som alto, porque as paredes são revestidas e eu não ouço quase nada... – eu expliquei ainda assustada
-Isso significa que eu preciso ir pra casa porque vai cair uma tempestade – Bill falou preocupado, e eu me segurei mais forte nele
-Você vai me deixar sozinha aqui? – eu perguntei infantilmente, o olhando suplicante
-O Tom está sozinho em casa, e meus pais saíram, nem sei pra onde foram... – ele se justificou, me olhando com uma expressão triste
-Ok – eu sussurrei, me soltando dele – Eu te levo lá na frente – disse contra minha vontade. Comecei a ouvir uma chuva grossa cair, fazendo um barulho assustador no telhado.

Nós descemos as escadas e eu parei em frente à porta de entrada. Um trovão ainda mais alto que o outro ecoou pela casa, e eu levei as mãos à boca, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

-Oh, não se preocupe, não vai acontecer nada – Bill se aproximou me dando um beijo na bochecha e fitando meus olhos – Você está bem aqui dentro!
-Mas e você? Vai sair nessa situação? Quer um guarda-chuva? – eu perguntei preocupada
-Não, eu moro bem pertinho, não precisa. Até amanhã! – ele se despediu, e assim que eu abri a porta ele fez uma expressão surpresa ao ver o temporal que caía lá fora.

Deu um suspiro alto, e em um só impulso, correu dentre a chuva em direção ao portão, tentando cobrir sua cabeça com a touca do casaco. Outro trovão ensurdecedor fez meu coração disparar, e eu senti uma lágrima escorrer. Eu estava sozinha naquela tempestade. Mas eu estranhei ao ver Bill parar no caminho, e virar-se pra mim. Ele abriu a boca, perplexo pela força com que a chuva caia, e voltou correndo para a porta, parando próximo a mim, na parte coberta do lado de fora.

-Sem condições de ir embora! – ele falou, a água pingando de suas roupas e cabelo. Murmurei um “obrigada” baixinho, e, sem pensar duas vezes, me aproximei e lhe dei um abraço em sinal de agradecimento por ele ter ficado. Me arrependi ao sentir suas roupas geladas me molharem também.
-AHH, PÉSSIMA IDÉIA! – eu disse, me soltando dele, vendo minhas roupas agora molhadas também. Ele riu alto.
-Obrigada por me esquentar, essa chuva está gelada! – ele falou me abraçando novamente, me fazendo soltar um gritinho surpreso
-Só porque você não quer ficar em desvantagem! – eu murmurei, dando um sorrisinho – Vem tomar um banho, eu te arranjo roupas secas e você liga pro Tom. Você vai acabar ficando doente.
-Ok, vamos lá. Mas e você? – Bill perguntou, sendo levado pela mão por mim novamente até o terceiro andar
-Eu também vou tomar banho, oras – eu falei como se fosse óbvio
-Nós vamos tomar banho... Juntos? – ele perguntou com os olhos arregalados, parando de andar por alguns segundos
-Não dessa vez... Você toma banho em um banheiro e eu em outro, que tal assim? – eu disse dando risada, estalando os dedos
-Assim está aceitável – ele falou rindo também. Nós continuamos andando até chegar ao meu quarto.
-Vou procurar alguma roupa que você possa usar... – eu falei pensativa, fuçando meu closet durante algum tempo. Voltei alguns minutos depois com uma samba-canção e uma camiseta – Pode ser essa aqui? Não se preocupe com o frio, porque eu vou ligar o aquecimento interno da casa, então vai ficar quentinho aqui dentro!
-Oh, está ótimo! – Bill disse empolgado – Bem melhor do que essas minhas roupas molhadas e geladas!
-Está bem... Você pode tomar banho no meu banheiro que eu vou tomar banho no banheiro do corredor – eu falei apontando com o dedão para fora do quarto – Pode colocar suas roupas molhadas em qualquer lugar, que depois do banho nós as lavamos e colocamos na secadora pra você poder ter roupa pra ir embora. As toalhas limpas estão à vista, pode pegar qualquer uma e... Acho que é isso!
-Certo – ele falou sorrindo – Obrigado, ok? Não precisava tanto!
-Obrigada você por ter voltado, mesmo que contra sua vontade – eu disse rolando os olhos e dando risada em seguida
-Eu não disse que tinha voltado só por causa da chuva – Bill deu uma piscadela para mim, entrando no banheiro em seguida. Eu dei um sorriso bobo e sai do quarto. Esse garoto realmente sabe como mexer comigo!
Liguei o sistema de calefação e o alarme da casa, antes de entrar no banheiro e começar o meu banho.

[/Thaís’ Point of View]

Bill terminou de tomar seu banho, vestindo a roupa que Thaís havia lhe cedido. Agora estava se sentindo mais confortável! Ele saiu do banheiro, voltando ao quarto e notando que estava sozinho, ou seja, Thaís ainda não havia terminado seu banho. Olhou em volta e se aproximou de um quadro magnético em que havia várias fotos da garota com alguns amigos, amigas e familiares. Sorriu inconscientemente ao ver uma foto em que ela usava biquíni e estava com sua família provavelmente, numa praia bem ensolarada. Thaís o viu observando suas fotos, e chegou de fininho, pulando ao seu lado, numa tentativa de susto mal-sucedida.

-Você não conseguiu me assustar dessa vez – ele disse fazendo uma careta
-Ah, que chato você! – ela falou cruzando os braços, fazendo um biquinho.
-Deixa disso, vai – o garoto a puxou pra um abraço, e depois a soltou, voltando-se para a foto novamente – Essa foto foi tirada aqui na Alemanha?
-Não, foi tirada no Brasil – ela explicou sorrindo ao lembrar-se – Vai dizer que você não sabia que eu sou de lá?!
-MEIN GOTT! SÉRIO? – ele perguntou surpreso, a fitando – Seu sotaque é impecável, não dá pra notar!
-Obrigada! Mas eu moro aqui na Alemanha faz bastante tempo, já, acho que uns 10 anos ou mais, então... – Thaís explicou, dando de ombros
-Por isso seu nome é tão diferente... – Bill concluiu pensativo – Eu fiquei imaginando se você era de outro lugar, mas esqueci de perguntar! Thaís... É um nome que se fala diferente de como se escreve, certo?
-Ah, é que em português, se lê assim mesmo... – ela explicou novamente – Mas então, o que podemos fazer agora?
-Não sei... A gente pode ver um filme... – Bill sugeriu casualmente
-Isso! Ótima idéia! Eu tenho um filme de terror tão legal! Eu comprei esses dias, mas não tive coragem de assistir sozinha! Mas antes, vamos pegar umas cobertas e travesseiros – Thaís falou empolgada, pegando alguns edredons, travesseiros e almofadas, descendo as escadas (com dificuldade) com Bill e jogando todas as coisas sobre o sofá.

Antes de assistirem ao filme, Bill ligou para Tom, explicando o que aconteceu, e ele não pareceu se importar, e disse “Aproveita e pega logo a garota, você não vai poder voltar pra casa hoje mesmo, essa tempestade não passa tão cedo”. Após isso, colocaram as roupas molhadas para lavar, e na secadora depois, deixando-as arrumadas para quando Bill fosse embora. Claro, que como bons fãs de doces, eles não deixaram de pegar várias balas, gomas, chocolate (contra a vontade de Bill) e também pipoca e refrigerante. Colocaram tudo sobre a mesinha de centro (após aproximá-la mais de onde estavam), se acomodando no sofá, com todos os cobertores e almofadas. Thaís deu play no filme.

-Qual o nome desse filme? – Bill perguntou colocando uma bala na boca
-Acho que é Madrugada dos Mortos – ela respondeu assustada. A chuva (que estava um pouco mais fraca) piorou, e um trovão fez toda a casa tremer. Thaís deu um grito, em pânico, e se jogou em cima de Bill, lhe dando um abraço apertado, afundando seu rosto no pescoço dele. O garoto sentiu um frio percorrer sua espinha, ao sentir a respiração de Thaís em seu pescoço. Seu coração batia rápido, e ele estava com aquela sensação boba de borboletas no estômago.
-Calma Tatai, eu estou aqui contigo – ele sussurrou, tentando acalmá-la, sem resultado. Ele podia ouvi-la chorar baixinho, soluçando – Olha pra mim – Bill falou, segurando seu rosto com as duas mãos, se aproximando – Eu não vou deixar nada acontecer contigo – ele disse seguro, dando um sorriso e limpando algumas lágrimas que haviam escorrido com o dedão. Fitou seus olhos carinhosamente, e ela parou de chorar, dando um último soluço. Thaís o observava atentamente, parando seu olhar em seus lábios. Eles ficaram se olhando, em silêncio, somente o som da chuva caindo e batendo com força contra o telhado.
-Bill... – finalmente a garota quebrou o silêncio, dizendo num sussurro – Me beija?

[Continua]

*dando pulinhos de felicidade*
OMG, OMG, OMG, OMG! QUE LEEEEEEEEEEMDS OS DOIS!

Taah Kaulitz escreveu:

-Bill... – finalmente a garota quebrou o silêncio, dizendo num sussurro – Me beija?

MORRI agora,
simplesmente MORRI...
posta mais e por favor não demore...
vc já me deixa curiosa quando nao demora..imagine agora??
OMG
adorando e viciando na fic..mais!!:D
=]