Your Guardian Angel

- Mãe, cheguei. Onde a senhora está? MÃE!!

Encontrar sua mãe morta no quarto, é horrivel. Perde-la é como se eu mesma morresse. Sempre foi só nós duas, não conheci meu pai, ele morreu um mês antes de eu nascer. O que será de minha vida? Se eu pelo menos conhecese algum parente, seria mais fácil.

- Oi Enna, já está com saudades? - Wisha disse ao atender o celular.
- Wi, dá pra você vir aqui? Agora?
- Sim, mas o que aconteceu? - Ela perguntou preocupa
- Minha mãe, ela... An, vem pra cá.
- Tudo bem, já chego ai.

Junto com Wisha, chegou a ambulância. O diagnósticofoi de parada cardiaca. Eu nunca pensei ter que passar por isso. De manhã, converso com ela, na hora do almoço, estou no corredor de um hospital.

- Amor, vamos para minha casa, fica um tempo lá, até você melhorar. - Wisha disse, assim que o corpo de minha mãe foi liberado.
- Tudo bem, mas de qualquer jeito terei que voltar em casa. - Me levantei
- Você que sabe. - Nos abraçamos.

Já à noite, e eu estava cansada, por dentro. Eu precisava dormir, mas esse precioso remédio não chegou até mim, para me fazer esquecer, ou apenas entorpecer minha mente.
Em uma das minhas várias mudanças de canal da televisão, vi.

"Acabou de sair um noticia que abalou muita gente em todo o mundo. As duas e desessete do horário de Berlim, Alemanha, Bill Kaulitz, vocalista da banda alemã Tokio Hotel, faleceu, com 18 anos de idade. A causa ainda não foi anunciada, mas os milhões de fãs já choram a perda do grande idolo. Breve mais detalhes.

Quanta noticia ruim num só dia. Passou um clip da banda, que eu não conhecia, mas acabei me levando pela emoção. De alguma forma eu me senti ligada a eles. É dificil explicar. Apenas senti.
De manhã, os pais de Wisha me acordaram. Dormi na sala vendo Tv. Seis da manhã. Comi algo, tomei um banho, e fui para casa, junta com Wisha.
Entramos no quarto de minha mãe. Eu não queria, mas era preciso, tenho que encontrar algo sobre minha familia. Revirando caixas e documentos, procurando fotos de alguém. Quase duas horas depois, achei uma carta.

"Tinney...

Sei que você não é a culpada pela morte dele. Te apoio, e ajudo no que for preciso para cuidar de seu filho. Prefiria que você viesse para cá, mas o resto da família não aceitaria. Esero que fique bem. Mandarei mais cartas.

Amielay Uchi"

A carat vinha da Alemanha. O endereço estava completo. Eu só precisava falar com essa pessoa, ela pode me ajudar, ou dar pistas de onde estejam meus familiares.

- Achei uma carta... - falei para Wisha.
- Amielay Uchi. Da familia do seu pai.
- Sim. O problema é que é da Alemanha. - Me joguei na cama.
- Você pretende fazer o que? - ela se deitou do meu lado.
- Se não fosse longe e eu tivesse dinheiro, eu ia atraz dela, mas acho melhor mandar uma carta.
- Não tem nada sobre herança? - ela se sentou e começou a mecher numa caixa
- Até agora só achei isso.

Depois de mais meia hora fussando pastas e caixas de papeis, Wisha gritou.

- OMG! - Wisha pareci que teria um ataque epilético - Você tem 60 mil ienes! (moeda corrente no Japão)
- Quê? - corri pra perto dela
- Aqui diz que você tem 60 mil ienes na conta, quer dizer, sua mãe tinha.
- An?
- Olha aqui. Um testamento dizendo que os bens dela ficamcom você, casa, carro, e o dinheiro.

Peguei o papel da mão dela, não sei porque mas começei a chorar. Apenas uma pergunta se passava por minha cabeça: Como minha mãe me deixa com uma fortuna? Sozinha no mundo, sem nem uma alma pra me ajudar? Ei, eu tenho 16 anos! Com certeza eu farei alguma besteira.
O celular de Wisha toca.

- Era minha mãe. Vamos almoçar.
- Não estou com fome, mas preciso sair daqui. Tudo isso é coisa demais pra mim.

Peguei todos os objetos pessoais, meus e de minha mãe, o testamento e a carta, e sai dali, com o intuito de nunca mais voltar.