Low: HUAHUAHUA' que revolts, mas é... A Julia causa exatamente esses sentimentos nas pessoas 'o'
POSTO SIIIIIIM *-*
I
♥D *-*
Andrea: Ah que fofa você liebe *-*
Não precisa pedir desculpas não viu?
Só o fato de você estar lendo e gostando, já me deixa super happy *-*
Que maravilha liebe *-*
Pode deixar, eu continuo sim sim
Lady: o.O
Gêmeas?
Eu ainda não tive o prazer de ler mais esta obra tua *-*
Mas, eu espero que tenha agradado, mein especial HUAHUA'
Eve: HUAHUA' que medo hein?!
Pode deixar minha beta perfaaa *-*
Pah: HUAHUAHUA' mein liebe, mein liebe, mein liebe!
ok ok Pah, uma única palavra para descrição do momento:
Liam!
HUAHUA'
Mas quem é Liam? WHATTARREL? ~
WTR ~ (não riam okay? HAUAHUAHAUHA')
POSTO POSTO POSTO *-*
Amy: aaaah liebe, eu fico hiper "realizada" de ouvir/ler isso *-*
aaaah, obrigada blume *-* Oh, sim, espero que esteja apaixonada mesmo *-*
HUAHUA' que maravilha, que você gostou, liebe *-*
HUAHUAHUA' ah gente... A Julia é uma fofinha... Ou não D:
Ah, danke, danke, danke mein liebe *-*
ja ja ja!
Well, já que as leitoras estão extremamente fieis e dedicadas *-*
por que não presenteá las, né não liebes?
Bom, sem mais lero lero, bora pra fic *-*
P.S.: Esse também é gigante, mas, espero que vocês gostem e espero que não o achem tão mirabolante quanto eu achei, mas, boraaaa lá *-*Capitulo Três
Uma nova aliada?
Por Monica
Era cedo, por volta de umas 08h30min da manhã, quando eu saí pra comprar pão, mas quando passei frente ao parque não resisti, entrei e o pão acabou ficando para os peixes do grande lago. O mais impressionante é que em pleno inverno alemão, ele não congelou, acho que ele foi o único.
Quando o pão acabou, fiquei observando, com olhos cansados pela noite mal dormida, os peixes se aglomerarem na beira do lago, coberta de neve. Eu não conseguia desgrudar os olhos deles e foi então que vi. Um ramo cumprido de cabelos negros, rodeando os peixes. Pisquei sucessivamente, para ver se eu estava vendo realmente aquele ramo de cabelos, ou se era apenas uma alga. Mas o ramo foi ficando maior e mais cabelos dançantes apareciam debaixo d'água. Ajoelhei-me na beira do lago e comecei a procurar o que ou quem era, mas eles tinham sumido. Rapidamente vi o corpo da Julia, se levantar em meio às águas escuras do lago com seus cabelos negros sobre a face pálida e enrugada por conta da água. Ela segurou em minha nuca, me ensopando e cochichou:
— É tudo culpa sua… Seu egoísmo me matou Monica… Está feliz agora? – Ela disse com uma voz grave e assombrosa. — Você morreu, no momento em que me matou… – E fui puxada por ela, para dentro da escuridão e frieza do lago. Eu sentia a água, terrivelmente gelada, adentrar meus pulmões e bloquear minha garganta e narinas. Fechei os olhos e sem luta alguma, esperei que o pior acontecesse.
Em seguida senti uma mão tocar meu ombro e ao abrir os olhos novamente, vi que eu estava sentada no banco da beira do lago, com a cabeça curvada para frente, cuspindo litros d'água e tinha a ajuda de uma moça, que estava ao meu lado, batendo em minhas costas.
No final fiquei observando-a. Cabelos encaracolados, na altura dos seios, ruivos e muito bem cuidados, hidratados e brilhantes, sob a luz acinzentada do sol que passava pelas nuvens escuras. Ela tinha traços muito bonitos, olhos castanhos claros, boca pequena, delicada e rosada. Vestia uma roupa parecida com a minha; calça escura, colada no corpo, uma blusa sem muitos detalhes, preta básica, com um decote médio e uma jaqueta marrom por cima. Uma bota preta, que cobria até a batata da perna. Ela apertou minhas mãos com força, fazendo me olhar para a pulseira do Bill que eu não tirei desde o dia em que a encontrei, e disse:
— E então… Qual foi o seu erro? Sabe por que eles te querem morta? – Ela disse com um sorrisinho normal.
— Eles? Eles quem? Quem me quer morta?
— Ah, Monica… Sei que você sabe muito mais do que aparenta…
— Como sabe meu nome? – Perguntei alterada.
— Desculpe… Ainda não me apresentei… Katja Scruska… Sou sensitiva.
— Como assim, sensitiva?
— Eu sinto a presença dos espíritos.
— Ah… Era só o que me faltava… Olha, Katja, eu não quero ser grossa e nem rude com você, mas eu não acredito nessas coisas…
— Não acredita em espíritos?
— Eu acredito em espíritos… Eu não acredito em vigaristas que enganam as pessoas, dizendo que podem sentir, falar e sei lá mais o que, com os espíritos… – E me levantei, comecei a andar para longe dela e então parei.
— Você sabe que está mentindo pra si mesma Monica… Sabe que precisa da minha ajuda e é por isso que você ainda não foi embora. Nós duas sabemos que você precisa de ajuda Monica… Deixe-me ajudar. – Droga! Ela estava certa. Respirei fundo e disse:
— Ta bem, eu deixo, mas com uma condição; quero mais provas de que você é mesmo…
— Sensitiva.
— É… Isso aí mesmo…
— Ta… Eu te acompanho até a sua casa… Parece que teremos visitas…
—×—
Uma boa parte de mim
Por Bill
— Bill… Bill… Acorda Bill… Vai, levanta… Já são mais de duas da tarde… – A voz do Tom ecoava em minha mente e então fui acordando aos poucos. Ao acordar completamente ele ainda me sacudia.
— Parece que alguém teve uma noite ruim… – Ele disse se jogando no sofá, ao meu lado. Ele sorria igual bobo.
— É… E parece que outro alguém teve uma noite maravilhosa… – Eu disse apertando os olhos, por causa da dor de cabeça. As luzes, os sons, os odores, tudo fazia a dor piorar.
— Cara… Você tomou vodka, você nem tirou a maquiagem… Quer conversar sobre o que aconteceu? – Ele disse me olhando compreensivo.
— Não… Pode deixar! Eu to bem… – Eu disse indo até o banheiro. Comecei a tirar a maquiagem.
— Se não quer falar agora, tudo bem… Eu só não quero te ver triste… – Lágrimas negras, por conta da maquiagem mal tirada, começaram a traçar meu rosto. Por que eu estava chorando? Não havia motivos pra isso! Mas mesmo assim elas insistiam em cair. Corri até ele e o abracei forte. Por que tudo estava saindo do meu controle? Os acontecimentos e até mesmo meus sentimentos, os quais eu sempre soube controlar. Ele me abraçou forte e ainda me prendendo nos braços, disse:
— Eu sempre vou estar do seu lado… Sempre…
— Eu sei disso Tom e não tenho como agradecer…
— Quer me agradecer? Então me conta o que aconteceu… Sei que você não ta legal e isso não é de hoje, já faz alguns dias… – Ele disse sério. Eu não queria parecer um doido, paranóico, mas também não queria esconder nada dele, afinal de contas, sempre que falo com ele é como se tirasse um peso dos ombros.
— É Tom… Você me conhece muito bem…
— Parabéns Bill, você descobriu a América… – Ele disse com cara de deboche.
— Vai me deixar falar ou não? – Perguntei encarando-o. Ele fez que sim com a cabeça e então comecei a desabar tudo sobre ele.
Após muita conversa, principalmente sobre a garota da trilha, ele me olhava com cara de espanto.
— Não é tão complicado assim… Mas pra alguém como você não é?– E riu.
— Me ajuda Tom… Eu não sei o que fazer… – Pedi desesperado.
— Olha Bill… Eu não tenho a menor idéia do que fazer, mas eu não quero que pense que você está sozinho, porque você não está… Eu quero te ajudar nisso…
— Obrigado Tom, mas sinto que tenho que deixar você fora disso…
— E eu sinto que tenho que te ajudar, então chega de papo… Onde é que ela mora?
— Você não ta pensando em ir lá não, ta?
— Claro que sim, você tem idéia melhor?
— Não… Mas… Tom… O que agente vai falar pra ela? "Sua irmã não saí da minha cabeça, então você poderia me passar o número do celular dela?" Tom… Pra quê ir lá? Daqui a pouco eu esqueço tudo isso e além do mais, logo nós estaremos de volta para Los Angeles…
— Eu não acredito que vou dizer isso, mas vou… Não to querendo ser chato, mas você vive dizendo que quer amar, ser amado e blábláblá… Por que não tenta algo com essa garota? Quem sabe ela não é sua namorada perfeita… – Ele disse calmo e depois fez cara de nojo. — Droga! Olha só as coisas que eu digo quando converso com você… Credo… Fala sério…
— Deixa de ser bobo Tom… Vamos a casa dela ou não? – Perguntei arrumando coragem.
— Vamos, deixa só eu arrumar meu piercing… A irmã dela pode estar lá… – e sorriu malicioso.
— Tinha que ser o Tom… – Disse voltando para o banheiro, para tirar a maquiagem borrada, tomar um banho bem frio e fazer uma nova maquiagem.
— Você me conhece Bill… Não brinco em serviço…
— É Tom… Você quem descobriu a América dessa vez. – Disse, vingando-me daquele chato.
Sorri para meu reflexo no espelho, ao ver o colar pendurado em meu pescoço, que eu não tirei desde o dia em que o encontrei, e foi então que percebi que eu não sorria a um bom tempo e o quanto me faz falta sorrir. Algo me fazia sorrir, eu tinha ótimos pressentimentos para aquele dia.
—×—
Conhecendo o problema
Por Monica
Depois que saímos do parque, Katja e eu decidimos ir almoçar, afinal já passavam das dez da manhã e eu nem ao menos havia tomado café.
Ao chegarmos ao restaurante, fomos até uma mesa ao fundo, num espaço bem calminho. Sentamo-nos, depois de algum tempo fizemos os pedidos e então o assunto voltou.
— Olha Katja… Me desculpa pelo o que eu disse lá no parque
Eu não quis te ofender… É, que, até pouco tempo, eu achava que estava enlouquecendo e que não haveria outra explicação para tudo que eu tenho visto, ouvido ou presenciado…
— Não me surpreende que este fosse o motivo… Pode ficar tranqüila Monica… Eu te entendo, mais do que você imagina… – E ficou pensativa por um instante. Ao cair em si, me olhou confusa. — Você ainda não me disse qual seu problema…
— Disse sim… Problemas de família!
— É… De alguém extremamente próximo, presumo… Um… Irmão, talvez…
— Irmã.
— Ah… Sinto muito…
— Obrigada!
O silêncio tomou conta, até a hora que pagamos e fomos embora. Ficamos passeando pela cidade, cada uma descobrindo poucas coisas uma da outra, depois iríamos pra minha casa.
Durante este tempo, senti que ela também não estava tão bem quanto auto julgava-se e aparentava. Ela tinha algo muito importante incomodando-a, mas o que seria? Uma mulher tão séria, bem decida e bonita… O que poderia atrapalhar a vida dela?
—×—
O reencontro, ou encontro?
Por Bill
Estávamos dentro do carro, do outro lado da rua da casa dela. Os pontos bons eram: Além de ser um bairro super calmo, numa região sem muitos habitantes da Alemanha, a rua estava vazia e a vizinhança era quase toda composta por idosos.
Os pontos negativos eram: parecia que não tinha ninguém na casa e o Tom já estava doidinho pra ir embora, pra procurar uma boa balada e o ultimo, era que por conta do tédio dele, fiquei o ouvindo reclamar por causa da demora ou dizer coisas sem noção.
— Cara, se ela te dispensar, vamos terminar a noite do meu estilo, okay? Agente acha uma gostosa pra você, é rapidinho…
— Ah Tom, cala a boca… – Disse sem paciência. Naquele momento eu supliquei para que ela aparecesse logo, mas nada.
— Cansei de esperar… – Eu disse e desci do carro.
— Onde é que você vai?
— Tentar descobrir alguma coisa sobre ela… – E fechei a porta. Tom me seguiu.
Atravessamos a rua e ao chegar do outro lado, a senhorinha que varria a calçada, nos olhou sorrindo amigavelmente. Sorri de volta e me aproximei.
— Senhora…
— Dietrich, meu jovem…
— Senhora Dietrich, será que a senhora não poderia me ajudar?
— O que precisa querido?
— É que eu conheci uma moça numa festa um dia desses e ela me passou esse endereço dizendo que era a casa dela… Eu queria que a Senhora me ajudasse, a saber, se ela realmente mora aqui… Sabe como é não é?! Não quero passar vergonha se não for aqui…
— Ih meu jovem, acho que a moça que você procura não é a Monica…
— Monica?
— É… Não deve ser ela… Ela nunca sai…
— E será que ela não tem um parente, uma prima… Alguém chamada Julia?
— É meu querido, você realmente está no endereço errado, porque nesse um ano que a Monica mora aqui, não recebeu nenhuma visita.
— Tem certeza? Nem uma irmã, nem nada… Uma gêmea dela… Nada? – Perguntei ainda esperançoso. A senhorinha me olhou, estranhando.
— Martha… – Alguém chamou de dentro da casa dela.
— Ah meu jovem, se ela tem uma irmã, esta nunca a visitou… Sinto muito, mas tenho certeza que não é ela… Agora tenho que ir, meu marido está me chamando… Espero ter ajudado… – E entrou para casa.
— E ajudou! – Eu disse contente. E então comecei a pensar em tudo que ela me disse. — Monica! – Disse apreciando a sonoridade do nome. Que nome forte, chamativo.
Tom, que estava encostado na parede o tempo todo, me olhou de soslaio.
— Parabéns pelo talento Sr. Melhoramigodevelhos…
— Mais respeito com os idosos, Tom…
Então ele me cutucou.
— Olha só isso! – ele disse olhando para duas moças no começo da rua. — Nossa, olha essa ruiva…
— Tom, é ela… – Eu disse surpreso.
— É ela o que?
— É a Monica
— Qual delas?
— A morena.
— Ufa…
— Para de brincar seu bocó… Isso é sério… – Comecei a arrumar meu cabelo. — Como ta minha maquiagem? – Perguntei inseguro.
— Exagerada, como sempre… Mas você não quer falar com a Julia?– E riu. Em seguida, ouvi alguém pigarrear, atrás de mim.
Ao me virar, dei de cara com ela, que me olhou fundo nos olhos, fazendo esquecer-me de tudo e de todos. Ainda me olhando, ela levou a mão até meu pescoço e puxou o colar para perto de si, abriu o pingente e voltou a me encarar, mas estava com os olhos marejados.
— Onde conseguiu isso? – Ela perguntou, deixando uma lágrima escapar. Abaixei a cabeça e vi que ela usava minha pulseira.
— E você, onde conseguiu isto? – Perguntei apontando para o pulso dela. Ela se surpreendeu e disse:
— Eu só a usei porque me fez sentir bem…
— Foi o mesmo comigo… – Ouvi o Tom suspirar, entediado. — Mas sem levar isso em conta, peço desculpas.
— Ah, eu também… – Começamos a tirar as peças. Devolvi o colar a ela e ela devolveu a pulseira.
— Acho que precisamos conversar não é mesmo? – Perguntei inquieto.
— Ah, diz que não vai me processar, por causa da pulseira…
— Não… Esquece isso… É que eu tenho umas perguntas…
— Você é policial? – Ela perguntou levantando uma das sobrancelhas.
— Não… – E não contive os risos.
— Ah… – Ela se inclinou e cochichou com a ruiva. Tom me puxou para trás e disse baixinho:
— Você vai ter de fazer o impossível pra passar a noite "tirando suas dúvidas" com ela, porque a ruiva tem que ter tempo livre pra mim…
— Por favor, Tom… Não estraga tudo… – Disse com os dentes cerrados. Voltei-me para elas e ela me olhava com um sorriso de lado. De repente deu um sorriso largo e disse esperançosa:
— Se quiser conversar agora, eu estou disponível.
— Ah, se não for muito incomodo, eu gostaria de conversar o quanto antes.
— Ok! – E sorriu novamente. — Entrem! – Disse abrindo a porta da casa.
— Com licença! – Eu disse receoso. Estava morrendo de vergonha. O que eu ia dizer a ela? Por que eu precisava realmente fazer isso? E por que eu sentia que estava sendo controlado?
Ela entrou depois, seguida pela ruiva e pelo Tom, que provavelmente estava de olho nas curvas da moça. Tom fechou a porta e se sentou ao lado da ruiva, numas cadeiras altas, que estavam do lado de fora do balcão.
Monica foi até a cozinha.
— Querem alguma coisa? Se me lembro bem, tenho vodka aqui… – Ela disse abrindo a porta da geladeira e pegando uma porção de coisas.
Só de ouvir a palavra vodka, meu estômago embrulhou.
— Eu aceito! – Tom disse.
— Eu não posso! – A ruiva disse triste.
— Por que não? – Tom perguntou chegando perto dela. É ele já estava caçando.
— Coisas estranhas acontecem quando eu bebo. – Ela disse ainda séria. Tom riu e eles ficaram conversando.
— Não aceita Bill? – Ela perguntou, pegando copos de drinks no armário inferior.
— Obrigado, mas acho que vou passar um bom tempo sem tomar vodka! – Eu disse. Espera, ela sabe meu nome! É… metade da Alemanha também. Isso não é nenhuma coincidência.
— Noite ruim? – Ela perguntou deixando as coisas em cima da bancada, ao lado da pia.
— Exatamente! – Eu disse rindo.
— Somos dois! – Ela disse sorrindo. Ela se virou e ficou na ponta dos pés, tentando pegar algo no armário de cima. Segurei firme em sua cintura, senti seu corpo estremecer e o meu estremeceu em seguida, mas sem perder o equilíbrio levantei-a sem fazer muito esforço e então ela pegou um grande pacote de salgadinhos. Ao se virar para mim, percebi sua respiração descompassada, assim como a minha.
—×—
Trazendo problemas, trazendo lembranças
Por Monica
Esse dia estava me saindo um dos mais esquisitos. Eu tinha três estranhos na minha casa e o mais impressionante era que eu estava feliz por isso, estava feliz por não estar sozinha. E por quê? Era uma doida que sente os mortos e pelo o que eu li nas revistas; um tarado de trancinhas e um andrógeno gatíssimo, que sempre reclama porque "Nobody Wants Me!". O mais estranho, é que, eu me sinto muito bem com ele, parece que ele me devolveu uma paz enorme, a qual eu não sentia desde que a Julia se foi.
— Obrigada! – Disse quando ele me colocou no chão. Eu sentia minhas bochechas queimando. Ele me olhou sorrindo e encostou-se ao balcão da esquerda, perto do Tom e da Katja. — E então, o que trás Bill Kaulitz aqui? – Eu disse de costas para ele, preparando alguns drinks para o Tom.
— Acho que você sabe sobre o quem vim falar! – Ele cochichou atrás de mim, perto da minha nuca. Parei de cortar os morangos para o drink, por conta do arrepio que passou por todo meu corpo. Virei para ele e fiquei olhando-o por cima dos ombros. Ele me olhava sério. Deixei minha cabeça cair, para frente, em sinal de reprovação a mim mesma. Ele se encostou ao meu lado, me encarando. Sem dizer mais nenhuma palavra e sob os olhares dele, terminei o drink do Tom e coloquei os salgadinhos numa travessa grande. Passei pelo Tom e pela Katja e deixei a bebida e a travessa em cima do balcão, frente a eles. Sem ouvir mais nada e sem olhar para trás fui direto para meu quarto. Eu sentia as lágrimas ferventes escorrer pela minha face. Entrei no quarto e fui direto para o banheiro. Lá, deixei que elas me dominassem. As únicas coisas em minha mente eram as palavras da Julia, quando eu estava no parque. Ela finalmente percebeu a verdade, eu sempre fui à culpada pela morte dela, sempre.
—×—
Seus pensamentos, suas concepções
Por Bill
Depois que ela saiu, fui atrás dela.
Ao entrar no quarto, ouvi seu choro. Fiquei um tempo parado na porta, esperando que ela parasse de chorar, mas isso não aconteceu, pelo contrário, ela chorava cada vez mais e a respiração dela estava completamente desgovernada. Então fui até o banheiro e me ajoelhei perto dela.
— Monica… Monica o que foi? – Eu disse colocando os cabelos dela para trás. Quando ela levantou o rosto, me lembrei automaticamente de quando conheci a outra. Do modo como ela me olhou, fria e quente, arrogante e educada, misteriosa e tão fácil de decifrar, ao mesmo tempo. Uma terrível chuva teve início de repente, trovejando e relampeando.
— Eu preciso saber o que ela te falou… – Ela disse ainda aos prantos. Ajudei-a se levantar. Ela então se sentou numa poltrona, ao lado da cama e eu fiquei de pé.
— Foi estranho… Faz alguns dias…
— Quantos?
— É… Doze… – Quando eu a disse, ela apertou os olhos, fazendo várias lágrimas escorrerem. — Eu estava dirigindo numa estrada qualquer, quando parei e encontrei uma trilha. Sua irmã estava lá, Julia, não é mesmo? Então, desde aquele dia, eu não a vejo… Voltei lá por várias vezes, mas não a encontrei mais…
— E não poderia…
— Por quê?
— Porque ela está morta… – Naquele momento eu fiquei em choque. Não sabia o que fazer ou falar e sentia uma vontade tremenda de chorar. Ela também chorava, quando disse: — Faz exatamente um ano e doze dias…
— Não Monica… Não pode ser eu a vi, falei com ela, ela me beijou… – Eu disse desesperado, me ajoelhando frente a ela, que me olhava surpresa.
— Bill… Bill… Ela está morta… Eu a matei… – Ela disse segurando meu rosto, deixando aparente o arrependimento em sua voz. Não dei ouvidos ao que ela disse e tapei a boca dela rapidamente.
— Xii… Você deve estar cansada Monica… Precisa descansar… Vem! – Disse levando-a para a cama. A chuva lá fora ia ficando mais forte. Ela se encolheu em meus braços ainda deixando as lágrimas caírem. Depois de algumas horas ela acabou adormecendo, me levantei e a cobri. Abri a porta do quarto e vi a ruiva e Tom, ainda conversando. Saí do quarto e caminhei até eles.
— Cadê ela? – A ruiva perguntou, se virando para mim.
— Está dormindo… Eu acho melhor que não a deixe sozinha, ela não está muito bem…
— Eu prefiro que vocês fiquem também… Sabem, não faz muito tempo que conheço a Monica, sei que ela é uma ótima pessoa, mas não conheço a vizinhança…
— Está com medo desses velhos que moram por aqui? – Tom perguntou rindo.
— Claro Tom… Não dá pra saber quem realmente são as pessoas…
— Tem razão… – Eu disse.
— Então… Vocês vão ficar? – Ela perguntou.
— Bom… Eu acho melhor não… – Eu disse indo até a porta.
— Mas olha só essa chuva… Ta forte demais… É muito perigoso… – Ela rebateu
— Obrigado por se preocupar, mas ela já estará bem com você… Qualquer coisa pode nos ligar… – E marquei o número dos nossos celulares e o de casa num papel. Entreguei a ela, que o guardou na mesinha ao lado do sofá.
— Boa noite Katja! – Tom disse e deu-lhe um abraço apertado. Despedi-me dela também e saímos de lá.
No caminho para casa tive que aturar o Tom dizendo que a ruiva, Katja, era difícil demais, mas que ele não desistiria tão cedo.
Ao chegarmos a casa, na agenda eletrônica tinha algumas mensagens da nossa mãe, perguntando onde estávamos e se estávamos bem, pedindo para ligarmos de volta, porque já fazia alguns dias que não nos falávamos. Tom ligou pra ela, avisando que estávamos bem e tal e então fomos dormir. E, o que não me surpreendeu nem um pouco, demorei demais para adormecer.
—×—
E então, curtiram?