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 A estraga(quase)-tudo

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AnaCarolina_ff
Big Fã
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AnaCarolina_ff


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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeTer Mar 05, 2013 4:01 pm

Volteeeeeeeeei O/
1 CURIOSIDADE: Por que o Tom e a Sam brigaram??????
To com uma pena ordinária do Georg coitado... No
Continuaaaaaa
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http://re-ssurgir.blogspot.com.br/
Kádinha Kaulitz
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Kádinha Kaulitz


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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSex Mar 15, 2013 9:19 pm

Hallo Liebes Surprised/:

Então aqui está a continuação, como prometido, espero que gostem Liebes.


Esquece que eu existo!

Abri os olhos. Do meu lado esquerdo, o travesseiro estava vazio. Vazio e amassado. Me espreguicei e peguei o celular p’ra ver as horas. Eram 15.10. Pousei o celular de novo e escutei. Ouvi água correndo. Estava perto. O Moritz devia estar na ducha. Me levantei e andei até o banheiro. Abri a porta e entrei. Tudo ali estava embaciado, anunciando o banho quente dele. Me apoiei no lavabo e fiquei olhando ele, pelo vidro transparente do polibã. Quando ele reparou que eu estava ali, sorriu e fez sinal com as mãos p’ra eu entrar. Sorri também. Tirei minha calcinha e a camiseta dele. Ele abriu p’ra mim e eu entrei. Seu beijo de bom dia ocupou meus lábios de repente e suas mãos aconchegaram meu corpo, já molhado. A gente transou ali mesmo, do jeito que eu gostava. Sabe, a água correndo pelos corpos quentes e excitados dá um toque especial.
Depois de o banho terminado o Moritz se vestiu e foi chamar Sam, p’ra saber se ela teria uma roupa que pudesse me emprestar. Ela veio de imediato no quarto com minhentas peças de roupa na mão e o Moritz nos deixou sozinhas. Acabei por escolher um short preto de esporte, muito curto e uma camiseta cabeada e decotada, elástica e rosa gasto. Me dirigi p’ro banheiro e Sam me seguiu, enquanto falávamos das coisas mais absurdas. Enquanto amarrava meu cabelo em um alto rabo-de-cavalo, caí na real. ‘Pera! Essa daí é Sam, a namorada do rapaz com quem você traiu seu namorado na noite passada!’ pensei. Daí em diante foi me difícil agir normalmente com ela. Depois me lembrei das trombas dela e de Tom e tentei arrancar alguma informação.
-Olha, Sam, eu não pude deixar de reparar, ahm, me desculpa pela indiscrição, mas… o que se passa entre você e o Tom? – perguntei pegando a camiseta do Moritz que eu havia vestido e que estava agora jazendo no chão.
Me levantei e virei p’ra Sam, que pareceu ficar um pouco incomodada pela minha pergunta.
-Ai, desculpa - disse, levando a mão à cabeça e fazendo cara feia – que tipo de pergunta eu tô fazendo?
-Não, ora essa, é que…
-É que nada! Você não me deve explicação e além disso eu tenho de parar de ser tao metida porque depois…
-É que foi por sua causa. – disse Sam, interrompendo meu discurso.
-É o quê?
Eu fiquei perplexa, estúpida na verdade. Por minha causa? Como poderia isso ser? Como poderia isso ser se eles já estavam chateados antes do nosso “descuido”? Como? Mas, COMO?
Durante uns breves segundos a gente não falou, nem ao menos se olhou.
-Ah, sabe Rafa, na verdade você não tem culpa nenhuma, e também não foi só por causa disso, mas foi por isso que começou. – disse ela, se virando e andando até ao quarto. Depois se sentou na cama. A segui, e sentei ao lado dela.
-Mas, o que eu fiz?
-Quê? Não! Cê não fez nada. Quer saber, a culpa foi toda minha, eu admito.
Olhei o chão e arregalei os olhos. Eu já não tava percebendo porra nenhuma.
-Ah, eu vou ser sincera com você, posso? – perguntou. De imediato encarei ela.
-Claro.
-Eu tenho ciúme. Quer dizer, não é bem ciúme. Eu tenho, ah, sei lá! Acho que simplesmente me incomoda o fato do Tom já ter estado com você.
Sabe, às vezes meu raciocínio fica tao lento! E dessa vez ficou, quer dizer mais ou menos! Eu tava pensando, só não conseguia falar. Tudo o que ela dizia parecia tao estranho!
-Não tem porquê incomodar. – disse finalmente – acho que tá sendo obsessiva demais Sam. – disse a medo.
-Cê acha? Sabe é que eu, eu conheço o Tom, eu conheço ele. Eu sei como ele é. E às vezes me dá um medo dele me trocar, dele me enganar, eu sei lá.
Olhei ela com os olhos tao, tao abertos, que deviam quase estar saindo. Depois fiquei de todas as cores. Primeiro branca, depois azul, cinzenta, roxa, verde e por fim meio amarelada. Depois voltei ao meu estado normal.
-Eu, ahm, eu acho que o Tom, o Tom nunca seria capaz de te trair Sam. – disse, engolindo em seco de seguida.
-Cê acha mesmo?
Sam sempre tinha sido muito insegura. Lembra quando era com o Bill? Ela só não avançava porque tinha medo. Tinha medo de ele não querer. Ela sempre tinha medo de tudo, de arriscar e ficava perguntando tudo p’ra todo o mundo, p’ra ter a certeza. Mais, quem sou eu p’ra falar disso?
-É, eu acho. Tudo bem que o Tom pode ser um cara de pau de vez em quando e um descarado, mas daí p’ra te trair! – acho que vou me formar em teatro, tenho futuro!
-É, se calhar cê tem razão – ela me olhou e assenti várias vezes com a cabeça – Quer saber? Vou lá falar com ele, esclarecer as coisas.
Não disse nada, apenas sorri. Sam se levantou e me deu um beijo na testa.
-Obrigada. Por sempre me ajudar nas minhas decisões. – sorri, quase morrendo por dentro. O que ela estava dizendo p’ra mim? Ou melhor: o que eu estava FAZENDO p’ra ela? – Ah, e olha: debaixo de toda essa roupa que eu trouxe tem uns bikinis, escolhe um, hoje há piscina! – disse, sorrindo e saindo de seguida.
Boa. Piscina. Era só o que me faltava. Piscina. P-I-S-C-I-N-A. Piscina. Boa. Serio. Bom demais. Até porque ia ser facílimo p’ra mim não olhar o Kaulitz só de roupa de banho! Serio, fácil demais! Ele até não tem um corpo de morrer nem nada! E ele também não ia ficar me olhando de bikini, do jeito que ele é, tao conservador! Bufei e me levantei. Revirei as roupas de Sam pousadas em cima da cama. Como tantos bikinis haviam ido parar ali sem que eu notasse? Melhor: onde essa garota guardava tanto bikini? De repente, um bikini chamou a minha atenção. Só a parte de cima. P’ra achar a parte debaixo, no meio de tantos outros foi um pouco complicado, mas eu lá consegui. Era um bikini simples, mas eu sempre gostei de roupa interior simples. Eu sei que bikini não é roupa interior, mas eu me sentia em roupa interior quando estava só de bikini. Era bem simples mesmo. Era um bikini normal, de amarrar de fio, todo verde escuro. Sei que não era nada de mais, mas eu gostei. Peguei ele e o olhei. Tirei as medidas e pensei: ‘Deve ficar bem, acho’. Eu e Sam tínhamos mais ou menos as mesmas medidas de corpo. Nossos seios eram sensivelmente do mesmo tamanho, o tamanho normal. Nossas bundas também. Só que Sam tinha a anca mais larga do que eu. Mas não havia de ser nada. No corpo, eu e Sam, podíamos louvar a Deus e nossos pais, pois tínhamos, ambas, um corpo bastante bem feito.
Pousei o bikini em cima do meu travesseiro e peguei todas as outras roupas de Sam, p’ra levar p’ra ela.
-Sam! Sam! – chamei, quase gritando, saindo do quarto e entrando no corredor enorme.
Ninguém respondeu. Andei um pouco em frente p’ra espreitar na porta seguinte. Meus pés descalços pisavam a alcatifa limpa e macia e estavam bastante confortáveis. De repente, ouvi um barulho de passos apressados. Não pareciam passos. Aliás, pareciam patadas. Patadas…de cão!
-Ah!! – gritei caindo.
Um cão, bastante grande, preto, branco com pintas pretas nas patas, veio contra mim, me fazendo cair e caindo por cima de mim. Bati com força as costas no chão e ele caiu por cima de mim, me magoando ainda mais. Nuss, como ele era pesado gente! Eu nem sabia que os meninos tinham cachorro. Ai credo!
-Scotty! – gritou Tom, se aproximando de nós.
Deu uma sacudidela amorosa no rabo do bicho e ele saiu de cima de mim. O coitadinho pareceu ter ficado com vergonha, parecia gente! Se escondeu por detrás das pernas do Tom e se encolheu. Tom riu e esticou sua mão p’ra mim. Peguei as roupas numa só mão e dei a outra p’ra ele. Tom me puxou e com a minha falta de jeito, quase caí de novo. Sorte que o braço forte do Kaulitz se esticou e me agarrou por cima da minha cintura, amparando minha queda.
-Puta que pariu! – rosnei.
Logo me compus e voltei a minha posição vertical normal. Nos olhámos, com uns olhares tao estranhos que nem sei descrever. Um misto de vergonha, culpa, embaraço. De repente, quando Tom olhava p’ra onde não devia, encolheu os olhos e torceu o nariz.
-Essas roupas são suas? – perguntou.
-Essas roupas são de sua namorada. – respondi, rápida e grossa - Esse cachorro é seu?
-É, é nosso.
Me agachei e passei a mão pelo bicho. Devo dizer que não sou muito adepta de animais de estimação – especialmente gatos -, mas, achei até graça ao cachorro. Ele se aproximou mais de mim e pousou seu queixo em meus joelhos. Sorri e afaguei seu pelo na cabeça.
-Prazer, Scotty. – sorri de novo.
-Onde você vai? - perguntou Tom.
-Você agora virou polícia, foi? – continuei falando do mesmo jeito mal criado e áspero.
Me levantei e Tom agarrou meu braço com força me fazendo aproximar dele.
-Qual é seu problema? Porquê tá falando assim comigo?
-Não te devo explicações. – respondi, lançando um olhar ingrato.
-Que porra de feitio é esse que cê tem? – disse ele, apertando meu braço com mais força.
-Olha só p’ro seu jeito de bruto! Que criança!
-Ontem à noite, cê pareceu gostar.
Olhei ele com uma cara de pasmo e vergonha. Como ele tinha o descaramento de me dizer isso? Soltei meu braço do dele e me recolhi p’ra trás. Ele olhou o chão.
-Olha só, cê fica sabendo que o que aconteceu ontem foi um descuido, algo que nunca mais vai acontecer, percebeu? Eu não quero nada contigo! Você mudou, p’ra pior.
-Fala sério garota! Tu nem na minha cara consegue olhar direito, quase que derrete!
-Quanta humildade Tom! Faça me o favor! – resmunguei, indignada.
-Quero ver você resistir! – disse ele, com ar desafiador.
-Você deve se achar algum Deus, não?
-Costumam dizer que sim. SexGott se lembra? – disse se aproximando.
-Pff… não brinque comigo!
-Ah, é? – ele se aproximou mais – E agora?
Quando ele pronunciou esse ‘E agora?’ sua mão agarrou minha cintura e me puxou p’ra ele, fazendo as roupas que segurava na mão, caírem. Meus olhos encaravam os seus, frente a frente e conseguia sentir sua respiração bater contra a minha. Minha anca bateu com força no seu quadril. Ficámos assim por uns segundos. Depois, Tom se aproximou, p’ra me beijar.
Me afastei de repente e senti ainda seus lábios rasparem nos meus e o piercing fez uma certa cócega.
-Cê tá louco? Se enxerga Rapá! Num quero nada com você!
Peguei as roupas e saí dali correndo. Atravessei o corredor a passo muito acelerado. Sem pensar muito desci as escadas correndo, quase tropeçando. Eu devia estar “cor de raiva”. Sério. Que raiva! Como esse canalha era capaz de me provocar desse jeito? Será que ele pensava ao menos no Moritz? No seu melhor amigo? Meu namorado? Eu sei que pelo que havia acontecido na noite anterior eu era tão culpada como ele, mas isso! Ele devia estar alucinando! Devia estar pirando se pensava que eu iria trocar ou trair o Georg por ele! Pirando mesmo? “Alô, é do hospício? Queria saber se têm vagas para doentes mentais com alucinações graves. Ok, eu espero.----------Ah, sim, o nome é Tom Kaulitz. Hum, hum. O quê? Como assim o paciente é demasiado perigoso e demente? Você está me recusando um serviço? Olhe minha senhora, eu compreendo que esse cara seja um perigo para a moral e os bons costumes daí, mas e se ele decidir… tu- tu- tu.” Pensei mesmo em ligar pro hospício. Ou pra um centro de tortura ‘pinga-azeite’. Chegando no fim das escadas dei de cara com Sam, que se preparava pra subir. Literalmente, atirei as roupas em seus braços e me dirigi pro Moritz, que estava encostado na mesa, conversando com Gustav, que abraçava Nora, em sua cintura.
-Que foi isso garota? – perguntou Sam, rindo e me olhando.
-O cachorro saltou pra cima de mim! – respondi, tentando parecer realmente indignada pelo cachorro.
-O Scotty já chegou? – perguntou Bill, entrando na cozinha pela porta das traseiras.
-É, acho que é ele mesmo. – respondi.
-E o cachorro do Tom num disse nada pra mim? Ah, ele vai ver! ` _´
Bill arrancou correndo pro andar de cima. Passou por Sam como se nada fosse. Esta olhou ele. Seguiu ele com os olhos até o andar de cima. Ai, como ela tava morrendo pelo Bill! Pelo menos morrendo de pena de eles não se falarem. Subiu logo detrás.
-Ahm, é melhor subir. Pra evitar possíveis ferimentos ou danos...no Scotty, é claro. – todos rimos, um pouco sem graça por aquele momento estranho entre ela e Bill.
-Vem cá, cÊ quer comer alguma coisa amor? – perguntou Ge, depois de depositar um selinho quente em meus lábios – Vou fazer uma salada pra nóis dois.
Eu sorri. O Moritz apertou meu rabo e se dirigiu pra geladeira.
-Vocês vão querer também? – perguntou ele, a Gus e Nora.
-A gente já comeu. – respondeu Nora, sorrindo de agradecida.
-A gente não acorda à mesma hora que as chapinhas com pernas! – disse Gus, me olhando e rindo.
-Ah Ah Gustav! Essa teve tanta piada… que me deu câncer. – respondeu Ge, com o seu maior jeito de ironia.
-Cês tao acordados desde que horas? – perguntei, franzindo o cenho.
-Desde a hora que uma pessoa normal e gostosa deve estar acordada. – respondeu Gus.
-Mas que namorado modesto que eu arranjei, hein? – perguntou Nora, olhando ele e rindo.
Ele, de imediato, fez cócega nela, que quase rebolou de tanto rir até ao sofá. Neste, se jogaram um em cima do outro e continuaram “brincando”. Eu, simplesmente, me encostei na mesa e fiquei olhando o Moritz. Tudo nele era encantador: A maneira como manuseava as folhas de alface e o milho; o jeito maravilhoso como arrumava o cabelo pra trás da orelha; o brilho de um sorriso se abrindo em seus lábios.
-Quê que cê tá olhando? – perguntou, arrumando mais uma vez seu cabelo da cara e sorrindo pra mim.
Respondi somente com um sorriso. Um sorriso ao qual ele já estava habituado e cujo já sabia o significado. Ele continuou caprichando na nossa salada e eu continuei observando ele.
Quando terminou pegou dois garfos, o recipiente onde havia feito a salada, se dirigiu pra porta que dava acesso às traseiras e me fez sinal com a cabeça pra ir com ele. Assenti com a cabeça e o segui pra beira da piscina.
Ele sentou numa espreguiçadeira e abriu as pernas, pra eu sentar no meio. Sentei e ele deu o garfo pra mim. Começámos a comer. Nenhum de nós dois dizia coisa alguma, mas eu não estava preocupada, pois eu sabia que com ele não precisava de palavras algumas. Ele era daquelas pessoas que você só de olhar naqueles olhos fundos e lindos sabe o que ele quer, e por mais que você não queira, não consegue dizer não pra ele. Fomos comendo, nos alimentando um ao outro como a mamãe águia nos seus filhinhos.
-Então você está gostando de estar aqui na casa dos gêmeos? – perguntou, com a voz meia rouca, limpando a garganta de seguida.
-É. Casa grande né? – respondi, olhando pro outro lado da piscina.
-Ahm – sorriu. – Rafa, olha, eu sei que você e o Tom, que vocês não estão bem e…
-Ge, não, pára…
-Deixa eu falar. – olhei ele séria, com o coração pulando forte – Eu sei que vocês não estão bem um com o outro e eu não vou dizer que preferia que estivessem, por eu sô um cara ciumento, mas se você alguma vez não se sentir bem, ou à vontade, você diz pra mim, porque, porque por você eu faço tudo.
Rapidamente as lágrimas subiram em meus olhos, demonstrando a sensibilidade e emoção com que esse mini discurso dele me havia deixado. Tirei das mãos dele a salada e pousei ao lado. Me cheguei bem perto dele, me sentando em cima de sua perna esquerda dobrada. Passei a mão pela sua face e pronunciei um levíssimo “Eu te amo”. Ele agarrou minha cintura, me botou no chão, na relva fria, colocando-se por cima de mim, e me beijou. Acabámos rindo. Aliás, com ele não seria possível de outro jeito. Nos virei, ficando eu por cima dele e abri as minhas pernas, uma de cada lado dos quadris dele. Ainda estávamos rindo, não sei porquê, não parávamos. Ele agarrou na minha anca e mordeu de leve meu seio esquerdo. Gemi e dei um tapa no seu peito. Depois o beijei.
-Ai, eu num quero ver isso! – uma voz masculina soou. Era Bill.
Levantei a cabeça. Estavam todos ali, nos olhando. Bill, Gustav E Nora na frente e Tom, Sam e Keira, vinham mais detrás. Pararam todos e ficaram nos olhando, ai que vergonha! O Moritz se sentou, me erguendo também. Escondi a cara na curva do pescoço dele e dei uma leve mordidela. Ele se virou e começou:
-Quê que foi? Agora num posso…
-A gente dispensa explicações Barbie. – disse Gustav, rindo.
-Que é? Já não posso demonstrar meu amor em público, é? – perguntou, rindo também.
-Ah, Georg, vocês já estavam praticamente nos preliminares! – disse Bill.
Todos riram dessa piadinha. Moritz se levantou e me puxou pra cima.
-Vem cá linda, vamos no quarto ter nossa privacidade? – perguntou, me agarrando na cintura e olhando os outros pelo canto do olho.
O Bill escancarou sua boca e riu com o seu riso de hiena altiva.
-Não, não, não e NÃO! – disse Sam saindo da beira de Tom e Keira e se dirigindo pra nós, me agarrando no braço – Ela vem comigo Ge! Vamos vestir o Bikini, só falta você amor!
-Que é isso sua Kaulitz? A namorada ainda é minha, ué! – disse o Moritz, desafiando Sam.
-Mas é minha amiga! – ela começou a andar, me levando junto. Parou na entrada para a casa – e só pra que conste, caso case com o Tom, não vou adotar o nome dele! Beijão.
Os meninos saíram rindo e eu fiz sinal pra Keira e Nora virem também. Elas nos seguiram e andámos até o meu quarto e do Moritz. Nora se sentou na cama, Keira no chão e Sam se instalou toda aberta no cadeirão junto à janela. Peguei o bikini e entrei no banheiro, pra me trocar.
Enquanto me vestia pensava no quanto eu queria conhecer essas garotas melhor. Keira parecia fazer bem o estilo do Bill: era simpática, histérica, convencida o bastante, egocêntrica, bonita e acima de tudo se vestia bem e tinha estilo, tal como o Kaulitz. Eu sempre imaginara ele com uma garota assim. Nora era bem tímida e reservada, mas ao mesmo tempo simpática e também divertida. Parecia ser um amor e bem paciente, perfeita pro Gustav. Sim, o Gus é uma peça ruim de aturar. Ele parece um amor, um grande ursinho carinhoso, mas ele é muito difícil de aturar mesmo. Ele é bastante impaciente, bitchy –como os meninos dizem-, ele se ofende com muito pouco, é difícil conseguir conquistar ele. Olhem, eu admiro essa mina!
Vesti o bikini e saí do banheiro.
-Que tal? – perguntei.
-Ficou muito bem, eu acho. – disse Nora.
-Ahm, Ahm. – concordou Keira.
-Você parece aquela, aquela, vá cê sabe, aquela! Dos filmes! Como é o nome mesmo? – perguntou Sam se levantando, se dirigindo pro espelho e admirando seu queixo. – Pronto, não importa, cê tá linda. Caprichou na escolha do bikini. Quase que eu num uso, mas é muito bonito. O membro do Ge vai dar sinal de vida só de te ver assim.
-E se não calhar o do Bill também. – disse Keira, com aquele seu estilo fora do normal. Nós rimos. – Sério, ele sobe com muito pouco. O Bill se encanta com pouco!
Rimos tanto, ai nossa!
-A gente não precisa ficar sabendo disso! – disse Nora, ainda rindo.
-Ah Nora! Num diz isso! É sempre bom saber coisas novas! Conta aí… como é com o Gustav? – perguntou Sam, pondo a mão na barriga de tanto rir.
Nora atirou com uma almofada em Sam e eu comecei a vestir minha roupa.
-Num vale a pena vestir amor, vamo tomar banho, AGORA! – continuou ela.
-Tá bom então.
Descemos e chegamos cá em baixo, ainda rindo.
Chegámos no andar debaixo e justo o Tom e o Moritz, já estavam na piscina, montando uma rede de vólei. Nora foi ter com Gustav que estava encostado na churrasqueira, debaixo de um coberto. Keira, de imediato, correu e se atirou – literalmente – pra cima do Bill, que estava tomando sol numa espreguiçadeira. Ele gemeu alto, com aquele seu jeito meio, cê sabe. Sam olhou de lado e deu pra notar, não era bem ciúme, era mais uma raiva. Sim, eu notei uma certa raiva em seu olhar. Porém, não disse nada, ou melhor, fingi que nem tinha visto. Andámos ambas até a beira da piscina e ali parámos. Tom fez sinal com a cabeça pra Sam entrar, enquanto dava a ultima laçada na rede. O Moritz abriu os braços pra mim e eu ri. Ele se aproximou enquanto Sam entrava na piscina e se dirigia pro Tom, que ainda só estava molhado até a cintura. Chegando na beira da piscina o Ge abriu os braços pra mim. Eu olhei pra ele, pra baixo, e me sentei na beira da piscina só a parte pra baixo do joelho dentro de água. Ele enrolou seus braços na minha cintura e me deu um longo selinho, seguido de um beijo.
-Vem cá gente, vamo fazer uma partida de casais? – perguntou Sam, interrompendo nosso beijo.
-Vamo Rafa? – perguntou o Moritz pra mim.
Acenei que sim e ele acenou também pra Sam.
-Nós contra vocês! – disse ela, agarrando Tom pelo pescoço (seja notado que ele segurava firme o rabo dela com uma das mãos).
-Tá! Entra amor! – disse pra mim. – Preparem-se para a surra das vossas vidas! – continuou gritando para eles.
Eu ia entrando na piscina, quando notei que tinha o colar que o Moritz me havia dado. Não queria que ele apanhasse água, pra não correr o risco de estragar, como era de prata, então decidi ir coloca-lo no quarto.
-Ai, Ge, eu preciso ir botar o colar no quarto, não quero que ele se estrague na água! – disse colocando uma mão em seu ombro e outra no colar.
-Vai, então. Mas vai rápido!
Eu ri e tirei minhas pernas da piscina. Dei uma limpadela rápida nelas com a toalha dele e fui assim mesmo, descalça.
Sabe quando você pensa ou se concentra em algo tao, tao estúpido, que parece uma criancinha? Pois eu decidi me concentrar, enquanto subia as escadas e atravessava o corredor, no balanço que o meu rabo-de-cavalo levava. Dlim, Dlão! Enfim, bobagens. Entrei no quarto e me dirigi pra minha bolsa que estava pousada no chão, junto no cadeirão. Abri ela, desapertei o colar e coloquei ele lá dentro. Me deu uma luz na cabeça, pra verificar o celular. Peguei nele e tinha 11 chamadas não atendidas de Eve! Oh meu Deus, eu tinha esquecido dela! Digitei seu número e liguei imediatamente. Oh, ela iria me matar!
-Alô Eve? – perguntei, tentando agir como se nada se tivesse passado.
-Onde você está sua… Como você ousa não atender minhas chamadas? Como você ousa dormir fora de casa sem minha permissão? – gritou, com seu tom visível de brincadeira.
-Desculpa, Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa! Plss,plss, plss! – implorei.
-Tá desculpada! – nos rimos – então onde você está sua perdida?
-Estou em casa dos Kaulitz.
-Ah, é? O Moritz tá aí? O Quê que tu tá fazendo? – curiosa -.-
-Não ele tá lá em baixo. A gente vai na piscina. – respondi, rindo.
-É, você aí na piscina, em casa de gente rica e eu aqui trabalhando feito uma cachorra! Num é justo! – começou a fingir o choro – Ahhh! Como estão as coisas entre você e o Kaulitz? – disse, parando seu choro imediatamente.
-VocÊ já foi trabalhar hoje? – perguntei, tentando fugir do assunto do Kaulitz.
-Se eu disse que vim, é porque vim. Agora Rafa, não muda de assunto tá?
-Oras, eu num tava mudando de assunto!
-Eu te conheço. Vai, como estão as coisas entre vocês? – disse, toda dona da razão.
Não teria coragem de contar pra ela o que eu e o Tom havíamos feito, ou mesmo o que se passava dentro do meu coração. Não dava.
-A gente ainda nem se falou desde que eu cheguei. – menti.
-Hmm…
De repente, ouvi Phil chamá-la. Ri.
-Já vou! – gritou – menina, tu vê se tu ganha juízo nessa cabeça! Não desperdiça o Georg, viu? Ai que chato, Tou indo Phil! – gritou de novo.
-Cê acha mesmo? Nunca. Eu amo ele. Agora vai antes que o Phil se passe da cabeça.
-É, cê tem razão. Tchau ae amor.
-Tchau.
Pousei o celular no cadeirão e me dirigi pra frente do espelho. Olhei minha imagem refletida e bufei, pensando “Cabra! Como você pode ser tão vaca assim? Boa, Rafaela!” dei um toque no meu rabo-de-cavalo e me dirigi pra porta. Abri a porta, saí e voltei a fechá-la. “Legal!” pensei quando vi o Tom acabando de subir as escadas e andando em sentido a mim. Respirei fundo, sem que fosse muito visível e comecei a andar como se nada fosse, olhando o chão. Passei por ele um pouco á frente da porta do seu quarto, que era ao lado do de Bill, que se encontrava em frente ao quarto em que eu e o Moritz estávamos. Depois de já não conseguir ver ele, por estar detrás de mim, ele agarrou meu braço de novo, me virando pra ele.
-Que é isso? De novo? – falei, brava.
-Fala baixo! – resmungou -Eu preciso falar contigo.
-Eu falo é como eu quiser! E eu num quero falar contigo, já disse!
-Você vai me ouvir e é agora!
Ele me puxou, me levando pro seu quarto. Abriu a porta, fez a gente entrar, fechou a porta e com força me encostou nela. Colocou os braços um de cada lado do meu corpo, apoiados na porta, pra evitar a minha fuga.
-Olha, eu num quero discutir. Eu só quero falar contigo. – disse ele.
-Pois eu não! – resmunguei.
-Mas tu vai me ouvir na mesma! – bufei, me fazendo de indiferente. Ele tava de calção, ali na minha frente o que eu mais queria era beijá-lo ali, ignorando o resto…mas o que eu tô dizendo? - Garota, eu bem vejo como tu me olha. Tu fica incomodada quando está na minha frente com o Georg, tu nem age normalmente. E aquilo que se passou ontem, cê queria. Cê queria muito. Deu pra notar na maneira como tu me beijou. Cê pode dizer que não, mas eu sei que você quer tanto como eu.
-Quero o quê? – perguntei, já me enervando.
Ao invés de me responder Tom grudou nossos lábios. Os lábios dele eram quentes, doces, tinham um gosto que eu não trocaria por nada. Ao mesmo tempo Tom agarrou minha cintura e pediu permissão com a língua. Eu não cedi.
-Pára. – disse baixo, tirando as mãos dele da minha cintura e o afastando.
Ele se aproximou de novo. Colocou sua mão esquerda nas minhas costas e passou o polegar direito por meu seio esquerdo. Subiu com o mesmo polegar pelo meu pescoço, massajando de seguida na zona do meu maxilar. Se aproximou mais e me beijou na testa, que, como eu sou nanica, era o que estava à altura de sua boca. Foi um beijo apertado. Ele encolheu os olhos também, durante esse beijo, eu consegui ver. Quando finalmente separou seus lábios de minha carne, se afastou pra longe.
-Vai. – disse de costas pra mim.
Continuei imóvel, tentando perceber o que ia na cabeça daquele ser tão estranho.
-Rafaela, vai. – ele falou mais forte.
Abanei a cabeça e obedeci. Saí do quarto, fechando a porta. Afinal o que tinha sido isso?
Andei de novo até a piscina, onde entrei e me abracei no Moritz imediatamente. Só um abraço. O que eu queria era só um abraço.
-Que foi? – disse ele, beijando minha testa.
-Nada, ué. Preciso motivo pra ter abraço? – perguntei, olhando ele.
-Não, não precisa.
Também o Moritz grudou meus lábios ainda quentes, com os dele. Permiti a passagem de sua língua e nos beijámos ali, no meio da água.
-Tive falando com Eve no celular, por isso que eu demorei. – disse quando separámos nossos lábios.
-Ah foi? E então? O que ela disse? – riu ele, mexendo em minha orelha.
-Ela quase me matou via chamada. – ele riu – Ai, eu esqueci completamente que ela existia!
-HaHaHaHa, ela já está melhor?
-Já, hoje já foi trabalhar. Ai, você vê só o efeito que tem em mim, eu esqueci da Eve! – resmunguei, socando ele no ombro.
Ele riu e me beijou de novo. Agarrou minha cintura com as duas mãos, aquelas duas mãos grandes que já conheciam meu corpo de cor.
-Vocês vão jogar ou vão ficar nisso o tempo todo? – perguntou Sam, rindo.
O Moritz tirou uma de suas mãos da minha cintura e não sei o que fez. Muito provavelmente, mostrou o dedo do meio pra ela. Nos separámos e o Tom já se encontrava dentro da piscina coma gente. Olhei ele. Ele também me olhou. Como eu desejava ele! Gente, eu tava morrendo por dentro. Eu queria, mas eu queria tanto. Mas eu também morreria pelo Ge, se fosse preciso. Porquê o ser humano tem de ser tão racional ao ponto de ter ciúme? Porquê? Se não fosse, eu poderia ficar com os dois numa boa – bah, simplesmente me ignorem.
Jogámos a tarde inteira. Não só nós quatro. Jogámos todos. Acabaram por ganhar Keira e Bill. De noite, ficaram todos jantando lá, menos eu e o Moritz. Simples: eu quis ir embora, não aguentava mais aquele ambiente, não dava. O Moritz quis ir comigo pra casa. Sinceramente, nesse dia, não queria muito que ele tivesse ido. Precisava estar sozinha, pensar sobre tudo, sobre a minha vida. Mas eu não podia negar a presença dele, até porque de certeza, mais tarde, eu me iria arrepender. O Moritz era essencial pra mim. Essencial como a comida. Mas, todo o mundo sabe: o ser humano não precisa só de comida, precisa de água também…



Que tal?? Pessoas, quer dizer, Aliens me contem o que vocês acharam, necessito saber ¬¬2
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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSáb Mar 16, 2013 2:59 pm

Kádinha Kaulitz escreveu:
Pirando mesmo? “Alô, é do hospício? Queria saber se têm vagas para doentes mentais com alucinações graves. Ok, eu espero.----------Ah, sim, o nome é Tom Kaulitz. Hum, hum. O quê? Como assim o paciente é demasiado perigoso e demente? Você está me recusando um serviço? Olhe minha senhora, eu compreendo que esse cara seja um perigo para a moral e os bons costumes daí, mas e se ele decidir… tu- tu- tu.” Pensei mesmo em ligar pro hospício. Ou pra um centro de tortura ‘pinga-azeite’.

hahahahahahahaha eu ri tanto nessa parte haha haha haha Quase ficou difícil respirar kkk

Ah eu nem sei o que dizer X-l

Tadinho do Ge..

Tadinho do Tom..

Tadinha da Sam...

e tadinha da Rafa também, por ficar nessa indecisão gn

Continua, e rápido Liebe Wink
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AnaCarolina_ff
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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSáb Mar 16, 2013 3:28 pm

TOM MODO BIPOLAR: ATIVADO Suspect
Mas o que foi aquilo no quarto dele? Achei que fosse rolar uns beijos, uns amassos, uns negócios... mas não .-.
Rafa, GÊ ou TOM? Faça sua escolha
Continua (;
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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSáb Abr 27, 2013 4:23 pm

Halloooooo Surprised/:
Então amadas, tudo bem com vcs?

Novo capítulo, demorou - eu sei Embarassed - mas é que eu não tenho tido mt tempo pra trabalhar na fic e minha imaginação não tem ajudado também. Mas aqui está e, como sempre, espero que gostem cheers

Let us Party !!!

Passaram se as semanas e eu e o Moritz continuávamos apaixonados. Já tínhamos feito um mês de namoro e eu me sentia completa. Quando estava com ele, meu mundo parecia aqueles campos florais que dão nos filmes. Tudo bom, tudo perfeito, apenas nós dois correndo por o meio das flores, nos rebolando, enfim. Era tudo maravilhoso quando eu estava com ele. Cada vez mais ele demonstrava seu amor incondicional por mim, ai gente, ele falou de mim numa entrevista! Ele disse que tinha namorada, que eu era tudo pra ele. Só isso. Não revelou minha identidade nem algo do género, porque ele sabe que é melhor pra mim. E ele só quer o melhor pra mim, eu sei disso.
Nesses dias os meninos tavam muito ocupados, cheios de correria, entrevistas, sessões de fotos pra lá e pra cá. Nesse preciso dia, teríamos a festa de pré-lançamento do álbum, uma espécie de “ante estreia”. Eu iria na festa, sim, mas como compositora adjunta dos Tokio Hotel e não como namorada do Georg Listing. A gente ainda não tinha falado muito bem sobre isso, mas o que tava planeado era a gente não esconder que tava junto, mas também não contar. Ele dizia que o melhor mesmo era deixar correr. Eu fazia o que ele dizia, pois ele é que percebia disso, ele que é a celebridade não eu. Bom, então a festa seria num clube muito frequentado em L.A. que os meninos alugaram, estava marcada para as 19.30h. Para essa ocasião eu havia comprado um vestido lindo, digno da passadeira vermelha dos óscares – kkkkk’ tou brincando – e de uma maravilhosa “Compositora Adjunta”. Comprei esse vestido com a ajuda da namorada de Phil que estudou moda, e agora trabalha como secretária de um estilista qualquer que num sei o nome. Então o vestido era daqueles comprido atrás, curto na frente, com um decote generosamente generoso e era verde água. Ele me chegava um pouco acima do joelho. Tencionava também calçar um salto ligeiramente prata e simples – do jeito que eu sou kkk’ – e ondular ligeiramente o cabelo. Contava com a ajuda de Eve pra isso, pois eu não tinha jeito nenhum pra cabelos.
Então eram umas 16h quando decidi ir tomar uma ducha e começar a me preparar. Mal terminei minha ducha vesti minha roupa íntima e me enrolei no roupão, chamando de seguida Eve pra vir ajeitar meu cabelo. Demorou um pouco mais do que eu achava que iria demorar, mas o certo é que ficou bonito. Meu cabelo louro e liso, continuou liso até meio, todo ondulado nas pontas. Ficou lindo. Quem me dera ter o cabelo assim ao natural. Eve me ajudou a me maquilhar também. Não é que eu não tenha jeito, ela só tem mais do que eu. Me vesti, calcei e no fim de tudo peguei minha bolsa, me despedi de Eve, me cruzei com James à entrada do apartamento e me meti no carro, rumo à residência Kaulitz.
Chegando na casa dos gémeos, eram umas 18.10h, a casa não aparentava nada. Mas por dentro, eu sabia que estaria uma degradação. Eu tinha de acalmar eles, tinha a certeza de que estavam tremendo por tudo quanto é lado. Estacionei meu carro à porta e me dirigi pra casa. Toquei na campainha e Keira veio abrir.
-Oi Guria! Cê tá muito gataaaa!
Entrei e cumprimentei ela e Nora que se encontrava um pouco atrás.
-Cadê todo o mundo? – perguntei, pousando minha bolsa no sofá.
Keira me fez sinal com a cabeça e fui espreitar na cozinha. Bill andava de um lado pro outro com o celular no ouvido com aquele seu jeito nervosinho. Já estava vestido: umas calças super skiny vermelhas de xadrez, umas botas pretas uma casaca de pele; tudo do jeito dele. Ah e aqueles dreads soltos, ah Bill tava divinal.
-Oi! – sussurrei, pra não incomodar a chamada.
-Pode falar alto, não atendem. Que linda, hein? – disse, se dirigindo pra mim e me beijando na testa.
- Brigada, Bill. Cadê os outros?
-O Tom e o Gustav devem estar quase descendo. O seu namoradinho é a mesma lesma de sempre por causa do cabelo. – riu.
De repente, ouvi um assobio de cima das escadas. Era o Gustav. Olhámos todos pra cima.
-Então que tal? – perguntou, abrindo os braços e piscando o olho.
Todos rimos e Bill disse “Você não é normal” com aquela cara de retardado que ele fica de vez em quando. Gustav estava como sempre com seus eternos shorts, dessa vez pretos. A camisola era cinza, eu acho, sapatilhas brancas.
-Ficou muito bem amor. – disse Nora se aproximando dele, depois de este descer.
Eles se beijaram e eu fiz sinal pro Bill - que agora sim falava no celular - que ia pra cima. Subi as escadas. Chegando nas no cimo das escadas me cruzei com o casalinho sensação, que vinha andando no sentido contrário a mim.
-Oi, amor! Que linda que cê táaaaa! – gritou Sam, largando Tom e se dirigindo pra mim.
-Brigada. – disse abraçando ela. Com o queixo pousado em seu ombro, olhei Tom. Ele me virou a cara.
Porquê ele me virou a cara? O certo é que ele estava lindo: tava todo de preto, com aquelas suas calças de tamanho exagerado de sempre, e uma fita preta na cabeça. Mudara seu piercing pra um preto. Andou até mais perto de nós, parando do nosso lado.
-Vai lá ter com o Moritz? – perguntou Sam, se separando de mim. Assenti com a cabeça.
-Então… você não vai na festa? – perguntei.
-Não, nem as outras. Vamos apenas fazer uma sessão de pipoca, comédia romântica e pedicura. Pena que você vai.
-Num fala isso, senão perco a vontade de ir! – disse, rindo.
-Tá, pronto, eu num falo mais. Vai lá ter com o “chapas” que ele deve estar aflito. – riu.
Tom deu um leve sorriso sobre a piadinha de Sam e lhe agarrou na mão arrastando a com ele para as escadas. Esta se aproximou dele e o mordeu no pescoço. Ele gemeu de dor. Depois a beijou e continuaram seu caminho.
Era indiscritível a quantidade de ciúme que eu tava sentindo nessa hora. Tinha a certeza que ele tinha feito isso só pra me provocar. Certeza. Se ao menos eu ganhasse coragem pra contar a Sam o que esse maldito estava fazendo nas costas dela, a maneira de como ele me provocava, como me havia beijado à algum tempo atrás. A verdade é que: se o Tom sentia alguma coisa mesmo por mim algures nos anos do Gusti, ele tinha esquecido nessas semanas que não nos vimos. Pelo menos ele tinha cara de quem se estava borrifando pra cima de mim. “Eu tô apaixonado, feliz, se ferra! Roubei teu coração? Azar! Agora vive com isso, porque contigo agora eu num quero nada!” essas eram as palavras de Tom na minha cabeça. Foi nesse momento, vendo eles descendo as escadas, que eu jurei pra mim mesma que nunca mais iria trair o Moritz, muito menos com o Tom, que nunca mais iria deixar a boca dele a menos de um metro da minha e que nunca mais sentiria sua respiração chocando na minha. Por mais que eu tenha jurado, eu tinha consciência que não podia controlar o futuro, ou seja, podia acontecer ou não. Mas no que dependesse de mim, nunca mais. Nunca.
-Georg? Ge? – disse entrando no quarto.
Em cima da cama uma confusão de camisolas, toalhas e meias se instalara. O barulho ensurdecedor do secador de cabelo zumbia em meus ouvidos. Andei até ao banheiro.
-Ó Haaaagen!!! – gritei.
Ele se virou e desligou o secador. Se aproximou de mim, me agarrou com a mão que estava vazia e me beijou. Já sentia falta daquele beijo. Aquele beijo doce, aqueles lábios finos pelos quais eu ansiava. Mas foi um beijo super rápido, quase só um selinho, ele estava muito estressado.
-Credo, quê que passa com você? – perguntei, me aproximando e colocando a mão em seu ombro.
Ele se virou pra mim e suspirou. Ia começar a falar, mas de repente, se calou. Olhou me durante uns segundos.
-Uau, você… você tá linda Rafaela.
Sorri um pouco envergonhada e abanei a cabeça, rindo.
-É, mas nem assim você me beijou direito, né Moritz?
-Ohhh! – ele riu.
Virou se pra trás e colocou o secador em cima do lavabo. Virou se de novo e se aproximou de mim. Como estava de salto, a minha altura era pouco menos que a dele e eu me sentia grande. Ele me agarrou na cintura, apanhou meu cabelo por detrás de minha nuca e me beijou. Agora sim do jeito que eu ansiava. Aquele beijo calmo, romântico, atrevido ao mesmo tempo. A gente começou a se entusiasmar, mas simplesmente não podia. Havíamos estado muito pouco tempo juntos nessas ultimas semanas, simplesmente. Começamos a nos beijar de um jeito mais atrevido e ofegante um para com o outro. Mas não dava, agora não.
-Sinto sua falta. – disse ele ofegante, com a testa colada na minha, depois de cessarmos nosso beijo.
-Eu sei. Eu também. – dei um selinho muito apertado em seus lábios.
Tirei as mãos dele do meu rabo e me recolhi um pouco pra trás.
-Termina de se arrumar agora, Ge. Está todo o mundo te esperando, donzela– disse.
-Tou quase. Essa porra num presta!
-Porque cê num tá fazendo isso com alisador? É muito mais rápido.
-É, eu sei. Mas meu alisador decidiu avariar logo hoje. –resmungou.
-É muita sorte Moritz. – ri.
Ele terminou de arrumar seu cabelo e vestiu o casaco. Saímos do quarto e nos dirigimos pro andar debaixo.
-Aleluia!!! Obrigado Senhor! – disse Gustav, fingindo oração, enquanto descíamos as escadas.
-Porque você demora tanto Georg? – reclamou Bill, enquanto todo o mundo ria de Gustav.
-Ai gente, vocês são tão engraçados. Porque não vão pro circo? - praguejou Hagen.
-Gustav, a bailarina! – gozou Tom.
-Bill Kaulitz, domador de Georgs! – completou Ge, fazendo um rugido louco de seguida.
Rimos todos e Gustav e Bill fizeram uma cara de nojo pra eles misturada com uma cara de riso.
-Vamo lá então? – perguntou Tom.
-Sim, já estamos muito em cima da hora! – repondeu Bill com o seu jeito todo apressado e nervosinho.
O Moritz deu a mão pra mim e fomos andando, parando na porta. Tom e Sam se beijavam apaixonadamente na ligação da cozinha à sala; Bill e Keira davam os útimos cochichos, beijos e mimos que podiam e Gustav e Nora, como de costume, brincavam de gato e rato, uns fofos. Eu e o Moritz ali olhando…num dava gente, porque né.
-Que é isso? O festival internacional da marmelada?? Vem cá amor. – praguejou Georg, virando todas as atenções pra nóis.
Eu ri e tapei a cara com as duas mãos, que ele tratou de tirar, me beijando de seguida. Beijámo-nos ali durante um minuto, mais ao menos, e eu conseguia ouvir as meninas rir. Quando paramos, a porta atrás de nós estava aberta. Bill entrava no lugar do carona no Cadillac preto do irmão, Gustav no banco de trás e Tom tava nos olhando, encostado no carro com a maior cara de sarcasmo do mundo inteiro.
-Georg o festival acabou faz três dias. – disse ele, fazendo todo mundo (menos eu) rir.
Simplesmente não entrava na minha cabeça o jeito tão bipolar desse cara, não conseguia compreender. Num dia nem nas nossas mãos agarradas consegue olhar, no outro olha nosso beijo e ainda com a maior cara de sarcasmo desse mundo. Num dia quer me comer, no outro me expulsa de seu quarto. Que ódio!
Entrámos pro carro, eu e o Moritz fomos nos bancos detrás com Gustav. Fui calada quase o caminho todo, não por desconforto com o Tom, mas sim porque, como esses caras são como irmãos uns pros outros e como os irmãos tão sempre brigando, eles não se calavam um minuto. Sempre discutindo. E depois pra mais tinha Bill e Tom, esses sim, complicados. Ou estavam muito bem, ou estavam muito mal. Ouve até um momento que eu pensei que Tom iria parar o carro pra bater em Bill, de tão bravos que estavam. Mas não. E passados três minutos já estavam enfrentando os outros dois, partilhando a mesma opinião. Gêmeos.
Quando chegámos no clube, ainda estava tudo na maior penúria, tudo calmíssimo. Mesmo assim, tivemos de entrar pelas traseiras, pois já havia umas cerca de 40 e poucas fãs cá fora, eram 19 horas, mais ou menos.
-Oi David! – diziam todos, repetidamente, cumprimentando David Jost.
-Oi galera! – respondia ele, com a maior alegria.
Todos pareciam estar super contentes. Contentes com o lançamento do álbum. Contentes com os planos pra nova tour. Contentes em terem os olhos do mundo pousados neles de novo. Só eu que me lembrava do resto? Só eu que me lembrava que iria ficar sem o Moritz, quando isso tudo começasse a acontecer? Só eu? Porque gente, eu sempre fui muito realista, com um pequeno toque de pessimismo, eu sabia que isso ia acontecer. Que iriamos deixar de ter tempo um pro outro. Que iriamos deixar de nos amar tanto. Que a nossa relação iria terminar num piscar de olhos, como acontecera…vocês já sabem. Tentando sorrir pra todos e disfarçando minha, ainda pequena, dor, depois de responder “Tá tudo bem” pro Georg umas 5000 vezes, mais 2392 pro Gusti, 1128 pro Bill, nem me lembrava mais disso.
Enquanto batíamos um papo com David e mais alguns produtores, à nossa volta os empregados arranjavam tudo, ajeitavam cadeiras, limpavam vidros, enfim. Também de certeza iriam ser bem pagos pelo serviço. Daí Bill sussurra no meu ouvido: “Tenho uma surpresa pra tu!”
-Pra mim? – perguntei, espantada.
Ele simplesmente assentiu com a cabeça e se virou, andando até uma porta traseira, de entrada e saída de pessoal. Dei de ombros, pensando que não devia ser nada demais, talvez um novo casaco que Bill tivesse comprado e quisesse me mostrar, como fazia muitas vezes. Andei ate por detrás do Moritz, abracei o por trás, mordendo sua orelha, enquanto ele falava com Gus e Tom *modo provocação ON*. Depois de ser ignorada por ele umas 20 vezes e de ter mordido sua orelha outras tantas, ele se virou e me agarrou.
-Pow, safadjenha!- disse, me levantando no ar.
Ignorei e meti minha mão direita no bolso traseiro da sua calça e, quando este se preparava pra me beijar, ouvi a voz do Biu Caulitizz me chamando. Me virei, ainda nos braços do Moritz e quase chorei de alegria.
-Dunja!!!! – gritei, saltando dos braços do Ge e correndo pra ela.
Corri e abracei ela com força, fazendo nossos peitos de mulher baterem com força um no outro. Recebi de volta um abraço demorado, emocionado, uma coisa muito sentida. Dunja significava muito pra mim. Ela havia sido um pilar importante na minha relação com o Tom. Quando estávamos juntos, Tom e eu brigávamos muito, Dunja e Bill diziam que relação sem briga não tem amor. Então essa daí sempre dava a volta na minha cabeça ou na cabeça do Kaulitz pra pedir desculpa, pois na maior parte das vezes ninguém tinha razão pra brigar mesmo. Ela se comportava como uma melhor amiga, especialmente depois de Sam ter saído da Alemanha e depois de eu ficar sem amigas, ela ocupava o lugar de todas elas, mesmo pensando que tínhamos idades tão diferentes. Ela me ensinou muito, a mim e aos garotos, pow ela trabalhava com eles desde o começo. Gente, como eu amava essa mulhé.
-Você cresceu ou eu fiquei velha rápido? – perguntou, depois de me dar um beijo demorado na testa.
-Suponho que eu cresci, porque você tá igual mulhéee!
-Nossa, Rafaela, olha só na mulher linda que você se tornou! Gente! – disse, passando a mão pelo meu cabelo.
Revirei os olhos e disse que não com a cabeça. Dunja tinha o dom de exagerar as coisas, talvez uma das coisas que tornava ela mais cativante.
-Cabeça dura! – riu, socando de leve minha testa – Georg, você algum dia merece uma menina como essa garoto? Hobbit, como Bill fala.
-Ah, Dunja, pergunta pra ela se não gosta, pergunta! – disse, Georg desafiando.
-Você gosta Rafaela?
-Se for sim, com quanta força cê me bate, hein? – perguntei, rindo.
-Hmm, bastante. – ela deu uma leve risada e eu, ela e Bill nos aproximamos dos outros. Tom havia saído, não sei como, não dei conta. – Tá tudo pronto por aqui mesmo? Cadê o tranças?
-Deve ter ido fumar. – Bill deu de ombros.
-Ha, vocês ainda não deixaram disso? – resmungou Dunja.
-Olha, cê também fuma! – ripostou o mais novo.
-É, mas burro velho não tem emenda, e além disso olhe pro que eu digo, não olhe pro que eu faço.
Bill deu de ombros e virou a cara.
Passados, talvez uns 20 minutos, nos chamaram pro “backstage”, pois dali sairiam todos os envolvidos no projeto ao qual chamavam “Humanoid”. Pra não chamar atenções decidiram que eu ficaria sempre do lado do Gusti e do Tom (quanta sorte, mds), intercalando os mesmos. Como de esperar David partiria tudo e ficaria mesmo no meio dos dois gémeos.
Socialite importante, VIPs, jornalistas, era o que mais deveríamos esperar disso aí. Mas iria com certeza ser uma noite agradável.
Passavam talvez uns dois minutos das 20h, e já estando todos os convidados abancados em seus respetivos lugares, ficando outros de pé, as luzes foram apagadas e uma voz mecânica irrompeu: “Welcome to Tokio Hotel’s Humanoid Party” Depois uns estalidos mecânicos, umas coisas muito robóticas, luzes tremendo, enfim, a maior confusão. Pra mim tudo isso era desnecessário mesmo, porque não dizer logo: “Hey, we are Tokio Hotel and this our new record, Humanoid”? Desperdício de dinheiro e tempo, na minha opinião. Mas rico é tudo assim mesmo, até os meninos.
Ao som de ‘Automatic’ todos entramos no palco médio encontrado na sala. Aplausos choviam, uma coisa tremenda. Flashes. Ai meu Deus, porquê eu fui me meter nisso, vey? Depois de uma pequena pausa, David e Bill tomaram a liderança, e começaram a responder pra perguntas de jornalistas. Ouve algumas perguntas em que eu quis socar o jornalista, simplesmente. “Vejo que existe pessoal bastante novo nessa equipe, o que têm a dizer disso?” Não te interessa seu caralho! Era uma resposta possível. “Se nós escolhemos o pessoal que escolhemos é porque achamos que são capazes e talentosos ao ponto assegurarem o melhor pra nós e pro nosso projeto”, essa foi a resposta do Biu Caulitis. Boa, mas a minha seria melhor ASHUASHUASHUA’. Acabado o interrogatório, tava na hora de tirar fotografia. Ao primeiro flash, senti a mão do Tom pousar no meu ombro e descer, provocativamente, até a minha cintura. Senti um calafrio, minhas pernas tremeram, quase caí do salto, mas continuei sorrindo. Ai, como é difícil ser eu. Meu sorriso forçado chamou a atenção de um caralho de um jornalista que começou a tirar fotos da mão do Tom na minha cintura. Isso não podia ser bom. De repente, o Kaulitz sussurrou no meu ouvido: “Bom assim, ou quer que eu desça?” Meu sorriso desapareceu imediatamente, meus olhos quase saíram das órbitas de tamanho espanto. Outra vez a mesma frase? Esse cara não é desse mundo mesmo. Ignorei, fingi que não ouvi nada e falei pro Gustav, pra disfarçar. Não muito boa ideia. Tom começou a deslizar sua mão até o meu rabo, brincando com o seu polegar. Dei uma leve risada e me aproximei do seu ouvido. “O quê que cê pensa que está fazendo, seu pervertido?”. Tom deu uma risada, ainda mais leve que a minha e respondeu “Relaxa Rafaela, ninguém tá vendo”. Engoli em seco e me virei de novo pros flashes insuportáveis que choviam pra cima de nós. Tom, literalmente, comeu meu rabo com a sua mão. Comecei a ficar super descontrolada, como esse cara consegue me por desse jeito? Senti aqueles suores frios de novo, não senti vómito, mas previ o que iria acontecer. Eu ia ter um ataque de pânico daqueles na festa dos meninos. Comecei a tentar me despachar dali, a arranjar uma maneira de sair, mas não deu. Tom continuava com a mão onde não devia, agora simplesmente pousada sobre o pano fino do meu vestido. Continuei sorrindo, podia ser que acalmasse, mas percebi que meu controle iria acabar em breve quando meu joelho falhou e eu quase caí, uma espécie de cãibra. De imediato me apoiei com as mãos no ombro direito do Tom e no esquerdo do Shäfer. Tom tirou sua mão do meu rabo e voltou a colocar na cintura. Gustav me olhou preocupado, com aquele jeito que só ele e o Bill têm de “O que eu faço agora?” Felizmente, antes que pudesse dar conta, os jornalistas finalmente começaram a dispersar. Foi a gota de água. Mal eles todos viraram costas, eu deixei me cair, parei de fazer aquela força dolorosa no meu joelho pra me manter ereta, e simplesmente caí. Graças ao atrevimento do Tom, não caí no chão porque imediatamente ele me segurou pela cintura. Todo o mundo que tava em cima do palco se colocou a minha volta e eu só ouvia o Moritz dizer “Deia espaço gente, ela precisa respirar!” enquanto esbracejava descontroladamente. Tom continuava me segurando com aqueles braços dele que eu vou nem perder tempo a explicar porque tenho a certeza de que você, sim VOCÊ, já babou muitas vezes pra cima deles, né? Ahhh, TE PEGUEI, safadjenha!
Mal se aperceberam do acontecido, essas pragas coladonas, a quem vocês e o mundo normal chamam de “jornalistas” se voltaram de novo pro palco e começaram a tirar fotografias da minha desgraça. Dunja e David começaram a esbracejar pra eles, pedindo respeito pra essas pegas curiosas. A maior parte deles recuou, mas há sempre dois ou três filhos da puta que não sabem parar quietos.
Voltando a mim, então: ouvia todo esse alarido, sem me mexer, simplesmente deitada em cima daquele ser ‘hip hopista’ chamado, Tom “das tranças”. Brincadeirazinha, esqueçam. O Moritz do meu lado e ajudando Tom a me segurar, falava pra mim e me confortava. “Calma amor, você vai ficar bem.” Me beijava na testa, fazia carinho, uma ternura. Tirando aquela cara de pânico dele, era uma ternura. De repente ele decidiu ser inteligente e foi pegar um copo de água. Olhei pro Tom, me encostei no peito dele e apaguei, simplesmente.

Voltei do meu sono. Me sentia ainda sonolenta e meio tonta, por isso não consegui abrir logo os olhos. Eu me sentia subindo e descendo em movimentos oscilantes e mais ou menos rápidos, eu tava sendo carregada no colo por alguém. Pelo cheiro, soube logo que era um homem, tinha um cheiro de homem e tabaco incrivelmente bom. Mas também sinceramente não fazia muito sentido que fosse uma mulher, pq né. Então eu encolhi os olhos e torci o nariz, antes de abrir os olhos. Os abri, com alguma dificuldade e levantei a cabeça. Qual o meu espanto quando os meus lábios tocaram a parte inferior do queixo do Kaulitz. Gente. Nunca tivera um susto tão calmo. Apesar de surpresa não me movi nem um milímetro. Ele também não. Tom me carregava deitada em seu colo e carregava também meu salto na mão direita. Não se mexeu, não disse nada. Até que eu descolei dele e uma dor forte invadiu a minha cabeça. Me encolhi e escondi a cara na curva do pescoço dele, apertando com a mão a sua jaqueta com força.
-Tudo bem?
-AhmAhm. – respondi.
Caminhou mais um pouco, silencioso, olhando sempre o que vinha na frente e apertando minha coxa com força. Essas mão dele em mim, gente. Nem é bom, só de pensar.
Então, Tom entrou numa alcova VIP, abrindo as cortinas finas, e me deitou sobre a cama. Colocou-se de pé pra fechar as cortinas e espreitou. Eu também espreitei. Estávamos num andar mais acima do clube, que tinha várias alcovas, todas desocupadas. Saindo pelas cortinas, em frente à alcova tinha uma pequena varanda da qual com certeza poderíamos ver toda a festa. Dali também ouvíamos a musica que tava tocando: obviamente, Tokio Hotel. Tom entrou de novo, depois de correr as cortinas e se colocou ereto aos pés da cama, com as mãos na cintura. Logo depois deu um daqueles seus estalidos com a língua e lambeu aquele pedaço de metal no seu lábio inferior.
-O Moritz? – disse me ajeitando na cama.
-Ele foi lá em sua casa pegar uns remédios seus, ou qualquer coisa. Pediu pra eu te trazer aqui.
-Não precisava ter ido. – bufei, e logo de seguida disse com cara de nojo – Merda.
-Que foi? – perguntou ele, se sentando perto de mim e colocando a mão na minha coxa.
-Sempre estrago tudo. Até a vossa festa eu vim estragar, olha só.
-Num é verdade.
-É sim! – ripostei.
-Como queira. – deu uma risada leve, que terminou de imediato. Fez uma pausa longa, me olhando, pensativo.
Olhei ele com uma cara séria e confusa e meu olhar se cruzou com o dele, desnorteado e triste. Fiquei apenas olhando ele, enquanto ele fixava o chão.
-Tom, eu preciso ter uma conversa séria com você. Sem briga. – falei.
-Ótimo. – disse Tom, me olhando de imediato – Porque eu também.
Me sentei na cama, do lado dele, com o tronco completamente ereto. Limpei a garganta e arrumei o cabelo pra um só lado antes de começar a falar.
-Tom, eu… Eu quero saber o que se passa verdadeiramente entre nós, o que você realmente sente, o que você pensa e quer…ou até mais importante: o que eu penso e quero.
-Olha Rafa, eu te responderia…se eu soubesse a resposta. – disse, continuando curvado como um velho corcunda. Se recompôs, agora talvez ainda mais ereto que eu. – A única coisa que eu sei é que por mais que eu diga que não, por mais que eu tente me concentrar, todos os meus pensamentos vão dar em você, de uma maneira ou de outra.
Senti minha pele branca corar imensamente, queimando como fogo. Mas não hesitei em responder.
-Tom, eu sei que eu gosto do Moritz, que eu amo estar com ele, eu morreria por ele, se preciso. – fiz uma pausa e respirei bem fundo antes de continuar - Mas você não sabe nem imagina as vezes que eu desejo que o Moritz fosse você, que acorda do meu lado, que me dá carinho, o meu namorado.
Sinceramente não sei como consegui dizer isso, tão calma. Tom estava calmo também, apenas me olhando e ouvindo. Terminei de falar e olhei pra frente, tentando evitar o olhar dele, que agora sim, me intimidava. Ele se levantou, colocando-se na minha frente e me ergueu da cama. Meu corpo ficou sem reação e comecei a tremer. Ficamos frente a frente. Tom agarrava meu braço direito e minha cintura pelo outro lado. Se aproximou pra me beijar, mas, para minha surpresa, parou antes de nossos lábios se tocarem.
-Porque eu sempre tenho necessidade de fazer isso quando você está por perto? – disse ele, depois de engolir em seco.
Engoli em seco eu também antes de me afastar e de ficar olhando através das cortinas. Tom se aproximou logo por detrás de mim, me agarrando por trás e sussurrou no meu ouvido direito:
-Rafa, eu não posso fazer isso pra ele e pra Sam.
-Claro que não. Nem eu Tom. – respondi baixo, já com os olhos encharcados.
-Rafa, termina com o Moritz.
Ao ouvir isso me virei de imediato e comecei a espancar ele.
-VocÊ tá maluco?? Cê tem noção do que cê tá me pedindo??
-O quÊ, você prefere trair nele? – perguntou (cara de pau rs’)
-Claro que não! Você tá vendo o quão egoísta você é?? Porque VOCÊ não termina com a Sam?? VocÊ se preocupa imenso, né Tom? Não mudou nada, o mesmo de sempre. Estúpido!
-Ah, e você se preocupa, suponho. Por favor menina, tu não hesita em me beijar se eu tiver na tua frente e agora vem com essa conversa de boa samaritana! Me poupa! – esbracejou.
-Vá se foder Tom! – gritei. Sorte que a música tava alta e nós estávamos num andar mais elevado que os outros.
-Ah, cala a boca!
-Vem calar!
Porquê eu disse isso? Já devia saber que esse cara leva tudo à letra. Tom andou em passo acelerado até mim, me agarrou fortemente e grudou nossos lábios. Pediu permissão com a língua, a qual logo eu tratei de ceder. Sua língua, agora mais atrevida que nunca, vasculhava cada canto da minha boca. Suas mãos exploravam meu corpo, penetrando o meu vestido, tocando em zonas que não deviam tocar. Mordi seus lábios várias vezes e com grande descontrole. Ele me deixava louca, insana, desvairada. Fora de mim. Enquanto sugava meu pescoço de um jeito provocador, Tom me foi empurrando lentamente pra cama, onde caí; logo ele tratou de se deitar em cima de mim. Tirou o casaco e o atirou pra um canto qualquer. Continuava me beijando daquele jeito louco, cada vez mais louco. Naquele momento só desejei que durasse pra sempre, que fosse eterno. Era o que eu mais queria.
Nos virei, ficando eu em cima dele. Ambos nos movimentávamos com clareza e nenhuma dificuldade, sem separarmos nossas bocas famintas. Tom introduziu a mão pelo meu vestido chegando no meu rabo e logo depois de uns valentes amassos, puxou minha calcinha. Imitando seu gesto, introduzi as minhas duas mãos na sua camiseta, que ele logo tirou. Fiquei perplexa, estando tão perto dele como eu estava, com aquele seu peito nu. Abrandei um pouco o ritmo e Tom se sentou. Fiquei sentada de pernas abertas em cima dele com as duas mãos ainda chocadas pousadas em seu peito. Tom fez um caminho de mordidelas de meu ombro até minha boca e quando nos preparávamos pra fazer o que verdadeiramente queríamos fomos interrompidos pelo tocar irritante de um celular.
-Merda! – resmungou Tom, tirando o celular do bolso.
Imediatamente tirei as mãos de seu peito e cheguei me um pouco pra trás, ressentida. Tom atendeu o celular e enquanto falava me olhou com a quele olhar porco dele, pegou minhas mãos e colocou-as em seu peito de novo; logo fez a mão direita deslizar mais pra baixo e consegui sentir seu membro. Não retirei, nem sequer mexi a mão., ela ficou ali até ele terminar a chamada.
-O Georg, Rafa. – disse, se levantando e pegando a camisola. – Ele já tá chegando.
-Merda, Tom, MERDA! Caralho! – gritei e resmunguei.
Vestiu a camisola enquanto eu tratei de dar um jeitinho na cama remexida e me deitei, depois de puxar minha calcinha pro seu sítio de novo.
Não falámos mais, Tom apenas pegou um cigarro do pacote que tinha no bolso e saiu, foi pra varandinha fumar.
Não tardou muito, Georg chegou, todo estressado e apressado com os remédios e uma garrafa de água na mão.
-Amor. – pousou tudo o que trazia na pequena mesa que se encontrava nos pés da cama e se aproximou de mim – VocÊ tá bem?
Apenas assenti com a cabeça e ele me abraçou. Por cima do seu ombro olhei pro Tom, que continuava olhando pela varanda, fumando o seu cigarro e de vez em quando seus olhos fugiam pra nós.
-Tom, cara… - chamou o Moritz. Logo Tom entrou pelas cortinas de novo. – Brigado cara. Sério, valeu. Agora, vai de novo pra festa, não precisa ficar aqui, vai curtir que eu sei que cÊ gosta.
-Tá, de nada amor. – gozou Tom.
Georg atirou um beijo pra ele e logo depois mostrou o dedo do meio. Incrivelmente chocante a infantilidade desses caras -.- Tom logo abandonou a alcova e atravessou o corredor pelo qual havíamos vindo.
-Rafa… - deu um selinho na minha testa e de seguida se levantou. Pegou os remédios que havia trazido e a água. – Toma, a Eve disse que são esses daí que você toma quando isso acontece.
Tomei todos os remédios e me coloquei de pé. Descalça, andei até a varanda pra observar a festa. Sorri ligeiramente quando senti as mãos de Georg envoltas em minha cintura e um beijo leve dele em minha bochecha.
-VocÊ tá bem?
-Tô. – sorri, me virando pra ele.
-Certeza?
-É, paizinho.
Georg depositou um selinho quente e rápido em meus lábios e logo depois me abraçou, afagando meu cabelo. Abracei o bem forte, me recostei bem no seu peito e fechei os olhos, só por um momento. Incrível a mistura de sentimentos nessa hora. Arrependimento. Orgulho. Amor. Odio. Raiva. Tesão. Gente, eu nem sei.
-Moritz, vamo pra festa, vamos.
Ele se separou de mim e olhou bem no fundo dos meus olhos. O arrependimento que senti nessa hora é indescritível. Ele não merecia. Não merecia mesmo. Meu coração contorceu e tive vontade de chorar só de pensar no que eu tava fazendo pra ele. Cara, que estúpida!
-Cê tem certeza que tá bem pra ir? – perguntou.
-Tenho Moritz.
-Tá, então a gente vai. – saí de seus braços e entrei na alcova de novo pra calçar meu salto – Mas vou tar de olho em você, hein? Não vai beber nada. Tá proibida de sequer tocar num copo que não seja de água ou sumo de laranja. Nem sequer tem autorização pra OLHAR um cigarro, viu?
-Sim, papai. –respondi, rindo.
Deu um pequeno toque no meu cabelo, que tava uma bagunça e descemos.
Como combinámos, pra não dar bandeira, eu teria de ficar longe do Moritz, ou pelo menos não demasiado perto, demasiadas vezes. Então tratei de passar o resto da noite, conversando com Dunja e os dois Davids, não muito mais.
As horas foram passando, os convidados foram desaparecendo, a festa – lentamente – foi acabando. Seriam três e meia da manhã quando cheguei em casa e assentei o meu rabo no sofá logo depois de pegar uma cerveja gelada. Os meninos ficaram no set. O Moritz ficou junto, claro. Eve devia estar dormindo à horas, por isso nem me preocupei em não fazer barulho, porque essa daí depois de pegar no sono só acorda quando tem fome. É a lei da vida.
Fui tomar um banho, vesti o pijama mais fofo que tinha e fui, finalmente me deitar. Como toda a gente – eu acho - tenho o vício de pegar o celular antes de dormir, pra ver se alguém se lembra de mim.
“Esquece, não dá.
L.A. 34294-3848
Cais de L.A.,California.
Não dá mais pra tar sem você. Amanhã Rafa, amanhã.”
Mensagem de texto do Kaulitz. Porquê fazer isso comigo? Porquê não me matar de uma vez? Ah, droga! Como dizer que não?

Vamo Aliens, já sabem o que eu quero: comments e respostas, vai! louco
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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeDom Abr 28, 2013 10:12 am

ALELUIA SENHOR! GLORIFIQUEMOS DE PÉ! ELA VOLTOU O/ yaya
Senti taaaaaanta falta dessa fic cara, ainda bem que tu ta de volta. E pode tratar de colocar essa cabecinha pra funcionar aí porque eu quero mais, muito mais.
Que capítulo tudo de bom, emoções à flor da pele. Rafaela, a safada das safadas, coitado do Gê... ela devia terminar com ele logo e correr pro Tom... se bem que eu to adorando essa coisa do proibido/escondido Twisted Evil
Pode postando logo aí o que vai acontecer no Cais de LA, tipo, AGORA K
Sério, continua... e não para lixa
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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSeg Abr 29, 2013 2:22 pm

ALELUIA SENHOR!!!!!!!! O SANGUE DE CRISTO TEM PODER!!!
A estraga(quase)-tudo - Página 2 Aleluia

Quanto tempo né menina?? Você cresceu!! ~le eu irônica~

Tadinho do Ge, ai to com um aperto no peito por ele Sad
Ele não merece isso, a Rafa não pode ser egoísta a tal ponto Evil or Very Mad

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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSex Jul 26, 2013 8:32 pm

Bom gente, não me matem ASHUASHUASHUA''
Não precisam dizer que eu demorei séculos pra postar esse capítulo, eu sei que eu demorei Neutral Neutral Neutral Neutral
Vá, leiam e como sempre, me digam o que acham Aliens queridasss cheers


Cais de L.A. - O iate do amor

Acordei aquela manhã com uma dor de cabeça enorme, sei nem como não fui parar no hospital de tão mal que eu estava e do jeito que eu sou. Levantei me da cama e me dirigi no pequeno armário do banheiro que tinha remédios e essas coisa. Tomei um frasco quase inteiro de pastilhas pras dores e me deitei de novo, não estava com paciência ou sequer disposição pra fazer algo. Eve não estaria em casa, tinha saído de madrugada com James e iria em Fall Springs conhecer os sogros, cunhados e sobrinhos. Emocionante, não? Bom, pra ela sim, ela andava até nervosinha esses dias antes da partida, e isso é raro acontecer nela. Mas, pra mim, pff, MORRAM TODOS VOCÊS QUE A MINHA CABEÇA ESTÁ ESTOURANDO. Simplesmente ignorando o facto de que iria estar sozinha os próximos 15 dias e apenas pensando em mim e no zumbido intermitente que zoava na minha cabeça, me deitei na cama, quase morta, e aterrei de novo.
Devo ter dormido umas boas três/quatro horas, mas num sei ao certo, porque as horas foi uma coisa que nem chequei com aquela dor sobrinha do capeta. Sei que acordei muito melhor do que horas antes e agora conseguia pelo menos pensar direito. Ou quase.
Olhei as horas, eram duas e meia da tarde, muito mais cedo do que eu pensava, sinceramente. Fui na geladeira e peguei um suco, de laranja, eu acho. Fiz uma salada simples, e abanquei no sofá assistindo TV e comendo. Poxa, se eu não tivesse herdado da minha mãe o facto de ser tão difícil de engordar, eu tenho a certeza que eu seria uma obesa. Uma baleia, sem rabo.
Assisti uma série qualquer na Fox e quando terminei de comer, apaguei o televisor e me deitei de barriga pra cima no sofá, de braços cruzados. Fechei os olhos. Respirei fundo. Senti o sono chegar de novo, e aquela vontade de cochilar. Me encostei e recostei. E, já quase morta de novo…meu celular tocou. Apanhei um susto daqueles gente, quase surtei. Tombei do sofá e bati com a cabeça na mesinha. Gritei bastante alto e esperneei.
-ODEIO TECNOLOGIA! EU ODEIO VOCÊ, FILHA DA PUTA! ODEIO VIU?! EU O-D-E-I-O! – respirei fundo umas três vezes e atendi, assim mesmo sentada no chão, e sem ver sequer quem era – Alô?
-Que voz azeda Rafaela. Que passa? Acordou mal dispostinha?
-Ge! – um sorriso daqueles que nos fazem parecer estúpidos mesmo se abriu no meu rosto e ao mesmo tempo me levantei. – Não, não. Eu só acabei de cair do sofá, nada demais.
-Ah, é? – ele riu - olha, sabe onde eu tô?
-Você ao acaso acha que eu tenho a capacidade de adivinhar as coisa?
-Que graça. Oba, você hoje está mazinha mesmo, hein?
-Eu SOU mazinha, Ge. Vai, me diz, onde você está?
-Vai na janela da frente da sala.
Não respondi e andei até à janela que ele ordenou. Arrumei as cortinas e abri a janela. Pus a cabeça de fora e olhei pra baixo. Lá estava ele. Com o celular numa mão, um sorriso nos lábios, óculos escuros, todo o seu sex appeal e um enorme buquê de rosas vermelhas na outra mão. Sorri imensamente, até gargalhei, ele abriu e esticou os braços e rodou em torno de si próprio.
-Que é isso gente? – gritei, olhando pra baixo.
As pessoas que passavam olhavam ele e riam, a maior parte sem o reconhecer, eu acho.
-E aí, gostou? – disse ele, encostando o celular de novo na orelha.
-Ai, eu num acredito Moritz! VocÊ tá maluco? – disse ainda rindo.
-Vai-me deixar subir ou não?
-Ai, SOBE LOGO!
Num instante ele desligou e entrou à pressa na porta principal do prédio. Fechei a janela, ainda sorrindo, pensando na estupidez e imenso romantismo desse ato maluco dele. Corri as cortinas e me dirigi pra porta, impaciente. Peguei a chave e abri a porta com pressa, logo vi ele correndo escada a cima, mais rápido que o Bolt. Chegando em cima, logo me pegou, me abraçando e rodou comigo três vezes, gargalhando muito, muito alto. Logo entrou assim mesmo em casa, comigo nos braços, fechou a porta com o pé e me botou no chão. Tirou os óculos e apenas nos olhamos. Olhamos bem fundo. Gente, os olhos dele eram tão profundos que eu quase podia olhar diretamente o seu coração quando olhava aquela imensidão verde clara. E o que eu via, era lindo demais. Aquele pequeno franzir que ele dava com o sobrolho, dava um toque tão perfeito de ternura naquele olhar, vocês não imaginam. Precisa estar cara a cara com o Ge, frente a frente com ele, olhando bem fundo em seus olhos pra perceber isso. Esse cara tem o olhar mais profundo desse universo inteiro e pode fazer você pensar em muita coisa, muita mesmo.
-Como eu precisava ver você amor. – disse, após o nosso longo silêncio, passando a mão pela minha face.
Essa frase completamente ficou gravada na minha mente e no meu coração como uma cicatriz. Essa foi a frase mais bonita que alguma vez me disseram. Nem todas as outras declarações românticas do Moritz, nem o mais sincero “Te quero” do Tom, nem outra qualquer frase poderia cair melhor. Uma coisa tão pouco ensaiada, tão espontânea, tão natural. “Como eu precisava ver você amor.” Melhor que isso impossível. Essa frase fez, mais uma vez, cair a ficha. Como eu conseguia sequer pensar noutro cara que não o Moritz quando eu tinha ele? Como eu podia trair ele? Qualquer garota, que não eu, não seria capaz de trair um filho da puta qualquer, que podia até bater nela, trair ela com a maior cara de pau; mesmo assim, a maior parte das garotas não seriam capazes de trair um filho da puta desses. E eu, que tinha um cara desses, perfeito e romântico, sexy e bonito, cobiçado por milhares de mulheres em todo o mundo, claramente apaixonado por mim, traia nele com a maior lata desse mundo. Gente, pensem o que quiserem de mim. Sério, me julguem. Eu sei e tenho plena consciência de que trair o Ge foi uma das maiores asneiras que eu fiz na vida e, acreditem ou não, quando eu pensava nessas coisas eu simplesmente me sentia imunda e repugnante. Eu ficava com nojo de mim própria. Me sentia um lixo, a maior merda dessa porcaria de mundo. Mas o que fazer quando a mente e o bom senso perdem a força por causa do desejo? Nada. Tentar sim, mas fazer é impossível. Ao mesmo tempo que eu me sentia horrível por ter sequer pensado no Tom depois de estar namorando o Ge, quando eu pensava que, nessa noite, nessa mesma noite, o Kaulitz iria estar me esperando, com um desejo igual ou maior que o meu, eu ficava tão feliz. Sabe, o Tom, eu nunca fui capaz de deixar de pensar nele. Naquele dia que eu reencontrei os gémeos, eu havia já pensado nele umas 3 vezes. Querendo ou não, ele dominava o meu mundo. Hoje, não passou assim tanto tempo, mas eu sei que eu nunca vou conseguir amar tanto um homem como eu amei o Tom. Mesmo pensando em tudo o que se passou, em todos os prós e em todos os contras, eu sei que é impossível. Impossível.
-Eu…eu sei nem o que dizer Moritz. – disse, engolindo o choro, que forçava insistentemente a minha garganta. Impressionante como esses dois segundos pareceram horas pra mim.
-Diga apenas que me ama. – ele sorriu, do modo mais simples que é possível, esperando ansiosamente pra que eu acedesse o seu humilde pedido.
Não consegui. A voz não saía. A boca não abria. A língua não mexia. A vontade de o dizer, essa fora-se também. Fora-se com todos os meus pensamentos; fora-se com todos os factos e desejos; mas, acima de tudo, fora-se, ficando o facto de que eu não o amava mais, ou pelo menos, eu amava mais a outro que não ele. Sem conseguir dizer as três palavrinhas que fodem e salvam a vida de tanta gente, beijei ele sem pensar muito. O beijo durou algum tempo, deixei ele se contentar, saciar sua sede. Isso, porque minha vontade era nula. E logo eu, que sou a maior beijoqueira que eu conheço. Gente.
-Pra você. – disse, separando nossos lábios e finalmente entregando o buquê pra mim.
-É, é lindo Ge.
-Entrou alguma coisa no seu olho ou eu estou vendo emoção nesses olhos lindos?
Sorri misturando o meu sorriso com o choro ligeiro e me abracei nele, com muita, muita força. Ele tirou o buquê de minha mão e pousou na mesa me carregando depois até o sofá. Sentou-se e me colocou de modo a que eu ficasse confortável.
A gente conversou, namorou, brincou, tudo o que sempre fazíamos durante grande parte dessa tarde. Até que finalmente surgiu a oportunidade perfeita. Sim, porque, mesmo sabendo que era errado eu já havia decidido que eu iria ter com o Tom e nada poderia me fazer mudar de ideia.
-Hoje combinei ir jantar e passar algum tempo com o meu Padrinho, ele está de passagem aqui na cidade, você quer vir também? – perguntou ele, enquanto enrolava meu cabelo.
-Não tô a fim, Georg. – respondi, calmamente.
-Ué, porquê?
-Porque não, simplesmente. – me levantei e me sentei ao seu lado – Para além de não estar no meu melhor dia, simplesmente não tô a fim, Georg.
-Quer saber, cê que sabe. – deu uma sacudidela de ombros.
-Qual o problema agora? Só porque não tô a fim de sair com você e o seu “Padrinho” vai chatear comigo? Quê, vai me obrigar a ir? Ou vai terminar comigo se eu não for?
-Você tá ouvindo o que cê tá dizendo? Rafa, pelo amor de Deus.
-Pelo amor de Deus? Ai Ge, aí eu digo que não tô a fim de sair e você me responde que nem um lixo, o que cê quer que eu diga?
Ele se levantou e começou a vestir o casaco.
-Olha só, conseguiu encher meu saco. Logo hoje Rafa. Que eu tentei fazer tudo direitinho, logo hoje, você dá em cima de mim desse jeito?
-Moritz, pera aí, a culpa não é minha! Vai ficar chateado desse jeito por uma briga de nada? – disse, sem me levantar, apenas me virando na sua direção.
-Olha, esquece. Tô indo.
Logo saiu rapidamente. Dia perfeito pra discutir, realmente. Agora, pra melhorar, só faltava ele se lembrar de ir passear com o Padrinho no cais, isso sim. Pelo amor de Deus, gente. Minha sorte é imensa, como podem ver. Ler, quero dizer. Ler.
Fui tomar uma ducha e começar a me preparar enquanto me conformava de que a estúpida era mesmo eu. Enfim. Depois da ducha, quente e relaxante, tomada fui no meu quarto pegar uma roupa. Como iria ser de noite e á beira-mar, decidi logo não ir muito “à mostra” se é que me entendem. Peguei um jeans qualquer, porque tenho tantos, que alguns nem sei diferenciar. Eram jeans muito, muito justos e escuros. Peguei também uma camisola vermelha de mangas curtas e um decote bastante atrevido; tinha também umas riscas pretas perto do decote que o salientavam ainda mais. Como não podia deixar de ser botei uma roupa íntima da mais sexy que havia no meu closet; esse negócio de rendinha, essas coisa. Calcei um salto preto que também não lembro bem como era, porque tenho muitos. Mesmo.
Eram umas oito e meia quando comi uma simples sandes, pois minha ansiedade me tira a fome. Fui escovar os dentes, pra não levar o bafo de onça comigo e quando peguei no meu celular tinha uma mensagem de texto, do Kaulitz. “Quando quiser, estou te esperando.” Sorri ligeiramente e me arrepiei, só de pensar que eu ia finalmente passar uma noite de novo com o Tom. Esse era o feeling dos feelings. Peguei minha bolsa e saí de casa, praticamente voando.

Quando cheguei no Cais fiquei até surpreendida. Foi tão fácil de estacionar o carro. Nunca havia visto aquele lugar tão deserto. Desci do carro e já uma imensa nervoseira se apoderava de mim. Andei um pouco, pelo passeio e desci para a plataforma. Essa filha da puta que se dividia em muitas plataformas. Andei uns cinco minutos vagueando no nada, entre barcos e barcarolas e com aquele frio, gente. O vento frio que vinha junto com as leves ondas que rebentavam na praia, fazia meus braços arrepiar, mesmo por debaixo daquele casaco preto e bastante quentinho que trazia. Quando chegava no extremo direito das plataformas consegui, finalmente, enxerga-lo ao longe. Impaciente, olhando o relógio, usando um casaco enorme e azul; lá estava ele, Tom Kaulitz. Continuei andando até que cheguei perto dele. Imediatamente depois de me ver, ele se endireitou e desceu do iate. Caralho, eles tinham um iate? Fds.
-Tava vendo que você não vinha mais. – disse, quando cheguei bem perto dele.
-E você acha que eu te trocava por alguma coisa? – sussurrei no seu ouvido, onde, logo depois dei uma leve mordidela.
Ele riu, baixinho e subiu de novo pro dito iate, logo me ajudou a subir também. Me aproximei de uma pequena mesa que havia na parte exterior do iate e pousei a minha bolsa sobre esta mesma. Imediatamente senti as mãos dele envolverem a minha cintura e sorri. Tom depositou um beijo apertado no meu pescoço e se afastou de mim, se aproximando de seguida do “volante” da maquineta.
-Onde você tá me levando? – perguntei, me aproximando, depois de ele dar à chave.
-Vamo dar uma volta.
Me posicionei do lado dele e encostei minha cabeça no seu ombro. Pude finalmente sentir aquele seu cheiro de perfume, cigarro, sexo e perfeição que eu tanto queria ter de perto. Ele libertou uma mão, que uniu com a minha, entrelaçando nossos dedos. Assim permanecemos até ele parar, parou talvez a uns 300 ou 400 metros da costa.
-Finalmente, sós. – disse Tom, enquanto acariciava minha bochecha.
Sorri e me aproximei mais dele. De cabeça baixa, remexi nas suas tranças, pensando nas consequências que isso poderia ter.
-Foda-se. – sussurrei.
Levantei a cabeça e grudei fortemente nossos lábios. Tom desceu sua mão pro meu pescoço, a fixando fortemente e separou a outra da minha, colocando-a na minha cintura. Com as duas mãos apertei sua camisola na parte de baixo, quase rasgando-a com minhas unhas negras. Tom forçou e ao mesmo tempo pediu permissão com a língua, que eu logo cedi. Sua língua quente, como sempre fez movimentos perfeitos, gostosos e sincronizados com a minha, de uma maneira louca. Ficámos naquilo uns deliciosos 5 minutos, mas é claro que eu sabia que o melhor ainda estava pra vir. Finalmente, Tom começou me empurrando pra trás, até eu bater com meu traseiro naquela pequena mesa. Aí, ele me pegou no colo. Sem cessarmos nosso beijo faminto, entrelacei minhas duas pernas na cintura dele, e logo larguei os sapatos. Ele apertou firme minhas coxas, perto do rabo e começou a andar. Com certeza ele mantinha seus olhos abertos ou a probabilidade de termos caído na água seria imensa. Desceu uns 4/5 degraus e libertou uma das mãos da minha coxa, com a qual abriu uma porta. Parámos de nos beijar. Enquanto ele continuava andando, atravessando uma espécie de mini cozinha, eu tentava recuperar meu fôlego, o qual esse beijo tinha levado pra bem longe de mim. Ofegante, encostei minha cabeça no seu ombro e esperei até ele parar. Finalmente, entrámos num quartinho, com uma pequena cama encostada na parede e sobre a qual existia uma janela de onde a gente podia ver o mar. Mais perfeito? Impossível. Tom me depositou levemente na cama, onde me coloquei de joelhos, enquanto ele permanecia em pé. Calmamente, retirou o meu casaco e o dele e foi pousá-los além. Se aproximou novamente, colocando suas duas mãos firmes no meu rabo. Beijou suavemente o meu decote e eu logo tratei de arrumar o cabelo pra trás. Seus beijos começaram a subir, eu mecanicamente inclinei minha cabeça para trás, e ele começou a sugar atrevidamente o meu pescoço. O abracei nos ombros e mordi várias vezes os lábios; ele ainda estava só começando e eu já estava morrendo de prazer.
-Posso ser violento? – perguntou ele, tirando sua camisola.
-À vontade. – respondi, mordendo seu queixo.
-Então, eu vou te comer to-di-nha essa noite!
Ambos sorrimos maliciosamente. Tom me deitou pra trás e posicionou-se em cima de mim.
Imediatamente nos livramos das roupas e quando já só estávamos ambos em roupa íntima ele parou, me olhou bem e depois fez um caminho de mordidelas e beijos de meu abdominal até a minha boca.
-Continua perfeita. – ele disse.
Sorri.
Tom, com jeito retirou meu sutiã, minha cueca, me deixando ‘nua e crua’, como Eve costuma dizer. Sugou, me apalpou, beijou, chupou; fiz o mesmo. Se esticou um pouco chegando com o braço em uma gaveta de onde tirou uma embalagem de camisinhas. Retirou uma, logo a colocou; como ele fazia isso de um jeito fácil, esse cara já devia ter feito isso pelo menos umas 10 mil vezes. Aí, começou. Sentir ele de novo dentro de mim, após todos esses anos, foi tão bom. Vocês não imaginam. A depravação e romantismo misturados em seus gestos nesse momento me deixavam louca, saciada. Como de todas as outras vezes, Tom conseguiu me surpreender com sua gostosura e experiência – ele era realmente um profissional. Como antigamente quase sempre fazíamos, conseguimos chegar juntos, como que fosse mágica. Depois da última e forte estocada e de seus movimentos começarem a ficar mais lentos, Tom deixou se cair em cima de mim. Nossos corpos suados e ainda excitados bateram um contra o outro. Ambos suspirávamos, ofegantes e saciados. Descansámos, recuperámos o fôlego, sorrimos como parvos.
-Puxa o lençol, pra gente deitar. – ele disse, depois de me beijar e morder minha bochecha. Levantou e entrou num pequeno banheiro, provavelmente foi colocar a sagrada da camisinha no lixo. Fiz o que ele mandou e esperei que ele voltasse. Não demorou, ele chegou e ambos deitámos, abraçados, felizes pelo que havia acontecido. De troncos colados, nos acariciávamos, beijávamos, recordávamos. Permanecemos num silêncio durante um bom de um tempo. Um silêncio que não era realmente silêncio. Não precisa de palavras quando você olha direto pró coração do outro.
-O que aconteceu nos seus dreads? – perguntei, remexendo suas tranças.
-Rafa, só você mesmo. A gente acabou de transar, de trair e você me pergunta de cabelo. – respondeu, rindo.
-Olha só quem fala. A primeira coisa que você disse foi ‘Puxa o lençol’.
Ele riu. Ou melhor, ambos rimos. Você sabe, rir é contagiante. Agora imagina Tom Kaulitz sorrindo e rindo pra você: Pois, eu sei.
-Rafa, a gente precisa terminar logo com isso.
Olhei o teto e suspirei. Eu amava o Tom e queria realmente ficar com ele, mas a ideia de deixar o Moritz, de o magoar desse jeito depois de tudo o que ele tinha me dado me deixava realmente hesitante.
-Eu sei Tom, eu sei. – respondi, depois de um longo silêncio.
-Você não parece muito confiante. Rafa você quer mesmo ficar comigo? Rafa, você me ama?
Eu tive vontade de rir nesse momento. Como vocês provavelmente sabem, o Tom é uma pessoa com um ego muito elevado, e uma autoestima como eu nunca vi noutra pessoa qualquer. Só que, no fundo e em situações críticas, ele revela sua falta de confiança e carência.
-Estúpido, é claro que eu amo. Ou você por ventura acha que eu traio meu namorado com qualquer um? – disse, me posicionando parcialmente em cima dele.
-Não gosto quando cê fala isso.
-O quÊ?
-“O meu namorado”. – disse ele, fazendo uma careta de nojo.
-E ele não é meu namorado? Então é o quÊ? – disse, rindo levemente.
-Ele dá uns beijos e uns amassos em você, mas o amor da sua vida sou eu. – *ó grande ego, você aqui de novo? Que bom te ver, tava sentindo sua falta -.-*
-Ah Tom, me poupa. E o que você acha que eu sinto quando você chama a Sam de namorada, princesa, amor, essas coisa? Sim, porque eu amo. Não há nada que eu ame mais nesse mundo.
-EITAAA, CIUMENTAAAAA! – riu ele.
-Não tô com ciúme.
-Não, você só odeia Sam de morte de toda a vez que eu trato ela bem.
-Ah, cala a boca. Eu nunca poderia odiar a Sam. Ela me deu a mão quando eu não tinha mais ninguém. Até parece que você num sabe!
-É, você tem razão. Foi mal, desculpa.
Nenhum de nós disse mais nada, nem foi sequer preciso.
Essa noite que passámos é uma das melhores recordações que trago do Tom. A gente riu, transou DEMAIS, a gente realmente se amou. E amou pra valer.

Então? Gostaram? =)
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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitimeSáb Jul 27, 2013 8:20 pm

Wooow..

Nossa, esse capítulo novo realmente demorou um século -_-'
Mas compensou Smile

Gostei muito, mas fiquei com tanta dó do Moritz.. Ele tão romântico e a Rafa vai e trai ele :/

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MensagemAssunto: Re: A estraga(quase)-tudo   A estraga(quase)-tudo - Página 2 Icon_minitime

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