Então, depois de muito tempo resolvi voltar a escrever e postar fanfics novamente.
Minha última fanfic aqui no fórum foi Pecados Íntimos e foi por ela que voltei a escrever.Nome: Infidelidade
Autor: Eu, eu mesma e eu.
Classificação: +18
Gênero: Drama, Romance
Beta-Reader: Não há, mas se alguém se abilitar eu adoraria.
Nº de capítulos: Quando terminar eu aviso.
Terminada ou não: Não.
Teaser(sinopse): ]
Bill e Kate são casados e tem um filho de seis anos, uma linda casa em um bairro elegante de Nova York. Mas o acaso faz com que Kate encontre em seu colega de trabalho uma chance para curar o tédio de um casamento sem salvação. Um relacionamento intenso se inicia e tudo isso sob os olhos de seu chefe que guarda uma paixão secreta pela mesma tornando-se aos poucos uma obsessão.
E a traição exige então o pagamento de um amargo preço.
Capitulo 1
Your Illusion
Kate... Está certamente não é uma história simples de contar, mas acredito que nenhuma seja. Embora pareçam feliz todas elas tem seus caminhos difíceis e momentos estranhos de total perca de controle.
E é assim que a minha começa, perdendo totalmente o seu controle, o seu ritmo, fugindo do caminho que durante muito tempo eu julguei ser perfeito, mas que na verdade era apenas uma sombra daquilo que eu realmente procurava. E de tudo que eu necessitava ou pelo menos achava que necessitava.
A maioria das pessoas que eu conheço procura suas próprias razões para realizações pessoais, e comigo não era diferente, eu não queria que fosse.
Meu nome é Kate Oliver e eu sou aquele tipo de pessoa que jamais acreditou no amor, ou relacionamentos e sempre achei que morreria sozinha rabugenta e velha em uma casa qualquer no meio campo, aonde ninguém chegaria perto porque acreditariam ter uma bruxa louca morando lá, pois bem eu estava enganada quanto a isso.
A vida tratou de me mostrar o meu real caminho no segundo ano da faculdade de direito que cursava em Harvard, onde eu o vi pela primeira vez.
Ele havia deixado seus milhares de livros caírem no chão perto de mim, e então eu levantei rapidamente da arvore em que estava encostada para tentar ajuda-lo.
E após alcançar a ele o último livro, pude ver o quão vermelho estava o que era muito estranho. Essa era a primeira vez que eu via um homem ruborizar em minha frente. Claro ele devia estar envergonhado por ter deixado seus livros caírem, mas a segunda opção em minha cabeça me dizendo que a culpa era minha, me pareceu infinitamente melhor.
Ele agradeceu olhando rapidamente nos meus olhos e seguiu andando para dentro do apartamento onde estudavam os calouros de medicina.
Esse foi o nosso primeiro estranho contato, e naquele momento não me pareceu que teríamos algum futuro a não ser o mesmo de tantas outras pessoas, que apenas cruzavam aquele campus sem ao menos trocarem uma palavra. Eu nunca mais o veria era o que a minha cabeça repetia o tempo todo.
Mas no dia seguinte ele estava lá, em minha arvore, no lugar que eu sempre estivera desde que fui parar em Harvard. E para a minha total surpresa ele estava lá por mim.
Nossa historia pode ser igual a muitas outras, tivemos o nosso primeiro encontro depois daquele dia, e então não nos separamos mais.
Bill cursava o terceiro ano de medicina era um aluno aplicado, sofisticado e inteligente.
Ele não fazia o tipo que, segundo imaginava, se interessaria por mim. Mas eu estava enganada.
E ele deixou bem claro quando disse...
— Vou até aquela arvore todo o dia esperando encontrá-la. Quando não a encontro, sinto que meu dia está incompleto, que algo está faltando. — Virou o rosto de leve e olhou-me com um brilho divertido nos olhos. — Sinto sua falta, mesmo que nunca a tenha tocado.
Eu não o culpava porque eu mesma passara dias sobre aquela arvore apenas esperando o momento que o veria passar atrapalhado com mil livros sobre os braços. E quando ele não aparecia ficava ansiosa, com um nó no estômago perguntando-me se o veria outra vez.
Bill tinha um jeito sereno, relaxado, que me deixava à vontade para falar o que quisesse. Mas na verdade, era eu na maioria das vezes que o deixava falar.
Ele parecia não se importar, como tantas pessoas, e não forçava a me abrir.
Ele parecia saber, de forma intuitiva, que eu mudaria quando estivesse pronta. E eu era grata por isto.
...
E então após algumas semanas nós tivemos a idéia precipitada de alugarmos um apartamento pequeno em frente ao campus, não conseguíamos mais ficar separados, e cada minuto que isso nos era exigido foram compensados nas horas em que ficávamos trancados em nosso pequeno quarto mobiliado de pilhas e pilhas de livros.
Aquele era o nosso pequeno mundo, e foi nele que juramos jamais nos separar.
...
Bill e eu nos formamos praticamente juntos, e decidimos que estava na hora de darmos o nosso próximo passo, e como todos imaginavam e esperavam nós nos casamos.
Não tivemos surpresas, sabíamos como era nossa vida juntos, sabíamos que nosso trabalho a partir daquele momento também seria nosso único foco e era apenas nisso que pensávamos dia e noite.
Ele conseguiu um estágio no hospital de Massachusetts e eu consegui meu primeiro emprego como advogada em um escritório do pai de um colega de faculdade.
O trabalho nos exigia muito no começo e havia semanas em que nos víamos por poucas horas, passávamos a maior parte no telefone, ou em e-mails rápidos entre os dias que se seguiam.
Chegávamos em casa exaustos, e na maior parte do tempo não queríamos fazer nada, nosso casamento parecia estar fadado ao fracasso, até eu descobrir que estava grávida.
Meu susto infelizmente foi maior que a minha felicidade naquele momento, eu não podia e não queria ter um filho, eu nunca havia sonhado com isso e Bill sabia disso, porque ele também nunca tivera planos para uma família, seriamos apenas eu e ele sempre.
Mas a vida naquele momento não estava de acordo com nossas vontades.
No quinto mês eu tive que me afastar do trabalho para ter uma gestão tranqüila e longe dos tribunais e de discussões, eu fazia apenas trabalhos em casa e no computador.
Meu humor estava péssimo, eu não queria ver ninguém, culpava-me o tempo inteiro, mas no momento em que eu o senti mexer pela primeira vez, minha raiva foi substituída pelo sentimento mais estranho do mundo, o sentimento de mãe.
E os planos que até agora não tínhamos feito, começavam a ter tecidos aos poucos, e ter aquela criança era tudo que podíamos desejar.
Quando Noah nasceu minha vida se resumia a ele, e minha rotina era visitar médicos, supermercados e farmácias, passear a tarde em parquinhos onde milhares de crianças e suas babás passam o dia todo.
A vida no escritório em meio a montes de papéis havia sido substituída por trocar informações com outras mães que com o nascimento de Noah eu tive a possibilidade de conhecer, e foi em um destes que conheci Kely Colligam. Outra advogada que também estava passando pelo mesmo momento que eu.
Abandonar seu trabalho para virar uma simples dona de casa.
E foi Kely quem me mostrou o quão chata minha vida havia se tornado, foi com ela que descobri o verdadeiro significado da palavra tédio.
— Eu estou gorda, flácida, não me entenda mal eu amo a Jess, mas eu não sou mais eu, você entende? — Ela falava chorosa enquanto colocava uma papinha gosmenta na boca da filha.
— Sim , acho que entendo, estou me sentindo assim também.
— Há cale a boca você está ótima. — Ela bufou. — Não consigo entender que lei é essa que fazem algumas mães ficarem horríveis e outras ficarem mais lindas.
— Eu me sinto horrível. — Falei a encarando. — Eu não gosto de me olhar no espelho, Bill diz que eu estou bem, mas ele mente de qualquer maneira então porque eu acreditaria?
— Ele mente pra você?
— Ele não quer me magoar.
— Entendo. — Meu marido faz o mesmo, eles não sabem de nada, eu estou entediada, perdi totalmente o rumo quando sai daquele escritório, minha vida está um tédio, aliás, o que restou dela.
Olhei para Noah naquele momento e ele sorriu para mim, e eu me dei conta de que jamais poderia estar arrependida, mas que não agüentaria culpa-lo um dia por estar da mesma forma que Kely Colligam.
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Perdoem-me os erros?