Eu Só Não Quero que Você se Esqueça
One-Shot
Autora: Susi
Personagens: Susan(eu), Bill Kaulitz
Gênero: Romance
Música-tema: Anywhere – Evanescence (prestem atenção na letra, faz sentido com a história)
*Está em primeira pessoa, com um capítulo
Por favor me dêem um desconto, primeira One que eu posto tá?-Pronto, agora eu tenho certeza.
Essa era a mensagem que rondava a minha mente, naquela fresca noite de primavera em Berlim. Enquanto ia dirigindo meu Sedan até em casa, tentava controlar-me o máximo que podia. Mas era só fechar os olhos que a imagem dele vinha em meu encontro. Era só provar meus lábios, o gosto dos lábios dele ainda permanecia ali, intacto. Ao pegar o cabelo e colocá-lo atrás da orelha era a voz dele nos meus ouvidos.
Porquê eu ainda conseguia sentir todos estes sintomas, se nosso amor havia acabado? E eu sentia a conseqüência desse erro pesar em meu coração. Como eu pude deixar nosso amor morrer?Porquê não cuidei dele, assim como era no início? Quis repudiar o dia em que eu havia dito “eu te amo”. Mas eu tive que dizer. Aquele era o conselho que o próprio Deus havia me dado, em Provérbios 27:5: Melhor a repreensão falada do que o Amor escondido.
Fui dura demais com ele. Sabia que o nosso relacionamento não iria para frente, mas fui tão estúpida...aquelas irrefletidas palavras o feriram tanto que agora sou eu que sinto a dor.
Assim que fecho a porta atrás de mim caio no choro. Permito que as lágrimas imundem minha alma, na esperança que uma onda leve aquele pesado ressentimento para longe de mim. Sento-me no chão, fraca e abatida. Olho para aquela escuridão que está meu apartamento, tentando encontrar uma resposta no nada. Acabo achando-a; agora, sei o que devo fazer...........................................
Volto a dirigir. Com uma das mãos guio o carro, com a outra tento em vão secar as lágrimas que persistem em brotar dos meus olhos. Estaciono do outro lado da rua, e vejo aquela fábrica inativa, onde nós dois costumávamos invadir desde crianças e olhar para a cidade à noite. Eu sempre estava com medo, mas Bill me transmitia uma confiança tão grande que eu me deixava guiar. Fazíamos isso até hoje.
Olho para os dois lados do portão antes de entrar. Estava seguindo os conselhos de Bill: “Antes de entrar olhe sempre para os dois lados, às vezes tem guardas por aqui”. Aquelas palavras eram tão vivas em mim que olho para trás para confirmar se ele não está mesmo ali.
Vou até o parapeito na cobertura. Ali está ventando muito, fazendo meu cabelo voar em todas as direções. Lembro-me de um dia desses do passado, que ele me disse que faria o clip da música Spring Nicht inspirado naquele lugar. Quantos momentos bons vivemos ali. Fora nesta mesma cobertura que eu recebi meu primeiro beijo, dele mesmo. O nervosismo era tão grande, a paixão era tão intensa. Algo que poderia se chamar de eterna, se a fama e a distância não a tivessem destruído. Como que desejo que ele esteja aqui agora...
Ouço passos, alguém sobe as escadas. Passos iguais aos dele! Meu coração dispara na hora, minha boca seca. Oh! Como eu preciso de você, preciso dizer que me arrependo, que te amo e te quero mais do que tudo! Mas uma luz branca me cega. Levo minha mão aos olhos. Não era ele, e sim um guarda com uma lanterna.
-Esta é uma área privada moça, você está invadindo. Vou chamar...
-Não se dê ao trabalho – Digo, interrompendo-o – Já estou a ir. Ele me olha como se me conhecesse, mas isso para mim se tornou normal.
As dúvidas só se multiplicam em minha cabeça. Mas assim que chego a porta de casa, avisto um buquê de rosas vermelhas! Pego-o, vou para dentro e ligo a luz. Abro em desespero o extenso bilhete. Reconheço na hora a caligarfia:
“Sue. Amor, eu preciso falar com você. Eu não sei como vai encarar isso, mas eu me arrependi. Parece estranho, mas é a verdade. Até mesmo fui lá no nosso lugar, mas como avistei muitos guardas resolvi voltar. Comprei este buquê que pretendia entregar a ti, mas não havia ninguém aqui, então estou te escrevendo. Susan, mesmo que você não acredite, quero que saiba que eu realmente te amo. E eu só não quero que você se esqueça disso: do quanto eu amo você. Se você não se esqueceu também, por favor me encontre no parque de manhã. De alguém que te ama enquanto estiver vivo, B.”
Abraço aquele buquê, e o rego com as minhas lágrimas. “Não, eu não esqueci de ti, meu anjo”.
Mal durmo durante a noite. E falto sem culpa alguma no trabalho de manhã. Ele estava perto do lago, iluminado pelo sol. Mesmo estando de costas o reconheço instantaneamente. Ele parece sentir minha presença e se vira. O vento molda seus cabelos negros, o sol clareia seus olhos amendoados. Ele está sorrindo.
-Eu não consigo terminar com você Susan. - Bill diz com a mesma confiança de sempre. Percebo que nada do que vivemos, do que passamos juntos – rindo e chorando – nada foi quebrado, só estava adormecido.
Corro para os seus braços estasiada de felicidade. Beijo os seus lábios como se fosse a última vez. E pronuncio o melhor de todos os “eu te amo”.
E me lembro de outro conselho que Deus me deu, em 1Coríntios 13:8: O amor, o amor verdadeiro, este nunca falha.