Podem cortar minha cabeça fora, demorei quase um mês pra postar um novo capítulo e peço mil desculpas por isso, só que vocês sabem né, férias = inspiração zero. Vou começar a postar só nos fins de semana, já que agora sou uma menina estudiosa e estou dedicando todos os meus dias a escola. Bom, muito obrigada pelos comentários e espero que vocês gostem deste capítulo. (:
Capítulo 08
- Hm Gustav, acho que você está encrencado. - disse Kaulitz
- Por que estaria? - Gustav disse tentando manter a firmeza na voz. - Não há nenhum judeu ou judia aqui, Tom. Herr Landa deve ter se enganado. Aqui só há uma cidadã francesa sem nenhum ascendente judeu.
- Como você pode ter tanta certeza? Landa nunca se engana, ele sente o cheiro dos judeus de longe - disse Tom fazendo uma pausa. - e posso apostar que este cheiro está impregnado em você. Nossos superiores vão querer saber essa história, ah se vão. Me entregue a judia e não abrirei minha boca sobre isso, fingirei que não te vi aqui.
- Prefiro morrer. - pude ouvir Gustav falando após uma longa pausa. Atitude errada para um oficial da SS. Sua punição seria mil vezes pior que a minha. Um alemão puro se relacionando com uma
untermensch era inaceitável.
- Que pena. - ouvi Kaulitz dizer e, logo após, passos pesados foram dados em direção ao meu quarto. A porta se escancarou com brutalidade e finalmente pude ver o rosto que acabaria com o momento mais feliz da minha vida.
Tom tinha o rosto jovem e bonito, cabelos louros e curtos, olhos castanhos expressivos, sobrancelhas e lábios grossos. Qualquer mulher se jogaria aos seus pés implorando por seu amor. Mal imaginam essas pobres garotas que esse belo rapaz não tem coração.
- Hallo, judia imunda. - disse ele olhando para mim com um sorriso debochado nos lábios - Pronta para sentir a força das mãos do Führer?
- Tom, não faça isso. - Gustav apareceu no quarto com dor nos olhos - Eu lhe imploro, te dou qualquer coisa em troca, mas não a leve.
- Esqueceu do juramento que fizemos, Gustav? - disse Tom com um brilho perturbador nos olhos - Eu faço questão de te lembrar: 'Juro que servirei fielmente ao Führer Adolf Hitler. Juro que sempre lutarei pela unidade e camaradagem da sociedade alemã. Juro sobre nossa sagrada bandeira que sempre serei merecedor dela, valei-me, Deus.
Treve bis in den Tod. Pessoas como ela, untermenschen, não têm o sentimento nacional-socialista e destroem a nossa Alemanha. Abra seus olhos Schäfer!
- Você é doente. - disse Gustav enojado.
Logo estávamos sendo jogados no porta-malas de um carro por outros três soldados que estavam na companhia de Tom, sem saber se veríamos outro pôr-do-sol.
-x-
Untermenschen era o jeito que os alemães chamavam poloneses, judeus, ciganos, homossexuais etc, os alemães, sendo assim, os
übermenschen.
Treve bis in den Tod: Fiel até a morte.