Blood Against Love 2ª Temporada.

Amanheceu e eu fui até uma loja de sapatos, iria comprar um sapato para dar de presente para Elisa, quando olho para a rua e vejo Elisa passando, ela estava vestida de branco e com manchas de sangue perto na gola da sua camisa, e seus dentes estavam vermelhos.

Eu tinha certeza de que eu estava apaixonado por Elisa, e também tinha certeza de que humana ela não era. (cap 3)

Isso acabou sendo um sonho muito esquisito que permaneceu na minha mente durante todo aquele dia até a hora de meu novo encontro com a bela loira. Eu não conseguia me conformar de maneira alguma com o jeito como ela conseguia mexer comigo, com a segurança que ela passava. Nenhuma mulher jamais havia me deixado plantado no meio de um encontro antes, como ela pôde? O que a levou a fazer isso? Eu estava muito confuso, precisava pensar.
A minha tarde foi tão parada, tão esquisita e fora do normal, eu estava em outro mundo. Tentei, em vão, encontrar respostas em minha cabeça para as intermináveis interrogações que surgiam a todo o momento e que estavam prestes a me deixar louco. E aqueles acontecimentos estranhos me incomodavam, como eu a vi na em meu quarto na noite anterior? Será que eu estava delirando?

Flash back: on

Cheguei em casa ainda sobre o efeito de dúvida que me havia ocorrido, não pensei duas vezes e fui direto para o meu quarto, deitei em minha cama e adormeci, sonhava com Elisa, quando acordei assustado com a impressão de ter sentido alguém tocar meu peito, então eu olho para frente do meu guarda-roupa e vejo Elisa, no susto me sentei na cama, esfreguei os olhos, olhai na direção onde tinha visto Elisa, mais dessa vez não vi nada apenas meu guarda-roupa.

Flash back: off

Ela não podia aparecer assim do nada, é naturalmente impossível. E meu sonho, tão estranho. Elisa com manchas de sangue pelas roupas e pelos dentes, eu estava começando a ficar assustado com tudo aquilo, mas não podia deixar de pensar no quão encantadora ela era. Sua pele era aparentemente macia, seus cabelos eram como seda sendo levemente jogada pelo vento, e seus lábios eram um convite ao paraíso. Tudo nela era tão atrativo que muitas vezes parecia perigoso demais arriscar, e talvez eu gostasse desse perigo.
Eu não desistiria até conseguir respostas e tê-la para mim, mas algo me dizia que as futuras descobertas poderiam ser chocantes. O dia foi cansativo e longo, e mais uma vez desperdicei horas tentando encontrar explicações, pensando nela e imaginando como seria nosso novo encontro. O relógio marcava 9h da noite, faltavam 30 minutos para encontrá-la mais uma vez. Senti uma estranha sensação de frio na barriga e estremeci com a idéia de que eu realmente poderia estar perdidamente apaixonado por aquela estranha e intrigante loira sexy. Peguei as chaves e fui em direção a porta e quando entrei na garagem de casa me deparei com algo realmente inesperado.
Elisa estava sentada no capô de meu carro. Vestia um vestido preto, um salto pesado e maquiagem carregada que evidenciava seus belos olhos azuis. Com seus lindos cabelos loiros ao vento ela veio ao meu encontro.
_ Olá, Tom. Estava pensando se não poderíamos conversar na sua casa esta noite. Sei que está confuso e que precisa de respostas e eu estou pronta para tirar suas dúvidas.
Fiquei perplexo. Não consegui dizer uma palavra sequer.
_ E então, podemos entrar?
_ S... Sim... ahm, claro.
Entramos. Pedi que ela se sentasse e logo Elisa estava confortavelmente posicionada em meu sofá. Sentei-me ao lado dela, mas ela nada disse. Ficou encarando-me por vários minutos até que finalmente deu início às explicações.
_ Bem, desculpe-me por minha súbita, digamos fuga, na noite passada. Realmente tive meus motivos para sair daquela maneira.
_ E... posso saber quais seriam esses motivos? – eu estava mais que curioso
_ Acredito não ser uma boa idéia, mas acredite, quando chegar a hora certa você saberá.
Ficamos alguns segundos em silêncio.
_ Bom, então é isso? – Elisa estava imóvel me olhando. Será que era tudo o que ela queria fazer naquela noite?
_ Isso é tudo o que eu precisava te explicar por hora. Se tiver outros planos aceito sugestões, caso não posso tranquilamente ficar horas apenas observando suas feições. – e pela primeira vez em 21 anos senti certo rubor em minha face.
_ Bem... podemos, sei lá, nos conhecer melhor... quem sabe. – sugeri com um sorriso malicioso
Ela riu.
_ Tom, querido. Acredite, nós já nos conhecemos bem. Muitos mais do que você pode imaginar.

Fiquei completamente intrigado com o que Elisa me falou, como nós poderíamos nos conhecer melhor do que eu podia imaginar. Eu me irritei, eu queria respostas, muitas respostas. Eu comecei a fazer farias perguntas a ela, sem ao menos dar tempo para ela responder.

- Porque você faz isso Elisa? Você está querendo me enganar? Me conta tudo, você é cheia de mistérios, eu não aguento mais Elisa, eu preciso de respostas, porque eu.. eu.. eu te amo Elisa.

- Tom, eu, eu também te amo, e não é dessa vida, eu te amo, e te amarei em todas as minhas vidas, como eu te amei na vida passada.

- Como assim na vida passa? Eu não te entendo Elisa.

- Tom, você tem certeza que quer saber? Eu não quero que você pense que eu sou louca, tem muito sobre mim que você não sabe, mais que você já soube, me entende?

- Não eu não te entendo, por isso eu quero que tu me conte.

- Está bem Tom, relaxa, eu vou te contar, mais depois não diz que eu sou louca.

- Está bem Elisa, Me conte.

Tom ficou esperando que Elisa começasse a lhe contar o que ele não sabia, mais já soube. Por alguns minutos o silêncio predominou, até que começou a sair as primeiras palavras da boca de Elisa. Ela falava com uma voz totalmente triste e de expectativa. Então Elisa começou:

- '' Tom, eu não sei muito bem por onde começar, são muitas coisas que você precisa saber a meu respeito, a nosso respeito. Tom eu e você vivemos outra vida juntos, mais ai aconteceu uma coisa muito trágica, eu não sei como te contar.''

Tom a interrompeu, e falou:

- Elisa, como você sabe, como você tem tanta certeza de que me conhece de outras vidas?

- Tom, eu nunca deixei de viver, eu estive com você todo esse tempo, durante muito tempo.

- Peraí Elisa, tu querendo me dizer que você não morre, eu entendi direito?

- É Tom, eu disse que tu ia me achar louca, mais tenho que te contar pra partir em paz.

- Então me conte, tudo.

- Está bem Tom. Em uma outra vida, eu e você nos conhecemos quando Bill nos apresentou, nos éramos amigos, mais essa amizade foi se intensificando, se tornando mais forte, até que se tornou em amor. Eu e você éramos apaixonados, nós nos amávamos de mais. Mas Bill começou a sentir o mesmo por mim, ele não pode evitar. Ele perdeu a cabeça quando viu que eu queria você e não ele. Ele ficou fora de si, e um dia eu e você estávamos nos beijando quando Bill chegou e te assassinou com 3 tiros. Você morreu na hora. Eu sabia que não conseguiria viver sem você então eu me matei com uma faca , mais antes deu me matar, Bill disse que se eu não ficasse com ele, eu viveria pra toda a eternidade em busca de você.
Eu não dei ouvidos ao Bill e cravei a faca em meu peito, já sem forças deitei-me ao lado de Tom e esperei a morte me buscas. Mas o que Bill falou se concretizou e hoje eu estou aqui, para cumprir esse amor.

Quando Elisa terminou de falar uma lágrima calmamente escorreu por seu rosto. Tom secou lágrima dela com seu polegar, e beijou Elisa, ele não pode evitar que uma lágrima rolasse por seu rosto, olhando nos olhos de Elisa ele disse.

- Eu acredito em você, eu te amo.

Elisa apenas abaixou a cabeça, ela sabia que ainda não tinha contado tudo a ele.

Sem dizer nada apenas o beijou.

Aquele beijo foi intenso, e eu pude sentir a descarga elétrica se intensificando pelo corpo de Elisa. Quando, de repente, nosso beijo torna-se mais e mais quente ela se afasta brutamente parando de frente para mim sem me olhar nos olhos. Foi tudo tão rápido, num segundo estávamos nos beijando no sofá, e no outro ela parecia querer evitar o meu toque.
_ Elisa, o que houve?
_ Desculpe. E-eu, não posso fazer isso.
_ Ta, e por que não? Você mesma insinuou que já nos conhecíamos muito bem e que nos amamos há décadas, ou há séculos talvez. – senti-me um completo idiota ao dizer aquilo, mas era difícil para eu associar a sensação que eu tive sobre ela desde o início ao fato de conhecê-la de vidas passadas, isso soava extremamente ridículo.
_ Eu sei, e sinto muito ter lhe contato sobre isso, eu não devia...
_Não sinta, fui eu quem pediu para que você esclarecesse minhas dúvidas. E eu acredito em você, só é complicado assimilar que eu já vivi outras vidas antes, com você, e até Bill está metido nessa. – lembrar da história que ela me contou sobre Bill me fez pensar muito sobre qual seria o papel dele realmente nessa história toda – E, afinal, qual o papel de Bill nisso tudo?
_ Não creio que seja uma boa idéia despejar tudo sobre você de uma única vez, pode ser até... perigoso. – disse ela sentando-se novamente no sofá com as mãos na cabeça como quem se arrepende de algo.
Mas como assim ‘perigoso’? O que poderia acontecer? Seria perigoso eu continuar com aquela dúvida cretina que martelava em minha cabeça o tempo inteiro, eu sentia que estava enlouquecendo a cada segundo. Que mulher mais cheia de mistérios, e ao mesmo tempo tão atraente.
_Não entendo como pode ser perigoso. – disse com uma expressão tão confusa quanto meus pensamentos.
_ Olha Tom, existe um propósito para que eu esteja aqui, para o nosso encontro, para esta conversa. Nada foi por acaso, mas preciso que você seja muito paciente, porque o que vem por ai não pode vir à tona de uma única vez.
Dessa vez ela havia me deixado com medo. Respirei fundo e resolvi guardar as mil interrogações que se formavam em minha mente para outra ocasião. Cheguei mais perto dela e abracei-a. Sua pele era tão fria que me causou arrepios.
_ Olha, eu vou procurar tentar ser o máximo compreensivo possível. Só me prometa que não vai se afastar, porque agora, mais que nunca, não sei se saberei ficar longe de você.
Ela libertou-se dos meus braços e me olhou nos olhos.
_ Nós não precisamos ficar longe um do outro, não mais. Apenas devemos ser cuidadosos. Não me procure, eu lhe encontrarei, e lhe peço, por favor, não comente nada sobre mim com Bill.
Não fiz mais perguntas, apenas assenti e ela me beijou. E antes que eu pudesse colocar minhas mãos em sua cintura ela já atravessava a porta da sala.
Deitei-me no sofá e pensei: Que porra que papo estranho foi esse? Eu estou louco, só pode.
Liguei a TV em qualquer programação idiota a fim de me distrair do que eu acreditava ter sido a conversa mais estranha que eu já havia tido em 21 anos de vida. Alguns minutos depois Bill chegou.
_ E ai, como foi o seu dia senhor-sempre-pensativo-Kaulitz? – perguntou ele assim que me viu estirado no sofá olhando para a TV, mas sem realmente prestar atenção.
_ Hm? Ah, foi... foi normal, eu acho. – não, não havia sido nada normal. Bem pelo contrário – E o seu?
_ Nada de interessante, apenas fiz algumas compras. Estou gostando dessas férias, sem trabalho, sem pressão. Mas sinto falta do Gê e do Gus.
_ É, eu também.
_ Tom, eu queria... mas que cheiro é esse? – ele se interrompeu e franziu o nariz como se fosse o cheiro mais repugnante do mundo e logo depois relaxou a expressão e percebi que ele conhecia o tal odor.
_ Que cheiro?
_ Nã-não, nada. Pensei ter sentido o perfume da... Bom, não foi nada, esquece isso. – dito isso fiquei intrigado com a reação de Bill e logo percebi que o perfume de Elisa estava impregnado em mim.
Tomei um longo banho e fui para a cama pensando sobre minha conversa com Elisa, a estranha reação de Bill, era tudo muito complexo para o meu pequeno cérebro de garanhão.

Dois dias se passaram e nada de Elisa dar notícias, comecei a duvidar da promessa que ela havia me feito. Mas tentei ligar isso ao fato de que Bill havia passado as últimas 48hrs em casa comigo. Foi um tanto estranho chegar a essa conclusão, mas ligando a tudo o que ela havia me dito, era o que mais fazia sentido.
Acordei no dia seguinte sentindo-me completamente dopado, entorpecido pelas revelações de algumas noites atrás. E foi quando Bill finalmente resolveu sair, entrei automaticamente em estado de espera, aguardando o fato de que a qualquer momento Elisa entraria em contato. Meu irmão ficaria três noites fora, então eu teria tempo o suficiente para ficar com aquela bela e intrigante moça pela qual eu já deveria ter me apaixonado dezenas de vezes antes.
Ela não havia entrado em contato a tarde toda, mas assim que anoiteceu recebi uma ligação de um número não identificado.
_ Alô?
_ Boa noite Tom, eu só queria saber como você está. – era ela
_ Um pouco confuso ainda, mas estou bem. Ficaria melhor se pudesse te ver.
_ Talvez eu vá até ai mais tarde.
_ Seria ótimo. E melhor seria se você deixasse que nosso beijo se intensificasse, se você não recuasse ao meu toque.
_ Querido, tenho meus motivos para tais atitudes. Você saberá assim que possível, mas não apresse tanto as coisas.
_ Tudo bem, apenas te ter aqui comigo basta. – ela sorriu do outro lado da linha e desligou.
Não pude deixar de me sentir um idiota ao dizer aquela última frase, mas foi inevitável. Elisa de certa forma causa esse efeito em mim. Eu estava completamente apaixonado, mas bem à minha maneira.

Eu já estava ansioso para ter Elisa de novo junto a mim. Ela estava demorando muito, e agora a noite já caiu por completo, já eram 10 horas. Eu já estava começando a pensar que Elisa não viria, quando a campainha toca. Eu que estava sentado me levantei num pulo quando ouvi a campainha tocar.

Abri a porta e era Elisa, ela estava completamente linda. Vestia uma uma calça jeans bem justa na cor preta, uma blusa vermelha com um decote realçando bem os seus seios, calçava um sapato de salto alto também na cor preta, ela estava impecável, eu sabia que não ia resistir.

Eu a cumprimentei com um beijo, ela tentou me evitar mais eu não deixei. Eu a beijei com vontade, e notei que ela também me beijava com vontade, mais com medo, e eu não entendia porque, ela sabia que eu não a forçaria a nada.

- Entre meu amor. Você está linda.

- Oi Tommy, tudo bem?

- Estou bem melhor agora, e podia ficar melhor ainda.

- Tommy, vai com calma, eu já te falei.

- Tá mais, você que me provoca, com esse seu decote.

- Ãh? Você me agarra e me beija e é eu que te provoco?

Nós dois rimos juntos, talvez para tentar disfarçar nosso nervosismo. Eu senti que esse foi o momento digamos, ''mais normal'' que eu já vivi com ela, bem pelo menos dos que eu me lembrava.

Eu a convidei para assistir um filme comigo, ela aceitou. Então nó nos dirigimos até a sala e lá nos acomodamos no sofá. Nos sentamos, eu envolvi meu braço na cintura da Elisa, eu pensei que ela me evitaria mais dessa vez ela não me evitou.

O filme estava quase acabando, e quando eu percebi que Elisa não ficaria pra assistir o final eu me levantei rapidamente e perguntei a ela:

- Elisa, o que você disse que tinha que me contar, mais que só na hora certa eu saberia?

- Tom, eu não posso te falar ainda.

E sem que eu tivesse tempo para impedi-la ela foi embora.

Eu já estava cansado de tantos mistérios, e estava começando a me cansar de Elisa, ela só podia estar me fazendo de palhaço.

Eu estava completamente irritado, então eu sai, peguei meu carro e fui em direção a primeira boate que eu cruzei.
Entrei na boate, sentei-me no bar e pedi uma Tequila, após beber em apenas um só gole, repeti meu pedido, por várias vezes. Sai do bar e fui para a pista, escolhi umas das dançarinas e a levei para um quarto.

Ela já estava deitada na cama quando eu me lembrei de Elisa, sem dar explicações, sai do quarto e deixei a dançarina lá. Sai daquela boate decidido de que iria procurar Elisa, e descobrir os mistéria de uma vez por todas.

Desculpa galera, eu falei que esse não ia ficar bom. Cometáris? Críticas? Elogios? Sugestões? Aceitamos tudo *-*