Autor: Eu
Censura: Livre.
Beta reader: Word.
One Shot, totalmente baseada em Piratas do Caribe, meu filme preferido. Mudei apenas os personagens.
Personagens: Annie e Bill.
Iê, hey, oh!
A brisa leve soprava meu rosto, fazendo com que meu cabelo levasse para traz. O barrulho do mar, cada vez mais penetrante, me fazendo engolir, ou tentar, todos aqueles sentimentos. Eu sempre fiz isso, porque que contigo era tão difícil? Abaixei minha cabeça, enquanto me contentava pela vida de minha amada. Encostei-me na rocha, que me sustentava, enquanto meus pés, encolhidos, se movimentavam, indo... vindo...
Era bom saber, que ela nunca mais iria morrer. Imortalidade. Era ótimo isso. Mas o que me atormentava, era o fato de não tê-la, quando começei a ter. Era complexo para minha mente. Uma miscelânea. Uma mistura de vontades. Mas, eu sei que ela ficaria bem, minha certeza de que eu seria dela por toda a vida, não era involuntária. Era... Real!
A maré subia mais e mais, e eu podia ver o navio... Era uma aliança confiável, agora que Davy Jones não estava ao comando. Os marujos voltaram a forma real. Nada de peixes ou espécies exóticas do mar. Pelo que eu sei, agora nenhum mais, faria parte do navio. Eu sabia que Annie iria cumprir o compromisso que fizera com a Deusa Calypso. Levar os mortos no mar, para o outro lado, seguros. Piedosa. Como ela era piedosa.
Acho que ela iria me levar, se não possuia mais, minha alma dentro de mim. O meu eu, minha aurea, iria vagar com ela, mar a fora por toda a eternidade.
Pude notar uma pequena navegação, se aproximando da praia solitária. Sorri. Era Annie. Ela saiu do barco, deixando dois marujos lá.
Sua roupa leve, parecia pesar agora. Não sei se é devido a calça está molhada, e o vestido por cima, ser muito pesado. Novamente, a brisa bateu em meu rosto, e pude perceber que no dela, fazia o mesmo. Seus dreads loiros, iam para traz, mas a bandana pirata e seu fiel chapeu, insistia em segura-lo. Suas maçãs do rosto, estava notáveis como sempre, porém, mais vermelhas. Meu lábio se curvou, sorrindo, novamente. Seus olhos castanhos, devotos ao meu olhar, estavam sem esperança... Argh!
Era difícil. Era. Suas mãos trazia o baú. O baú da morte. Seus passos marcados pela areia, faziam em mim, tal marca, entretanto, mais violenta, mais forte e dominante. Meu Deus, para que isto?
Pude sentir sua respiração, quando estava em minha frente.
- Você sabe que este navio. - Este navio, pensei comigo. - precisa de um capitão. - Ela olhou para o chão, e sorriu. - No caso, capitã.
Concordei, balançando minha cabeça, positivamente.
- Um dia em terra, e dez anos no mar. Complicado...
- Complicado... - Minhas lágrimas se afogavam dentro de mim. Não iriam sair, não agora.
Ela levou o baú em minhas mãos, e tirou a chave, de sua bandana. Destrancou... Pude obsevar, o meu objeto de desejo palpitar. Seguidas vezes... Aquele coração, deveria pertencer a mim, e não, a um lendário navio. Temido. Ou destemido? Temido, com certeza.
- Pertence a você. - Ela mordeu o lábio inferior. - Cuide bem...
Levantei-me, pegando para mim, aquele. Enconstei-o na rocha, apoiado totalmente seguro. Agora, trouxe-a para mim. Confortei-me em seus braços, enquanto afagava seu rosto. Meus lábios inquietos, soltavam o ar que não conseguia se desprender de meu pulmão. Senti seu calor.
Afastamo-nos. Ela se virou, rapidamente, categoricamente. Meus olhos se arrelagaram. Não! Não...
Os passos de Annie estavam mais leves, mais próximos do barco. O sol já se punha, o dia acabara. Dez anos...
Corri até ela, abraçando-a por traz, segurando-a com toda minha força, tendo-a para mim, pela última vez, se quer, um minuto, antes dos dez anos.
- Fique de olho no mar. - Ela sussurou, com a voz falhando.
Virei-a para mim, roçando nossos lábios. Mordi seu lábio inferior, enquanto uma de minhas mãos, colocava-se por dentro de seu vestido, sentindo a calça úmida. Enfiei minha mão lá, enquanto percebia seu arrepio. Senti o calor de seu corpo, pela mão. Era sorriu, enquanto nossos lábios se entrelaçavam, a minha mão deixava o seu calor. O meu calor.
Segurei sua mão, enquanto ela se afastava. Mas meus dedos não eram fortes o bastante, para prendê-la aqui. Ela se fora. Acabou. Então é isto... Um adeus. Não dado por nós? É. É apenas o certo. Caminhei até o baú, que me contentaria por os momentos de minha vida. Todos....