Capítulo enorme. Oh Leitora nova, seja bem vinda.
Gente eu so tenho ate o cap 5 entao resolvi postar o 4 ja que estava muito tempo sem postar.
Nossa cada coisa vai rolar ainda -melhor eu me calar, se nao amanha giu me mata na escola.
boa leitura.
Já faziam umas duas horas que estavam na estrada. Bil estava na frente, ao lado de Georg, discutindo qual rota era melhor seguir. Parecia sempre tão seguro de si. Lise estava observando discretamente Tom, que estava olhando um mapa, com atenção exagerada. Eu queria que ela se acertasse com ele, pareciam ser perfeitos um para o outro. Queria muito que eles fosse o típico : “Os opostos se atraem.”.
-Ei Hayley! –Amy me chamou. –Você tá com fome, quer uma água?
-Não obrigada. –eu sorri.
-Fico feliz que você e o Bil tenham finalmente se acertado. –ela disse com um sorriso cálido no rosto.
-Eu também. –confessei a ela. Era pura verdade.
Vi Bil trocar de lugar com Tom, que ainda fitava o mapa atentamente. Ele veio em minha direção e sentou-se ao meu lado, me abraçando pela cintura.
-Sono? –ele sussurrou em meu ouvido. Era ótimo sentir seu hálito quente em meu pescoço.
-Não. Ainda não. –eu disse e o meu corpo me traiu. Bocejei.
-Não, imagina... –ele continuou zombeteiro.
-Já sabe aonde nós vamos ficar? –eu perguntei interessada.
-Não ainda não. Quem sabe na próxima cidade né? Agora, acho melhor você descansar. Nós temos MUITO pela frente ainda. –ele tirou a jaqueta e a vestiu em mim. Deitei minha cabeça em sua perna e o encarei.
-Eu te amo. –ele sussurrou e novamente eu pude sentir aquele hálito maravilhosamente doce, dessa vez no meu rosto. Seu hálito era tão doce, que fez minha cabeça girar.
-Eu também. –respondi. Minha voz saiu baixa e gutural.
Fechei os olhos, memorizando aquele cheiro embriagante que exalava dele. Ali nos braços dele era tão fácil fantasiar que ele me queria. E talvez, ele me quisesse de verdade; e era absolutamente com isso que eu sonhava.
Meus olhos estavam tão pesados que eu mal conseguia entender o que eles diziam. Era realmente difícil, mas eu me esforcei ao máximo. Era algo como : “Você acha que não é meio perigoso pra ela vir conosco?”, “Não seja absurdo, sabe muito bem que eu confio nela. E você deveria confiar também.”, “E eu confio, mas tô preocupado com ela.”, “Como se eu não estivesse!”, “A decisão de trazê-la foi toda sua...”. Depois daquilo eu não consegui entender mais nada. Mergulhei no mar profundo da minha mente, onde se encontravam os meus sonhos mais sombrios, aqueles em que acordava gritando. Era impossível sair dali, sem estar absolutamente assustada. E começaram a vir as imagens mais horríveis com que eu já havia me deparado. As piores. Dentre elas estavam: Eu e Bil, juntos no cemitério, em frente a uma lápide; com o nosso nome gravado nela: Hayley e Bill. Juntos pela eternidade. Depois vieram muitas mais, cada uma mais assustadora que a outra. Bil baleado ao chão, comigo ao seu lado chorando lágrimas de sangue e sendo cobertos pela chuva fina e fria. Aquilo já estava me torturando. Depois, vi Henrico Travillane com as mãos no pescoço de Bil, fazendo uma pressão imensurável. Eu tentei ajudar, mas não consegui. E o pior é que eu sabia que era tudo um sonho, mas eu não conseguia acordar, estava presa.
-Ahhhhhhhhhhhh... –eu acordei como havia previsto: aos gritos.
-Hay o que foi? –Bil estava preocupado e assustado ao mesmo tempo.
-Nada, nada. Foi só um pesadelo. Só isso. –pelo menos era isso que eu tentava me convencer.
Eu estava suando; havia ficado muito nervosa com tudo aquilo. Respirei fundo e fechei os olhos novamente. Precisa realmente descansar. Demais.
Dessa vez, eu acho que não sonhei com absolutamente nada. Não me lembrava. Pelo menos não havia acordado gritando como da última vez.
-Bom dia minha flor. –ele sorriu levemente, mas seus olhos estava duros. Eu tinha certeza de que ele ainda estava preocupado comigo.
-Bom dia. –respondi sorrindo também. Só que um sorriso inimaginavelmente maior do que o dele. Eu estava realmente feliz. Por estar ali, junto com ele.
As nuvens estavam finas hoje, haviam alguns finos raios de sol escapando à oeste. Nós ainda estávamos na estrada, mas agora quem dirigia era Rachel. Conhecia-a bem demais pra saber que ela havia insistido muito para isso.
Amy e Lise estavam dormindo profundamente. Gustav acariciava as madeixas negras de Amy com todo o cuidado e carinho possível. Era realmente difícil acreditar que eram só amigos; ainda. Tom estava ao lado de Lise, mas estava lendo alguma coisa. Era um livro, mas na capa não havia nome.
-Fome? –Bil perguntou me encarando. Ele estava com toda a certeza, analisando a minha expressão.
-Não ainda. –eu disse e não era mentira. Depois de tudo, minha fome parecia ter desaparecido.
-Então, será que agora você podia me contar sobre o seu pesadelo? –disse ele deitando-se em meu colo.
-Foi só um pesadelo Bil, só isso. –eu falei com uma voz cansada.
-É e eu quero saber como ele foi. Hay você acordou gritando, suando e seus olhos estavam marejados! –ele insistiu.
-Eu sonhei com várias coisas, tipo, um monte de imagens nossas sabe? Coisas horríveis. Com a morte. –eu falei num sussurrou.
-Aí eu não devia ter te contado o que ia fazer e muito menos te “convidado” pra vir junto. –ele parecia arrependido.
-Se algum dia eu voltasse a te ver, você poderia ter certeza de que jamais seria perdoado por tal ação. –eu respondi irritada. Ele pareceu perceber meu “desapontamento” e esboçou um sorriso. O meio sorriso dele era severo. De certo estava chateado consigo mesmo, ou comigo eu não sei dizer.
-Minha vez de dirigir Rachel. –Tom se levantou, deixando o livro que estava lendo, no banco.
Rachel veio para trás e sentou-se onde Tom estava. Ela estava séria, como sempre. Será que ela não conseguia sorrir nunca?
-Você tá bem Hayley? –ela perguntou me encarando. Confesso que levei um susto com tal ato, mas logo me recuperei e respondi a ela.
-Estou sim Rachel, obrigada.
-Nós vamos parar um pouco ok? Para idas ao banheiro e etc. –Tom nos avisou. Ele parou no posto e todos começaram a se levantar. Amy e Lise já haviam acordado e estavam saindo do trailler.
-Vamos? –Bil se levantou e estendeu sua mão pra mim. Eu imediatamente a peguei e percebi que estava fria. Nós descemos e eu fui em direção ao banheiro, junto com as meninas.
-Ei Hayley, espero que esteja melhor. –Lise se dirigiu a mim, enquanto arrumava os fios castanhos.
-Estou sim obrigada. –respondi com um sorriso no rosto.
Arrumei meu cabelo rapidamente e saí do banheiro, acompanhada por Amy. Gustav logo veio em nossa direção e os dois foram caminhar um pouco.
-Esses dois vão estar juntos num repente. –eu murmurei pra mim e sorri.
-Bu! –Bil chegou por trás de mim, me abraçando com força.
-Gracinha. –eu disse séria. Não gostava muito de levar susto.
-Vamos comer! –ele segurou minha mão e me puxou em direção a conveniência que havia no lugar.