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 Meio Irmãos. - [Cap. 2]

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Elisa Guerra

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MensagemAssunto: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeSex Jan 31, 2014 9:48 pm

CAPÍTULO 1

Se me perguntassem o que eu mais odeio no mundo, eu responderia: essa droga de despertador que não me deixa dormir...
Levantei rápido da cama e tratei de me arrumar para ir à escola, estava eufórica, afinal, era o ultimo dia de aula.
Assim que fiquei pronta, desci para tomar café com o meu amado pai.
- Bom dia, pai. -cumprimentei feliz, puxando uma cadeira e sentando-se ao lado dele.
- Bom dia, querida! -respondeu, bebericando seu café.
Meu pai chama-se Gordon, ele é um empresário bem sucedido e muito respeitado na cidade em que moramos.  Ele é tudo que tenho na vida, o amo incondicionalmente, faço tudo por ele...
Terminei o café e já estava levantando quando meu pai começou a falar:
- Anie... -sim, meu nome é Anie, idêntico ao da minha mãe, meu pai quis homenageá-la com o nome dela. Minha amada mãe faleceu assim que me deu a luz.
- Sim, pai...
-Hoje a Simone vem jantar conosco... -Simone, a namorada misteriosa do meu pai. Nunca tive interesse de conhecê-la, pouco me importava quem era ela, o que fazia. Sempre que meu pai começava a falar dela, eu fugia do assunto. - E eu gostaria que você chegasse cedo em casa. - ele me olhou um pouco nervoso e eu entendi que isso era uma ordem. Se me apresentar essa mulher vai deixar o meu pai feliz, aceitaria o sacrifício.
- Tudo bem. -falei sem interesse. - Eu não tinha nada marcado depois da escola mesmo...
- Ótimo!
Peguei minha mochila e corri para pegar o ônibus amarelinho que me leva até a escola. Pois é, meu pai acha que não sou responsável o suficiente para ter um carro.
O fato do meu pai está namorando não me incomoda, afinal, é a vida dele. Mas esse jantar não está me cheirando bem. Estou achando sério demais.
- Anie, alguém já te convidou pro baile? -Mel disse feliz, interrompendo meus pensamentos, estávamos no refeitório, almoçando. Espera aí...
-Baile? Que baile? -eu não fazia a mínima ideia de que teríamos um baile.
Mel é minha melhor amiga, às vezes eu acho que não dou muita atenção ao que ela diz, mas vamos combinar que ela fala demais, não dá pra se concentrar.
Ela revirou os olhos e começou a falar:
- Você não sabe? O baile de fim de ano, nesse fim de semana, meninos convidam meninas. Está estampado em milhares de cartazes por todo o colégio, como é possível você não ter notado? Eu falei disso a semana inteira! E sabe quem me convidou? O Gustav! -soltou tudo de uma vez, enquanto gesticulava de um modo engraçado. Observei o tal Gustav roubando o sanduíche de um colega, revirei os olhos. Agora eu lembrava, ela falou mesmo alguma coisa sobre o tal baile.
-Ah, claro que eu sei... Você falou do baile. Ninguém me convidou, mas de qualquer forma, eu não iria mesmo.
- Como não iria? Você tem que ir! Hoje mesmo vamos comprar um vestido para você. E com certeza algum garoto vai te convidar. -praticamente gritou.
Parece piada, mas o refeitório estava vazio em questão de minutos.
- Mel, eu não vou. Além do mais, não posso ir comprar vestido hoje, meu pai vai levar a namorada dele para jantar conosco e tenho que chegar cedo em casa. -expliquei.
- Olha só quem está vindo em sua direção... -ela sorriu maliciosa.
Vasculhei com o olhar e me arrependi, assim que identifiquei Tom Kaulitz e seu amigo idiota, Georg. Mel insistia que o Tom tinha um fraco por mim, mas era tudo coisa da cabeça maluca dela. Isso seria ridículo, eu e Tom brigávamos feito cão e gato desde o jardim de infância, durante anos tive que conviver com ele no mesmo país, no mesmo estado, na mesma cidade, na mesma escola e o que é pior, na mesma turma.
- Oi Mel... -sorriu. - Oi, Anie. -fez cara de enterro.
- Oi Tom. -disse Mel.
- Não enche Kaulitz! Não estou com saco para te aguentar hoje... -essa fui eu, muito amigável.
- Nem se eu te convidar para ir ao baile comigo? -oi? Ele está me convidando para o baile?
- Isso... É umas daquelas piadas sem graça? Por que se for, pode ir caindo fora! -cruzei os braços.
- Não é uma piada... -ele revirou os olhos. - Você aceita ir ao baile comigo, Anie? -ele me fitou tão intensamente que eu quase acreditei que aquele ser poderia se tornar gente um dia.
- Ela aceita sim! -Mel respondeu por mim. Isso era estranho, muito estranho... O Tom babaca que eu conheço nunca me pediria isso.
- O que? Eu não aceito coisa nenhuma! Eu não vou ao baile...
- Anie, assim eu me sentiria ofendido! -ele sorriu. Droga, porque ele tinha que exibir esse sorriso perfeito? Ai caramba! Eu não pensei isso... O olhei confusa.
- Aceita, sua boba! -Mel cochichou no meu ouvido, juro que imaginei ela com chifres e um rabo.
- Tudo bem... Eu aceito. -falei antes que me arrependesse.
Foi aí que o tal Georg começou a rir e o babaca do Tom também... E eu entendi que tudo não passou de uma piada.
- Você acha mesmo que eu teria coragem de ir ao baile com você? -e continuou a rir como uma hiena. A forma como ele pronunciou a palavra “você” me ofendeu. - Isso foi só pra ter certeza de que nenhum maluco convidou você. -fitei minha amiga que fazia uma cara triste pra mim e me arrependi amargamente de ter feito o que ela me disse.
- Como se uma pessoa tão desprezível como você, merecesse a minha companhia. Se enxerga, Kaulitz! -eu disse irritada e sai do refeitório a passos largos. Os idiotas continuaram rindo...
-Anie, espera! -Mel vinha atrás de mim. Parei por um instante. - Desculpa! -fez uma carinha de dó.
- Preciso ficar sozinha! -continuei andando, deixando ela para trás.
Não fui as ultimas aulas. Sentei-me nas escadas entre o segundo e terceiro andar. Comecei a pensar no que me levou a ficar magoada. Nunca me magoei com nada que Tom Kaulitz me disse, por que isso agora? Ah, é. Ele me desmereceu, me fez parecer inferior às outras garotas. Como se eu fosse... Eu não me importo, não sou inferior! Confesso que fui boba, por um instante pensei que ele estivesse mesmo falando a verdade.
- Eu sei mãe... Certo, não vou esquecer do jantar... Mas como vou saber do que ela gosta?... Tudo bem, mãe... Também te amo! -impressão minha ou eu ouvi uma conversinha do Kaulitz com a mamãe dele? Essa fofura toda só pode ser falsidade.
Nesse instante o sinal tocou e eu pude sentir a energia boa do momento: Estava de férias e o melhor de tudo, ficaria longe de Tom Kaulitz, se a sorte estiver do meu lado, longe para sempre!

(...)

JANTAR

- Querida, eles chegaram! -ouvi meu pai chamar. Espera, ele disse “eles”?
- Estou indo, pai. -me olhei mais uma vez no espelho. Estava tudo certo, vestido azul, sapatilhas na cor branca, cabelos soltos e maquiagem simples, apenas caprichei em delinear bem os olhos.
Desci as escadas calmamente e pude ver a tal namorada do meu pai, ela estava de costas.
- Ah, aqui está ela... -disse meu pai, tocando nas minhas costas. - Simone, esta é a minha filha. -ele sorriu. A Simone me olhou e sorriu.
- Oi querida. -me cumprimentou com um sorriso maior ainda.
- É Anie. -disse.
- Oi Anie, como você é linda. Uma completa princesa. -tocou meu rosto.
- Obrigada. -ela parecia ser uma boa pessoa, apesar de eu ter achado o sorriso dela um pouco forçado demais. Meu pai não parava de sorrir, seu semblante era muito feliz.
- Filho, venha conhecer a filha do Gordon... -ela disse para um rapaz que vinha de outro cômodo, credo, ele devia está no banheiro. - Anie, esse aqui é o Tom, meu filho.
Quase caí pra trás quando a vi puxar o babaca do Tom para perto dela, pior ainda foi olhar pra cara daquele imbecil. Vestido com uma roupa quase formal, ele estava... Perfeito! Que saco, porque ele tem que ser perfeito?
- VOCÊ!? -dissemos juntos.


***

Devo continuar?  Very Happy 


Última edição por Elisa Guerra em Sáb Mar 15, 2014 11:01 am, editado 1 vez(es)
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D'Julia kaulitz
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeQua Mar 05, 2014 12:12 pm

Mas claro que sim Very Happy
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeTer Mar 11, 2014 4:57 pm

posta, logo rS
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeSáb Mar 15, 2014 10:59 am

CAPÍTULO 2

Narração: TOM

Quase caí pra trás quando a minha mãe apontou para a chata da Anie, pior ainda foi olhar pra cara dela. Mas devo confessar que ela estava linda. A maquiagem destacou bem seus olhos verdes e seus cabelos louros eram perfeitos. Isso era um pesadelo!
- VOCÊ!? -dissemos juntos. Anie fechou a cara.
- Oh! Já se conhecem? -minha mãe perguntou.
- Infelizmente. -Anie deixou escapar.
- Estudamos juntos desde... sempre! -falei desanimado.
- Isso é ótimo! -exclamou o Gordon. - Já que vocês são amigos, não terão problema nenhum em conviver juntos. -ele sorriu e minha mãe também.
Amigos? Conviver juntos? Fala sério! Nem em outra vida isso poderia ser considerado ótimo. Observei a Anie lançar olhares raivosos para minha mãe e depois para mim. Essa maluca deveria está pensando em alguma forma de acabar com o namoro de nossos pais.
- Então, meus queridos... -mamãe empurrou a Anie para mais perto de mim. - Vamos jantar, não é amor? -sorriu para o Gordon.
- Claro, querida! -ele sorriu.
-Ah, mãe. -eu disse. - Antes eu queria falar com a Anie.
- Claro. -ela sorriu. Certamente pensando que eu iria entregar o presente para a filha do seu namorado, que ela pediu que eu comprasse. Anie me olhou atônita.
- Vem aqui na varanda! -ela disse.
A segui até a varanda.
- Diz logo a droga do plano pra acabar com esse namoro. -disse carrancuda, cruzando os braços.
Eu estava certo sobre o que ela estava pensando. Mas nunca faria algo para acabar com a felicidade da minha mãe.

Narração: ANIE

- Acabar? Você está brincando né? Passei anos vendo minha mãe infeliz, agora que finalmente ela encontrou alguém que ela ama, agora que ela também é amada, eu não seria capaz de estragar nada disso. Amo minha mãe, faço tudo por ela. Se é isso que ela quer, que a deixa feliz, vou apoiá-la. Mesmo que isso signifique aturar uma pirralha como você.
Devo confessar que em todos os anos em que tive que ouvir a voz medíocre do Kaulitz, nunca ouvi suas palavras tão verdadeiras como agora. Eu o entendia, assim como eu, ele só tinha uma única pessoa a quem amasse incondicionalmente. Só não entendi a parte do “pirralha”... fala sério, temos a mesma idade.
- Tudo bem, eu também nunca acabaria com a felicidade do meu pai. Confesso que estou percebendo o quanto ele está feliz por causa da... sua mãe. Mas o problema... -eu parei por uns segundos.
- O problema...? -ele incentivou.
- O problema é você! Você e esse seu modo insuportável, francamente Kaulitz, não dá pra te aguentar!
- Eu? -ele riu sarcástico. - Você que é uma tonta. Mais insuportável que você não existe ninguém.
- Não sou uma tonta! -disse furiosa. - Melhor não falar comigo mais, ou evitar essas implicâncias, porque se nossos pais descobrirem o quanto somos... -ergui as mãos e fiz aspas no ar - “amigos”, não vai deixa-los feliz. E é isso que não queremos, que sejam infelizes por causa do nosso egoísmo.
- Sem brigas então. -ele disse.
- Sem brigas. -prometi.
Ele sorriu. Um sorriso travesso, exibindo seus dentes perfeitos. E eu entendi que nossa promessa valeria apenas na frente de Simone e Gordon, o Kaulitz nunca me deixaria em paz.
Dei-lhe as costas e segui para dentro da casa.
- Espera! -eu me virei, esperando. - Isso era pra ser para uma adolescente doce e meiga, coisa que você nunca chegaria perto de ser um dia. -ele riu. Fechei a cara. - Mas, aqui está. -ele me estendeu uma caixinha branca, cuidadosamente amarrada com uma fita vermelha.
- O que é isso? -eu peguei a caixa desconfiada.
- Um presente. -ele disse, como se fosse óbvio. Revirei os olhos.
- Vindo de você, eu não quero. -disse e lhe entreguei a caixinha de volta. Tom abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu. Eu segui para dentro da casa, deixando-o para trás.
Quando cheguei à sala de jantar, visualizei a cena mais nojenta de toda a minha vida, meu pai aos beijos com a Simone. Tom riu atrás de mim, não percebi que ele me seguiu. O olhei com uma cara estranha. Felizmente o casalzinho percebeu nossa presença e encerrou a sessão de horror. Simone arrumou os cabelos, constrangida e meu pai estava levemente corado. Tom riu mais uma vez, não pude evitar e ri também, a cena era hilária.
- Então... -meu pai pigarreou.
- Sentem-se queridos. -Simone disse. Sentamo-nos todos e meu pai deu ordens para que servissem o jantar.
Simone era agradável, sempre conversando comigo e estranhamente incluía o Tom em qualquer coisa que eu dissesse, eu percebi que o sorriso dela não era tão falso assim, ela e o meu pai estavam apaixonados, os dois estavam felizes. E então, na hora da sobremesa...
- Agora eu gostaria de comunicar um acontecimento importante... -meus olhos voaram atentos para o meu pai.
- Que acontecimento, pai? -perguntei. Pude observar Simone com um sorriso largo, segurando a mão do meu pai, e Tom, tão aflito quanto eu.
- Bem, esse jantar foi feito especialmente pensando em vocês... -ele olhou para o Tom e depois pra mim.
- Em nós? -Tom perguntou.
- Sim. Simone e eu gostaríamos de comunicar a vocês que nós iremos nos casar. -ele sorriu.
- Casar? -quase engasguei e Tom me olhava com os mesmos olhos assustados que eu.
- Sim! -Simone disse feliz. - Não é ótimo? Em breve seremos uma família completa. -e sorriu apaixonadamente para meu pai, que retribuiu o sorriso.
Olhei para Tom, implorando com os olhos que ele fizesse alguma coisa, porque eu não estava em condições sequer de falar. Mas tudo que ele fez foi piscar os olhos rapidamente duas vezes, como se tivesse afastando algum pensamento e disse:
- É ótimo mãe! -ele sorriu calorosamente. - Vocês serão muito felizes, com toda certeza! Parabéns! -não acreditei quando ele levantou e foi cumprimentar os... noivos. Noivos?
Eu só conseguia observar a cena, estava em choque, os punhos cerrados, não consegui dizer nada. Levantei furiosa, joguei o guardanapo sobre a mesa, derrubando alguns talheres, atraindo os olhares de todos e subi ruidosamente para o meu quarto. Bati a porta com força e me joguei na cama.
Eu chorava silenciosamente, me lembrando de todas as coisas ruins que Tom Kaulitz me fez passar, as humilhações que sofri desde o jardim de infância, as risadas que tive que aturar, as paixonites que nunca deram certo, porque ele sempre estragava tudo, me fazendo parecer ridícula na frente dos garotos, as palavras duras que com o tempo, aprendi a ignorar. Nunca, em nenhum momento eu cheguei a chorar por isso. Mas agora, diante da sentença de conviver com ele na mesma casa, de sermos “irmãos”, era como se tudo voltasse à tona, chorei por tudo isso, sentia um misto de raiva e dor. Ignorei as batidas do meu pai na porta, sua tentativa de tentar conversar comigo. Chorei até que o cansaço me dominasse e acabei dormindo, um sono sem sonhos.

***

Continuo? Very Happy 

Obrigada por lerem meninas! Espero que cotinuem a acompanhar a fanfiction.

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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeSáb Mar 15, 2014 12:51 pm

Você escreve bemm!! Tô amando a história, quero logo o prox. capitulo
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeSáb Mar 15, 2014 4:02 pm

Continua.. Wink
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeQua Mar 19, 2014 2:29 pm

CAPÍTULO 3

Narração: ANIE

- Vocês, o que? -era sábado à tarde, eu não saí do quarto para nada, meu momento dramático já havia passado, liguei para que a Mel viesse até a minha casa e aqui estava ela, incrédula depois de ouvir o acontecimento de ontem.
- Isso mesmo, serei meia irmã de Tom Kaulitz e não há nada que eu possa fazer para mudar isso. Só pode ser um castigo! -falei desanimada.
- Olhe pelo lado bom, eu no seu lugar estaria bastante feliz... ver o bonitão do Tom todos os dias em minha casa, com aquele corpo perfeito para lá e para cá. -ela suspirou. Eu a olhei incrédula. - O que foi? -ela sorriu.
- Eu e o Tom não nos damos bem, desde sempre. Eu estou odiando isso. Você não entende? Você sabe tudo de ruim que ele fez para mim. Não tem como ficar animada de sermos irmãos só porque ele é lindo e perfeito e... -eu parei. Mel riu alto.
TOC! TOC! TOC!
- Anie? -era meu pai.
- O que vai dizer para ele? -ela perguntou.
- Darei um jeito. -levantei e fui destrancar o quarto.
- Precisamos conversar. -a voz dele era dura.
- E-eu já estou indo Anie, eu te ligo mais tarde. -Mel me deu um abraço leve, cumprimentou meu pai e saiu.
- Pode falar! -eu disse, minha voz falhando.
- Quero explicações sobre a sua atitude ontem à noite. Aquilo não são modos! -pela sua expressão, ele estava magoado.
- Desculpe, pai. Eu só... -suspirei, antes de mentir. - só estava em choque, eu nunca pensei em... bem, você sabe... ter uma madrasta e muito menos um irmão. Eu não consegui dizer nada, confesso que tive raiva também, não queria dividir o senhor com ninguém, entende? Ciúmes, é, tive ciúmes. Pode me desculpar? -sorri amarelo. Ele me olhou, as sobrancelhas juntas.
- Oh, filha! É claro que desculpo você... eu deveria ter entendido. Não precisa ter ciúmes, nunca amarei ninguém como eu amo você. -ele me abraçou.
- Também amo você, pai. -retribui o abraço, apertado. Me desculpei mentalmente por mentir para ele.

(...)

Narração: TOM

- Georg, essa ideia é perfeita! -eu ri alto. - Tudo bem, cara. Vem aqui em casa agora e ai a gente ver isso direito... até. -desliguei o celular e fui falar com a minha mãe.

Narração: ANIE

Depois do episódio fofo de hoje à tarde, a Mel me ligou. Ela queria que eu fosse até a casa dela para escolher com ela o vestido que ela usaria no baile de amanhã. A louca tinha comprado cinco. Um exagero!
- Pai? -chamei, mas ele estava no celular, provavelmente com a Simone.
- Filha, a Simone gostaria de falar com você! -ele me entregou o celular. O que ela queria comigo? Peguei o aparelho desconfiada.
- Oi Simone.
- Oi Anie... -ela cantarolou. - Eu queria te pedir um favorzinho, querida.
- Sim? -falei, um pouco confusa.
- Gostaria que fosse com o Tom ao baile, amanhã à noite.
- O QUÊ? -era uma piada, eu não acredito, eles eram algum tipo de complô?
- Isso mesmo Anie, o Tom me pediu para que eu falasse com você, ele acredita que por algum motivo, que ele não quis dizer, você não aceitaria se ele pedisse. Então princesa, pode ir ao baile com ele?
Minha mente começou a trabalhar fervorosamente. Isso com certeza era alguma armação do Tom. Ele é tão ridículo que chegou a usar a mãe. Estupido! Isso era perfeito, foi como se uma lâmpada se acendesse na minha mente, se ele me queria como dama para o baile, ele pagaria por isso.
- Claro, eu aceito. -falei, amigavelmente.
- Ah, que ótimo! Ele ficará muito feliz... tenha uma ótima noite querida. -claro, muito feliz.
- Você também. -sorri e desliguei.
- O que ela queria? -meu pai perguntou sorridente e curioso.
- Ah, coisa de mulher. -sorri amarelo. - Pode me levar à casa da Mel, pai? Precisamos provar uns vestidos para o baile de amanhã à noite.
- Claro! E com quem vai ao baile? -revirei os olhos.
- Com o...  filho da Simone. Você sabe, somos amigos e ter um par para ir ao baile é obrigatório.

(...)

CASA DA MEL

- Não acredito! -ela ria escandalosamente, enquanto rolava na cama.
- Ai, não precisa disso tudo. Aceitar ir ao baile com o babaca do Tom tem um proposito.
- É mesmo? Qual? Beijar ele a noite toda... -ela riu mais. Bufei.
- Claro que não! Irei me vingar... e você vai me ajudar!
- O que você vai fazer? -Mel perguntou, agora me olhando séria. Eu ri.
- Primeiro, quero um de seus vestidos, vamos provar? -falei, pegando um azul clarinho com babados.

(...)

DOMINGO PELA MANHÃ

Ouvi vozes na sala. Parece que temos visita. Me levantei preguiçosamente e fui logo tomar um banho, quem diabos veio nos visitar em plena “madrugada” de domingo? Assim que me arrumei liguei pra Mel pedindo para que me buscasse, desci para ver a movimentação lá em baixo. Quase subi de volta pro quarto quando vi a Simone, mas a diaba me viu antes.
- Anie... bom dia! -disse com um sorriso maior que a cara.
- Oi. Bom dia! -tentei parecer super animada com a visita. Ela veio me abraçar, retribui.
- Vim acertar com seu pai os últimos ajustes sobre a viajem que iremos fazer amanhã. -ela sorriu e olhou para o meu pai. Só então notei que ele estava na sala, sentando confortavelmente no sofá.
- Que viajem, pai? Você não me disse que iria viajar amanhã. -o olhei um pouco com raiva.
- Na verdade, nós todos vamos viajar...
- Nós?
- Sim... você, Tom, Simone e eu. -os dois sorriram.
- COMO É?
- Passaremos algumas semanas no Brasil, vai ser perfeito Anie, você sempre quis conhecer o Rio de Janeiro.
Verdade, sempre quis. Mas somente com o meu pai, não com a namoradinha dele, muito menos com o filho dela, Tom Kaulitz.
- Eu não sei se quero ir, melhor eu viajar sozinha tipo... pro Alasca. -sorri amarelo.
Simone riu.
- Depois falaremos sobre isso. -ele disse.
- Tudo bem, estou de saída... tenho um baile para ir hoje e preciso me preparar. -disse e saí. Mel já me aguardava no jardim com seu carro. Entrei e bati a porta do mesmo com força.
- Cuidado aí, senhorita irritadinha.
- Desculpe, tive uma notícia péssima. -disse carrancuda.
- Outra? -ela riu e deu a partida.
- Meu pai vai viajar amanhã para o Brasil e quer levar a família. Dá pra aguentar? Eu e o Kaulitz viajando juntos, não vou suportar. -bufei.
- Nem é tão péssima assim, Brasil, calor, praia, Tom de sunga. -ela disse rindo. Revirei os olhos.
- Fala sério! -bufei. - Então, falou com o Bill?  
- Falei. Na verdade ele me contou uma história bem estranha.
- Qual?
- Ele vai para o baile com a Carly, dá pra acreditar? A morena que todos jugam gostosa e que o Tom dá uns pegas sempre. A parte mais estranha é que ela que convidou ele. -fez uma careta.
- Pensei que o estilo gótico não chamasse a atenção dela. Então meu plano foi por água a baixo. Droga!
- Claro que não. Eu expliquei tudo e consegui convencer ele a nos ajudar. Ele adorou a ideia de ficar com duas “gatas” em uma noite.  -ela sorriu.
- Cruzes!
(...)
O resto da manhã na casa da Mel foi muito divertido, ligamos para o Bill e acertamos tudo sobre hoje à noite, à tarde fomos para a minha casa. Iríamos nos arrumar lá. Mal podia esperar pra ver a cara do Tom na hora da minha pequena vingança.

***

Então, alguma idéia do que a Anie está tramando? E o Tom, o que ele também está aprontando?
 Rolling Eyes

Obrigada por comentarem meninas!
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeQua Mar 19, 2014 3:25 pm

Ain, to curiosa!!! Amei a Mel kkkk Posta logo o prox capitulo
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeSex Mar 21, 2014 2:21 pm

Xii vai dar encrenca.. Continua Wink
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeTer Abr 15, 2014 11:26 am

Continua!!!!!!!
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitimeTer Abr 15, 2014 1:27 pm

vish Maria, vai dar treta isso hahahahaha continua !!!!
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MensagemAssunto: Re: Meio Irmãos. - [Cap. 2]   Meio Irmãos. - [Cap. 2] Icon_minitime

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