Prólogo
Pessoas com vestes compridas; pessoas com camiseta laranja escrito “acampamento meio – sangue” e um homem sentando no num cavalo; pessoas com macacões aquáticos com números na frente; pessoas com escudo prata com um leão na frente em forma de ataque; pessoas com arco e flecha; uma mulher tinha oito braços.
- Querido, - disse uma madame de classe média brasileira – quem são esses mendigos?
- Amor, - disse o marido – não são mendigos.
- E são o que afinal, Roberto? – disse a mulher assustada – Vamos logo para casa.
- Roberta! – disse o homem de terno – São apenas adolescentes e jovens que estão tentando se encaixar no mundo.
- Mas, precisa ser assim? – Roberta procurava loucamente a chave de casa em sua bolsa.
- Éramos assim, lembra?
- Assim? – a mulher então parou no meio do caminho da entrada da casa – Querido, o que está parado na nossa casa?
Roberto foi andando lentamente até a caixa e se virou para a mulher:
- É um bebê!
- Um bebê? – indagou a mulher de vestido preto – O quê, por quê deixariam um bebê diante da nossa porta? Ainda mais numa noite de extremo inverno?
- Não sei – Roberto pegou o bebê e o levou para dentro da casa aconchegante. Sua amada foi atrás dele.
- Olha, - Roberta agachou no chão – Tem uma carta.