Sinopse: quarto amigas discutindo sobre seus namorados.
Terminada: sim.
Essa é a minha primeira One Short, então não sei se ficou bom, mas espero que sim.
Eram sete da noite, havíamos acabado de sair da facul, e resolvemos passar em um bar para conversarmos e bebemos.
-Eu não acredito- minha amiga Lilian falou checando o celular- meu noivo não vem para casa hoje, vai ficar até tarde no trabalho.
-Ele é um cretino- minha colega de bebidas, Susan, falou.
-Eu acho que ele esta me traindo- Lilian disse.
-Não fala isso- Catch, minha amiga mais antiga, falou consolando Lili.
-E você Ana? Nunca ouvi uma reclamação sobre o seu namorado- Susan disse.
-Não tenho do que reclamar- eu disse e tomei um gole de Uísque- ele é perfeito.
-Não existe homem perfeito- Lilian disse.
- E eu dizia a mesma coisa sobre o Robert- Susan disse.
-E eu, sobre o André- Catch falou.
-Bem, o meu namorado é perfeito- eu disse e sorri.
-Há é? O que ele fez de tão perfeito?- Lili falou.
-Ele me traz café na cama- eu falei.
-Minha vida sexual com o Robert é uma merda- Susan falou- transamos uma vez por semana- ela me olhou- e você?
-Transamos cinco vezes por semana- contei- com direito a velas e massagem.
-O André não é cavalheiro- Catch disse- ele é um bruto.
-Meu namorado é um cavalheiro, é romântico, e costuma fazer uma serenata para mim- eu disse.
-O Rui é contra academia- Lili falou- ele esta muito gordo, só come porcaria, e adivinha: eu tenho que cozinhar.
-Meu namorado gosta de ir à academia- falei- não é viciado, mas gosta, e ele é forte, e gostoso- dei um sorrisinho- e ele diz que lugar de mulher é na cozinha...
-Que cretino- minhas amigas surtaram.
-... Sentadinha, tomando champanhe e o observando cozinhar um jantar saudável- conclui.
-O Robert é um perigo no volante- Susan falou- ele acha que transito é racha.
-O meu namorado também, mas só quando ele está sozinho, ou com os amigos, comigo ele é um motorista responsável.
-Sempre que saímos- Catch disse- o André nunca leva a minha bolsa, nunca paga a conta do restaurante, e eu sempre tenho que levar as sacolas.
-O meu namorado leva a minha bolsa, mas ele sabe que eu posso cuidar dela sozinha, e que eu posso pagar a conta do restaurante, porém nós dividimos a conta, e ele sempre leva as sacolas mais pesadas.
-Meu cunhado é um porco- Susan falou- sempre que saímos, ele faz nojeiras, e o Robert ri.
-Meu cunhado é tão gentil e cavalheiro quanto meu namorado- falei- sempre que saímos, eles são uns amores comigo.
-O Rui não tem senso de humor- Lili falou.
-Meu namorado é muito engraçado- eu disse.
-O Robert não tem estilo- Susan disse.
-Mas estiloso que o meu namorado não há- falei.
-Ele se recusa a aprender outra língua- Catch falou.
-Meu namorado fala inglês, alemão e esta aprendendo português- falei.
-Ele tem um péssimo emprego- Lili falou.
-Meu namorado tem uma banda- falei.
-Ele não que saber de casar- Susan falou.
-Ele quer casar, e ter filhos- falei.
E assim começamos a falar de nossos namorados e, Meu Deus, como a Lili, a Susan e a Catch reclamavam.
-Ele já me traiu- Lili falou.
Silencio. Estava na cara que essa era a gota d’agua.
-E você Ana? O seu namorado perfeito nunca te traiu?- Susan perguntou com um sorrisinho irônico.
Respirei fundo.
-Sim.
-Há, eu sabia- Catch disse- seu namorado não é perfeito.
-Ele é perfeito aos meus olhos- eu disse- eu o amo com o defeitos, porque senão ele seria muito chato, bem, mais do que ele já é.
-Só uma pergunta- Lili disse.
-Falei- eu disse.
-Você perdoou a traição?
-Sim eu perdoei, sabem porque, porque eu o amo, e apesar dele ser chato as vezes, não fico me queixando que nem vocês- eu disse- por falar nele, ele chegou- e me levantei, pegando minha bolsa- tchau.
-Oi amor- ele disse e me deu um beijo- vamos?
-Oi Tom- eu disse- vamos sim.
-Essas são suas amigas?- Tom perguntou.
-São sim, Lili, Susan, Catch- lhes apresento meu namorado, Tom.
-Oi- Tom falou.
E as meninas de queixo caído.
-Vamos para casa? Eu fiz um jantar especial pra você- Tom disse e me deu um beijo- e também uma surpresa...
-Vamos sim- olhei para as meninas- tchau gente, até amanhã.
Elas ficaram lá, encarando o Tom, e no dia seguinte me disseram que eu tinha sorte.
Sim, eu tinha sorte por ter Tom Kaulitz como o meu namorado perfeito, alias, mais que perfeito.
E não fico me gabando, só pra constar.
Bem, talvez um pouco.