Rejected .

Nome: Rejected.
Autora: FranKaulitz'
Classificação: +14
Gênero: Romance, Drama e Aventura.
N° de Capítulos: 10 Capítulos.
Personagens: Kimberly, Alana, Tokio Hotel.


Rejected. - Capítulo 01.

Oi, meu nome é Kimberly, mas pode me chamar de Kim.
Estou chegando agora em casa, eu estava na reunião da minha banda, sim, eu tenho uma banda. Eu toco guitarra na banda, sou meio que uma Joan Jett.
- Mãe, cheguei ! - Falei entrando em casa.
Eu moro com a minha mãe e minha irmã mais velha. Meu pai ? Eu não conheço ele. Acho que nem a minha mãe sabe quem ele é.
- Até que enfim, já ia mandar a policia atrás de você. - Disse aparecendo na sala.
- O que eu fiz de errado desta vez ? - Perguntei.
- Chegou seu boletim escolar, que pelo que eu vi, está uma bosta. Kimberly, você disse que iria melhorar, estudar mais, mas pelo jeito você não fez nada disso ! Vai repetir de ano novamente por burrice e por matar aula.
- Hm, que mais ? - Perguntei.
- Espero que depois do que eu fiz, você comece a se interessar mais pelos estudos. - Falou saindo para a cozinha.
Nem liguei muito para o que ela disse.
Subi para o meu quarto e me tranquei lá. Joguei meu all star em qualquer canto e me deitei na cama. Realmente o dia não estava muito bom para mim.
Resolvi tocar um pouco de guitarra, isso sempre me acalma. Só que... CADÊ A MINHA GUITARRA ?! Eu tinha deixado ela ali, em cima da poltrona do lado da janela. Será que alguém roubou ? Não, meu quarto é no segundo andar, e não tem como alguém entrar aqui só pra roubar uma guitarra toda arranhada. Então, o que foi que aconteceu com... "Espero que depois do que eu fiz, você comece a se interessar mais pelos estudos."... É claro, aquela... aquela mulher pegou minha guitarra.
Desci as escadas correndo, passei pela sala e entrei na cozinha. Minha irmã estava lá, como sempre enchendo o saco da mulher que até a poucos minutos eu poderia até considerar minha mãe.
- Cadê a minha guitarra?! - Gritei.
Ela parou o que estava fazendo no fogão e me olhou por cima dos óculos de grau que usava, depois vltou sua atenção para a panela.
- Eu vendi. - Respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- QUÊ?! VENDEU ?! - Gritei mais ainda.
- Calma aí! - Disse Júlia, minha irmã.
- Cala boca, meu assunto é com ela e não com você ! - Falei.
- Olha como fala, mocinha ! - Disse virando-se para mim. - Quem comprou aquela droga foi eu, e eu tenho direito de fazer o que eu quiser com ela !
- Isso não é justo ! Você me deu aquela guitarra de presente ! Ela não te pertencia mais ! - Falei.
- Mas eu comprei, se tivesse tirado notas boas na escola, talvez você estaria com sua guitarra. Mas não tirou, então eu tirei a sua guitarra e vendi. Ela nem vale muita coisa, mas eu consegui vender ela.
- Pra quem ? - Perguntei.
- Um rapaz que também toca guitarra. Agora vá para o seu quarto e comece a estudar. - Falou.
- Quer saber de uma coisa... Vá a merda! - Falei.
- O que você disse ?! - Me olhou furiosa.
- EU MANDEI IR A MERDA ! - Gritei saindo da cozinha. Passei pela sala e saí pela porta da frente. Fiquei sentada no degrau que havia na frente de casa. Eu estava descalça, cansada e nervosa.

Hey, fiquei muito feliz pelos comentários. Espero que gostem do segundo capítulo de 'Rejected'.
Boa leitura.

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- Ei, Kim, quero falar com você ! - Júlia se sentou ao meu lado.
- Saí daqui. - Falei sem olhar para ela.
- Bom, eu vou falar... Olha, eu sei que está sendo difícil ficar aqui em casa, a mamãe realmente pega muito no seu pé. Eu sempre tentei ser uma boa irmã e...
- Pára de ser falsa, pelo menos por um minuto ? - Pedi irritada.
- Eu dizia, antes de você me interromper, que eu sempre tentei ser uma boa irmã e sempre te ajudar. Mas você nunca me deu ouvidos e muito menos foi legal comigo nas vezes que eu tentei. Okay, eu te entendo...
- Você nunca vai me entender, droga ! - Falei.
- Dá pra parar de me interromper ? Obrigado. Bom, como eu ia dizendo, você nunca me deu ouvidos. E então eu desisti. Só que desta vez eu vou tentar de ajudar novamente... Mamãe me contou hoje cedo que não somos filhas do mesmo pai.
Em um instante eu fiquei interessada no que ela falava.
- O que ? - Perguntei olhando para ela.
- Isso mesmo, meu pai morreu. Eu.. não... tenho pai. Já você tem. Se você quiser eu posso te ajudar a encontrá-lo, eu sei onde ele está, o nome dele e posso conseguir o telefone, endereço... tudo.
- Vai te catar, garota! E vê se me esquece, beleza ? - Falei virando o rosto.
- Eu não acredito que... não, tudo bem. Mais cedo ou mais tarde você vai querer saber e vai atrás de mim.
Se levantou e foi em direção a porta.
Eu não ia acreditar nela, claro que não... Até porque... pode até ser verdade isso que... não, não é verdade.
- Júlia! - Chamei.
- Oi ? - Disse antes de abrir a porta.
- Er... você... - gaguejei, eu odiava engolir meu orgulho.
- Tá, eu já sei o que você quer... - Disse voltando a se sentar ao meu lado. - Vou te contar tudo... Bom, o nome do seu pai é Eddie. Ele é americano, mas acabou se mudando para a Itália por causa da...

No dia seguinte...

Acordei atrasada... Novidade!
Me arrumei correndo e sai de casa, eu precisava ir para o colégio, não pra estudar, eu precisava ver minha amiga. O nome dela é Alana, chamamos ela de Lana, ela faz parte da minha banda, ela é a vocalista.
Quando cheguei ao colégio, entrei dentro da classe, a aula não havia começado ainda. Lana estava no mesmo lugar, sentando no fundo, na penúltima carteira. Eu sentava na última.
- Lana, preciso falar com você ! - Falei me sentando na minha carteira, ela logo se virou para trás.
- Fala !
- Preciso ir para a Itália e quero que você vá comigo !
- Haha, adoro suas piadas, adoro ! - Falou rindo em seguida. - Qual é a próxima piada, Kim ?
- Não é piada. - Falei seriamente.
- Tá, fazer o que na Itália, baby ?
- Procurar o... meu pai.
- Seu pai ? - Perguntou.
- Sim, eu sei de tudo agora... A Júlia, apesar de tudo, ela me contou.
- E você acreditou ?
- Bom... sim.
- Olha, Kim... Quer saber, eu gosto de Itália. - Sorriu em seguida. - Quando vamos ?
- O que ? Tá brincando ?! Ah, eu te amo!
- Ei, menos. - Falou me fazendo rir. - Mas vamos tipo... fugir ?
- A idéia é essa.

xxx

As aulas já haviam acabado, Alana e eu estávamos voltando para casa, sempre fazíamos o mesmo caminho.
- Tem certeza que o que ela disse é verdade, Kim?
- Tenho, ela não pode estar brincando. E quando eu chegar em casa eu vou conversar com aquela mulher que dizem ser minha mãe.
- Ela é sua mãe, Kim.
- Não pra mim. - Falei. - E eu vou conversar, tentar falar normalmente, sem gritar. Já cansei de tanto brigar.
- Cansou ? Nossa, milagre isso!
- Não brinca não, tá! Eu já dei muito trabalho, tenho que ser calminha com ela pra ela me contar tudo.
- Ah, sabia.
- E eu nunca iria ser calma com ele se não fosse por isso. Ela me escondeu que eu tenho um pai, e mais... nem ao menos contou para mim, contou para a Júlia. E ai que eu percebo...
- Percebe ?
- Sim, percebo que sou uma rejeitada naquela casa.

Oi, gente ! Mais um capítulo ! Boa leitura !

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- Percebe ?
- Sim, percebo que sou uma rejeitada naquela casa.
- Não fale assim, Kim. Você tem a mim! - Disse Lana fazendo eu sorrir.
- Só você também.
- Ah, você quer o que ? Que todo mundo te ame ?
- Não. - Respondi. - Queria que... sei lá, ser normal. Acho que minha vida seria melhor.
- Quer saber de uma coisa ? Acho que a Itália vai te fazer muito bem. Depois eu passo na sua casa, tá ? - Disse virando a rua.
- Tá bom.
Continuei indo reto, minha casa era ali perto. Quando chegar em casa vou conversar com a 'minha mãe'.
Quando cheguei em casa, joguei minha mochila no sofá da sala e fui para a cozinha, ela sempre estava lá. Júlia deveria ter saído, pois sempre que chego ela não está em casa e hoje não foi diferente.
Entrei na cozinha, ela estava lá. De costas para mim, acho que nem percebeu que eu estava aqui.
- Mãe. - Chamei-a.
Ela parou o que estava fazendo, e se virou para mim.
- Acho que estou sonhando... Ouvi alguém me chamar de mãe ? - Disse e se virou de costas para mim.
- É... fui eu. - Falei, porque diabos eu estava com vergonha?! - Preciso conversar com você. E, já vou avisando, não to afim de briga.
- Querida, quem sempre começa as brigas é você. Mas tudo bem, o que quer de mim ?
- De você ? Bom... - respirei fundo - quero saber tudo sobre o meu pai, e não adianta mentir. Eu preciso saber.
Ela se virou novamente para mim, respirou fundo, olhou para o chão e retirou os óculos de grau, apoiou as mãos na pia que estava atrás dela e me olhou.
- Por que essa pergunta agora ? - Perguntou.
- Porque eu tive curiosidade, eu já tenho idade pra saber, e é direito meu saber. E a Júlia me contou que não somos filhas do mesmo pai.
- Ah, a Júlia mentiu para você, querida. - Falou se virando de costas novamente.
- Então me fala a verdade! - Ela não respondeu. - Fala!
- Está bem, você está certa... - respirou fundo - já está mais do que na hora de você saber logo de uma vez por todas. Não posso guardar nada. A Júlia está certa. Você e ela não são filhas do mesmo pai, o pai dela era meu marido, isso quando eu tinha 15 anos de idade. Ele morreu quando eu estava grávida da Júlia, mas logo eu encontrei outro homem. Eu estava sozinha, viúva e eu só tinha 20 anos de idade. Eu casei jovem, meu pai me forçou a casar com o Jerry, que é o pai da Júlia. Mas depois eu conheci o Eddie, seu pai, um homem bonito, rico e que estava disposto a ficar comigo mesmo que eu já tivesse uma filha. Era o homem dos sonhos de qualquer mulher naquela época. É claro que eu aceitei ficar com ele, não só por uma noite, mas pra vida toda. Só que ai veio você, quando eu fui contar a ele, bom, ele tinha uma novidade para me contar, deixei que ele falasse primeiro. A novidade era que ele havia conseguido um emprego ótimo, maravilhoso. Ele era filho de pais poderosos, mas sempre quis ter o próprio dinheiro e ele nunca aceitou ajuda dos pais, eu sempre achei isso um grande erro. Enfim, o emprego era na Itália. Ele disse que queria que eu fosse com ele, mas é claro que eu não aceitei.
- Por que? - Interrompi.
- Porque eu não iria sair de onde eu estava para ir para a Itália. Era loucura, então ele foi. Sozinho. E eu fiquei. E estou até hoje aqui, ele ás vezes me ligava, já faz mais de três anos que ele não me liga...
- Então, até três anos atrás você falava com ele ?
- É, ele ligava ás vezes. Poucas vezes. Sempre perguntou como eu estava, enfim. Me chamou até para ir para a Itália, passar uns dias lá. Mas eu nunca aceitei, eu sempre dizia que tinha a minha filha, a Júlia pra cuidar.
- Então até hoje ele não sabe de mim ?
- Isso mesmo, ele não sabe de você. - Respondeu. - E agora você vai fazer o que ?
- Eu ? Nada. - Menti. - Você não contou nada para ele, o que eu deveria fazer ?
- Não sei, pensei que iria atrás dele. Enfim...
- Não vou fazer isso, bom, eu vou para o meu quarto. Obrigado por contar. - Falei antes de sair.
Fui para o meu quarto, me tranquei lá.
'Então é verdade', pensei.
Sabe que eu até fiquei feliz, apesar de tudo, saber que eu tenho um pai é bom.
O que eu achei estranho, foi ela não falar nada para ele. Se ele soubesse que ela estava esperando um filho dele, talvez ele não teria ido para a Itália. Pelo que ela me disse, dá pra ter uma impressão boa dele. E sabe, tá na hora de agir. E é claro que eu vou atrás dele!

Daqui a pouco a Lana chega, e ai a gente pode começar a combinar tudo.

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Daqui a pouco o Tokio Hotel aparece, tá ?
E espero que tenham gostado desse capítulo ♥ !

Ouvi batidas na porta, fui até ela e abri. Era Lana.
- E aí ?! - Disse entrando com uma caixa de pizza na mão. - Falou com sua mãe ?
- Ahm, sim. - Falei fechando a porta.
Lana se sentou na minha cama, abriu a caixa de pizza e pegou um pedaço. Me sentei ao lado dela e fiz o mesmo.
- E como foi ? - Perguntou de boca cheia.
- Ah, ela me contou algumas coisas... E eu estou decidida a ir atrás dela.
- Tem certeza ?
- Sim, e queria que você fosse comigo.
- Hm... olha, conversei com o meu pai, ele autorizou a minha ida para a Itália com você. Eu tive que mentir pra ele, eu disse que iria fazer um curso por lá, eu tive até que fazer a inscrição pela internet. Fiz pra nóis duas, tá ? Mas a gente nem precisa fazer. E ele acreditou, me deu até dinheiro e juntando com o que eu tenho guardado, dá uma boa quantia.
- Sério ?! - Falei super feliz. - Nossa, essa idéia do curso é ótima! Bom, agora falta eu falar com a minha mãe, mas acho que ela vai levar na boa. Vou dizer que vou atrás dele mesmo, aliás, eu tenho esse direito. E mais, ele sabe que eu não vou desistir. E eu tenho uma boa grana ai guardada, dá pra sobreviver.
- Nossa, ótimo então! A gente já tem o dinheiro, vou comprar as passagens pra lá amanhã bem cedo e hoje é que dia ?
- Segunda.
- Ótimo, quarta-feira a gente já está lá.
- Quarta ? - Confesso que senti um frio na barriga.

xxx Quarta-feira. Aeroporto da Itália.
- Lana, espera ! - Falei correndo atrás dela carregando as duas malas que eu havia trazido.
- Vem logo, aquele táxi tá livre ! - Disse indo em direção ao táxi.
- Então vai na frente e corre ! - Falei avistando dois rapazes indo na mesma direção que Lana. Eu estava meio que entrevada com aquelas malas pesadas, Lana estava apenas com uma, ela não havia levado muita coisa, acho que foi por isso que ela estava conseguindo andar rápido, mas um dos rapazes estava com pouca mala também e começou a correr também.
- Cheguei primeiro ! - Disseram ao mesmo tempo.
- Ei, que tal a gente entrar em um acordo ? - Perguntou o outro rapaz que chegou logo em seguida.
- Que acordo ? - Cheguei e fiquei ao lado da minha amiga, tentando recuperar o fôlego.
- Bom, eu sou o Gustav e esse é o Georg. - Disse o Gustav apresentando o amigo. - E vocês são...
- Eu sou a Kimberly e essa é a Alana. - Falei.
- Ótimo! Então, que tal a gente dividir o táxi. Fica mais barato. - Disse Gustav.
Eu e Alana nos entre olhamos, mas acabamos aceitando.
Georg e Gustav foram muito legais, ajudaram a colocar nossas malas no porta-malas.
E por incrível que pareça, iríamos ficar hospedados no mesmo hotel.
Fiquei conversando com Gustav, ele era muito legal. Quando chegamos ao hotel, pagamos o táxi e logo entramos. Fomos até o balcão.
Lana tinha feito uma reserva, então apenas pegamos a chave.
- Foi um prazer. - Disse Gustav.
- Claro. Nos veremos mais vezes ?
- Concerteza. - Disse Gustav.
- Tá. Tchau. Tchau, Georg.
- Tchau ! - Disse Georg. Ele não parecia muito feliz.
Lana se despediu de Gustav também e depois subimos para o quarto.
O quarto era lindo, havia duas camas e uma vista incrível.
- E então, sua mãe te deu alguma dica de onde ele esteja ?
- Não, eu tive que pedir pra Júlia. Mas ela me deu esse endereço aqui. - Falei tirando do bolso da minha calça jeans um papel dobrado. Entreguei a ela.
- Amanhã a gente vai até esse endereço, Kim. A gente vai encontrar seu pai, tenho certeza. - Falou sorrindo para mim.

Oi, meninas! Desculpa a demora, mas aconteceu uns probleminhas e não deu para postar o Capítulo 05, mas ai está ele! Espero que goste, boa leitura!

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Já havia amanhecido na Itália. Acordei morrendo de frio, as cortinas já estavam abertas e a luz do sol invadia o quarto. Olhei para a casa da Lana, ela não estava lá. Me levantei, fui ao banheiro fiz minha higiene matinal e tomei um banho quente. Quando sai do banheiro, já vestida com um jeans escuro e uma blusa vermelha, encontrei Lana sentada à mesa de café da manhã.
- Heey, bom dia ! - Disse ela animada.
- Bom dia. - Falei me sentando a mesa. - Nossa, quanta coisa !
- É, pedi um café da manhã bem reforçado, vamos procurar seu pai hoje, lembra ? Precisamos estar bem fortes pra agüentar o dia.
- É, você tem razão. - Falei.
Tomamos o café da manhã e nos arrumamos para sair logo em seguida.
Pegamos um táxi e a Lana deu o endereço de onde, supostamente, meu pai mora. O caminho todo eu não falei nada, eu estava nervosa. Até a alguns dias atrás eu nem sabia que eu tinha um pai e agora eu estou indo atrás dele. Talvez ele nem queira saber de mim, nem acredite que eu sou filha dele.
- Chegamos, Kim. Vamos. - Disse Lana saindo do táxi. Sai logo em seguida.
A casa era grande, uma construção temporária, algumas estatuas de anjos ali perto, algo bem gotico.
Lana foi na frente e me olhou antes de tocar a campanhinha, eu só abaixei a cabeça e logo ouvi o barulho da campanhinha.
Esperamos alguns minutos, acho que uns 03 minutos. Até que um homem atendeu.
- Sim ? - Disse ele.
- Oi, eu gostaria de falar com o Sr. Eddie. - Disse Lana.
O homem olhou para ela e depois para mim e logo respirou fundo.
- De dêem um minuto, está bem?
- Tá. - Disse Lana.
Lana olhou para mim e fez uma cara confusa.
Logo em seguida apareceu um rapaz, alto, loiro e meio.... fora do normal, mas muito bonito.
- Oi, estão procurando o Eddie ? - Perguntou.
- Isso mesmo. - Disse Lana.
- Bom, entrem. - Disse dando espaço para passarmos.
Lana olhou novamente para mim e entrou, seguida por mim.
A casa por dentro era mais bonita ainda. Ele pediu para que sentássemos no sofá, depois de sentarmos, ele se sentou na poltrona ao lado.
- Vocês o conhecem? - Perguntou.
- Bom, meio que... não. - Disse Lana. - Apenas queríamos conversar com ele, temos um assunto muito sério a tratar com ele, não é, Kim?
- Ah, sim, claro. - Falei, confirmando.
- Kim? - Repetiu o rapaz.
- Kimberly. - Falei.
- Ah, bom, nem me apresentei. Eu sou o Bill. Você é a Kimberly e você...
- Alana, mas pode me chamar de Lana.
- Tudo bem, Lana. - Disse Bill se levantando. - Bom, nem sei como dizer... eu sou filho do Eddie, de criação apenas, e o Eddie... Ele morreu, já faz um tempo.
Meu mundo parou.
Eu estava animada, pensando que hoje iria encontrar o meu pai. É claro que eu estava cheia de esperanças. E agora minhas esperanças se foram, aliás, ele está morto...
- Morto? - Falei fitando o nada.
- É, foi um acidente de carro. Estava chovendo, ele estava voltando do trabalho quando perdeu o controle do carro. - Disse Bill baixando a cabeça. Lana me abraçou pelos ombros.
- Tudo bem? - Perguntou Lana.
- Acho que... sim. - Respondi. Eu não estava conseguindo acreditar, minha garganta doía com o choro entalado nela, até que senti a primeira lágrima sair de meus olhos.
- Ela está... chorando? - Disse Bill. - Mais por que? Pensei que não o conheciam.
- Bill, ela é filha do Eddie. Pelo menos é o que a mãe dela confirmou. - Disse Lana olhando para ele.
- Espera ai, filha dele? - Perguntou Bill surpreso.
- Isso mesmo. - Disse Lana. - Bom, é melhor irmos.
Disse Lana me ajudando a levantar.
- Como ir? Alana, se ela é filha dele, tem direitos. - Disse Bill. - O Eddie deixou tudo para mim e para o meu irmão, ele fez isso porque não tinha filhos, mas... se ela é mesmo filha dele, ela tem direito em tudo que era do Eddie.
- Mas como assim?
- Bom, o Eddie não deixou nenhum testamento, mas deixou bem claro para mim e para o advogado dele que desconfiava ter um filho, mas não tinha muita certeza. Disse para eu procurar esse filho, eu até tentei depois da morte dele, mas nunca achei nada. Se caso eu encontrasse algum filho dele, todos os bens deveriam ser repassados a esse filho, mas... não me levem a mal, teríamos que fazer um teste de DNA.
- Claro, claro. - Falei limpando as lágrimas. - Mas eu não vou querer nada dele, apenas quero ter certeza de que ele é realmente o meu pai. Mas... Bill, será que tens alguma foto dele?
- Sim, Kimberly. - Disse ele olhando pela sala, foi até um canto da sala e pegou um retrato na parede depois me entregou. - Esse sou eu, meu irmão no outro lado e no meio... o Eddie. Você é até parecida com ele, os olhos... os olhos são iguais aos dele.

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E ai, continuo ?