Espero que gostem
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Capítulo 1
Então, vamos conversar“Olá. Estás à minha porta, além disso, não está aqui mais ninguém, exceto você e eu. Ok... entre pela primeira vez. O resto funciona sozinho no quarto 483.
Aqui dentro nunca é dia apropriado, A luz vem do mini-bar. E aqui também não amanhece. Bem vinda ao hotel.” Sentei no banquinho do mini-bar do hotel onde a banda alemã pra quem eu trabalhava como, digamos, “faz tudo”, estava hospedada.
– Faz tudo mesmo... – resmunguei comigo mesma enquanto engolia a seco um gole de uísque.
Estava exausta. O dia inteiro havia sido extremamente cansativo pra mim. Mas finalmente eu conseguira sair da agitação do show daquela noite e voltar pro hotel, pronta para encher a cara.
Todo show era a mesma coisa: “Onde está a maquiagem do Bill?”, “Procure as baquetas de Gustav!”, “A chapinha do Georg!”; é claro que tudo sempre sobrava pra mim. Quando algo dava errado, advinha de quem era a culpa: “Da estagiária!”. Bom, eu queria ser uma produtora musical, não uma empregada!
Mas não havia nada naquele trabalho que me irritasse mais do que certo garoto de tranças negras. Tom Kaulitz era a minha cruz diária nos camarins da banda Tokio Hotel.
Ele me infernizava sem dar trégua. Acho que tudo começou quando eu, depois de passar da conta na bebida, acabei dormindo com aquele infeliz. E esse fato pode ter se repetido uma ou duas vezes – quem sabe até umas cinco vezes -, mas sempre, não se esqueça, por eu estar terrivelmente bêbada - o que ocorre com mais freqüência do que deveria ocorrer.
Pra ser sincera, eu até gostava dele. Minha aversão se devia mesmo pelo fato de que o que a gente tinha era uma coisa completamente e inteiramente “física”, e nunca havia passado disso, pelo menos não pra ele, disso eu tenho certeza. Eu não sabia quase nada sobre ele, e ele muito menos sobre mim. Um satisfazia o outro na cama, e estava bem assim, já era o bastante.
Sem contar que eu nunca estava sã nessas horas. Por isso não me pergunte se ele faz jus a reputação dele de dom juan, a bebida faz com que eu não me recorde muito bem dos detalhes.
Isso já bastava... Ou apenas era isso que eu pensava.
– Enchendo a cara de novo, que bonitinha. – uma voz de barítono um tanto arrastada, e que muito me era familiar, fez-se ouvir as minhas costas.
Quase me engasguei com o uísque quando me virei para encarar o menino de tranças no cabelo negro e roupas exageradamente largas.
Tom me olhava com aquele olhar malicioso enquanto mexia – como de costume – no piercing do lábio inferior.
– É melhor você ir embora Tom. – falei revirando os olhos e me voltando pro meu copo de uísque – Ainda não passei do primeiro copo. Não estou bêbada o suficiente pra você me levara pro meu...
– Eu não pretendia... – antes que ele pudesse terminar a interrupção, eu ouvi o som de um corpo caindo – Ai! – Tom gemeu depois de seu corpo parar no chão.
Só então eu pude notar, Tom se encontrava num estado miserável. Ele estava completamente bêbado e isso era notável.
– Não acredito. – lamentei me pondo de pé para ajuda-ló a fazer o mesmo.
Consegui, com muito esforço, senta-lo em um dos bancos do bar. Tom ria sem parar, parecia até um retardado.
– Acho que os papéis se inverteram. – ele constatou ainda rindo.
Tom tinha razão. Costumava sempre ser eu à bêbeda sem causa. No fim, Tom sempre me carregava até meu quarto, e me colocava pra “dormir”. Poderia até me sentir usada, mas não me sentia. Eu até gostava dessa situação.
– Você não quer que eu te leve pro seu quarto? – indaguei sem acreditar muito nessa hipótese.
Ele não precisou responder para que eu soubesse a resposta só em olhá-lo.
– Você está louco! – exclamei revoltada – Cadê o seu irmão? Cadê o povo que você conhece? Eu não sou a ultima pessoa do mun...
– Olha, eu não estou nem me conseguindo por de pé, minha vista está meio embaçada e eu me sinto completamente acabado. – Tom falou lentamente de olhos fechados, a expressão parecendo até angelical, eu sabia que era um truque, ele só estava querendo plantar a imagem de “pobre-coitado”, o que não combinava nada com ele. – E não esqueça que eu nunca deixei você sozinha quando era você no meu lugar.
– Rá! Vai jogar na cara agora? Como se você não fizesse isso com prazer.
– Como se você não aceitasse isso com o mesmo prazer. – me desafiou.
Por fim, eu me esforçava para carregar o peso do braço enorme apoiado em meus ombros, e “ajudar” Tom a seguir até seu respectivo quarto.
– Você está em que andar? – perguntei, ainda fazendo uma careta de reprovação, quando já estávamos dentro do elevador.
– No sétimo... Ou será no sexto? – Tom parecia completamente confuso, ouve uma pausa e então ele finalmente se decidiu – Sim, sim, no oitavo.
Balancei a cabeça indignada com a infantilidade do “menino” de um metro e oitenta e oito.
Logo o elevador parou, e com ele surgiu uma nova pergunta.
– Quarto? – perguntei já ofegando em carregá-lo para fora do elevador.
– Hmm... Deixa me ver... – ele pensou um pouco – Oh, sim. Quatrocentos e oitenta e três.
Ótimo, o último quarto do enorme corredor.
“Nós queríamos só falar. E agora deitou aqui, e eu me deito ao lado. Falar, Falar! Venha aqui. Não seremos perturbados. Isso já eu esclareci: Não perturbe!
Igual onde estamos amanhã.
Agora o mundo está cá dentro.
Deite outra vez.” – Pronto, está entregue. – me livrei do peso o jogando sem jeito na cama.
– Nossa, eu costumo ficar do seu lado até você dormir. – ele me olhou, um sorriso debochado no rosto sonolento.
– Faça-me o favor...
– Faça você um pra mim, se deitando do meu lado. – dessa vez ele falou sério – Ah, eu não vou fazer nada! – completou, provavelmente ao ver minha expressão desconfiada.
– Tudo bem. – cedi pelo cansaço, me deitando na cama de casal ao lado de Tom.
– Vamos conversar. – ele sorriu se ajeitando na cama ao meu lado.
– Como é? – perguntei surpresa, ele não parecia ser o tipo de cara que aprecia uma boa conversa comum entre um homem e uma mulher.
“Eu te ouço, vejo o seu rosto. Os seus lábios se abrem. Fale lentamente, por favor não muito rápido Bem vinda ao hotel.” – Conversar... Sabe como é? Eu falo você fa...
– Eu sei idiota. – interrompi a explicação desnecessária – É só que... Ah, tudo bem.
Bom, existem momentos que o melhor a fazer é concordar ao invés de questionar.
– Ok. Eu sou o que os outros chamariam de seu “amigo intimo”, - Tom fez gesticulou com as mãos as aspas das ultimas palavras – no entanto, não sei nada sobre você... Que tal começarmos desse ponto?
Mesmo isso me parecendo extremamente estranho e fora do padrão Tom Kaulitz, respondi a todas as perguntas que ele me fez sem deixar uma dúvida se quer no ar. Falei lento e claramente, pelo menos ele se mostrou interessado em cada palavra pronunciada por mim.
– Acho que não há nada que você não saiba sobre mim, certo? – ele questionou após o assunto “eu” acabar.
– Err... Bom, tem uma coisa sim. – minhas pálpebras pesavam de sono, e minha consciência já não estava lá funcionando muito bem, acabei falando o que falei – Você sabe que eu estava sempre bêbada... não me lembro dos detalhes...
Tom começou a rir descontroladamente.
– Você quer saber como é fazer sexo comigo? – ele ainda ria quando se virou pro lado fechando os olhos – Hmm... Espere o dia amanhecer.
Fiquei um pouco assustada com a ultima frase de Tom. Um pedido se fez em minha mente: espero que ele não se lembre de nada amanhã de manhã. Mas meu corpo pedia por outra coisa... Por fim, acabei pegando no sono também.
A luz do sol queimou sobre minhas pálpebras me fazendo abrir os olhos. Assim que o fiz, a imagem do menino de tranças e de peito nu, sentado em uma poltrona me observando com interesse, surgiu lentamente, enquanto meus olhos se adaptavam a luz. Quase pensei que fosse uma miragem... Até que ele resolveu falar.
– Bom dia. – ele disse sorrindo – Que bom que acordou. – Tom se pos de pé, colocando a camisa que trazia nas mãos, cobrindo o peitoral definido – Vou pedir o café.
A porta do apartamento se abriu, e logo se fechou.
Ele poderia muito bem ter pedido o café da manhã por telefone à recepção, mas não questionei isso, ter ele longe de mim me pareceu uma boa idéia no momento.
Fui até o banheiro e lavei bem o rosto, desejando que eu ainda estivesse sonhando.
Bom, Tom não fizera menção nenhuma sobre a promessa da noite passada. Isso se seguiu também durante o café que nos foi servido no quarto do hotel. Iludi-me imaginando que talvez ele tivesse mesmo esquecido o assunto.
Quando terminamos de comer e Tom foi ao banheiro eu decidi ir embora antes que as possíveis lembranças dele voltassem.
– Onde você pensa que vai? – ele perguntou, parado na porta do banheiro, me vendo por os sapatos.
– Vou embora, obviamente. – falei revirando os olhos.
Ele riu, irônico.
Tom se aproximou da cama onde eu estava sentada ainda rindo.
– Eu bebo e você que perde a memória? – indagou pondo o peso de seu próprio corpo contra o meu, me fazendo deitar na cama a força – Não se lembra do prometido? Pois eu me lembro perfeitamente.
– Ficou louco? – o empurrei com força de cima de mim me pondo de pé em seguida.
– Pode ser. – Tom se levantou da cama dando de ombros – O fato é que eu costumo cumprir minhas promessas.
Meu queixo caiu, ele estava mesmo falando sério. Tudo bem que não seria a primeira vez que nos faríamos isso, mas dessa fez eu estava de “cara limpa”, completamente sã.
“Nós queríamos só falar, e agora deite aqui e eu me deito ao lado. Falar...falar...falar...! Diante do alarme da porta o mundo inteiro chama. Tudo puxa por mim. Eu não quero com ninguém exceto com você. Falar, falar!” Tom me prensou contra a vidraça da janela do apartamento, colocando uma de suas pernas entra as minhas. Senti o sol queimando minhas costas enquanto meu corpo levantava ligeiramente.
– Tom... – tentei argumentar mais os lábios avermelhados já tomavam os meus.
– Você é bem menos complicada quando está bêbada. – ele zombou assim que o beijo chegou ao fim – Mas assim é mais divertido.
Tom me beijou de novo, me impedindo de argumentar seja lá o que fosse. A essa altura eu já estava mesmo rendida.
Ele começou a desabotoar os botões da minha blusa lentamente, de modo que eu pudesse sentir cada toque da mão quente dele sobre a minha pele. Sentia seus dedos desabotoarem cada botão, enquanto ele tocava meus seios pouco a pouco.
A impaciência tomou conta de mim – nunca fui muito de esperar – e eu lhe arranquei a camisa com rapidez. Admirei um pouco o peitoral nu e perfeito enquanto ele parecia se exibir ainda mais. Com certeza ele era lindo, e sabia muito bem disso.
Tom segurou minhas pernas as cruzando sobre sua cintura e me carregando até a cama do quarto.
Depois de me deitar na cama Tom parou por alguns segundos, me olhando com desejo, me provocando ainda mais. Por fim ele cobriu meu corpo com seu próprio, aquecendo minha pele com a dele, inflamando cada pedacinho de mim.
Tom tirou meu sutiã, logo tomando em uma das mãos o que antes estava coberto pelo mesmo. Ele mordeu e sugou aquela área com tal vontade, que chegou a me machucar um pouco com os dentes. Senti todos aqueles arrepios pelo corpo inteiro, relaxando meus músculos, me sentindo dissolver aos poucos.
Tom me tirou a saia e a peça intima – essas que já começavam a incomodar -, enquanto beijava cada milímetro da parte interna das minhas coxas. Senti coisas estranhas e boas percorrem todo o meu corpo.
Inverti as posições, ficando dessa vez por cima de Tom. Abaixei-lhe a calça e a peça intima.
Realmente ele era mesmo bonito por completo.
Sorri maliciosamente para ele enquanto ele mexia no piercing, já impaciente. Sem mais delongas, tomei o membro ereto com a boca, sugando e fazendo movimentos de vai e vem.
Tom soltava gemidos abafados por uma das mãos, enquanto a outra se mantinha em meus cabelos, incentivando o ato.
Antes que ele chegasse ao seu limite, eu o larguei lentamente. Tom me puxou para um beijo repleto de volúpia e paixão.
Ele voltou a ficar por cima, enquanto me beijava, afastou de leve minhas pernas, e – após me dirigir um olhar de aviso -, se introduziu dentro de mim, com um solavanco que me fez tremer com a dor e o prazer.
Cada movimento dele dentro de mim fez com que eu me sentisse um vulcão erotizado até o dedo mindinho.
Nossas respirações eram descontroladas. Gemidos eram abafados. A cada nova estocada, uma nova sensação de prazer percorria minha espinha, fazendo meu corpo tremer.
Tom me beijava com delicadeza, parecendo preocupado a todo instante com as sensações que ele provocava em mim.
O sol ainda iluminava o quarto e eu pode admirá-lo com clareza. Fiquei observando seu rosto, agora muito próximo, e me dei conta de que era completamente fascinante, misterioso e belíssimo.
Meu corpo, ardendo em chamas, se arqueando enquanto nos chegávamos ao ápice juntos.
Tom relaxou o corpo sobre o meu, e, depois de um beijo mais calmo, saiu devagar de mim, me arrancando um gemido agudo. Meu corpo pareceu protestar com o fim de tudo, mas parecia muito cansado para contrariar.
“Nós queríamos só falar. E agora deite aqui, e eu me deito ao lado. Falar... falar... falar...falar...!” Enquanto eu me arrumava para ir embora do apartamento, amaldiçoava internamente a droga do álcool, que durante muitas noites me fizera perder tudo o que eu havia provado naquele dia.
Tom estava deitado na cama, observando eu me vestir, o rosto mostrava claramente o sentimento de satisfação.
Preparei-me para abrir a porta e ir embora, nesse momento – quando já estava fora do quarto, pronta para voltar a fechar a porta - pude ouvi-lo falar, a voz soava maliciosa e convidativa.
– Apareça mais vezes, para conversarmos... sã, é claro.
Mesmo sem vê-lo, ainda pude imaginar o sorriso perfeito se formando nos lábios avermelhados de Tom.
– Não tenha dúvidas. – confirmei num sussurro, fechando a porta e partindo, carregando comigo um sorriso, tão satisfeito quanto o de Tom.
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