Capitulo 1. Welcome to the Jungle
“Bem-vinda à selva
Nós temos diversões e jogos
Nós temos tudo o que você quiser”
Guns N’ Roses
“Não se esqueça dos modos...”, “Tudo vai ser diferente filha...”, frases típicas de quando nos mudamos para um país novo, uma escola nova, uma vida nova, tudo isso por causa de um maldito irresponsável, ok, não vou falar sobre isso agora.
Nome? Zoe Perrone. Daí você se pergunta, porque uma garota brasileira tem nome inglês e sobrenome italiano? É minha família é um grande mix de países. Minha mãe é inglesa, por isso Zoe, meu pai italiano, por isso Perrone, agora porque eu nasci no Brasil? Eles se conheceram lá, ficaram por lá, casaram lá, fizeram o Oliver, meu irmão lá, tudo lá.
- Zoe!
- Já vai.
Certo, agora a parte de ter me mudada pra fria Alemanha, deixando o calor do Brasil, foi, a morte do meu pai, depois explico tudo. Hoje é meu primeiro dia na escola nova, meu e do meu irmão, o Oliver, me arrisco a dizer que ele é meu melhor amigo. Algo raro, já que o ser é mais velho que eu.
Desci as escadas da casa sem a mínima vontade, peguei minha mochila e fui pro carro. Minha mãe falou muito sobre como devíamos nos comportar, e de tudo o que ela disse, eu devo ter ouvido apenas um
“Sejam educados”. No auge dos meus 15 anos, ser educada não estava nos planos, não quando eu tinha adotado um novo jeito de ser.
- Temos uma nova aluna, pode vir se apresentar?
- Não. – eu disse, vendo o professor sorrir sem graça e todos da sala me olharem como se fosse um animal estranho e intocável
- Venha cá Zoe.
Certo, eu tive que me levantar, falar meu nome completo, idade, data de nascimento, RG, CPF, e mais qualquer outra coisa que aquele ser pequeno, barrigudo e careca, formado em Física gostaria de saber.
Voltei ao meu lugar e as pessoas me ignoraram, bom, dois deles me ignoraram desde que pisei na sala, não que eu me importe, mas...
- Tom Kaulitz!
- Ahn? – o garoto com dreads loiros se levantou da cadeira, limpando o canto da boca
- Como calculamos campo elétrico?
- Err...
- Não sabe né? Já pra fora da minha sala... – o garoto deu de ombros e saiu – E você Bill, sabe?
- Err... Não.
- Como sempre me trazendo problemas. Acompanhe o delinquente do seu irmão ate a diretoria e explique o ocorrido.
O garoto soltou o ar pesadamente, como se falasse,
“De novo?”, o melhor era a indiferença, não pude deixar de notar aqueles dois, eram diferentes do resto dos pluricelulares daquela sala. Estava perdida em pensamentos sobre aqueles dois seres, quando o professor me chama.
- Zoe?
- Sim.
- Cargas positivas geram campo de afastamento ou aproximação? – só uma coisa, ferrou
- To saindo da sala, antes que se dê o trabalho de fazer isso.
Ok, agora as pessoas realmente me achavam estranha, muito estranha. Não fui pra diretoria, ir pra lá é pra losers, e eu não seria taxada de loser no primeiro dia de aula, por isso fui ate o banheiro, ouvir musica, ate bater o sinal da próxima aula.
- Não acredito que me arrastou pra cá, é o banheiro feminino! – o que? Ou eu tava bem louca, ou tinha garotos no banheiro - Vamos sair daqui!
- O banheiro do segundo piso é clichê, vão olhar lá cara, vamos ficar aqui, não dá nada.
Olhei pela fresta da porta e vi os garotos que julguei como sendo os problemas da escola. Pelo menos agora, eu já sei de um dos segredos deles...
---------------------------aah, que lindo esse tanto de gente lendo a fic *---* Obrigada (:
Capitulo 2. What a Wonderful World