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 Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio)

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Catchusca
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MensagemAssunto: Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio)   Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio) Icon_minitimeSex Jul 22, 2011 2:02 am

Nome: Let the flames begin
Personagens: Renée, Georg e Tom.
Classificação: +18 (Álcool, Drogas, Suicídio, Sexo)
Gênero: Death Fic, Drama, Romance e Tragédia.
Capítulos: 5.
Finalizada: Sim.
Autor: Anne Lander

Capítulo 1 – You make me Wanna die.


(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=33244270 )


Eu sempre fui à típica garota problemática.
Entre cigarros e riffs, lá estava eu, perdida no mundo, tentando compreender o que estava ao meu redor, mesmo sendo difícil. É complicado agüentar essa depressão dentro de si, mas eu estava. Arrastando ela pelos cantos, trazendo as energias negativas, as batidas de um coração morto.
Meu nome é Renée Harris.
Nome bonito, vida estúpida.
Ainda não sei como consigo pagar meus cigarros e minha vida fútil. Às vezes é complicado manter o sorriso nos lábios, enquanto por dentro tudo é um emaranhado podre, prestes a desabar.

Mas até que eu conseguia manter em pé esse sorriso, mesmo que às vezes ele suma com algum esforço eu o reergo.

Trabalhava de recepcionista numa empresa qualquer e a temporada de férias chegou. Vamos nos divertir, oh grande coisa!
As férias são culpadas de minhas tediosas tardes sentadas nesse banco imundo verde do parque do centro, tragando meus cigarros e encarando olhares de desprezo. Como se eu já não estivesse treinada para isso.
Eu já estava acostumada com esse tipo de preconceito, era insignificante para mim. Eu sempre vivi sozinha, independente até de mim mesma. Alimentava meus vícios, vestia minhas roupas e simplesmente saia.

Deixava a vida me levar, como as folhas que caiam no outono.

Não sei por que, mas isso me lembra muito romances...
Eu tinha um namorado. Aliás, um ex-namorado.

Tom Kaulitz.

Apesar de termos a mesma idade, parecia que ele tinha 15 anos. Vivia saindo loucamente bebendo, fumando, querendo sexo a toda hora e sempre que tinha, saia como se eu fosse uma prostituta qualquer. E isso me magoava muito. Eu ainda não sei como eu sustentava aquele relacionamento, talvez meu amor por ele superasse o meu amor próprio. Mas eu aprendi a me amar e sabia que eu tinha que o deixar ir e largar dessa vida. Não era pra mim.

Eu me sentia morta, sem vida... A cada dia que eu passava com ele. Acho que a esperança de que ele pudesse mudar, era o que me prendia a ele, mas o laço se desfez e eu me libertei.

Eu me sentia vazia sem ele, mas era melhor assim. Eu não queria aquela vida de festas, sexo, drogas, álcool, lágrimas, sangue de novo. Eu precisava mudar, mas minhas forças estão quase nulas.
O cigarro e o álcool permaneceram na minha vida e enquanto eu ainda não procurava por algo melhor, esses vícios me sustentavam em vida ou me preparavam para uma morte lenta e dolorosa.
Eu era magra e isso preocupava aquelas poucas pessoas que conviviam comigo, mas o que eu podia fazer, se tudo que eu comia, em poucos segundos saia boca a fora? Eu não conseguia sustentar comida dentro de mim e isso me adoecia. Eram quase raros momentos em que eu fazia aquela refeição completa, às vezes até sentia falta de sentar-se à mesa de madeira, forrada com toalha xadrez e comer aquela macarronada da mamãe!
Mas eu me separei da família, ainda adolescente.
Eu sempre fui estúpida e assim que o conheci, eu fugi de casa. Vivia na casa de amigas e até na dele, sempre trabalhando ou tentando, mas eu queria apenas viver com ele. E quando conseguimos viver em paz juntos, ele mudou. Faz três anos que eu não o vejo, mas, é até melhor. Eu tenho 22 anos agora, ele provavelmente também.
Apaguei o cigarro no muro de cimento atrás de mim e me ergui. Já eram quase 18hrs e eu tinha que me preparar para mais uma noite de música alta e bebidas. Era sábado. Sábado à noite, nada melhor. Descarregar todas as más energias, dançando ao som de qualquer música que me leve, me faça flutuar, que limpe a minha consciência que me deixe em estado de espera por alguns minutos.
Caminhei lentamente ouvindo o som do salto de meus sapatos baterem contra o piso da calçada, apreciando cada momento como se aquilo nunca mais fosse acontecer. É eu era levemente estranha.
Cheguei a casa em poucos minutos, a festa era as 20hrs. Eu ainda tinha tempo de me arrumar e ir. Liguei o som e não pensei duas vezes em colocar Make Me Wanna Die – The Pretty Reckless. Aquela música era libertadora, as batidas dela me seduziam, eu não conseguia ficar parada quando ela estava tocando, jogava os cabelos longos e loiros para lá e para cá sem medo, me jogava no chão, tirava minhas roupas caminhando loucamente para o banheiro.

Lado bom de morar sozinha: liberdade de expressão completa!

Tomei meu banho ao som da minha banda do momento, sem me importar com as cantorias ou a sujeira que eu teria que limpar do banheiro depois. Sai do banho depois de pelo menos alguns poucos 20 minutos de banho.
Sai do banho enrolada numa toalha, o cd já havia se encerrado, dei play novamente. Fui até minha bolsa azul de maquiagens e retirei apenas o rímel e o batom vermelho habitual. Eu tinha mania de fazer a maquiagem antes de por a roupa, aliás, um hábito não é? Aliás, de manias eu tenho aos montes.
Coloquei um micro-vestido preto e saltos, pra mim, isso já bastava.
Peguei um táxi para ir até a boate aonde eu sempre ia. Todos os sábados, já que as sextas eu preferia ir à mesma praça de horas atrás para tragar alguns cigarros a luz da lua. Em poucos minutos eu cheguei, cheguei cedo, mas cheguei.
O local era pequeno, mas era aconchegante. Pessoas maravilhosas, dançando, música, bebida, ah, eu me sentia em casa.
Pus meus pés na casa de shows e logo fui para a pista. Nada de bolsas, nada me prendendo, só a dança, só a música, só a vida.

Doce liberdade.

Aquela estranha necessidade de viver, mesmo estando viva. Aquela necessidade de se jogar, mesmo temendo se machucar. Aquela necessidade de sorrir, mesmo que sem motivo. Aquela necessidade de correr, mesmo sem ninguém me seguindo.
Pois é, uma necessidade de viver!
Dançava loucamente dublando as músicas que eu sabia e sentindo aquelas que eu ao menos sabia o nome.

Eu estava descarregando minhas energias, ah.

Capítulo 2 – I’m into you.

(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=33536620 )


O som estava alto, parecia ter aumentado no decorrer do evento.
Aquela altura, Renée já havia bebido mais que e o necessário, mas que se importa? Ela estava bem, estava sorrindo, estava pulando, agitando, estava vivendo.
O ambiente parecia mais animado que o comum, mas nada que trouxesse preocupações. Talvez o tédio das noites solitárias de sábado, trouxessem os solteiros de Berlim para os eventos noturnos.

Agora está explicado por domingo de manhã é difícil encontrar-los acordados, todos estão dormindo se recuperando das ressacas anteriores.

Mas esse não é momento de se lembrar de ressacas, let's enjoy the night!
Lá no canto direito do primeiro andar, estava Georg Listing e seu amigo, Gustav Schäfer, que estava acompanhado de uma garota. Todos jovens, bonitos, solteiros e cobiçados, estavam ali sorrindo, dançando, bebendo, tragando seus cigarros e se divertindo loucamente sem medo do amanhã.
A garota de pernas à mostra, vestido curto, salto, lábios rubros e olhar marcante chamara atenção de Georg. Ela parecia alegre, liberta, viva. Desamarrada das coisas, presa ao ritmo, ligada a ele, de alguma forma, de uma forma que ele não conseguia explicar só sentir, mesmo estando confuso sobre de onde nasceu aquele sentimento.
Era incrível, do nada, deixou-o com uma sensação de felicidade.

“Se eu chamasse-a para dançar, ela aceitaria?”

“Acho que não”

“Mas não custa tentar”

Caminhando entre as pessoas, Georg seguiu devagar e calmo até se aproximar da bela que dançava como ninguém quase a sua frente. Assim que ela o avistou, sorriu. Ambos caminharam um na direção do outro justamente para se encontrarem. Renée avistou algo naqueles olhos lindos verdes.
Quando se encontraram, deixaram os olhos percorrem por ambos os corpos, analisando os perfis físicos de cada um. Afinal, numa festa regada a bebidas e drogas, quem ia se interessar em conversar? Não era preciso, bastava muita música, bebida e uma pitada forte de sensualidade.
Ela colocou um braço delicadamente no ombro esquerdo do rapaz, equilibrando um copo com pouca bebida na mão direita. Acariciou a nunca do rapaz, seguindo o ritmo da música nos quadris, como se pedisse que ele a agarrasse por ali. O que não demorou muito a acontecer.
Os dois estavam dançando juntinhos, conversando no ouvidinho um do outro coisas básicas para se conhecerem melhor. Troca de nomes, idades, o que faziam. Até que a conversa perdeu graça e foi tomada pela dança. Os copos foram deixados na bancada do bar para terem movimentos melhores durante a dança.
Afinal, a noite é uma criança.
E ela só estava começando.
E algo me dizia que aquilo não terminaria ali. Numa simples dança hm.

Capítulo 3 – Saturday.


Era quase meia noite... Muitos casais ainda estavam expostos dançando, outros já haviam ido embora, enquanto alguns já estavam em suas residências se amando e poucos solteiros se encontravam em rodas de amigos, conversando, já altos pela bebida e em alguns casos, até pelas drogas.
O casal da história ainda estava juntos e bem juntos. Ainda não havia acontecido o fato esperado da história, ambos estavam até que sóbrios para uma noite tão frenética como essa, mas nada os fazia parar.
Era uma dança envolvente, contagiante, era sedutor, feroz... Quem estava perto podia sentir o cheiro de paixão que ambos exalavam, era amor à primeira vista!
- Vamos sair daqui? – perguntou ele, se sentindo incomodado.
Renée apenas acenou.
Os dois saíram de lá de mãos dadas, como se fossem namorados. Georg tratou logo de abraçar-la, ao perceber que do lado de fora estava realmente mais frio do que do lado de dentro do recinto onde se encontravam. Ainda mais que a garota se encontrava quase nua diante do frio e ele estava sem casaco, uma desculpa do destino para se juntarem em um abraço.
Caminharam assim até o ponto de táxi mais próximo, trocaram algumas poucas carícias, enquanto esperavam aparecer algum transporte. Em poucos minutos o táxi chegou, rapidamente eles caminharam para dentro do carro e assim escolheram para que residência eles fossem. A escolhida foi a dela, por ser mais próximo.
O frio da madrugada já estava cortante, quando o carro de coloração bege parou próximo ao meio-fio, Renée logo desceu, pois estava próxima a porta e assim que pagou a corrida, Georg a acompanhou. O prédio em que Renée residia não era luxuosos como os do centro, era simples, mas, porém muito atraente.
Ambos caminharam para dentro do ambiente, sentindo já a diferença de temperatura das ruas para um local coberto. Utilizaram as escadas, pois não existiam elevadores e sempre manterem abraçados para aquecerem-se (mesmo estão em um local de temperatura já agradável, parecia ser uma desculpa para não desmancharem o abraço tão confortável).
Renée retirou a chave do apartamento de dentro de um compartimento que ficava no avesso do vestido, algo como um bolso pequeno. Era uma chave simples, ela usava nesses casos, já que sua chave comum era repleta de penduricalhos, ela gostava de chocar.
Entraram, assim que ela fechou a porta, foi agarrada por Georg. Uma moça tão bonita, tão atraente, um ambiente bonito e aconchegante, limpo e silencioso, ele não perderia tempo. Ah, não perderia mesmo.
Ela já se encontrava entrelaçada aos abraços do rapaz, seus lábios acabaram de tocar os dele com devassidão. A moça empurrou o rapaz em direção ao quarto, tamanha era a vontade de fazer amor com ele.
O quarto de Renée estava bagunçado, mas isso não era pretexto para que o que eles mais desejavam no momento não ocorresse. Georg pegou-a nos braços e encarregou de terminar o percurso, levando-a para a cama. Deitou sobre o corpo da moça, sem desgrudar os lábios, naquele beijo interminavelmente apaixonante!
Teve trabalho para arrancar-lhe o vestido dela, grunhiu feliz quando conseguiu e ficou admirado com o corpo esguio que ela mantinha. Os toques de seus lábios ficaram mais suaves, carinhosos e cuidadosos.
Era como se ambos quisessem absorver cada segundo daquele momento para nunca mais se esquecessem. Ambos tremiam e não por medo e sim por desejo, eles tinham que selar aquele momento com extrema urgência. A cada beijo, a cada caricia, uma coisinha estranha crescia dentro deles, é, era o prazer.
De corpos nus e de mãos dadas, ambos chegaram ao ápice do amor.
Trocaram alguns beijos e se abraçaram como se fosse dois amantes de longa data. Georg a deitou do seu lado, ainda entrelaçado em seus abraços, trocando selinhos intermináveis como se não quisesse nunca mais se separar da bela moça de cabelos loiros.
- Definitivamente, eu não quero mais me separar de você – disse ela, sorrindo.

Capítulo 4 – Set Fire to the Rain.

(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=33705650&.locale=pt-br)


Era incrível como Georg me fazia sentir-me uma princesa.
Já havia se passado seis meses desde que eu o conheci e estamos juntos desde então. Ele me ligou dois dias após a festa e marcamos um jantar. Eu estava tão caída no dia em que transamos que não parei para conhecer-lo e a partir desse jantar, pudemos ver como tínhamos nossas vidas entrelaçadas.
Minha vida sem cor ganhou mais sentindo quando ele pousou sobre ela. Nunca me senti tão bem assim, sabe o que é gargalhar do nada? Pois é, eu não sabia até conhecer-lo. Hoje, eu vivo sorrindo para o que quer que seja. EU ESTOU FELIZ!
Eu sempre achei que eu não precisava de ninguém para ser feliz, só das minhas noites de sábado e meus cigarros. Pois é, são esses vícios ainda mantém em mim. Georg não se incomodava, até por que ele também fumava de vez enquanto e sempre saiamos para as festas aos sábados. Mas lógico, sempre tínhamos um sábado só nosso. O que eu amava. Sempre saiamos para jantar, nós andávamos pela rua, tranqüilos e depois íamos para casa curtir nossa vida sobre os lençóis.
Ainda não morávamos juntos, mas era como se fosse. Nossas vidas tem se separado um pouco por conta de alguns rumos que decidimos tomar, mas são coisas boas. Ele começou a faculdade de música e eu de psicologia. Nada melhor do que uma louca para entender os loucos.
Tudo estava fluindo bem. Nós brigávamos, ah sempre. Eu era geniosa, aliás, eu sempre fui e ele sabe disso, mas são brigas que terminam na mesma hora ou algumas horas depois. Não conseguíamos manter nossos laços separados por muito tempo. Fomos feitos um para o outro, sem dúvida.
Minha vida não poderia estar mais perfeita!
Tudo isso mudou quando conheci meu grande amor. Devo a ele, essa virada na minha vida e sempre me lembro de me agradecer a ele por isso, ele sorrindo diz que nunca vai me abandonar e dá um beijo na minha testa.
Hoje era um típico sábado. Eu estava triste por que Georg me disse que ia viajar. Brigamos feio. Era nosso aniversário de seis meses e ele queria ver a mãe que estava morando no interior. Até pensei em ir com ele, mas a mãe dele o tomaria de mim, e não faria sentido comemorar alguma coisa. Estamos trocando mensagens constantemente, o avisei que ia sair, ele pareceu não se importar, é eu ia sair.
Estava sobrecarregada e sem ele me sentia fraca. Eu já tentei por isso na minha cabeça que preciso aprender a viver sem ele, mas é difícil isso.
Então eu fui. Coloquei minhas tradicionais roupas curtas de sábado e sem medo segui meus rumos. Eu estava livre. Eu tinha que retirar essas amarras que me prendiam a ele. Eu o amo, sim, e muito. Mas não podia ser tão dependente a ponto de me prejudicar tanto. Não quero ficar em casa chorando pelo leite derramado. Ele está avisado, eu fui. A noite é minha. A noite é nossa!
Fiz o que eu sempre fazia antes de conhecer-lo. Muita bebida, cigarro e dança a noite toda!
Foi aqui que ele a viu.
Fazia três anos que eles não se encontravam. E ele é melhor amigo do namorado dela, mas nem sabia. Ele andava sempre assim, desatento das coisas, mas prestou muito atenção quando viu a garota dançando ali.
Ele conhecia muito bem aquele corpo, sabia todos os movimentos que ela fazia, sabia o formato do sorriso dela, as jogadas de cabelo, o jeito suava com que ela tragava o cigarro e tomava sua bebida, vícios que ele trouxe para a vida dela, arruinando-a aos poucos.
Ela parecia estar alterada, já se passava da meia noite. Aquele clube sempre fechava após as 5 da madrugada, ou seja, ainda teríamos cinco horas de pura diversão, ou não.
Tom mirou seus olhos grandes e observadores sobre ela, de modo a ficar hipnotizado. Renée não havia mudado muito em sua aparência, só parecia estar mais bela, mais radiante, mais... Receptiva.
Ele saiu no bar tendo em mãos sua garrafa de cerveja e um copo de vodka, era a bebida preferida dela, e ele sabia muito bem. Ele a conhecia e quanto mais a conhecia, mais se apaixonava.

Fazia três anos desde a última relação deles. Ele mudou, ah se mudou. Estava mais bonito, mais adulto. As garotas caiam aos seus pés, mais do que antes e ele se gabava, mas no fundo, sempre a amou. Só que a deixou cair no mundo por suas infantilidades e mesmo a perdendo, ele nunca aprendeu.

Eles se aproximaram a batida da música estava forte as pessoas praticamente se empurravam aos pulos e aos movimentos bruscos forçando-os a se aproximar mais, Tom estava se aproximando como um felino sedutor atrás de suas presas, já Renée estava ali, o esperando, dançando de forma extremamente sensual encarando-o, a música que tocava embalava todo o momento como uma trilha sonora.
Assim que ele se aproximou mais, Renée lhe recebeu dando uma voltinha, como se dissesse “eu estou bonita?”, ele apenas acenou em forma de afirmação e lhe entregou o copo. Ela bebericou e ambos continuaram dançando.

Era obvio que ali não era a Renée em sã consciência, era a Renée de antes. A bêbada que se acabava nas noites quentes em boates, dando seus shows particulares, delirando e que desejava a morte no dia seguinte por ter bebido tanto.

...

- Hey Tom – chamou de forma sensual – Vai ficar parado ai? – chamou.
Eles já estavam no apartamento dela a pelo menos duas horas, a madrugada corria intensa, eles haviam perdido horas e horas na pista dançando e trocando carícias perigosas, com direito a platéia e tudo mais. Tom estava largado no sofá, enrolado apenas em um lençol qualquer, nu, obvio. Renée vestia apenas uma camisola de seda na cor preta com detalhes rendados, provocando Tom com o mover de seus quadris. Eles já haviam transado algumas vezes, começando pelo corredor do apartamento dela.
- Vem para cá, gata – chamou passando a mão em suas partes íntimas. Já eram bem visíveis que ambos não estavam em sã consciência, a bebida, os cigarros... Eles estavam entorpecidos, ah bem entorpecidos.
Sem hesitar, Renée caminhou até ele, sentando em seu colo, Tom jogou-a no sofá, beijando-a intensamente, quando estavam prestes a “se amarem” novamente, ouviram o barulho de a porta ser aberta.
- Mais que raios, quem é? – questionou Renée, ainda deitada no sofá (o mesmo era de costas para a porta, por isso não dava para ver quem havia chegado).
- Infelizmente, sou eu – respondeu alguém extremamente conhecida com entonação de decepção.
- G-Georg? – gaguejou se ajeitando, Tom não parecia assustado e nem surpreso, suas expressões eram neutras, porém Renée estava entrando em desespero.

Era o fim.

- Ér, olha... – ela tentou começar, Georg visivelmente magoado tapou os lábios dela com a mão direita e disse:
- Não precisa dizer nada, se você quer voltar a sua vidinha medíocre de antes, não serei eu que irei impedir. Faça bom proveito – dito isso, largou a moça e trancou a porta com violência literalmente nela.
Renée virou-se de costas para a porta, ela se encontrava tão entorpecida pelo acontecimento, que ao menos tinha forças para correr atrás de Georg. E mesmo alcoolizada, ela chorou. Tom como um bad boy, nem ligou para os sentimentos da garota, apenas vestiu-se, dera um tapa na parte traseira dela e mandou beijos antes de se retirar. Ele tinha mais o que fazer do que aturar briguinhas de namorados.
Ela deixou seu corpo escorregar pela parede, pois já não tinha forças mais em suas pernas que a manter-se em pé e foi aos poucos caindo até sentar-se no chão, largada.

De pensamentos vazios, a pequena Renée adormeceu ali mesmo. Em sua pequena concepção, “o pior ainda estava por vir”.

E ela estava certa.

Capítulo 5 – Rehab



Meus dias de tédio voltaram com mais ardor.
Intensos, carregados, entorpecidos, caídos. Eu me sentia tão mal desde que tudo aconteceu, minha vida está literalmente por um fio.
Eu jurei encontrar alguém como ele, mas eu sei que eu não vou encontrar. Eu já não tenho forças para nada mais. Nada. Nem ao menos respirar normalmente, eu consigo. Larguei minha vida no mesmo momento que a porta fora fechada em meu rosto.
Tentei comer, mas comida parava na minha garganta e eu tinha voltar-la para o prato ou até mesmo quando entrava, eu não segurava por muito tempo. Eu até pensei estar grávida, cogitei essa idéia, mas meu exame de farmácia deu falso.
Se desse positivo, seria um motivo forte para me ajudar a reerguer, mas nem um filho eu sou capaz de gerar.
Será que eu mereço estar viva? Será que meu destino foi selado assim?
Meu coração doía tanto e não era físico e sim emocional, mas esse fato já conseguia me destruir, aos poucos por dentro até transparecer por fora. Eu que já era pálida por natureza, estava quase que transparente. Ao redor dos meus olhos ainda tinha maquiagem de uns dias atrás em que eu tentei me arrumar novamente, um batom rosa borrado, vários arranhões pelo corpo das minhas noites de revolta, meu corpo estava ainda mais magro, tanto pela ausência de comida tanto pelos vários cigarros tragados nesses três meses.
Meu apartamento estava literalmente uma sujeira, ainda não sei como eu não botei fogo nesse lugar antes.
Minha mãe tentou me levar no psiquiatra, tentaram me internar, mas eu não permiti. EU queria sofrer até meus últimos segundos de vida no lugar onde eu fui mais feliz. No meu apartamento, foi onde nos amamos, onde planejamos nosso futuro, onde sonhamos, onde fizemos pequenos atos que nesses três meses, eu conseguia me lembrar cena por cena. No começo eu até sorria ao lembrar-se de algumas, mas depois... Eu sabia que não teria aquilo de volta, já não conseguia mais sorrir me lembrando dele, só conseguia chorar e chorar.
EU JÁ NÃO AGUENTAVA MAIS!
Eu precisava dar um basta nessa vida logo!
Levantei do chão, corri para meu quarto. Dentro de um recipiente branco, estavam meus remédios que eu deveria tomar todos os dias, eram calmantes e antidepressivos. Procurei feroz pela aquela bendita caixa branca até depois de alguns minutos acharem-la jogada debaixo da cama.
Ajoelhei-me e me estiquei até pegar o objeto, abri a caixa encontrando todos os remédios lá, intactos. Caminhei de volta para a sala, quase que me arrastando pelo piso, a procura das minhas bebidas. Vodka, Uísque... A primeira que eu achei seria a que eu iria beber. Uma garrafa de vodka novinha havia comprado semana passada e nem beberiquei.
Sentei novamente no piso frio da sala, coloquei a caixa e a garrafa em cima da mesinha de centro na que ele costumava por os pés enquanto assistíamos aos filmes. Eu já na saia para estudar e nem trabalhar, mas tinha minhas economias guardadas no pequeno cofre, no qual mantinha com a idéia de guardar esse dinheiro para comprar os móveis do nosso novo apartamento, é uma idéia distante, impossível...
Estiquei minhas pernas me sentindo confortável, traguei mais um cigarro e aproveitei a vista do céu negro do lado de fora. Meus problemas iriam acabar em alguns poucos minutos e eu nem estava preocupada.
Já não havia mais sentido viver, para que seria mais uma viciada largada nesse mundo?
Comecei com dois comprimidos e alguns goles de álcool, logo se passaram para três, quatro até onde eu agüentaria. Em uma hora, já podia sentir tonturas e enjôos, eu não podia conter meu sorriso de felicidade, em breve me livraria de tudo isso.

Anestesiada pela dor.


...

Já havia se passado três meses desde que Georg viu sua amada aos braços de outro alguém. Ele também ficara extremamente abalado com tudo que houve, mas ergueu sua cabeça e seguiu em frente.
E sabia de tudo que estava acontecendo com sua amada, amigos em comum sempre o mantinha informado, mesmo ele às vezes não querer saber de nada vindo dela, mas não por que ele o odiava, é por que ele sabia a dor que isso causava e ele queria esquecer-la. O que era extremamente impossível.
Hoje, ele tomou a decisão de ir até ela, conversar, talvez. Voltar, certeza. Ele sabia que ela estava no fundo do poço pedindo ajuda, pedindo por socorro e por mais que tentassem só ele tinha o poder de ajudar-la. E lá estava ele tomando rumo até o prédio onde tiveram tantos e tantos momentos de glória.
Ele estava decidido, ah ele sabia que ela iria aceitar e que em poucos minutos estariam aos beijos, retomando os planos, os sonhos, criando novas expectativas, enfim, a vida voltaria novamente ao normal. Era essa idéia que motivava os passos dele até onde ela residia.
O tempo estava ruim, aliás, péssimo. Outono chegando ao fim, chuvas intensas recebendo o inverno, o céu cinza cobria grande parte da cidade e o cenário era mórbido, uma mistura de desânimo com dor.
Mas ele sabia que aquilo ganharia cor, quando seus lábios tocassem-nos dela.
Chegou ao prédio, silencio profundo pairava no ambiente. O porteiro entreolhou Georg e acenou Georg educadamente respondeu com outro aceno e um meio sorriso. Ele subiu as escadas em passos rápidos, ele mal podia esperar por abrir seus braços e sentir o corpo quente da moça tocar no seu, os lábios, os beijos, os mais profundos beijos, os lençóis sendo arrancados da cama, os gemidos, o amor, puro e simplesmente verdadeiro.
A porta estava aberta, ah como ela era distraída, ele amava isso. Tocou na maçaneta e a girou completamente até abrir a porta, sorrindo. Mas seu sorriso desapareceu quando ele encontrou o estado em que o apartamento se encontrava, todo sujo, paredes riscadas, roupas espalhadas, comida, cigarros pelo chão.
É, ele realmente era a salvação da pobre moça.
Ele seguiu até a cozinha, onde encontrou um rastro de sangue que seguia para a sala, no fim a encontrando-a caída entre a mesa de centro e o sofá. Ao redor, várias caixas de comprimidos antidepressivos e calmantes, duas garrafas de vodka, uma vazia e outra pela metade, o sangue que vinha da boca e da testa da garota, os olhos dela estavam fixos em algum lugar, nada em si parecia ter vida. Ela estava petrificada, largada no chão. Vestia apenas uma camiseta cinza velha e suja e um short jeans rasgado.
Em desespero, Georg literalmente se atirou no corpo dela, tendo em si a esperança de que o corpo dela estivesse quente, que sua respiração estivesse calma e que ainda pudesse lhe carregar ao hospital próximo e salvar-la de toda essa overdose de remédios e bebidas. Mas não, o corpo da pobre mulher estava frio, sem vida, ele remexeu de forma que a fizesse acordar, mas já era tarde demais, ela já havia ido.
Seu coração parecia que iria sair do peito a qualquer momento, nada mais lhe fazia sentindo, Georg estava literalmente de mente vazia. Ele não conseguia se mexer e nem ao menos tinha forças para isso, havia perdido seu grande amor! Aquela com quem sabia mexer cm ele como nenhuma outra, seus sonhos foram despedaçados, quebrados, ele não sabia o que fazer. Seus olhos encheram de lágrimas e a boca continuou aberta, era a surpresa.
Logo a dor veio, acompanhada do desespero. Georg tentou acordar-la em vão, gritou, esperneou. ELE A QUERIA DE VOLTA!
Mas já não era em tempo, a garota já estava nadando nos vales do paraíso, livre das amarras que a vida lhe trouxe, sem seus vícios, sem sua dor, sem amor. Vazia.

Mas eu ateei fogo à chuva,
E fiquei a vendo cair enquanto eu tocava seu rosto,
Quando ela me queimou, bem, eu chorei,
Porque eu a ouvi gritando seu nome, seu nome!


x FIM x



OBS:

Patty Back: O enredo, muito intenso e que conseguiu me passar da maneira certa a emoção que deveria passar. E claro, a escrita dela, que é muito boa.

Catchusca: Eu gostei principalmente do enredo, que te passa realidade. A personagem tem vicios e emoções que te passam realidade! Fora que ta muito bem escrita e me surpreendeu o enredo.
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Patty Back
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MensagemAssunto: Re: Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio)   Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio) Icon_minitimeSex Jul 22, 2011 2:24 am

O que eu tinha pra dizer, eu já disse no anúncio da vencedora... Mas preciso ressaltar que você conseguiu me prender com essa história, demais!
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MensagemAssunto: Re: Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio)   Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio) Icon_minitimeSex Jul 22, 2011 9:24 pm

Obrigado amores *-*
Juro, pensei que tinha saído uma coisa horrível D:
*-*

EDIT

Adoro Gossip Girl, mas nem pensei na série no momento KKKK me inspirei mais na Lindsay Lohan :3
Sério Lilian? OMG *-*
Obrigado meninas.


Última edição por Anne Lander->Vampgirl em Dom Ago 07, 2011 8:36 pm, editado 1 vez(es)
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Susi Ficwhiter
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MensagemAssunto: Re: Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio)   Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio) Icon_minitimeDom Jul 24, 2011 12:52 am

me lembrou um Gossip Girl bem dramático
amei!!!!
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Lillian
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MensagemAssunto: Re: Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio)   Let the flames begin (Fic vencedora, primeiro desafio) Icon_minitimeDom Ago 07, 2011 12:26 pm

Anne você também eh nota dez, tah de parabéns, praticamente uma escritora nata.
Foi bem intenso essa história, adorei.
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