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 não pode ser você

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mary hell

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MensagemAssunto: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 6:21 pm

Sinopse: Tropecei no último degrau da escada que me dava acesso a porta da minha casa. Soltei um palavrão qualquer e coloquei a chave na fechadura.
Abri a porta, fechei-a.
Mal tive tempo de me virar quando senti uma lâmina em meu pescoço,e palavras sussurradas no meu ouvido por uma voz que me fez arrepiar:
- Cala sua boca e fique parado se não quiser morrer!
Mal consegui abrir a boca, fui empurrado contra a parede. Senti o frio nas costas e o calor da respiração daquele corpo na minha face. Na verdade não prestei atenção em nada, apenas nos olhos castanhos que brilhavam na escuridão. Um relâmpago estrondou lá fora.Tudo se clareou por um segundo.Meus olhos se arregalaram com o que vi. Senti a dor transpassar e meu corpo tombar no chão.

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Categorias: Tokio Hotel
Personagens: Bill Kaulitz, Gustav Schäfer, Tom Kaulitz
Gêneros:
Comédia, Lemon, Romance
Avisos:
Álcool, Drogas, Estupro, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Tortura, Violência


POSTO OU NÃO??só posto se alguem quiser ler

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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 7:32 pm

Caraca '-'
Fiquei curiosa.
Posta Very Happy
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 7:36 pm

Posta sim! *oo*

Tortura, ADOOGO :9 UHUAH
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 8:01 pm

posta sim garota!
eu leio!!!
fiquei mega curiosa...

OBS: posso usar sua fic para inspiraçao da minha???
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 10:05 pm

voces querem eu posto
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 10:07 pm

CAPITULO 1 Destino



Droga!!



Machuquei meu braço na hora que passei correndo por uma cerca de arame. Merda de vida medíocre. Os policiais insistem em correr atrás de mim. Mas qual é o problema? Que falta faria um mísero pacote de bolacha em um mercado tão grande como aquele?



Meus tênis surrados batiam tão fortes contra o asfalto negro, que eu temia que a sola descolasse. O capuz escuro da minha blusa de moletom que cobria minha cabeça, na hora em que eu havia entrado pra roubar algo para comer, tinha caído há tempos, revelando minha face suja de terra.



Isso mesmo. Eu estava roubando algo para comer. Fazia 3 dias que eu não colocava um grão de comida na boca. Quando se mora na rua, você não tem outra opção, a não ser agüentar, ou fazer o que eu acabei de fazer, roubar. Há quanto tempo eu vivia daquele jeito, eu não tinha a mínima idéia. A única coisa que eu me lembrava era o meu nome e minha idade, e olha lá.



Passei correndo por uma escola, que devia ser de música, devido ao som de uma guitarra que saia da janela. Olhei de relance pelo vidro e vi um garoto esquisito tocando. Poupei detalhes, só queria virar um raio e sumir rápido daquela situação.



As bolachas do pacote deviam estar em migalhas devido a força que eu apertava, por causa da agitação para acelerar meus passos.



Nunca tinha acontecido isso. Sempre dava certo. Eu entrava no local, pegava algo que eu gostava de comer e, colocava discretamente por baixo da minha camiseta preta (também roubada =]) e saia como quem não encontrou o que queria. Mas não! Sacoo! Tinha que ter alguém pra me ferrar! Mereço! Se eu tivesse uma oportunidade eu voltava lá e arrancava a língua do garotinho dedo- duro.



“Mamã, o moxo coiocou os bicoitos dento da miseta!”



Isso foi o suficiente para dar nisso.



Agora, cá estou eu, correndo feito um louco pelas ruas, batendo nas pessoas em meu caminho, com o braço sangrando, mais fedido, porque transpirava ainda mais pelo exercício, com dor nas pernas por ter dormido do encolhido dentro de um tubo de esgoto abandonado.



- AIIIIIIIIII, mas que merda! – gritei a plenos pulmões.



Tropecei nos meus próprios pés, no meio do trânsito. E ralei meu joelho. Ah, mas só pode ser uma pegadinha. Levanto-me, batendo na roupa para tirar a sujeira, mesmo que essa não saísse, fazia uma semana que eu estava com ela, mas foi por costume. Mal fiquei em pé quando ouço um barulho de freios de carro e uma buzina estridente no meu ouvido.



- Oh, idiota, sai do meio da rua, você tem problemas?



Arrepiei-me inteiro com a voz grave, levantei minha cabeça, e tirei o cabelo do rosto, e com a minha melhor cara de sarcasmo, mostrei o dedo do meio para o rapaz do Audi preto.

- Vai te catar, to na faixa!



Com os olhos arregalados e com a boca entreaberta, o indivíduo berrou:



- Ei! Espera um pouco...



Sai correndo, mal ouvindo o que ele falava, ao longe ouvia um barulho do carro de polícia, eu é que não queria ir pra cadeia, por causa de um pacote de bolacha!



As coisas ao meu redor passavam rapidamente. Entrei numa rua que dava para um bairro nobre. O barulho se aproximava. Meu joelho latejando e meu braço não paravam de sangrar. Eu não ia agüentar por muito tempo.



Meu medo foi tanto, mais tanto mesmo, que quando eu vi, tinha subido em uma árvore e pulado por cima de um muro. Só percebi mesmo, quando senti a grama roçando minha bochecha. O barulho das sirenes aumentou, ecoava nos meus ouvidos, quase me ensurdecendo. Sinal de que passava na rua.



Respirava desesperadamente, puxava o ar tanto pela boca quanto pelo nariz, mas parecia que não era o suficiente. Meu rosto devia estar vermelho pelo esforço. Senti uma pontada nos machucados.



Gemi baixinho a me levantar. Olhei ao redor e observei atentamente o local. A casa era enorme e muito bonita. As paredes brancas contrastavam com o negro das janelas e do telhado. O jardim era bem cuidado. Um espaço vazio denunciava que ali seria uma garagem. Seja quem fosse, o dono daquilo tudo devia nadar no dinheiro.



Resolvi dar uma estudada no local. Passei ao redor da casa, e fui andando pelos fundos. Lá havia uma piscina enorme e uma quadra de basquete. Caminhei lentamente até uma das cadeiras de praia que adornava a piscina e me deitei.



Meu corpo pesou, consegui relaxar meus músculos tensos. Fiquei processando o que se havia passado nos últimos minutos.



Eu estava totalmente ferrado. Será que alguém viu meu rosto? E se me pegassem? Mesmo morando na rua, eu sabia que na cadeia seria bem pior. Olho pro céu e vejo as nuvens negras correndo rapidamente, tampando o azul. Sinal que logo choveria.



Eu estava tão cansado daquilo tudo. Um nó se formou na minha garganta, meus olhos começaram a arder, comecei a chorar como seu sempre fazia todas as noites que eu dormia ao relento. Por que eu tinha que passar por tudo aquilo? Por que eu tinha que sofrer tanto daquele jeito? Que mal eu fiz? Perguntas que eu fazia diariamente à mim mesmo.



Eu queria um lugar para viver em paz. Ter um trabalho legal, uma casa bonita, como essa que eu estava, comprar roupas novas, e porque não, encontrar alguém para compartilhar, alguém para amar.



Minha cabeça era um grande buraco oco. Não havia recordação de nada mesmo. Apenas me lembro de ter acordado com dor no corpo todo, como se tivesse apanhado, e na cabeça, apenas com a roupa do corpo e nenhum documento no qual eu poderia me localizar. Apenas um papel meio amassado no bolso, com uma mensagem...



O cachorro do vizinho latiu me acordando dos devaneios. Rolei meus olhos ao meu redor quando notei uma coisa incrível.



Me levantei (lê-se: arrastei) até o objeto. Mal acreditei, eu estava delirando, só podia. Aberta! A porta dos fundos estava aberta!



- Ah meu Deus, muito obrigado!



De longe eu havia visto uma fresta, mostrando parte da cozinha. Quem que deixaria a porta aberta tendo uma casa dessas? Só pode ser louco ou louca, sei lá. Olhei ao redor e vi os muros altos com cerca elétrica. Ah, ta respondido... Pera aí! Como é que eu consegui pular o muro com cerca elétrica, com o joelho ralado e com o braço machucado e não ter morrido eletrocutado? É, realmente o medo faz coisas impossíveis!



Adentrei o cômodo mal iluminado. Tateei a parede procurando o interruptor. Ouvi um clique e o local se iluminou.



A cozinha era enorme. Bem mobiliada e... Engoli em seco, olhei aquela caixa metálica enorme e segui na sua direção hipnotizado. Toquei a porta e a puxei com o meu braço bom. O ar frio saiu batendo no meu rosto me refrescando, meus olhos brilharam fascinados e, minha boca se encheu de saliva.



- Eu morri... To no paraíso! – exclamei sorrindo e com os braços abertos pro ar.



Catei tudo o que consegui e coloquei na bancada perto do fogão. E comi, comi, comi, comi... Ainda com um pedaço de pizza de frango na mão, passei a mão na minha barriga, eu já estava estufado. Era a minha deixa, senão eu explodiria. Fui até a pia, lavei minhas mãos. Só agora eu me lembrei das bolachas... Não me lembrava do momento em que eu havia derrubado. Droga! Sofri tudo isso por nada, quer dizer eu tinha saciado minha fome ali, mas eu faria questão de comê-las e saborear cada uma como se fosse um prêmio pelo meu esforço, mas...



Sequei minhas mãos e me encostei-me a pia. Nossa!Eu tinha feito a maior bagunça ali, tinha resto de comida por todos os lados. Ah, eu não morava ali mesmo, não tinha com o que me preocupar.



Sai dali e me dirigi ao outro cômodo da casa. Procurei pelo interruptor pela escuridão. Ouvi o estralo e a luz se acender. Era a sala. Meu queixo caiu.



Tudo ali era lindo. Um sofá vermelho no centro da sala, de frente para um TV enorme,ao lado um aparelho de som, DVD, filmes e CDs. As cortinas brancas adornavam as janelas de vidro enorme. Um tapete também vermelho destacava as paredes pretas. Ao lado do sofá uma mesinha com uma luminária. No canto do cômodo jazia uma guitarra azul marinho, perto dela, caixas de som. Em cima das caixas tinha um objeto retangular.



Aproximei-me e peguei o porta-retratos. Lá havia uma foto com dois garotinhos de aproximadamente 9 anos de idade, um segurando a mão do outro, e sorriam felizes. O que não consegui deixar passar foi que eles eram exatamente idênticos. O mesmo olhar, o mesmo sorriso, as mesmas bocas carnudas e bem desenhadas. Eram bonitos.



Coloquei o porta-retratos onde estava, dessa vez do jeito correto, não virado para baixo como estava.



Notei uma escada. Subi-as para ver onde dava. Um corredor com uma porta fechada do lado direito e duas do lado esquerdo. Entrei na que ficava do lado direito.



Era um banheiro. Bem arrumado por sinal. Passei pelo espelho que ficava próximo da banheira. Vi meu reflexo nele.



Eu estava horrível. Meu rosto todo sujo, olheiras enormes abaixo dos meus olhos vermelhos. Minha roupa suja também. A calça com um rasgo na perna, no local onde eu havia ralado, minha camiseta batida com um rasgo, mostrando minha tatuagem de estrela, meu moletom desbotado e manchado de sangue igualmente rasgado, só que no braço. Fazia meses que eu tinha roubado ela numa loja. Meu tênis com um furo, e a sola já gasta.



Tive uma idéia, só que eu tinha que ser rápido, eu precisava sair daquela casa antes que o dona ou dono chegasse. Me despi rapidamente, me olhei no espelho novamente e vi quão magro eu estava. Liguei a torneira e deixei a banheira encher, sentei dentro dela, e via a água subir o nível. Peguei o sabonete e comecei a me esfregar. Depois disso fiquei um tempo deitado lá dentro, a água morna relaxou meus músculos. Meus machucados ardiam por causa da água com sabão. Me levantei, e peguei uma toalha que estava num gancho e enrolei em torno da minha cintura fina.



Voltei para frente do espelho. Agora sim, eu estava limpo, meus cabelos molhados faziam gotas escorrerem pelo meu corpo e molhar a toalha. Joguei minhas roupas dentro do lixo do banheiro. E sai dali. Entrei na primeira porta que ficava a esquerda. Abri-a e rezei para que houvesse um homem naquela casa.



Fiz a mesma coisa que fiz nos outros cômodos e a luz se acendeu. O quarto era aconchegante. Uma cama enorme box com lençóis de seda revirados, uma mesinha de cabeceira com preservativos em cima, um iPod, e um rádio relógio indicando que eram 19:30hs.



De frente para a cama encontrei o que eu queria. Abri as portas do guarda roupa. Ufa! Tinha roupas masculinas, mas... Que idiota usava roupas tão grandes daquele jeito?

- Mas nessa calça cabe dois de mim, um em cada perna! – exclamei.



Mas era o jeito, melhor a roupa enorme do que roupa rasgada. Abri as gavetas e peguei uma boxer preta, tirei a toalha e coloquei a mesma nos meus cabelos que agora estavam mais compridos. Vesti a boxer e a calça gigante. Procurei por uma camiseta, na esperança de que não fossem como a calça. Mas não tive sorte. Abri outra gaveta e encontrei meias. Coloquei e peguei um par de tênis que estavam debaixo da cama, sorte que era meu número. Fui até o banheiro e me olhei no espelho. E comecei a rir. Eu tava parecendo um rapper fajuto. Mas tudo bem, era só por um tempo.



Voltei pro quarto, tirei a toalha dos cabelos e sequei-os novamente. Peguei uma faixa que eu encontrei revirando as gavetas. Coloquei-a de um jeito que prendesse minha franja. Fui até a janela do quarto e olhei pra fora. Já estava quase noite. Eu precisava sair dali. Passei por uma cômoda e vi um frasco de perfume. Cheguei perto da mesma e cheirei. O perfume era delicioso. Um tanto familiar. Minha cabeça doeu. Droga!



Espirrei um pouco do perfume em mim. Revirei a mesinha que estava perto da cama pra ver se eu encontrava algum dinheiro, e encontrei uma nota de 100, depois de um tempo pulando de alegria me joguei na cama. Virei meu rosto de lado e vi uma calcinha.



- Ah! Que nojo! Hoho, a festa foi boa senhor dono da casa!



Com um sorriso malicioso, desci as escadas e deitei no sofá um pouco, mas antes fiz uma vistoria pra ver se num topava com outra calcinha. Tudo checado, deitei e estiquei minhas pernas no braço do mesmo, e fiquei olhando o teto.



Eu teria uma vida feliz se eu morasse em uma casa dessas, com tanto conforto. E se eu tivesse uma dessas e não soubesse? Eu não sabia nada da minha vida. Coloquei minha mão no bolso e tirei um papel sujo com o tempo e li as únicas coisas que eu sabia de mim.



“Bill

O tempo está passando rápido, 18 anos. Tenho uma surpresa pra você. Te espero no lugar de sempre. Vai ser inesquecível tanto pra você quanto pra mim. Te espero as 21:00hs.

Te amo! Beijos!”



Suspirei pesadamente. Meu nome é Bill, só que agora tenho 19 anos e eu fui amado. Apenas isso eu sabia!



Escutei uma voz masculina xingando e barulho de chaves próximas a porta da frente.



Meus olhos se arregalaram. Apenas duas palavras: ME FUDI!
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 10:09 pm

AI Gemia Kaulitz PODE USAR SIM COM TODO PRAZER

não pode ser você Wi0siu


AGORA CONTINUA OU NÃO??
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 10:37 pm

Nossa!
Menina, você escreve MUITO bem! *-*
Tadinho do Bill, morri de dó dele.
O que vai acontecer agora?!
Estou SUPER CURIOSA!
Mais, mais! yaya
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeTer Jul 13, 2010 10:40 pm

hahaha BillaBizarre vou ter que esperar novos comentarios para postar o proximo

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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQua Jul 14, 2010 3:03 pm

Capítulo 2
Pressentimento


- A música do Placebo citada é Sleeping of Ghost ( a fic tem tudo a ver com a tradução)










Acordei com o celular tocando. Quem poderia estar ligando ás... 13:00hs!!!



- Fala! - sussurrei depois de apertar o botão verde.



- Cara, você ta atrasado! Os alunos estão te esperando. – gritou Gustav no meu ouvido.



- Ai cara, fala baixo! Ai minha cabeça... Ta eu to indo já! Pede pra eles esperarem um pouco. – falei enquanto me livrava do abraço da garota com quem tinha passado a noite.



- Ta certo. Mais seja rápido. – falou mais calmo – E ai, a noite foi boa garanhão?



- Ah não enche! – falei exaltado, logo depois de desligar o celular, mas ainda assim pude ouvir as risadas do outro lado da linha.



- Tom? – ouvi uma voz fina me chamando.



- Olha, eu to muito atrasado, acho melhor você ir embora. – falei frio como toda manhã eu fazia.



- Nossa Tommi, não fala assim. – a loira veio em minha direção, me abraçando por trás.



- Meu nome é Tom, e eu falo do jeito que eu quiser. Então se troca logo ai, que eu to te esperando lá em baixo pra abrir a porta. – disse enquanto coloquei minha boxer que estava no chão e me dirigindo as escadas.



Passei pela sala e fui pra cozinha, pegar algo pra comer. Tava com um copo de suco de laranja na mão quando ouvi passos. Fui pra sala de novo e vi a garota com quem tinha transado descendo as escadas com passos pesados.



Nenhuma palavra foi dita. Apenas me dirigi à porta, destranquei, a deixei passar e a segui até o portão. Destranquei o portão, e dei passagem, como se indicasse pra ela sair logo. Ela passou por mim, ainda exalando o perfume barato que usava na noite passada.



- Tchau! - disse ela se virando pra me olhar.



Apenas a olhei sem expressão e fechei o portão na cara dela. Tranquei o mesmo e voltei pra casa. Fechei a porta, larguei o copo que antes tinha suco no balcão da cozinha.



Subi as escadas, indo pro banheiro. Eu precisava tirar o cheiro daquela vadia de mim. Eu estava com nojo do meu próprio corpo. Mais uma vez eu quebrei minha promessa. Entrei na banheira e liguei o chuveiro. Sentia a água fria lavar meu corpo sujo, e arranhado. Peguei o sabonete e me esfreguei até ficar vermelho. Eu sempre me sentia assim. Sempre me arrependia pela manhã. Eu sou um idiota!



Já faz um ano. Tantas promessas. Tantas palavras de amor. Todas as noites que eu passava sozinho, eu ainda sentia os toques das mãos suaves sobre mim. Quantas vezes eu acordei gritando pelo seu nome. Quantas vezes eu chamei seu nome enquanto estava com uma garota qualquer. Eu apenas fazia sexo por necessidade, não tinha aquilo que eu tanto gostava quando fazia com... Droga! Eu ainda não esqueci, nunca vou esquecer. Por que tudo dava errado pra mim? Meus olhos se inundaram e deixei as lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto.



Desliguei o chuveiro, peguei a toalha, enrolei na minha cintura e fui pro meu quarto. Me vesti com minhas roupas largas. Sai do meu quarto bagunçado, tropeçando nas roupas que eu vestia ontem a noite, caídas no chão.



Não tive tempo de ver se a casa estava toda fechada, devido ao meu atraso. Peguei as chaves do carro e de casa, e sai às pressas. Depois de aproximadamente 10 minutos eu havia chegado à escola de música na qual eu dava aulas. Foi uma maneira da qual eu podia relaxar, ensinar as crianças a tocar guitarra. Era meu refúgio, eu me sentia bem. Pelo menos eu não ficava em casa, trancado no escuro, desolado e chorando.



- Bom crianças, e então, que música vocês escolheram pra nós tocarmos?



- Tio Tom, a gente escolheu essa daqui – Sofia, uma das alunas, me entregava um papel



- Hum... Placebo... Boa escolha – Era uma das músicas que ele mais gostava – Então estamos esperando o que? – tentei não parecer triste



Passei a tarde toda ali. Minha corpo estava na aula,mas minha mente estava em um sorriso que nunca me esqueci, meu coração batia acelerado, em cada vez que um dos meus alunos falava um verso da música que eu tentava me agarrar, e não desistir.



“Dry your eyes... Soulmates never die! (Seque seus olhos… almas gêmeas nunca morrem!)”.



Fui desperto por um barulho de sirenes, e instintivamente meus olhos se direcionaram para a rua, pude ver um corpo correr rapidamente. Olhei no relógio, eram 18:30hs da tarde.



- Aula acabou por hoje, nos vemos na segunda-feira!



Quando o último aluno saiu da sala, Gustav veio na minha direção.



- Que cara é essa Tom? Você ta bem?



-Você sabe que não né. Sei lá, to com uma impressão estranha. Parece que vai acontecer alguma coisa hoje. Não sei. Ah esquece. – não estava com um bom pressentimento desde que acordei.



-Esquece isso. Você tem que se acostumar. Eu sei que não está sendo nada fácil.



-Eu sei. Bem, eu vou indo, prometi pra uma garota que ia jantar com ela as sete.



-Você não tem jeito mesmo em. Tudo bem então, boa noite pra você.



-Tchau Gus.



Entrei no meu Audi e disparei pela rua. Tava tão distraído que quase atropelei um garoto no meio da rua.



- Oh, idiota, sai do meio da rua, você tem problemas? – era só o que me faltava mesmo.



A figura magra no meio da rua levantou a cabeça e tirou os cabelos desgrenhados do rosto, e me mostrou O dedo.



- Vai te catar, to na faixa!



Meus olhos se arregalaram, minha boca se abriu num perfeito O. Eu estava ficando louco, não podia ser. Bill? Não! Eu tava vendo coisas. Mas ainda assim...



- Ei! Espera um pouco! Bill, é você cara?



O garoto não me ouviu, antes de escutar minha pergunta ele havia disparado e logo atrás a polícia. Não, não podia ser ele. Droga.



Virei a rua e olhei o endereço escrito em um papel. Depois de aproximadamente 15 minutos eu já estava na frente da casa. Peguei meu celular e disquei um número. Uma voz feminina atendeu.



- Oi Tom!



- Oi Vanessa. Já to na frente da sua casa. Já ta pronta?



-To sim lindo. Já chego ai.



Depois de um tempo vi uma morena com um vestido verde saindo pela porta, fechando-a e se dirigindo até meu carro. Destravei a porta e ela entrou. O perfume se espalhou pelo pequeno lugar.



-Tudo bem?



-Sim,sim.Vamos?



-Claro. – disse se aproximando de mim e me dando um selinho.



Sorri forçado e acelerei. Chegamos depois de um certo tempo em frente de um restaurante muito conhecido. Sentamos em um lugar discreto e fizemos o pedido.



Não prestava atenção alguma noque ela dizia. Apenas concordava quando percebia que era uma pergunta. Durante toda a janta, a imagem do quase- atropelamento se passava na minha cabeça. E se fosse mesmo meu irmão? E se ele não tivesse me reconhecido, alias eu tinha mudado de uns tempos pra cá? E se eu tivesse ficando paranóico, e vendo o rosto dele em qualquer pessoa na minha frente?



-Então Tommi, vamos?



Acordei dos devaneios e concordei, mal havia tocado na comida.Paguei a conta, peguei o carro no estacionamento e seguimos até a casa dela. Parado no mesmo lugar de quando a vim buscar, me despedi, eu não tava com cabeça pra passar a noite com ninguém hoje.



-Não vai querer entrar Tommi?



-Hoje não Vanessa. Quem sabe em uma próxima.



-Ah, entra só um pouquinho. – mal pude responder.



Senti os lábios dela sobre o meu, não resisti e correspondi. Seus braços em torno de mim me apertavam, as unhas passavam na minha costa e me arrepiava. A boca desceu até meu pescoço. Tava tão bom, e sem pensar gemi.

-Hmmm Bill...



-Que?



Abri meus olhos assustados. Droga.



- Nada! Vai desce que eu tenho que ir.



-Mas...



-Anda logo. – falei rispidamente.



Ela desceu e quando chegou perto da porta me olhou. Fiquei olhando um tempo, será que eu entrava na casa? Merda! Eu tenho que parar com isso.



Acelerei no máximo. Andei um tempo pelas ruas sem destino. Passei em frente a uma boate, mas fui mais forte e segui o caminho de casa. Já se passava das 19:30hs quando abri o portão da garagem e estacionei. Segui até a porta da frente, mas estava tão escuro que mal podia enxergar o caminho, e pra contribuir o céu estava encoberto de nuvens negras, pelo jeito ia chover muito.



Tropecei no último degrau da escada que me dava acesso a porta da minha casa. Soltei um palavrão qualquer e coloquei a chave na fechadura. Abri a porta, fechei-a.



Mal tive tempo de me virar quando senti uma lâmina em meu pescoço, e palavras sussurradas no meu ouvido por uma voz que me fez arrepiar:



- Cala sua boca e fique parado se não quiser morrer!



Mal consegui abrir a boca, fui empurrado contra a parede. Senti o frio nas costas e o calor da respiração daquele corpo na minha face. Na verdade não prestei atenção em nada, apenas nos olhos castanhos que brilhavam na escuridão. Um relâmpago estrondou lá fora. Tudo se clareou por um segundo. Meus olhos se arregalaram com o que vi. Senti a dor transpassar e meu corpo tombar no chão.



Acordei com uma dor terrível na cabeça. E com olhos negros me fitando.



- Mas o que é que está...



Sem querer sorri bobamente, aquilo não podia ser real, não estava acontecendo. Só podia ser um pesadelo. Na verdade, um sonho. Ta certo, eu não sou masoquista. A única fonte de luz era o da luminária ao lado do sofá. Tentei me movimentar, mas foi com essa tentativa que eu percebi que eu estava amarrado.



- Me solta!! - gritei



- Fica quieto. – falou baixinho



- Socoroooo! Me tira daqui. – gritei mais alto ainda.



O corpo magro veio até mim. Deu certa minha tática de vítima.



- Cala essa boca caramba.



Com essa aproximação fez com que minhas conclusões fossem tiradas. Os olhos sem maquiagem, uma de minhas faixas cobrindo os cabelos que agora estavam loiros, um pano escuro cobrindo o nariz e a boca, como se eu não pudesse reconhecê-lo, o corpo coberto com minhas roupas largas, e meu perfume emanava do mesmo. Se não fosse pelo cabelo e pelos piercings podia se jurar que aquele era eu mesmo. Mas, por que é que ele estava vestido daquele jeito? E por que é que ele não havia me abraçado como sempre? Será que ele não estava me reconhecendo, mesmo porque eu não estava tão mudado assim?



- Me solta, por que está fazendo isso comigo B... – não consegui pronunciar mais nada, minha boca foi tampada pela mão macia.



- É o seguinte, se você ficar quieto nada de mal vai te acontecer.



Apesar do tom frio usado, a voz continuava a mesma. A mesma que eu adorava ouvir me chamar, A voz que ficava sussurrando em meu ouvindo palavras de amor...



- Por que estou fazendo isso? Hum... Você está sobre meu domínio e só vai sair dessa casa depois que me pagar 500 mil euros.



Meus olhos se arregalaram. Meu corpo tremeu. Droga! Aquele não era o meu Bill. Mas que merda que ta acontecendo aqui.



- Você só tem 15 dias pra resolver isso. Ou então você morre. Eu já fiz isso muitas vezes. Não vai ser dessa vez que eu vou fraquejar.
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQua Jul 14, 2010 3:06 pm

nossa!
de primeira achei que quem seria o garoto de rua fosse o Tom...
mas to adorando su historia continua!
e muito obrigada, voce esta me ajudando e muito.



Ps: amor toma cuidado com o flood, senão voce pode levar varias broncas das moderadoras e adminitradoras.
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQua Jul 14, 2010 10:17 pm

Caraca! Que medo do Bill!
Tá muito boa essa fic, mesmo!
Continua, to doida pra saber o resto *-*
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQua Jul 14, 2010 11:14 pm

mais um cap pra vocês


Capítulo 3
Improvisos









- KKKKKK eu ri demais fazendo esse capítulo. Ta meio confuso... Sei lá...
- Humm... acho q é só =]



Enjoy!!!





Sai correndo desesperadamente pra cozinha. Ai meu Deus pra onde eu vou? Se eu for pros fundos não tem por onde pular. Ai, droga mesmo. Que eu faço? Como se uma lâmpada se acendesse em minha mente, meus olhos se guiaram para uma faca que estava em cima da bancada, de onde apareceu, não faço a mínima idéia, mas esse era o jeito.



Com a ponta dos pés fui andando e me posicionei atrás da porta. Isso eu devo ter feito em questões de segundos, tamanho meu medo.



Um corpo magro, trajando roupas enormes e um pouco mais baixo que eu, entrou no cômodo, e se virou para fechar a porta nem ao menos percebendo que eu estava ali. Fiquei sem saber o que fazer. Err... Imitei uma voz mais grossa, e sussurrei no ouvido do indivíduo enquanto eu passava meus braços em torno do seu pescoço.



- Cala sua boca e fique parado se não quiser morrer!



Mas que droga é essa que eu fui fazer. Ai, eu me meto em cada uma. Mas o jeito é simular. O empurrei contra a parede fria e me afastei um pouco. Pude ver apesar da pouca claridade que o lugar tinha, seu rosto com uma expressão assustada. Foi nessa que um relâmpago estrondou e o lugar se iluminou por questão de segundos. Eu vi os olhos do garoto se arregalando e a boca se abrindo levemente. Ai meu saco mesmo, ele deve me visto. Não pensei duas vezes e bati com o cabo da faca na cabeça do coitado. E pude ver o corpo caindo no chão.



Com a faca inda na mão andei de um lado pro outro sem ter como reagir. Ta, me deixa pensar direito. É...



E agora o que eu faço? Mas eu sou burro mesmo... Peguei os braços do corpo desacordado e o arrastei até o sofá. Acendi a luminária ao lado do mesmo. Caminhei até as caixas altas de som e me sentei lá.



Ta, vamos pensar direito. Hum, eu poderia simplesmente largá-lo ali e sair numa boa, mas mesmo assim... Como eu iria sobreviver? Ia ficar roubando pra sempre?? E tinha mais... E se a polícia me pegasse? Eu não sabia se eles tinham me visto, então era melhor não arriscar!! Eu poderia pegar algum dinheiro na carteira do cara desmaiado, mas mesmo assim não duraria muito tempo.



Err... E se... Nãoooo! Isso não, roubar até que não era tão pesado assim... Mas...Seqüestro?? Eu nunca tinha feito isso... Mas não custava tentar e... Sacoo, eu não consigo me decidir!



Subi as escadas de 2 em 2 degraus, vai que o “mano”acorda, ai eu me ferro de vez. Peguei uma das faixas do energúmeno lá de baixo e coloco no meu rosto, de um jeito que não tampe meus olhos, se eu desistisse não queria que ninguém me reconhecesse. Desci as escadas e peguei a faca que estava em cima da caixa de som e me sentei de novo.



Ah, mas nem pra “seqüestrador” eu sirvo. O cara tava ali todo largado no sofá. Que isso. Andei pela casa para achar algo para que eu pudesse amarrar minha vítima.



- MUAHAHAHAHA!! – tentei rir malvado – Ta isso não foi engraçado, eu to nervoso e não sei o que fazer.



Comecei a andar feito barata tonta naquela casa enorme.



-Mas que espécie de inútil é esse cara, que não tem nada de ferramenta nessa merda de casa – gritei exaltado atrás de corda.



Perdi a conta de quantas vezes vasculhei cada espaço. Desisti e voltei pra sala rezando pra que o sujeito não tivesse acordado. Com a ponta da cabeça olhei, pra figura desacordada no sofá. Tava tudo bem.



- Sacoo! Com que eu amarro esse mané?



Meus olhos brilharam em direção a cortina. Fui até a janela e rasguei o tecido fino de seda. Cheguei até perto do corpo, juntei os braços sobre a barriga e amarrei os pulsos. Só agora eu percebi que não tinha visto direito o rosto...



Ele se mexeu como se fosse acordar. Sai correndo e me sentei na caixa de novo. E tentei observar cada detalhe dele, mas a única coisa visível ali era um piercing reluzente.



- Mas o que é que está... – ouvi-o sussurrando.



Olhou pra mim e sorriu. Por que ele ta sorrindo?



Logo o sorriso desapareceu e o psicopata começou a gritar.



- Me solta!!



- Fica quieto. – falei baixinho



- Socoroooo! Me tira daqui. – gritou mais alto ainda.



Aproximei-me dele e sibilei.



- Cala essa boca caramba.



- Me solta, por que está fazendo isso comigo B... – que esse doido ta fazendo, tampei a boca dele com a minha mão.



- É o seguinte, se você ficar quieto nada de mal vai te acontecer. - falei tentando ser frio - Por que estou fazendo isso? Hum... Você está sobre meu domínio e só vai sair dessa casa depois que me pagar 500 mil euros. – falei rapidamente sem pensar.



Senti-o tremer levemente.



- Você só tem 15 dias pra resolver isso. Ou então você morre. Eu já fiz isso muitas vezes. Não vai ser dessa vez que eu vou fraquejar. – que mentira mais mentirosa.



Mesmo com a sombra que eu fazia tampando a luz eu via os olhos de medo. Ele estava com medo de mim? HAHAHA! Coitado, se soubesse que nem uma mosca eu conseguia matar... Mas ele não precisava saber disso. Acordei das minha viagens quando ele falou baixinho.



- Mas eu não tenho tudo isso.



- Não interessa!! – gritei – Vai se virar e me dar. – isso ficou com duplo sentido, ou foi impressão?



- Que?? – Err... isso responde – Como assim??



- Cala a boca, caralho!! - fiquei vermelho de vergonha, ainda bem que não dava pra ver. – Você não fica quieto – Definitivamente eu era uma vergonha pra qualquer bandido – Qual seu nome?



Ele ficou me olhando uns dois minutos e não respondeu.



- Você ta surdo? Qual seu nome? Fala logo, eu to ficando nervoso e não queira me ver nervoso. – eu já estava.



- Mas você acabou de falar pra mim calar a boca, e agora quer que eu fale, que espécie de bandido é você. Que tremendo idiota!.... Aiiiii, mas que droga. – Quando dei por mim tinha dado um soco na cara dele. – Você é doido ou o que?



- Ta pensando que é quem pra me chamar de idiota?? – eu estava cansando daquilo – Você ainda não falou seu nome projeto de rapper.



- Projeto de rapper o cacete! Se você não notou você está usando as minhas roup... – gritou comigo antes de eu segurar o queixo dele com força.



- Olha aqui. – falei grosso – Primeiro: Não me provoca que minha paciência é pouca. Segundo: Só fala quando eu mandar – Me aproximei mais do rosto dele, quem visse pensaria que estávamos prestes a nos beijar – E terceiro: Qual é a droga do seu nome?



Ele ficou mudo, quando olhei, quer dizer, tentei enxergar naquele breu de casa. Seria melhor tudo escuro, assim não me veria direito.



Os olhos dele estavam fechados e os lábios entreabertos. Será que ele pensou que eu ia... Mas... Mesmo que eu fosse não daria porque o lenço atrapalharia e... Mas o que é que eu to falando? Senti uma coisa estranha na minha bunda e... Meu Deus! Só agora eu percebi que eu estava montado em cima da criatura. Tentei sair de cima e me atrapalhei e sentei mais forte ainda. Não pude deixar de ouvir um gemido e... Gemido? Ecaaa! Esse cara ta me tarando! E ainda ta todo dur...



-AHHHHHHHHHHH! – pulei gritando – Que isso?



- Err... – ele abria a boca e não saia um som sequer.



-Ta bem! Vamos esquecer essa cena aqui! Faz de conta que isso não aconteceu... Que nojo! – fiz uma careta.



Impressão ou ele ficou triste?



- Você ainda não me disse seu nome? – minha voz saia abafada, eu estava ficando sufocado com aquele pano na cara.



- T-t-tom... – gaguejou – por que você ta fazendo is...



- Calado! Eu só perguntei seu nome. – Ui, eu to ficando melhor nisso – O negócio é o seguinte Tom, é só me dar o dinheiro que você logo,logo sai daqui.



-Mas cara, eu não tenho essa grana toda.



-Não quero saber. Vai dar um jeito.



-Mas eu...



-Quieto! – eu to começando a gostar disso- Já que não tem tudo o que eu quero...



- Por que você ta fazendo isso B... – Aiiiii, quer parar de me bater.



-Fecha essa boca, porra. To pensando aqui.



Andei de um lado para o outro, eu sentia os olhos dele me seguindo. Hum, e agora? Será que eu largo esse tal de Tom, e sumo daqui?Não eu já cheguei longe demais e não dá pra voltar atrás. Que droga, eu to perdido, to sem ação, e sem criatividade. Nada dá certo pra mim. Senti vontade de chorar. Mas não na frente desse ai. Fiquei com raiva da minha impotência e o puxei pela gola da camiseta ( lê-se: vestido) e o levei escada acima.



- Pra onde é que você ta me levando B...- dei um tapa na cara do mané, eu já estava perdido, e ele não parava de falar. – Para de me bater assim pô!



-Fica quietinho que o papaizinho não bate no bebê chorão! – falei sarcástico. É realmente muito difícil me irritarem, mas esse Tom ta me deixando no limite.



Ta eu tava levando ele pra onde mesmo? Eh... Pensa Bill, pensa menino... Andei pelo corredor, fiquei um tempo parado, dei meia volta, quase cai no chão quando tropecei no tapete.



- Merda! – esse papo de escuro ta me irritando mesmo, pensei.



Ouvi uma risadinha atrás de mim.



- Ta rindo do que palhaço? – perguntei bravo



-Você nunca fez isso, não é mesmo?



-Claro que sim, perdi as contas... e eu não tenho que ficar te dando explicação de nada.



Andei um pouco tateando com a ponta do pé os degraus da escada. Empurrei Tom na frente, se ele caísse eu ficaria alerta. KKK! Descemos a escada tranquilamente, quase... Até eu tropeçar e cair em cima do dito cujo. Rolando quase meia escada. Como é que eu não morri nesse tempo todo? Fica ai uma duvida.



- Put A Keep Are You – mas eu só dou vexame, se eu ficar assim, o cara nem com medo de mim vai ficar, já to bancando o palhaço aqui. – Ai merda,quase me matei com a faca na mão.



- Aii, minhas costas! KKKKKKKKKK! Mas não muda mesmo, continua o mesmo desastrado. KKKKK! Você não serve pra isso, me solta e desisti dessa cena toda.



Quem esse garoto ta pensando que é pra rir de mim. E que papo é esse de não muda nunca. Ai que ódio quando riem de mim.



- Cala a bocaaaaaaa!! – gritei desesperado.



Não me controlei e parti pra cima daquele otário rindo que nem hiena, e só parei quando senti um líquido viscoso na minha mão.



-Aiii, minha boca. Você quer me matar. – falou gemendo de dor agora.



-Nunca mais ria de mim, você não sabe do que eu sou capaz. – falei serio agora, eu to bancando o besta aqui, vou botar ordem nessa coisa toda. – Você acha que eu to de brincadeira, mas parou por aqui.



- Você é doente meu! Me desamarra e vamos conversar direito. Aiii.



- Silêncio!! Agora vamos ver quem está brincando aqui. Na hora que eu estiver arrancando sua pele fora ou cortando sua criança, o Jerry.



- Me solta!! Socorro!! Esse doido quer me huhuuuhuhuhuhumm!! – tentou falar, mas minha mão tampou a boca rapidamente.



- Você ta pedindo pra morrer não é mesm... - um toque de celular atrapalhou o que eu ia falar. Ah, era só o que me faltava.



Revirei os bolsos do Tom até achar um celular. GUSTAV estava piscando na tela.



-É um tal de Gustav. Você vai atender, mas se der com a língua nos dentes vai partir dessa pra melhor. Tudo bem? Posso confiar em você? – ele balançou a cabeça positivamente.



Aproximei o celular dele ligando na viva-voz.





- Oi Gustav. – falou meio falhado.

- Oi Tom. Você ta na casa daquela menina que você ia se encontrar?



- Não consegui, eu fiquei pensando nele... você sabe. Agora to em casa. Por quê?



- É que a minha irmã ta dando uma festa aqui, você não quer dar uma passada aqui e tals?



- É não vai dar não...



- Mas por quê? Que ta acontecendo ai? Tem alguém ai?



- Tem sim... – disse me olhando assustado



- Quem é que ta ai? – eu passei a mão no meu pescoço indicando se ele falasse tava morto.



- Err... é...
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQua Jul 14, 2010 11:39 pm

CONTINUA!!!!
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 12:44 am

Teenso!
Mais! yaya
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 10:02 am

já que se eu não postar a curiosidade mata mais um

Capítulo 4
Tentativas







O Bill estava definitivamente... POSSUÍDO!



Eu estava com medo dele...



-Mas eu não tenho tudo isso. – por um acaso ele acha que eu mergulho no dinheiro?? Ta certo eu tinha ate mais que isso, mas eu não ia deixar tão fácil assim. Se eu desse com certeza ele ia embora e eu nunca mais ia ver ele. E do jeito que ele ta agindo ele não faz a mínima idéia de que eu sou irmão dele e... Deixa baixo.



Apesar dessa tensão no ar, eu tava com vontade de tocar ele e beijá-lo até minha língua dar cãibra. HOHOHO. Mas com as mãos daquele jeito nem que eu fizesse a maior contorção.

- Não interessa! – gritou me despertando das minhas perversidades – Vai se virar e me dar. – Eu vou dar o que? Pára tudo ai!



- Que?? – falei assustado – Como assim??



- Cala a boca, caralho!! – Eu pensei coisas aqui, mas nem amarrado eu não paro, e do jeito que eu conhecia ele deve ter ficado vermelho. – Você não fica quieto... Qual seu nome? – será que ele não tava me reconhecendo, ou ele tava precisando de uns óculos.



Fiquei um tempo olhando pra ele, estava com tantas saudades e ele por ai zanzando sabe Deus onde.



- Você ta surdo? Qual seu nome? Fala logo, eu to ficando nervoso e não queira me ver nervoso. – Ta ficando? HAHA! Ele gritando que nem um doido, de calmo não tinha nada. Resolvi provocar.



- Mas você acabou de falar pra mim calar a boca, e agora quer que eu fale, que espécie de bandido é você. Que tremendo idiota!... – senti uma dor no rosto. Ele tinha me dado um soco? Ah mais esse magrelo vai apanhar tanto depois disso tudo. - Aiiiii, mas que droga. Você é doido ou o que?



- Ta pensando que é quem pra me chamar de idiota?? –Quem mais seria, seu irmão mais velho. – Você ainda não falou seu nome projeto de rapper.



O que? Mas esse mais esse vareta vai ver só. Tirando sarro de mim, mas bem que ele gosta da coisa. De santo não tem nada. Irmão de peixinho, peixinho é! Será que era assim? Merda!



- Projeto de rapper o cacete! Se você não notou você está usando as minhas roup... – gritei pra ele, mas antes que eu pudesse terminar, senti os dedos pressionando meu queixo, me machucando.



- Olha aqui. – falou grosso – Primeiro: Não me provoca que minha paciência é pouca. Segundo: Só fala quando eu mandar – Ele se aproximou um pouco mais, eu tava pouco lixando pro que ele tava falando, só queria que a boca dele chegasse um pouquinho mais perto e... sem querer fechei os olhos, sentindo o hálito quente contra meu rosto – E terceiro: Qual é a droga do seu nome?



Ele ficou com tanta raiva que acabou por sentar sobre mim. Quando percebi, senti uma coisa lá embaixo criando vida. Ai não Tom, isso é hora de pensar nessas coisas? Mas é que ele tava tão sexy, sendo ruinzinho assim comigo. Ta eu não sou masoquista, eu acho. Acho que ele percebeu que estava sobre mim. Porque ele tentou desesperado sair de cima de mim, e acabou por se atrapalhar e sentar mais forte ainda. Ah, assim não tem quem agüente, sem querer soltei um gemido.



-AHHHHHHHHHHH! – pulou gritando – Que isso?



- Err... – Eu abria a boca e não saia nada. Droga! Eu queria falar que era daquele jeito que ele me deixava, que eu amava ele, que sentia falta os toques, de tudo, até mesmo daquele cheiro que só ele tinha. Mas acabei ficando com cara de bocó.



-Ta bem! Vamos esquecer essa cena aqui! Faz de conta que isso não aconteceu... Que nojo! –ele fez uma careta.



Nojo de mim. Nojo do que eu sentia. Tive vontade de chorar nesse momento. Tudo o que eu mais queria era ele, e ele com nojo dos meus toques.



- Você ainda não me disse seu nome? – a voz saiu abafada.



- T-t-tom... – gaguejei – por que você ta fazendo is...



Calado! Eu só perguntei seu nome. O negócio é o seguinte Tom, é só me dar o dinheiro que você logo, logo sai daqui.



-Mas cara, eu não tenho essa grana toda. – mentira



-Não quero saber. Vai dar um jeito. – vou dar nada, você não me escapa Bill Kaulitz.



-Mas eu... – Mas que merda, porque ele me interrompe a todo instante?



-Quieto! Já que não tem tudo o que eu quero...



- Por que você ta fazendo isso B... – Senti um soco no meu rosto de novo, ele ta se aproveitando da minha nobreza – Aiiiii, quer parar de me bater.



-Fecha essa boca, porra. To pensando aqui. – Ah não. Ele ta pensando, nunca que eu atrapalho um milagre desses. Que foi? Eu sarcástico mesmo. Fiquei em silêncio observando ele andando de um lado para o outro. Parecia que discutia com ele mesmo mentalmente.



Senti um puxão na gola da minha camiseta e ele me arrastando pelas escadas acima, Pra onde é que ele ta me levando.



- Pra onde é que você ta me levando B...- ele me deu um tapa no rosto, eu ia ficar todo roxo desse jeito. – Para de me bater assim pô! – reclamei.



-Fica quietinho que o papaizinho não bate no bebê chorão! – Ah ainda querendo bancar o engraçadinho comigo. Idiota! Mas ele não perde por esperar.



Chegamos no topo da escada, acho que nem ao menos ele sabia o que nós estávamos fazendo ali. Andamos de um lado pro outro no corredor. Sério, se o Bill dependesse do crime pra sobreviver ele estaria estrebuchando no chão de fome.



Andando em direção à escada, ele incrivelmente, tropeçou num tapete, detalhe que era eu quem estava com a mão amarrada.



-Merda!



Eu não pude deixar de rir. Como que pode ele ser assim tão desastrado. Realmente eu fiquei com as melhores coisas quando nasci. E o equilíbrio foi uma dessas.



- Ta rindo do que palhaço? – ele estava bravo, HAHAHA , se controla Tom, ta querendo apanhar de novo?



-Você nunca fez isso, não é mesmo? – perguntei sério. Era mais do que óbvia a resposta. Err...



-Claro que sim, perdi as contas... e eu não tenho que ficar te dando explicação de nada. - Aham e eu sou virgem! HAHAHA



Ele procurou com o pé os degraus da escada. Não sei por que ele queria tanto ficar no escuro. Se tivesse acendido a luz ele teria visto que éramos idênticos. Ele me empurrou pra ir à frente, com certeza de cobaia, eu conheço muito bem esse ser egoísta.



Eu estava descendo calmamente a escada no escuro, até que uma avalanche de ossos caísse sobre mim, conseqüentemente rolamos a escada toda. Minhas costas bateram forte contra o chão. Aii que droga! Minhas mãos doendo, esse magricelo de magricelo não tem nada.



- Put A Keep Are You – ele gritou - Ai merda, quase me matei com a faca na mão. – AH, se você ele morresse por uma bobeira dessas eu matava ele.



Do nada mesmo me deu um surto de risos. Eu escolho as horas menos prováveis pra acontecer alguma coisa.



- Aii, minhas costas! KKKKKKKKKK! Mas não muda mesmo, continua o mesmo desastrado. KKKKK! Você não serve pra isso, me solta e desisti dessa cena toda.



- Cala a bocaaaaaaa!! – gritou desesperado.



Ih! Ferrei-me, ele ficou bravo. Ele detesta que riam dele.



Nem pude pedir desculpas, senti vários golpes no meu rosto, ao ponto cortar meu lábio. Ai que dor infernal!! Que isso, de onde tirou essa força! Nem pra me proteger eu pude. Raivaa.



-Aiii, minha boca. Você quer me matar. – gemi de dor, mesmo não querendo.



-Nunca mais ria de mim, você não sabe do que eu sou capaz. Você acha que eu to de brincadeira, mas parou por aqui.



Já não acho mais nada. Ele não ta brincando mesmo. Como eu disse, ta possuído.



- Você é doente meu! Me desamarra e vamos conversar direito. Aiii. – minha boca estava doendo.



- Silêncio!! Agora vamos ver quem está brincando aqui. Na hora que eu estiver arrancando sua pele fora ou cortando sua criança, o Jerry. - Ele não seria capaz de fazer isso. Como que ele ia se divertir, depois dessa loucura toda. A única coisa que se passou na minha cabeça foi gritar. E foi exatamente isso que eu fiz.



- Me solta!! Socorro!! Esse doido quer me huhuuuhuhuhuhumm!! – Tentei gritar, ele tampou minha boca de novo. Saco!



- Você ta pedindo pra morrer não é mesm... - senti algo vibrando no meu bolso, não, não era o Jerry, era apenas meu celular.



Senti as mãos dele passando pela minha perna procurando pelo aparelho nos meus bolsos fundos. Arrepiei-me. Mas que coisa, pára de ficar pensando nessas coisas Tom Kaulitz. Agora!



-É um tal de Gustav. Você vai atender, mas se der com a língua nos dentes vai partir dessa pra melhor. Tudo bem? Posso confiar em você? – balancei a cabeça positivamente.

Ele apertou o botão verde logo depois colocando na viva-voz. Curioso!!



- Oi Gustav. – falei falhadamente, ele tava quase me matando sem ar com aquela mão na minha boca.



- Oi Tom. Você ta na casa daquela menina que você ia se encontrar?



- Não consegui, eu fiquei pensando nele... você sabe. Agora to em casa. Por quê? – falei pra ver se caia a ficha dele, mas não deu muito certo.



- É que a minha irmã ta dando uma festa aqui, você não quer dar uma passada aqui e tals?



- É não vai dar não...



- Mas por quê? Que ta acontecendo ai? Tem alguém ai? – Sim, meu amor ta aqui, pulei que nem criança mentalmente. Que isso Tom, foco!



- Tem sim... – disse olhando-o assustado, fiquei com medo de falar alguma coisa que ele não gostasse. Do jeito que ele tava paranóico...



- Quem é que ta ai? – ainda olhando pra ele, vi o sinal de que que eu tava morto, se eu falasse. Fiquei medo!



- Err... é... – travei, não sabia o que dizia. Suei frio.



-Tommi, você vai demorar? – Que? Mas... Que foi isso? O que o Bill tava fazendo? E que voz de menina foi essa que ele fez? Eh...



Eu fiquei paralisado, até que eu ouvi a voz do Gus me chamando.



-Tom, você não perde tempo mesmo. Acabou de falar que tinha largado uma e agora já ta com outra! – segurei o riso. E pude ver um também no rosto de Bill, seja o que ele planejava tinha dado certo. – E ai, como ela é?



-Err... é bonita oras! – Ele é lindo, perfeito e totalmente delicioso. Mordi meu lábio. Ta eu tenho que parar com isso.



-Ta, mas fisicamente. – Err... Que eu faço. Olhei pro Bill, e ele fez sinal que eu continuasse.



-O cabelo ta entre loiro e preto, magro...err...magra – pigarreei – Olhos bonitos, você sabe que eu gosto de olhos bonitos. – Vi os olhos de raiva dele, pedindo apenas com um mover de lábios pra eu cortar o papinho furado. Ele deve ter percebido que eu falava dele – Acabou o interrogatório?



-Acabou sim, mas depois você me conta t...



-Tah bom – cortei ele – Tchau Gust... – TUTUTUTU... Ele desligou na cara do... Mas que raiva.



- Chega de papo e vamos subir pra cima.



-Sério? Eu queria subir pra baixo. – falei sarcástico.



- Hã? Que? – se ligando do que eu falei – Cala a boca. Você entendeu.



Reinou um silêncio entre nós.



- Eii... – chamei baixinho



-Hmm? – murmurou indiferente.



- Que papo foi aquele de “Tommi, você vai demorar?” – tentei afinar a voz, mas ficou parecendo um robô com um ovo entalado na garganta.



-Você é muito burro mesmo. Ficou com aquela cara de tapado. Ele ia desconfiar e eu não quero ter que fazer mal pra mais um. Fiz apenas pra despistar.



-Sei... Aiii, não me bate – reclamei quando senti um tapa na cara.



- O que você ta querendo dizer? Olha aqui, fica calado que vai ser melhor pra você. Vamos logo!



Empurrou na frente com a ponta da faca. Tentei sorrir, mas meu rosto doía demais. O que será que aconteceu com ele? Será que perdeu a memória? Ou o que?



-Por que ta fazendo isso afinal? – perguntei baixinho.



-Preciso de grana – falou frio



-Hum... Qual seu nome?



-Você acha que eu sou burro? – Sim você é, pois está tentando roubar seu irmão e seu próprio dinheiro. Quer mais algum motivo? Pensei – Não vou falar meu nome pra você e não tente querer ser meu amigo porque isso não fará as coisas ficarem melhores pro seu lado.



Nossa, essa doeu. Ele estava sendo muito rude comigo. Ta certo, acho que ele não sabe que sou eu, mas ele nunca tinha me tratado mal e muito menos me batido. Eh... Tinha, mas não desse jeito. HOHOHO.



-Agora vamos pro seu novo lar. – Que novo lar? Ele ta me assustando.



Me puxou pelo braço, me fazendo andar mais rápido. Ele parecia um gato no escuro. Enxergava tudo, eu era o oposto. Eu tava pior que cego no escuro... Ta essa foi sem graça. É, quando fico nervoso fico assim.



Me senti sozinho. Eu vi que ele já não estava mais lá. Tateei com os braços a frente do meu corpo para não bater em nada e me machucar mais ainda. Procurei um apoio, eu não conseguia enxergar nada mesmo. Minhas maçãs do rosto estavam inchando e doloridas. Eu estava sozinho no escuro.



-Bill?? Cadê você?? – falei quase choramingando e tentando me desamarrar do pano nos meus pulsos. É mamãe teve uma brilhante idéia de colocar-nos em um acampamento de escoteiro, esse magrelo sabe amarrar de um jeito...



Uma lágrima caiu do meu olho. Eu estava com medo de perder ele, mesmo que sendo tratado assim, me machucando, eu queria ele perto.



-B... – tentei falar, mas uma mão me tampou a boca. Respirei aliviado.



-Shiii, quietinho vem aqui. – me sussurrou ao pé do ouvido. Tremi.



Ele me guiou até o meu quarto onde só um abajur estava aceso. Mal iluminando o lugar.



-De hoje em diante você vai ficar aqui. Você não vai sair daqui me entendeu. E nem tente fugir por que eu arrumei tudo de um jeito que ninguém saia dessa casa. – Ta me ouvindo? - perguntou enquanto me sentava na cama.



Balancei a cabeça afirmativamente. Eu queria tanto abraçá-lo. Ele pegou um lenço da minha gaveta e saiu até o banheiro e de lá eu o vi molhando.



Comecei a mexer os braços pra ver se me livrava daquele aperto e eu senti o nó se afrouxando. Puxei mais uma vez e o nó se desatou. Sorri debilmente, e olhei o figura magra dele no banheiro ainda molhando concentrado o pano.



Andei meio molengo de tanto que apanhei na cabeça e pelo breu. E me dirigi até o banheiro. Tudo foi muito rápido. Cheguei por trás dele e o abracei, e meti o rosto entre a curva do pescoço, passando meu nariz de leve sentindo o cheiro que eu adorava.Gemi, mesmo sem querer.



De repente senti uma pontada no meu braço e instintivamente coloquei minha mão no local e senti um líquido viscoso e eu sabia que aquilo era sangue. Meu corpo fraquejou, mais uma vez senti uma forte dor na cabeça.



Agora eu tinha morrido...
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 12:04 pm

OMG!
TO SEM PALAVRAS!


CONTINUA!!!!
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 2:22 pm

hahaha tão esperando??lá vai



Capítulo 5
Imprevistos














O idiota ficou ali parado que nem uma estátua com uma cara de paisagem. Por que ele não respondia logo. Inventasse um desculpa qualquer pro tal Gustav. Uma coisa se passou na minha cabeça. E se...



-Tommi, você vai demorar? – imitei uma voz de menina.



Ele ficou ainda mais paralisado, e o amigo dele o chamando a um tempo. Até que ele “acordou”



-Tom, você não perde tempo mesmo. Acabou de falar que tinha largado uma e agora já ta com outra! – Isso, eu sou um gênio. Vi um sorriso de canto no rosto de Tom – E ai, como ela é?



-Err... é bonita oras! – Mordeu o lábio. E que lábio... Hã?? Que pensamento é esse... Ta eu to estranho.



-Ta, mas fisicamente. – Ele me olhava, fiz um gesto com a mão pedindo que prosseguisse.



-O cabelo ta entre loiro e preto, magro... Err... Magra. Olhos bonitos, você sabe que eu gosto de olhos bonitos. – Mas o que é que esse idiota ta fazendo, por um acaso tava falando de m... Movi meus lábios pedindo pra ele encerrar aquele papinho furado – Acabou o interrogatório?



-Acabou sim, mas depois você me conta t...

-Ta bom – falou rapidamente impedindo o outro de falar – Tchau Gust... – Desliguei o celular, na cara do Gustav, chega, eu já to sendo muito bonzinho.



- Chega de papo e vamos subir pra cima.



-Sério? Eu queria subir pra baixo. – Não prestei a atenção.



- Hã? Que? – Que? Ah, já tava de brincadeirinha comigo, isso que dá tentar ser bonzinho – Cala a boca. Você entendeu.



Houve um silêncio entre nós.



- Eii... – Ouvi um sussurro. Mas será que ele não ficava quieto?



-Hmm? – Murmurei a contra gosto.



- Que papo foi aquele de “Tommi, você vai demorar?” – Ele bem que tentou afinar a voz, mas parecia que ele tava tentando falar e engolir macarrão, e ao mesmo tempo gritar com medo de uma barata. Ops! Exagerei.



-Você é muito burro mesmo. Ficou com aquela cara de tapado. Ele ia desconfiar e eu não quero ter que fazer mal pra mais um. Fiz apenas pra despistar.



-Sei... Aiii, não me bate – Ele não cansava de reclamar quando eu batia, ele simplesmente poderia encarar aquela situação como macho,e se calar. E que papo foi aquele de sei..., como se eu fosse...



- O que você ta querendo dizer? Olha aqui, fica calado que vai ser melhor pra você. Vamos logo!



O empurrei para a escada de novo. Pensando em onde colocar esse projeto de Snoop Dogg albino.



-Por que ta fazendo isso afinal? – Me perguntou baixinho.



-Preciso de grana – Forcei a voz ao falar frio.



-Hum... Qual seu nome?



-Você acha que eu sou burro? – O que? Isso é pergunta que se faça. Mas que mal haveria não é mesmo. Ele não saberia se eu mentia ou não – Não vou falar meu nome pra você e não tente querer ser meu amigo porque isso não fará as coisas ficarem melhores pro seu lado. – Uii, esse é eu tentando ser ruim.



Tive uma idéia. E fui me encaminhando. Ali ele ficaria até dar um jeito e me dar a grana, nem que não fosse a quantia pedida, eu queria acabar logo com aquilo. Definitivamente eu era péssimo naquilo.



-Agora vamos pro seu novo lar.



O puxei pelo braço fazendo-o caminhar mais rápido. Eu já estava me adaptando ao escuro. O deixei sozinho por um momento enquanto me dirigia até o quarto dele. Ele devia estar perdido mesmo. Não tinha pra onde fugir. Uma luz passando pela janela fez com que eu me localizasse ali, fui até uma mesinha e acendi o abajur, me assustando um pouco, pela claridade repentina. Fechei a janela deixando o breu tomar mais ainda o local. Ouvi um “Cadê você?” e me lembrei de ter deixado meu prisioneiro o escuro. Eu sou mal. Muahahahaha. Acho melhor eu parar de tentar fazer isso.



-B... – Tampei a boca do bestão, senti minha mão um pouco molhada. Ele tava chorando?



-Shiii, quietinho vem aqui. – Sussurrei calmamente.



O levei até o quarto de novo, o levando perto do abajur. Ele ficou calado o tempo todo. Até que enfim.



-De hoje em diante você vai ficar aqui. Você não vai sair daqui me entendeu. E nem tente fugir por que eu arrumei tudo de um jeito que ninguém saia dessa casa. – Menti descaradamente, mas como eu já havia dito. Não tinha como ele saber. - Ta me ouvindo? – O fiz se sentar na beira da cama, enquanto seu rosto caiu e ficou fitando os próprios pés, balançando a cabeça afirmativamente.



Fui até a gaveta onde tinha encontrado uma infinidade de lenços,peguei um e me dirigi ao banheiro. Eu bati tanto no coitado que ele devia estar sangrando. Fui até o banheiro molhá-lo. Coloquei a faca que eu ainda segurava na mão sobre a pia e fiquei concentrado molhando. Pensei em desistir daquela loucura toda. Mas que pesadelo que eu fui me meter. É, acho que eu vou desistir disso mesmo. Acabar com meu pesadelo e com o pesadelo do rapaz que estava sentado na beira da cama silencioso. Silencioso até demais.



Desliguei a torneira e peguei a faca, quando senti braços me apertando, e um nariz fungando meu cheiro no pescoço. Por defesa eu passei a lâmina em um dos braços, e sem nem notar eu bati na cabeça do Tom com a primeira coisa que eu achei naquele escuro, e pelo barulho no chão deveria ser um vaso de flor metálico.



Jesus me acode nesse momento precioso. O medo foi tanto que até religioso eu fiquei. Agora eu matei o coitado de vez mesmo. Mas que idéia foi essa de vim me segurando. Tenho certeza que tava tentando me segurar pra depois chamar a polícia, e me levarem pro xadrez.



-Por favor, que ele não esteja morto. – Murmurei enquanto dava um leve chute no corpo caído. Nada. Nenhuma reação. Tremi de medo. Mein Got que eu faço com um cadáver nas mãos, ops, no chão.



Estiquei o lenço nas mãos e o joguei no rosto do garoto. Talvez com o toque frio do tecido ele pudesse despertar. Nada também. Qual é, levanta logo. Por que não fala agora? Agora eu o queria falando que nem uma matraca. Pelo menos não ficaria com um peso na consciência por ter matado alguém tão jovem e bonito. Que? Isso é hora de ficar falando essas coisas? E por que mesmo eu tava pensando isso? Ah, não faço a mínima idéia.



Agachei-me e colei meu ouvido no peito dele, perto do coração. Tava batendo. Um suspiro de alívio me invadiu. Me levantei, acendi a luz do quarto, quase fiquei cego, por causa da luz intensa. Peguei o pelas mãos e o arrastei até a cama. O deitei lá, e arranquei o pano do meu rosto, e respirei aliviadamente. Eu puxava o ar com toda a força que eu podia. Ele tava apagado mesmo, não ia me ver. Olhei pros meus pés rapidamente e vi um rastro de sangue vindo do banheiro. Trilhei o caminha com os olhos e eles pararam na cama e no braço ainda sangrando do Tom.



Mas que droga mesmo viu! Que eu faço? Cheguei mais perto do corpo apagado e levantei a manga da blusa enorme e pude ver um corte feio, havia fios do tecido que também se rasgou com a lâmina bem afiada.



Já sei. Me levantei e fui até o banheiro, quase tropeçando no vaso idiota que eu havia enterrado na cabeça do mano. Revirei o armário que ficava perto do espelho e não achei nada. Onde é que tinha kit de primeiro socorros naquela casa? Tirei tudo pra fora. Nada. Quer dizer nada que pudesse me ajudar. Só tinha camisinhas naquela bodega de casa. Tinha uns 10 pacotes. Deixei espalhadas no chão mesmo.



Caminhei pelo quarto. Revirei o guarda roupa também, vi uma caixinha. Abri ela e tudo que eu vi, foi a foto de uma mulher com um sorriso enorme e dois bebês nos braços e mais um monte de fotos. Nem olhei direito porque ali não tinha o que eu queria.



Desci as escadas e acendi todas as luzes possíveis. Eu tinha que ser rápido, eu não queria ninguém machucado ali, e também, vai que o infeliz fica doente, como é que eu ia fazer pra ajudar. Eu teria que sair e ele podia bater com a língua nos dentes e eu me danar.



Vasculhei a casa toda e nada. Tive uma idéia mas não sei não. Seria muito arriscado. Mas seria pior se eu não fizesse aquilo. Subi de novo os degraus. E me dirigi ao quarto. Ele ainda estava desacordado. Rasguei uns lençóis e prendi os braços, tomando cuidado como machucado, tirei o tênis que ele calçava e amarrei os pés.



Passei a mão pelos bolsos dele e tirei a carteira de lá. Peguei uns trocados e desci as escadas de novo. É seria tudo ou nada agora. Vi um boné caído no chão e coloquei na cabeça, poderia disfarçar meu rosto. Eu estava ficando muito paranóico com a hipótese de me reconhecerem.



Fui até a porta da frente e tirei o molho de chaves que estava na fechadura. Abri a porta e o vento soprou frio. Tanta coisa aconteceu ali naquelas poucas horas que eu nem havia percebido que havia chovido, e muito menos que havia parado. O ar estava com um cheiro de terra molhada.



Desci os degraus que ficavam à frente. Me dirigi ao portão, coloquei uma chave que eu pensei ser a certa, na fechadura e abri. Sai na rua. Tava tudo muito calmo. Não havia ninguém andando.



Caminhei um tempo, acho que uns 10 minutos. E mesmo ao longe pude ver a movimentação de pessoas. E mais longe ainda consegui avistar o que pensei ser uma farmácia. Apurei os passos, eu não podia demorar, ele estava sangrando muito, e também podia acordar.



Entrei no lugar bem iluminado. E perguntei afobado ao farmacêutico por remédios pra dor, e materiais para se fazer curativo. Ele entrou em uma porta e retornou de lá com o que eu havia pedido. Peguei tudo e fui até o caixa. Paguei a uma moça que desde que eu entrei me olhava como se me devorasse. Quando ia saindo com a sacola nas mãos ela falou:



- Adorei o cabelo novo, lindo. Só não gostei de ter tirado o piercing ele fazia loucuras. – sorriu com uma cara de pervertida e piscou pra mim. Pra mim? Que espécie de louca era essa garota.



Nem ao menos respondi. Sai praticamente correndo. As ruas estavam escuras. Mas eu era acostumado com isso. Andei um pouco mais aliviado. O boné tava fazendo meus cabelos suarem. Passei por uma praça e me sentei em um dos bancos.



Que loucura é essa? Perguntei a mim mesmo. Que eu to fazendo. Há poucas horas eu estava fugindo feito um doido pelas ruas da polícia. Agora eu tava fugindo praticamente de todo mundo. Bati feito um condenado num cara inocente que eu havia praticamente seqüestrado e no mesmo cara eu havia passado a faca cortando o braço. O que eu estava me tornando. E se eu tivesse cravado a faca nele, e se ele tivesse morrido. Eu não me perdoaria por tirar a vida de ninguém.



-O que eu estou me tornando? – falei baixinho



Meus olhos arderam e as lágrimas deslizaram pelo meu rosto pálido. Coloquei as mãos nos olhos tampando minha fraqueza. Meu rosto estava quente. Fiquei um tempo sentado. E quando senti que minha face molhada havia secado. Me levantei e voltei pelo caminho que eu havia tomado quando sai da casa do Tom.



Estava a algumas quadras da casa quando ouvi um barulho de carro. Nem me importei. Continuei seguindo meu caminho. Ouvi uma buzina e um nome conhecido sendo pronunciado.



- Ei Tom! - mesmo sabendo que ele não me chamava me virei. – Como é que você ta meu velho? – Droga, eu sou muito estúpido. Eu estava vestindo as roupas do Tom, era magro, alto e alguém poderia me confundir, até porque era impossível ter dois idiotas naquela cidade que se vestia com roupas que cabiam pelo menos umas três pessoas dentro.



Abaixei a aba do boné no meu rosto, eu sabia que seria difícil ver meu rosto assim, ainda mais no escuro. Pigarreei e falei grosso.



-To bem cara e você?



-Ah, to ótimo, acabei de voltar de Nova York. Ta fazendo o que andando por essas ruas escuras?



-Eu tava é... – pensa rápido – comprando umas proteções se é que você me entende. – falei tentando fazer uma cara de pervertido enquanto levantava a sacola com os medicamentos.



-Ah sei como é que é. Mas não muda mesmo viu. – É impressão minha ou esse tal de Tom é daqueles que só falta pegar uma árvore e fazer aquilo com ela? – Mas...agora o Andreas chegou na área. E não vai ter pra você.



-Ta bom. Vai nessa. – tentei parecer irônico



-Você mudou o cabelo? Cadê os rastas? – Ai ferrou



-Resolvi mudar. – sorri amarelo mesmo sabendo que ele não veria.



-Hum, ficou bom. – olhou pensativo - Quer uma carona? Afinal, é primeira vez que não te vejo de carro. Posso considerar que isso é um milagre. HAHAHAHA.



Ai droga. Eu tinha que cortar esse lero-lero e sair dali rápido.



-Err não dá. Eu não to indo pra casa. Porque acha que eu vim comprar... – dei uma risadinha baixa.



-Ah! Entendi.HOHO – riu malicioso – Eu sei que eu o que eu vou falar não tem nada a ver com isso mas, eu fiquei sabendo lá em NY. Conseguiram encontram o B...



-Cara sério mesmo. Eu tenho que ir rápido eu deixei uma mina na mão, entende? – tentei cortar.



-Uii, porque não falou logo. Corre lá. To indo então. O Gustav me chamou pra uma festa. Tchau! Um dia desses eu vou fazer uma visita na sua humilde residência.



-Ta. Tchau.



Andreas acelerou o carro e saiu praticamente voando.



Eu apressei meus passos (lê-se:corri desesperadamente) e suspirei aliviado quando parei diante o portão. Abri, entrei voando dentro da casa. Subi os degraus como se eles nem existissem ali. Parei em frente à porta aberta. Minha boca se abriu. A sacola caiu das minhas mãos. Minhas pernas fraquejaram e cai de joelhos no chão.



O corpo dele não estava mais na cama. Só jazia ali a mancha escarlate no colchão.
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 2:24 pm

HSUAHUSAHUSAH LEITORA NOVA Õ/

Eu já li mais cap's que vocês, sou vip -QQQ calei.

Cuidado com o flood amor ;*

POSTA MAAAAAAAAAAAAIS!
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 2:38 pm

ta super mara!
continua amore!

e como minha gemia falou ai em cima: cuidado com o flood!
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 3:37 pm

Caaaaara, tá muito foda! *O*'
Continua rápido, to muito curiosa!

P.S.: Cuidado com o flood Very Happy ³
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 4:07 pm

leitora nova !!!!!! _o/
continuaaaaaaa,ta super f*da cara !!!! posta mais,pelo amor de Deus,to aqui morrendo Moree posta logo :*-*:
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeQui Jul 15, 2010 5:06 pm

Leitora nova!
Caraca, está muito 100 a sua fic!
Eu estou adorando!
Posta mais!
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 1:54 pm

olá Amy e Biaah obrigado por estar gostando da fic tá

gente eu não aguentei tinha que ter Kaulitzcest


Capítulo 6
Toques














Acordei com o barulho do chuveiro, olhei pro relógio e eram 3 da madrugada. Típico de Bill! Bill? Levantei-me na cama com os braços para trás e olhei ao redor do meu quarto e notei nossas roupas jogadas no chão. Nossas roupas... Mesmo sem querer um sorriso bobo nasceu no meu rosto. Deitei com os braços cruzados atrás da cabeça. Fitei o teto. Foi só mais um pesadelo. Eu sabia que eu ia acordar.



O ruído típico de porta se abrindo foi ouvido e eu vi o ser que eu mais amava na minha vida. A fumaça que saia por causa do banho quente me dava à impressão de um anjo saindo dentre as nuvens. Os cabelos pintados de negro molhados caíam sobre os ombros. Os olhos sem a maquiagem negra rotineira. Os pés descalços no tapete. Os dedos com unhas pretas ágeis enrolando a toalha no corpo esguio. As gotas de água escorriam dos cabelos percorriam o peito nu e morriam na toalha.



Meus olhos se deliciavam com a imagem. Meu corpo se arrepiava a medida que seus passos chegavam mais perto de mim. Ele estava tão distraído que nem percebeu que eu havia acordado. Fiquei olhando o que ele fazia. Abriu a gaveta e de lá tirou uma boxer preta. Desamarrou a nó que prendia o pano na cintura e o tecido caiu rápido ao chão. Levantou uma das pernas e colocou a peça.



- Eu prefiro a branca ela deixa certas coisas mais a mostra. – falei de uma maneira baixa, mas que ele pudesse ouvir, e sorri de lado.



O corpo tremeu pelo susto dado.



-Hum... Se você diz. – Abaixou-se e pegou uma peça branca, retirou a que estava no corpo e levantou uma das pernas longas colocando a boxer branca que eu havia indicado.



-Hum... Assim é bem melhor. – Passei a língua pelo piercing frio que adornava minha boca. – Mas mesmo assim, não sei... Tem um jeito bem melhor. Vem aqui. – falei sério.



Inocentemente ele caminhou até mim. Ficou ao meu lado na cama. Me sentei e com um movimento rápido rasguei a tecido, com uma força inexplicável. Joguei os restos de panos pra um lugar qualquer do quarto. Os lábios que eu adorava beijar se abriram surpresos. Eu estava sedento outra vez. Sedento por ele.



- Pronto... Bem melhor! – disse fitando o corpo á minha frente completamente despido.



- Que isso? Doido! – falou ainda assustado.



- Também te amo maninho. - Falei enquanto beijava a estrela tatuada que ele tinha.



-Pára Tom, eu acabei de tomar banho. – não liguei pras reclamações – Ta me babando todo Tom. Você não cansa não?



-De você? Nunca. Eu ficaria aqui pra sempre. – falei enquanto me ajoelhava na cama e subia meu beijo até o piercing que ele tinha no mamilo esquerdo.



Ouvi um gemido rouco. O beijo se estendeu pelo pescoço longo e o cheiro que só ele tinha, entrou em mim, me entorpecendo. Deixando-me tonto. Mãos tocaram minha nuca e lábios com gosto de morango roubaram um beijo cheio de desejo dos meus. Grudei meus dedos nos cabelos úmidos e aprofundei nossos gostos.



Meu corpo tremia. Todo aquele tempo que eu vivi o pesadelo me deixou ainda mais louco pra tê-lo só para mim. O ar me faltou e nossas bocas descolaram onde apenas um filete de saliva nos unia.



Minhas mãos se espalmaram nas costas alvas e percorreu a espinha toda a arranhando. Eu sabia como aquilo o deixava louco. Mais um gemido escapou. Senti unhas cravando na pele exposta dos meus ombros. Grunhi de dor e de prazer.



Senti a língua quente dele percorrendo a pele sensível perto do meu ouvido. Gemi alto. E prolongado.



-Hmmm... Billy eu te amo tanto.



Fui jogado violentamente na cama. E senti as pernas compridas em torno da minha cintura sentando-se perto do meu membro necessitado. As unhas negras arranharam todo meu abdômen e eu arqueei minhas costas. Ele me deixava doido e mais necessitado.



As mãos macias tocaram meu íntimo e eu suspirei pesadamente. Os dedos comprimiam minha pele sensível lentamente, prolongando ainda mais a doce tortura. Os movimentos eram tão devagares, que eu tinha vontade de gritar e extravasar tudo o que eu sentia, mas a única coisa que eu conseguia fazer era pedir por mais.



Meus olhos se reviravam, me deixando quase cego. Eu o amava demais. Eu o venerava, ele era tudo pra mim, minha alma gêmea, meu sonho mais real, meu anjo, meu irmão...



Os movimentos cesaram e um gemido de reprovação escaparam de mim, mesmo que eu não quisesse. Ouvi uma risadinha e...



-Ahhhhhh... Bill... assim você me mata – gritei a plenos pulmões quando me senti dentro dele. Tão quente, tão macio e incrivelmente apertado.



Ouvi um gemido de dor no meu ouvido e ele se contraindo em mim, tentando se acostumar com a invasão e eu apenas apertava a cintura fina, desesperado por movimentos.



Senti o relaxado e investia devagar contra aquele corpo tão gostoso. Espasmos em cada parte de mim. Gritos presos à minha garganta, eu estava delirando já. Ele praticamente pulava sobre mim. Já não enxergava mais nada, meus olhos estavam mais revirados e meus pulmões tentando puxar mais ar que eu podia absorver.



- Oun Tommi, eu te amo... – senti como um sussurro.



Sorri como uma criança. Eu não poderia nunca mais ficar sem ele. Sem os toques. Sem os abraços. Sem os beijos. Sem as carícias e as palavras de amor.



Sentia o formigamento no meu baixo ventre. Os espasmos estava mais fortes. Meu músculos todos contraídos. E os gemidos que eu dava machucavam minha garganta.

Os ronronares que meu Bill dava no meu ouvido me deixava ainda mais aéreo.



-Não agüento mais Billi... Eu vou... Eu vou...



Minha pele se colava nos lençóis, estava impregnado de suor. Nossos corpos deslizavam. Minhas unhas rasgaram a pele delicada nas costas.



-Ahhh... não consigo mais segurar... Hmmmm.



-Tom...Tom...







-TOM! Você ta ai?



Hã? Que?



Abri os olhos e meu corpo doeu todo. Minha face contra o chão frio, eu estava caído. Minhas mãos presas e meus pés também.



Vi meu tênis perto do meu rosto. Levantei meu olhar. E lá estava ele. Completamente vestido de eu. Agora com um boné na cabeça. E de novo o escuro. Droga! Foi só um sonho.



-Que susto você me deu menino. Pensei que você tinha fugido sabia! – Nunca eu fugiria de você meu amor, nunca.



-Vem, você ta machucado, eu vou te ajudar.



Senti os dedos frios passando pela minha canela e desatar os nó dado ali com um lençol.



-Vem. Me dá as mãos. – fiz o que ele pediu e em um puxão só eu fique de pé. Mas tudo a minha volta girava, meus joelhos cederam e eu quase cai. Seus braços finos me seguraram ao mesmo tempo em que me jogava na cama e caia sobre meu corpo dolorido. Parecia um dejà-vu, mas não foi como no meu sonho. Ele apenas ficou um tempo sobre mim. Como se tentasse ver o que eu pensava, mas subitamente se descolou de mim.



- Desculpa, eu te deixei sozinho por um tempo. Tive que sair pra lhe comprar uns remédios. – O que? Ele saiu? – Olha eu sei que vai ser meio desconfortável pra você mais vai ser necessário.



Não entendi direito. Ele se afastou e pegou um pano preto e passou em torno da minha cabeça tampando meus olhos e parte do meu nariz, de um jeito que só minha boca estivesse visível.



-Eu tenho que deixar a luz acesa sabe. E você não pode me ver. Você entende né? E esse pano aqui no meu rosto me sufoca.



Balancei minha cabeça positivamente.



-Bom, agora. Me dá as mãos. Você tem que tomar um banho. Você ta todo sujo de sangue.



Dei meus pulsos pra ele, que os segurou rapidamente. Me levantei com dificuldade. Ainda estava meio entre dormir e acordar.



Senti minhas roupas serem tiradas de mim, e o ar frio me arrepiar os pêlos.



Fiquei apenas de boxer. No total escuro agora, eu apenas me deixava guiar pelo que ele me pedia.



Senti as gotas quentes sobre mim. Meus músculos relaxaram. E meu braço ferido latejou.



- Eu vou limpar isso daqui. Ouvi passos pelo pequeno cômodo.



-Aiiiii... – a primeira palavra que eu proferi, depois de todo o episódio do banheiro.



Eu fui muito burro. Eu não devia ter ido com tanta sede ao pote. Ele ia se assustar mesmo. Devia estar pensando que eu queria segurar ele, pra prendê-lo. Se soubesse que eu apenas queria tocá-lo e senti-lo como antes.



-Ah, desculpa. Mas você vai ter que agüentar a dor. Você é doido. Quem mandou me assustar daquele jeito. Eu apenas me defendi.



Fiquei mudo. Não conseguia falar nada. Meus olhos se encheram, e as lágrimas que caíram dos meus olhos molharam a venda. Era tanta dor ao mesmo tempo. Dor física, dor de saudade, dor de amor.



O sabonete era passado por todo meu corpo. Meus braços sentiram-se livres por um instante, mas eu estava tão avoado.



-Se lava direito ai. Eu não vou tocar em certos lugares, se é que você me entende.



Senti o objeto escorregadio na palma da minha mão e me lavei direito. Deixei a água escorrer.



Me virei devagar para molhar as costas com certo receio de ele se sentir ameaçado.



-Ai meu deus. Sua cabeça também ta machucada. Droga! Você realmente não devia ter feito aquilo. Viu o jeito que você está.



Meu pescoço foi segurado e minha cabeça jogada embaixo da água.



-HMMM. – grunhi de dor.



-Calma ai. Sinto muito, mas eu vou desmanchar essas trancinhas todas.



Delicadamente sentia os puxões e meus cabelos caindo nos ombros. Eu devia estar horrível. Droga! Ele não podia me ver assim tão acabado. Eu era o gêmeo forte, o que nunca tinha medo de nada. O que sempre protegia.



Mais passos pelo banheiro. O pano felpudo raspou em mim.



-Vai, se seca ai. E nem pensa em tentar fugir. Você viu no que dá.



Peguei a toalha e me sequei. Eu não tinha vergonha de ficar nu na frente dele. Mesmo ele não sabendo aquilo era comum entre nós.



A venda molhada foi tirada dos meus olhos. Abri os olhos e tudo com que me deparei foi com o breu. Até quando seria daquele jeito. Os dedos ágeis secaram rapidamente meus cabelos com a toalha e passaram levemente sobre uma região sensível, provavelmente onde ele devia ter me batido. Só essa seria a explicação de eu ter apagado.



De novo senti a venda no rosto, dessa vez estava seca.



Mãos me puxaram de novo.



-Levanta a perna direita.



Fiz o que me foi pedido e senti o tecido entrando em mim. Ele estava me vestindo. Estava só de shorts agora. Puxado novamente, meus ombros foram forçados para baixo me fazendo sentar. Minha bunda se encontrou com a maciez da cama. Nossa cama.



- Vai arder agora. Vê-se não chora. – ouvi mais um risinho.



O cheiro de álcool se impregnou do ambiente todo. Ai vai doer, merda. Mal pensei e senti a queimação no meu braço. Mordi meus lábios segurando um grito de dor.



-Isso, só mais um pouquinho.



Escutei barulhos de fitas se rasgando e algo quente tocando meu braço.



- Pronto. Agora deixa eu ver aqui.



-Ai. – gritei sem querer, quando ele puxou meu cabelo.



-Err... Mals.



Senti outra queimação. Meu couro cabeçudo pedia socorro. Ele limpava com cuidado. Ás vezes aprofundando o toque fazendo o corte latejar. Mas era gostoso, porque era ele quem estava fazendo aquilo. Ta isso pareceu papo de masoquista. Parei.



Passos se afastando.



Tudo ficou silencioso. Por pouco tempo. Até eu sentir os dedos frios de novo amarrando minhas mãos.



-Deita ai e dorme.



Ouvi ele saindo.



-Ei, espera. Fica aqui comigo. Você já me machucou tanto. Pelo menos espera eu dormir. Apesar de tudo eu me sinto protegido. – quase chorei de novo.



Mais silêncio.



-Ta bom. –me arrepiei quando senti a respiração tão perto do meu rosto. – Mas não vá se acostumar.



- Obrigado. – sussurrei.



Estava todo quebrado. Agora que eu repousei, que parei de me movimentar eu senti cada pontada no meu corpo. Tremi de dor. Meus lábios começaram a tremer também. Eu ia chorar de novo. Ia não, já estava. Comecei a soluçar. Pouco me importava o que aquele idiota ia pensar de mim. Que se ferrasse, eu estava cansado de tudo já.



-Calma. Não precisa chorar. Isso logo vai acabar. Só preciso do dinheiro.



-P-p-por q-q-que... Bii... – solucei feito criança cortando minha pergunta.



Não obtive resposta.



E acho que foi melhor.



A boca carnuda que eu tanto adorava tocou os minha. O beijo foi apenas um toque de lábios. Tão doce... Ele continuava tão doce. A língua me invadiu e eu recebi-a para mim. Deliciando-me.



-Oh meu deus! – disse assim que se afastou de mim. – O q...



Mal ouvi o que ele dizia. Perdi todos os meus sentidos. Tudo se apagou ainda mais.

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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitimeSex Jul 16, 2010 3:56 pm

Oh Mein Gott!
estou adorando a cada dia mais!!!!

o que aconteceu... to super mega curiosa!
posta mais garota e rapidinho!
:*-*:
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MensagemAssunto: Re: não pode ser você   não pode ser você Icon_minitime

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