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 [OS] - Destiny I, II & III

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dikas
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dikas


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MensagemAssunto: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeTer Fev 09, 2010 7:10 am

HaLLoOoOooOoOo \o/ \o/ \o/

Bem-vindas à minha nova aventura...
Nunca julguei ser capaz de escrever uma One Shot porque tenho a cabeça prograda para histórias grandes, mas aqui está o meu primeiro rebento....Devo confessar que estou muito contente com o resultado final mas reticente em relação ao que vocês poderão achar dela....

Esta One Shot nasceu de uma imagem que me apareceu na cabeça... Andei uma noite a matutar nela à medida que sentia uma necessidade imensa de a escrever, e na tarde seguinte assim que me vi perto do computador (e uma vez que ela continuava a assaltando minha cabeça e não me deixava concentrar em mais nada) ....teve de ser =p LolOloL Quando terminei percebi que tinha escrito a minha primeira One Shot e que me teria de controlar (e muito!!!) para não começar já com grandes filmes para construir uma fic nova (embora.....deixem-me que vos diga que ideias não me faltaram!!!).


Anyway, isto tudo para vos dizer...



* * * HoPe You Like it & EnJoy * * *


PS - E de uma One Shot surgem 3.... (bem me parecia que o meu futuro nas OSs era muito raquitico LolOloloOooOL cheers cheers cheers )




[OS] - Destiny I, II & III Destinyb


Part I


Sentia-se só e vazia, como o espaço desabitado na sua cama. O frio percorria-lhe a espinha provocando um sem fim de arrepios que não conseguia conter. Enrolou-se por baixo dos lençóis e deixou-se ficar imóvel. Precisava de aquecer e esquecer tudo o que se andava a passar na sua cabeça e no seu coração.

Ouviu a porta do quarto abrir e sentiu o coração disparar numa correria desenfreada. Fechou os olhos na tentativa de ignorar o facto dele não estar em casa. Fechou os olhos na tentativa de ignorar quem julgava ter acabado de entrar pela porta do seu quarto. Instaurou-se um silêncio sepulcral. Era ele, só podia ser ele… Olhou para a entrada e viu-o imóvel, com uma expressão triste e contida. Parecia não aguentar o peso que também ele sentia sobre o seu coração. Será que na sua cabeça também se debatia com as suas dúvidas? Será que se sentia tão impuro e indigno como ela? A expressão dos seus olhos era a mais pura e séria que alguma vez aqueles olhos amendoados tinham adoptado. Estava frágil, carente e não conseguia conter em si o desejo e impulso de amar e ser amado.

- O que é que estás aqui a fazer? – perguntou ela sentando-se na cama, sentindo o coração ceder à visão dos seus olhos.
- Não sei… - disse Tom de forma pausada. Estava estático e hipnotizado.

- Não devias estar aqui…
- Eu sei…


Tom sentia-se fraco. Lutava contra os seus instintos há demasiado tempo. Desde que a tinha visto pela primeira vez que sentia o seu corpo ser puxado por uma onda magnética de encontro a ela. Sentia-a com uma vivacidade dentro de si, como nunca antes tinha sentido nada por ninguém. Era desejo, pura luxúria e prazer. Era platónico, forte e animal. Sabia que se tinha de conter, ela era namorada do seu irmão, mas o convívio com ela tinha enfraquecido o seu coração e o seu discernimento. Não queria ceder. Tinha-se controlado e enterrado o sentimento que arrebatava o seu coração de forma activa, mas naquela tarde, quando os seus olhares se tinham cruzado e tinha visto no olhar dela o desejo e a vontade de o provar, tinha ficado hipnotizado. Precisava dela, de a experimentar, de comprovar com os seus cinco sentidos tudo aquilo que o seu irmão afirmava. Queria senti-la e tê-la nos seus braços, partilhar com ela uma noite. Nunca ninguém precisaria de ficar a saber. Seria o segredo deles. Não conseguia dormir nem descansar enquanto não agisse. Precisava de ser aceite ou rejeitado, mas precisava de algo, e precisava que fosse com ela, com a rapariga que habitava o seu imaginário de forma pecaminosa, com a rapariga que o seu irmão amava e respeitava acima de que qualquer outra mulher no mundo. Sentia-se sujo e corrompido pela luxúria. Não sabia como era capaz de ir ter com ela, aproveitando o facto do seu irmão não estar em casa. Não sabia como era capaz de ir ter com ela, no quarto e na cama do seu próprio irmão gémeo, mas era a sua única oportunidade de a ter para si e Tom necessitava daquela noite. Estava a traí-lo da forma mais cruel e monstruosa que podia imaginar. Mas como podia conter o desejo que sentia fervilhar nas suas veias se desde o primeiro dia em que a vira se sentira tão ou mais atraído a ela que o seu irmão gémeo? Desejara-a noites e dias a fio, até Bill a apresentar como sua namorada, e mesmo nesse dia, lembrava-se perfeitamente de ter sonhado com ela e dela ser sua. Desde então nunca se tinha permitido a ter qualquer proximidade dela. Não queria estar com ela, embora o desejasse mais do que qualquer outra coisa no mundo. Evitava olhá-la nos olhos, não se sentia capaz de enfrentar o que sentia e a forma como o seu coração e mente arranjavam todas as desculpas possíveis para trair o seu irmão, a pessoa que mais amava neste mundo. Mas não conseguia… Tinha tentado com todas as suas forças lutar contra o sentimento que tomava conta de si. Tinha tentado inventar todas as piadas e maldizeres dos quais se conseguia lembrar para recusar o pensamento devasso e para se distrair de pensar na verdade que o tomava por assalto de forma tão atroz. A verdade nua e crua que tomava conta de si de forma devastadora. A decisão tinha de ficar nas mãos dela, Tom não era suficientemente forte para a negar se ela lhe desse permissão para entrar no seu interior. Ela era tudo com o que sempre tinha sonhado, mas não sabia poder existir… E era a namorada do seu irmão.

- … Volta para o teu quarto – disse ela sentindo o seu corpo estremecer com o desejo que sentia tomar conta de si mas que queria negar acima de qualquer outro sentimento que pudesse tomar conta de si naquele momento.
- Acho que não consigo… - disse Tom aproximando-se da cama, para vê-la proteger-se com os lençóis como se ele lhe pudesse fazer algum mal.

- Por favor… - disse ela protegendo-se o máximo que conseguia com os lençóis como se isso protegesse o amor que sentia por Bill e a forma impura como o seu coração insistia bater pelo seu irmão gémeo.

Tom sentou-se na cama a olhar para ela. Era tão perfeita. Se o seu irmão soubesse a forma como aquela tez branca preenchia o seu imaginário, o modo como aqueles cabelos longos e sedosos pareciam fios de ouro com um valor incalculável, se ele sonhasse com a forma acelerada como o seu coração batia só por se sentir perto dela, como a sua barriga parecia ter borboletas a esvoaçarem no seu interior, como as suas mãos não tinham uma posição firme e procuravam entreter-se sempre de forma nervosa, como as suas pernas estremeciam quando ela por alguma razão lhe dava atenção. Se Bill soubesse e sonhasse que tinha sigo gerido e criado no ventre da sua mãe com o maior rival e traidor, não seria capaz de sobreviver à desilusão. Mas Tom não queria pensar nas consequências. Pela primeira vez na vida sentia um impulso maior do que alguma vez tinha sonhado. Desejava-a como nunca tinha desejado ninguém e naquela tarde tinha ficado com a certeza absoluta que ela o desejava também, por mais que amasse o seu irmão. Também Tom amava Bill incondicionalmente, e nunca seria capaz de o magoar intencionalmente, apenas não se sentia com forças para lutar contra o seu destino. Ela estava destinada a ser sua, nem que fosse por uma noite. Sentia-a no seu interior com uma força incalculável. Não o fazia para provocar Bill, nem para matar um dos seus muitos caprichos, fazia-o porque o seu corpo, mente e coração pela primeira vez na vida pulsavam e pertenciam a alguém que mesmo que quisesse negar, também lhe pertencia em parte a si.

- O Bill… - disse ela na tentativa de negar aquilo que sentia ser inegável – Não nos faças isto … Por ele…

- Diz-me que não queres e que não sentes o mesmo que eu… -
disse Tom numa voz praticamente inaudível, como se suplicasse para que ela, ou alguma força superior, o parasse de ser o monstro traidor que se sentia naquele momento.
- … Não quero! - disse ela fechando os olhos para tentar conter as lágrimas que queriam brotar dos seus olhos e ignorar o olhar terno e profundo dos olhos de Tom.

Sentia-se a pior pessoa à face da Terra por desejá-lo tanto. Amava Bill, como nunca tinha amado ninguém. Ele era perfeito. Era o melhor namorado e seria o melhor marido e pai para os seus filhos que conseguiria alguma vez encontrar. Mas Tom mexia consigo, vivia dentro de si, tentava-a noite e dia com o seu olhar, o seu corpo e a sua maneira de ser. Sentia-se enciumada sempre que o via com outra, e naquela tarde quando o vira despedir-se de um dos seus muitos engates, apercebera-se que não conseguiria negar por muito tempo a dor que tinha no seu interior. Precisava de se afastar dele. Mas como seria capaz de o fazer se ele era irmão de Bill e inseparável do seu namorado? Como poderia negar alguém que já habitava o seu consciente e inconsciente? Como poderia negá-lo se vivia praticamente em casa dele? Como poderia negá-lo se ele já estava tão cravado em si e o desejava de forma tão convicta? E agora que ele estava à sua frente, como poderia dizer-lhe que não? Como poderia ser fiel e não sucumbir aos seus prazeres carnais se tudo o que sentia era o seu corpo excitado e vivo por ele e para ele? Seria possível amar duas pessoas de igual forma? Duas pessoas tão diferentes? Ou seria só desejo na sua forma mais pura? Será que uma noite com Tom iria resolver o seu dilema ou criar ainda mais tensão? Conseguiria encarar Bill no dia a seguir quando ele regressasse? Conseguiria beijá-lo e amá-lo sem se sentir manchada e indigna dele? Não estaria já a trair Bill por desejar tanto o seu irmão?

- Olha-me nos olhos… - disse Tom colocando uma mão sobre o rosto dela para a acariciar de forma doce.

Sentiu-se estremecer e derreter com o toque dele. A sua respiração parecia ter acelerado somente com aquele toque. O toque dele era terno e carinhoso, compreendia nele um sentimento que nunca julgava poder existir em Tom. Não estava à espera que a sua mão fosse tão suave e o seu toque tão preciso e poderoso. Tinha-a apanhado de surpresa. A sua imaginação queria voar e permitir que aquela mão passasse sobre o seu corpo e lhe mostrasse o que era capaz de fazer. Mas não podia, tinha de se manter firme e honrar o amor que sentia no seu interior por Bill. Tinha de ser forte pelos dois… Pelos três…

Abriu os olhos e deixou que duas lágrimas se formassem nos seus olhos e escorressem no seu rosto quente. Estava a lutar contra aquilo que queria e sentia, estava a lutar contra o seu corpo e o seu coração, e a dor que sentia no seu interior, mirrava o seu coração de forma desumana. Talvez não fosse capaz de olhar para Tom no dia a seguir, talvez não fosse capaz de olhar para Bill, talvez não fosse capaz de olhar para si mesma… Talvez não fosse capaz de viver sem ter os dois.

- … Não quero… - disse ela olhando Tom nos olhos, sentindo-se enfraquecer. Precisava que ele fosse embora o quanto antes.

- Diz-me a verdade… - implorou Tom limpando as lágrimas que escorriam dos olhos dela. Sentia-a tremer, sentia a sua pele quente e o desejo percorrer-lhe o corpo, tal como sentia o mesmo desejo tomar conta de si.

- Não me faças isto… Volta para o teu quarto… Eu não quero… - disse ela sentindo-se fraca demais para continuar a negar algo que a atormentava.

Tom largou a face dela. Sabia que aquilo que ela dizia eram apenas palavras e frases sem significado. Queria lutar contra o que os consumia, queria evitar algo que era inevitável. Estava a lutar por Bill e a enfraquecer o seu coração propositadamente para não ceder ao desejo e ao sentimento que tomava conta de si. Olhou para os seus olhos e viu uma súplica de desejo. A súplica real daquilo que ela queria, do que o seu coração lhe demandava, aquilo que as palavras não conseguiriam nunca esconder. Aproximou a sua face da dela e levou o seu nariz de encontro aos seus cabelos. A essência que deles desabrochava era doce e provocava o seu lado mais indomesticável. Sentia-se excitar com o simples odor que emanava do corpo dela. Tudo nela era simplesmente desenhado e construído para lhe agradar. Roçou com a ponta do nariz o pescoço dela e inspirou de forma profunda. Sentia-se demasiado atraído pelo seu aroma para conseguir recuar.

- Porque é que estás a tornar as coisas mais complicadas do que já são? – perguntou ela retirando das investidas de Tom arrepios incontroláveis que lhe percorriam o corpo. A forma suave como ele parecia querer absorver a sua essência e cheiro era demasiado tentadora.

- Tu sabes que é inevitável… - disse Tom afastando-se dela para olhar para os seus lábios carnudos. Sentia uma vontade animal de os devorar - Não consigo parar de pensar em ti…

Tom tentou investir suavemente sobre os lábios dela, sendo-lhe negado um beijo. Não conseguia conter-se mais, precisava dela e lia nos seus olhos e na respiração alterada do seu corpo a falta que também lhe fazia. Porquê negar algo tão puro e sincero?

- Eu sou namorada do teu irmão… - disse ela à medida que desviava a sua cara dos lábios dele que vinham na sua direcção. Talvez nunca mais fosse capaz de arranjar forças para negar algo que desejasse tanto.

- Ele não precisa de saber… - disse Tom com uma voz doce.

Sentia-se um monstro por desejar trair o seu irmão. Sentia-se um monstro por querer mentir e esconder algo dele. Mas não era capaz de não ceder ao seu desejo de a ter e sabia que se guardassem aquela noite como um segredo, não magoariam Bill e estariam a viver o sonho, que Tom sabia e tinha a certeza, agora mais que nunca, ser dos dois.

Fechou os olhos e voltou a roçar o seu nariz sobre o pescoço dela, substituindo aos poucos e poucos o seu nariz, pelos seus lábios sedentos. Beijou-a de forma carinhosa e compassiva. Sentia um misto de dor e prazer por aquilo que fazia. A pele dela era tão suave e perfumada, os seus lábios pareciam percorrer o paraíso. Roçou os seus lábios em direcção ao rosto dela, e beijou as bochechas e os olhos aguados dela. Sabiam a sal. Ela não se mexia, estava receptiva a cada um dos seus avanços. Pela primeira vez não dizia que não. Mantinha-se de olhos fechados como se ignorasse aquilo que se estava a passar. Tom humedeceu os lábios e olhou para ela para a ver de olhos fechados, a escorrerem lágrimas silenciosas pelo seu rosto, e sentiu o seu coração ceder àquela visão. Talvez o que sentisse por ela fosse mais forte do que aquilo que gostaria de admitir. Talvez o gosto que partilhava com o seu irmão pelas mesmas mulheres, tinha atingido um cume verdadeiramente perigoso e vertiginoso. Seria possível amarem de alma e coração a mesma mulher? Seria possível ela ser tão perfeita num momento de tamanha fragilidade? Seria possível desejar protege-la e amá-la como nunca antes tinha desejado? Viu os olhos dela abrirem e olharem para si em forma de súplica. Pediam-lhe que parasse. Agora era de verdade. Ela não se sentia capaz de lutar contra Tom e o seu corpo. Mas Tom também não era capaz de o fazer, sabia-o desde o momento em que tinha decidido entrar naquele quarto à procura dela.

Fechou os olhos e segurando na face dela com ambas as mãos, levou os seus lábios até aos dela. Deixou que eles se tocassem de forma suave e afectuosa. Os lábios dela não se moviam. Forçou a que os lábios dela se entreabrissem e rodando a sua cabeça ligeiramente para a esquerda, preencheu os lábios dela com os seus, beijando-a de forma apaixonada, sem receber qualquer tipo de reacção por parte do corpo dela. Sentiu uma lágrima embater contra a sua face e apercebeu-se que ela chorava de forma silenciosa. Partia-lhe o coração vê-la fragilizada daquela forma, mas sabia que eram lágrimas honestas que brotavam dos seus olhos pela intensidade do momento que viviam, por se querer manter fiel a Bill sabendo que no seu interior há muito tempo que não o era. Continuou a beijá-la de forma meiga, sem nunca receber qualquer tipo de resposta por parte dela. Introduziu a sua língua no interior da boca dela e começou a senti-la avivar-se. A sua língua parecia receptiva às investidas de Tom, os seus lábios pareciam começar a reagir aos lábios de Tom e ao piercing que neles habitava e insistia em macerar a sua boca. As mãos dela começaram vagarosamente a subir e ir de encontro à face de Tom. Estavam destinados àquele momento e nada do que fizessem iria alterar a dor que sentiam em trair Bill. Nada do que fizessem iria alterar o desejo que sentiam um pelo outro e o prazer que retiravam um do outro. Tom tornou-se mais agressivo. Sentia fome agora que provara os lábios dela, eram como que um elixir para a sua fantasia e desejo. Sentiu as mãos dela irem até à sua cintura e puxarem a t-shirt que trazia vestida para cima. Era inevitável. Tinham de ser um do outro. Tom levantou os braços deixando que ela tirasse a sua t-shirt, sem nunca parar de a beijar e consumir aqueles lábios. Lembrava-se de Bill ter comentado consigo que ela tinha um modo de beijar que o enlouquecia e fazia desejar aqueles lábios cada vez mais e com mais veemência, e agora percebia o que o seu irmão queria dizer. Pareciam transportar um tipo de droga, que o deixava viciado e desejoso por mais e mais e mais... Soltou-se dos lábios dela por breves instantes para se levantar e tirar as calças. Ela ajoelhou-se à borda da cama e impediu que ele o fizesse. Olhou-o nos olhos com uma intensidade assustadora. O seu olhar parecia transportar todo o desejo que Tom sentia no seu interior. Eram um espelho da alma de ambos naquela noite. Sentiu as mãos dela desapertarem o seu cinto, ao mesmo tempo que os seus olhos estavam presos em si. Tom sentia-se hipnotizado por aquele olhar. As suas calças caíram no chão e Tom passou uma mão sobre os cabelos aveludados dela. Desejava-a tanto. Não via a hora de poder possui-la e viver o seu sonho. Ela colocou ambas as mãos sobre o tronco de Tom e acariciando-o, levou também os seus lábios até ele para o beijar, e deixar Tom absolutamente extasiado. Sentia-se arrepiar e tomar por uma onda de calor sobrenatural. Precisava de a ter. Fez deslizar a camisa de dormir que ela tinha sobre o seu corpo e mandou-a para o chão, para junto das suas calças. Olhou para o corpo despido dela e ficou fascinado com o seu peito. Levou as suas mãos até à cintura dela e puxou-a para cima, obrigando-a a ficar de pé sobre a cama. Sentiu os lábios dela percorrerem a sua cabeça, e as suas mãos acariciarem o corpo de Tom, ao mesmo tempo que Tom levava os seus lábios até ao peito dela e beijava-a sem pudores. Sentia-a arrepiar-se, quando roçava e lambia ocasionalmente um ponto ou outro que a deixavam mais excitada. Com as suas mãos acariciava as costas dela, até introduzir uma mão do seu rabo, por baixo das cuecas, fazendo-as deslizar até à cama. Tinha-a para si. Inteiramente nua e disposta a ser sua. A dar-lhe prazer e satisfazer os seus sonhos mais secretos. Puxou a cara dela até aos seus lábios e beijou-a de forma arrojada e provocadora. Era chegada a hora de consumarem aquilo que ambos desejavam há tanto tempo. Na sua cabeça não conseguia pensar em mais nada. Queria-a e queria-a agora. Sentiu um dos pés dela entrar dentro dos seus boxers e fazer força para que eles descessem sobre as pernas de Tom e sorriu. Ela desejava-o e não era capaz de o negar agora que sabia que estavam destinados àquela noite de prazer. Levou ambas as mãos até aos seus boxers e removeu-os do seu corpo. Ladeou a cintura dela com ambas as mãos e puxando-a totalmente para si, impulsionou o corpo dela de forma a que ela lhe saltasse para o colo. Sentiu as pernas dela cruzarem-se nas suas costas e tomou os lábios dela com uma vontade animal de a possuir. Transportou-a de encontro à cómoda que Bill tinha no quarto, fazendo com que ela soltasse um gemido de dor pelo embate que acabava de sofrer. Tom puxou-a mais para cima e sentou-a sobre a cómoda. Largou os lábios dela para olhá-la uma vez mais nos olhos e perceber que por mais monstruoso que se sentisse e por mais nojento que pudesse ser em trair o seu irmão de forma tão animal, não era capaz de dizer que não àquele corpo, àqueles lábios famintos e àqueles olhos que o comiam sem modéstia. Atacou novamente os lábios dela, sentindo as suas mãos puxarem o corpo de Tom até si para que ele pudesse apoderar-se do seu corpo de forma máscula e vigorosa. Tom roçou os seus lábios até ao peito dela e beijando-os uma vez mais preparou-se para entrar no seu interior. Fê-lo devagar, sentindo o corpo dela abrir-se para o receber e ouvindo cada som que ela emitia e que vinha daquilo que ele infligia no seu corpo. Saiu do seu interior deixando-a tentada a que ele não se afastasse. Sentiu-a atacar os seus lábios com mais vivacidade e colocar ambas as mãos sobre o seu rabo, como se impulsionasse a sua zona pélvica contra si, de forma a estimulá-lo a entrar novamente no seu interior e a levá-la à loucura. Aquilo que eles estavam a fazer era desumano e imperdoável. Ambos tinham plena noção disso. Mas já que era inevitável e que o iam levar até ao fim, precisavam de tornar aquela numa noite única. Tom sorriu e mordeu o lábio inferior dela para a provocar. Entrou novamente no seu interior, deliciando-se com os sons que ela emitia ao senti-lo no seu interior. Sentia uma inveja incontrolável do seu irmão por poder ouvir aqueles sons todas as noites, vezes e vezes seguidas. Começou a impulsionar a sua pélvis sobre o corpo dela de forma lenta e compassada para que ela se habituasse a si, ao mesmo tempo que assaltava o peito, pescoço e lábios dela com a sua boca e língua. Sentia-se sobre nuvens, como se aquele fosse o corpo que o ia levar realmente ao paraíso idílico que todos os homens desejavam. Aumentou a velocidade a que a possuía à medida que a sentia cada vez mais receptiva a si e desejosa por o ter no seu interior. Também ela impulsionava a sua pélvis sobre o seu corpo, como se o ritmo de Tom não fosse suficiente para matar a sua fome e desejo. Tom entrou mais fundo no interior dela, queria que ela o sentisse e desejasse. Desejou no fundo do seu ser, ser o único capaz de lhe dar prazer verdadeiro. Desejou que ela pensasse em si cada vez que fosse para a cama com o seu irmão. Desejou que ela o procurasse todas as noites em que por alguma razão pudessem ficar a sós. Desejou entrar nela com uma velocidade acrescida e levá-la ao êxtase, e assim o fez. Pousou a sua cabeça no ombro dela e deixou que a sua fome animal a possuísse uma e outra vez sem se preocupar com o facto dos gemidos e da respiração dela serem cada vez mais ofegantes e impossíveis de dominar. Ouviu um estrondo e parou momentaneamente, para se aperceber que tinham caído da cómoda alguns objectos, entre eles, uma moldura com uma fotografia dela e de Bill, com um ar apaixonado e feliz, numa praia paradisíaca das Maldivas. O vidro estava partido. Tal como o coração de Bill ficaria se presenciasse aquela traição. Sentiu a sua cara ser puxada para a frente e viu-se obrigado a olhá-la nos olhos. O desejo que via nos olhos dela era cada vez maior. Não podia pensar em Bill, tinha de pensar naquele desejo que ambos sentiam. Não havia maneira de regressar no tempo. Entrou dentro dela o mais fundo que conseguiu e deixou-se ficar no seu interior. Arrastou o corpo dela até ao seu e obrigando-a a ficar no seu colo, voltou a levá-la para a cama. Deitou-a sobre a cama, ficando sobre o seu corpo e passando uma mão sobre o cabelo que começava já a colar-se sobre a sua testa, investiu novamente sobre os seus lábios e corpo. Retomou o ritmo acelerado a que a possuía anteriormente sem conseguir conter a excitação que sentia no seu interior. Sentia-se verdadeiramente um traidor, mas um traidor feliz e completo. Ela estava a preencher o vazio que ele sentia há tempo de mais. Desejava lutar por ela contra tudo e todos, mesmo que o seu irmão se entrepusesse no caminho. Precisava dela e de se sentir sempre assim. Ondulou o seu corpo sobre o dela e logo a sentiu começar a dar de si. Olhou para a sua face enquanto a via atingir o orgasmo e sentiu-se realizado, mais do que se fosse ele mesmo a vir-se naquele momento. Ela era facilmente excitável, tinha um fogo no corpo que só se igualava a si. Era como ele. Eram os dois feitos da mesma massa. Talvez por isso o amor que sentissem por Bill fosse tão puro. Talvez por isso não conseguissem ter cedido ao desejo, talvez por isso Tom não conseguisse parar de se fazer sentir no interior dela, porque queria que o prazer dela não tivesse fim, e o seu chegasse o quanto antes. Sentiu as mãos dela passarem nas suas costas e arranharem-no com violência e despertou para o prazer que estava contido no seu interior. Deixou-se vir no seu interior, sentindo a sua respiração mais ofegante que nunca e o prazer que sentia percorrer-lhe a espinha ser mais completo e eufórico do que o que se lembrava de alguma vez ter sentido. Seria possível? Saiu do interior dela e deitou-se ao seu lado, tentando recuperar do sonho que acabava de viver. Era impossível sentir-se melhor. Virou-se de lado para a observar e passando a mão sobre os seus cabelos beijou a sua testa suada e os seus lábios gulosos.

- Quero-te tanto… - disse Tom deixando a sua mão passear sobre o peito e barriga ofegantes dela.
- Acabas-te de me ter… - disse ela sorrindo, abraçando o corpo de Tom. O corpo dele era tão diferente do de Bill, tão robusto e entroncado, tão definido e rijo.

- Quero-te mais… Quero-te para mim… - disse Tom apertando-a contra o seu corpo.
- Não digas isso… - disse ela afastando-se do corpo de Tom. Não podiam continuar com aquela loucura. Tinha sido um erro único que nunca voltaria a acontecer. No dia a seguir a vida voltava ao normal. Bill chegava e o seu coração continuaria a bater de forma avassaladora por ele.
- Mas é verdade…. Quero lutar por ti…. – disse Tom puxando o corpo dela pela cintura até si – Quero que sejas minha…

- Eu não sou tua… Sou do teu irmão…. –
disse ela olhando para Tom com um olhar de súplica. Não queria prolongar a dor que iria sentir por ter quebrado a confiança daquele que mais amava, por pura luxúria e desejo. Um desejo primitivo que agora percebia ser difícil de controlar.
- Não me digas que não sentiste aquilo que eu senti… Porque já fui para a cama com muitas mulheres e nunca tinha sentido nada assim… Tu és especial e foste feita para mim… O Bill vai ter de perceber… - disse Tom não se imaginando sem ela.
- O Bill nunca vai saber de nada!!! – disse ela soltando-se dos braços dele para se levantar e vestir a sua camisa de dormir.

Tom levantou-se a correr e colocou-se em frente à porta para evitar que ela saísse e o abandonasse.

- Nega que me desejas…
- Não nego que te desejo…. Mas também não posso negar que amo o teu irmão! –
disse ela alterada.

- … Então nega que me amas! - disse Tom de forma doce aproximando-se do corpo dela, ao mesmo tempo que a prendia com o seu olhar.
- Não faças isso… - disse ela virando-se de costas para evitar os olhos dele que a deixavam desarmada.

- Nega que o que acabou de acontecer foi verdadeiro… - disse ele abraçando-a pela zona da cintura enquanto ela estava de costas, inspirando a essência que brotava do seu pescoço, ao mesmo tempo que fechava os olhos.
- Esquece o que aconteceu… Não devia ter acontecido… Devíamos ter sido mais fortes… - disse ela fechando os olhos para sentir as mãos dele acariciarem a sua barriga e os seus lábios começarem a roçar ao de leve sobre o seu pescoço.

- Nega que queres que lute por ti e te possua todas as noites como fiz hoje… - disse Tom virando-a de frente para si.

Beijou os lábios dela de forma sentida. Não valia a pena negar algo tão forte e evidente. Nada do que ali tinha acontecido alterava o sentimento de ninguém por Bill, apenas acrescia uma nova onda de sentimentos e confusões. Os seus corpos pareciam estar moldados para ficarem unidos. Tom sentia-se tomar por uma onda de prazer e amor como nunca antes tinha sentido e tinha a certeza absoluta que se alguma vez conseguisse ser feliz ao lado de uma mulher, essa mulher teria de ser a namorada do seu irmão. Nenhuma outra conseguiria fazer o seu coração bater. Ela tornava-se naquela noite a sua fonte de vida. A água da qual o seu corpo precisava para viver. Não podia esquecer o que tinha acontecido, não podia simplesmente passar uma borracha quando algo tão forte tinha acontecido naquele quarto. Percebia que ela estava insegura e com medo, também ele se sentia assim, mas se ela o desejasse, se ela o quisesse, lutaria contra o mundo inteiro para estarem juntos.

- Nega que me amas… Nem que seja num canto escondido do teu coração, que desejavas que nunca existisse… - pediu Tom ao aperceber-se que ela voltava a ter os seus olhos repletos de lágrimas.

- … Não posso! - disse ela deixando duas grandes gotas rolarem sobre o seu rosto – Mas não quero…

Tom abraçou o corpo dela sentindo-se renascer por dentro. Ela não podia negar que o amava nem que fosse num sítio reservado para os seus segredos mais sombrios. Tinha de lutar por ela e por aquele sentimento que sentia tomar conta de si pela primeira vez na vida. Mesmo que isso significasse despedaçar Bill, ele ia ter de perceber que Tom não agia por luxúria ou desejo, agia por amor. Pela primeira vez na vida. Quem estaria disposto a abdicar de um grande amor para que o outro pudesse ser feliz? Tom tinha-o feito até àquela noite, mas não era capaz de continuar a esconder algo que o consumia de forma tão persistente.

- Vai-te embora Tom… - pediu ela. Precisava de ficar sozinha para pensar naquilo que tinha acabado de fazer. Tinha acabado de cometer o maior erro da sua vida em deixar Tom entrar no seu corpo e coração de forma tão sentida.

- Eu vou lutar por ti… - disse Tom encaminhando-se para a porta sem nunca tirar os olhos dela. Era perfeita, e tinha sido sua. Tinha de lutar para que assim continuasse.

- Não me faças escolher entre um de vocês… - pediu ela deixando o seu corpo cair sobre a cama que tinha sido alvo e testemunha dos seus erros.

- Tu não o amas… Tu gostas dele… Mas é a mim que tu desejas, é em mim que pensas, é comigo que queres fazer amor… - disse ele regressando para perto dela, ajoelhando-se sobre os seus pés. Não se conseguia manter afastado. Sentia-se demasiado atraído a ela.
- A minha relação com o teu irmão é perfeita…
- Então porque é que me desejas tanto? Porque é que não foste capaz de me travar? Porque é que te deste desta forma? Porque é que eu vejo nos teus olhos que tens medo de o magoar, mas que agora me desejas ainda mais?

- Saí Tom! –
pediu ela, levantando-se para se afastar do corpo dele – Pára… Isto nunca devia ter acontecido. E nunca mais vai voltar a acontecer… Eu amo o teu irmão, ele é o homem com que eu quero passar o resto da minha vida… Tu és o homem com quem eu queria passar uma noite… – disse ela sentindo o seu coração encolher pela mentira que lhe saía da boca – Foi bom! Mas agora é hora de regressarmos à realidade e seguirmos os nossos caminhos…

- Que caminhos? –
perguntou Tom magoado com o que ela dizia. Tinha a certeza que ela mentia.
- Tu vais continuar nos teus engates, e eu vou continuar a amar o teu irmão, como sempre amei…
- E vais pensar em mim? Porque eu sei que vou pensar em ti quando estiver na cama com as outras…

- Pára! Não tornes as coisas mais complicadas… O que é que estavas à espera que acontecesse esta noite?

- Não sei… Queria encontrar respostas para o que sinto…
- Acho que só encontraste mais dúvidas… -
disse ela sentando-se na cama novamente como se desistisse de lutar. Queria Tom longe de si e da sua vida, por mais que soubesse que isso era algo impossível.
- Não… - disse Tom pegando na sua roupa que estava no chão, encaminhando-se novamente para a porta – Encontrei certezas…

- Não te enganes a ti mesmo…
- Não sou eu que me estou a enganar… -
disse Tom abrindo a porta para sair. Tinha de lutar pelo que sentia. Não era capaz de conviver com ela sentindo algo tão forte dentro de si, sabendo que ela pertencia a outro homem que não ele, por mais que esse outro homem, fosse a sua alma gémea.

Deixou que Tom saísse do quarto e deitou-se sobre a cama abraçando uma almofada. Sentia uma vontade compulsiva de chorar e desaparecer. Porque é que Tom tinha de existir no seu interior? Porque é que não podia ser só um simples desejo que era extinto com aquela noite a dois? Porque é que sentia que de alguma forma estranha também o amava? Porque é que queria que ele lutasse por si, se amava Bill mais do que alguma vez tinha amado alguém? Porque é que se sentia pressa à possibilidade de ter de escolher um dos dois e não ser capaz de o fazer? Ver-se-ia obrigada a fugir de ambos para os proteger? Preferia viver destroçada sem nenhum deles a saber que tinha causado a separação da união forte que existia entre eles e que era tão bonita. Não ia ser o alvo daquela discórdia. Recusava-se! Sentiu a almofada ficar molhada com as suas lágrimas. Rezou para que Tom dormisse sobre o assunto e optasse por não lutar por si. Não havia nada pelo qual lutar. Estava disposta a tentar esquecer que aquilo alguma vez tinha acontecido. Rezou para que no dia seguinte conseguisse encarar os olhos de Bill, conseguisse tocar nos seus lábios, amar o seu corpo e ser a namorada que ele merecia ter do seu lado.

Levantou-se, arrancou os lençóis que tinha na cama e colocou-os para lavar. Não queria o cheiro de Tom perto de si. Arrumou a cómoda e tomou um banho demorado. Esfregou o seu corpo até que ele ficasse vermelho e não sobrasse qualquer vestígio do corpo de Tom no seu. Pegou numa manta e enrolando-se nela deitou-se no sofá da sala, enquanto as lágrimas pareciam querer recomeçar a tomar conta dos seus olhos. Seria incapaz de viver com o seu erro e encarar Bill e Tom na manhã seguinte. Sentia-se lixo…


Última edição por dikas em Seg Mar 29, 2010 4:45 pm, editado 4 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeTer Fev 09, 2010 4:58 pm

não tenho nem palavras pra descrever isso.
pela primeira vez eu entendi o Tom. não consegui sentir ódio dele por estar traindo o irmão.
e tu bem sabes que eu tenho grandes problemas com o Tom. :x hahaha
mas sério. foi a melhor one shot que eu já li. conseguistes transmitir um sentimento muito verdadeiro em cada palavra. cheguei a sentir que estava vivendo aquilo tudo com eles dois.
muto emocionante! foi realmente uma ótima surpresa! Very Happy

aproveite sua estadia na alemanha! por mim e or ti! hahaha
beeijos, adoro-te <3
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeTer Fev 09, 2010 5:42 pm

Bem, no geral gostei. Já tinha lido one's sobre este assunto, sobre uma mulher na vida dos Kaulitz.
Mas nunca nenhuma das outras tinha retratado tao bem o turbilhao de sentimentos que tu retratas-te.. O promenor da moldura partida com a foto do Bill e dela, é logo um indicador de tragedia, forma como na minha opiniao deveria acabar a one. Ou ela iria embora e desapareçeria para sempre ou suicidava-se. (Sim, eu sei que sou um bocado dramática, mas sao os dois finais mais emocionantes que consigo prever..). Foi optimo teres deixado o final em aberto e acho que nunca tinha visto nenhuma one e/ou fic com tantas interrogações, tantos medos, tantos desejos proibidos.. Teres indo contrantando o sentimento de Bill com o semtimendo dela e de Tom também é um factor muito engraçado e rebuscado, até.
Achei muito bem que o Tom se tenha sentido um traidor, poi naquele momento, foi o que ele foi, e que ela se tenha sentido um lixo. Acho que poderiam ter feito tudo ao Bill menos o seu irmão Gémeo o ter traido com a sua namorada :/ (Sim, eu sei que tenho um sentido protector perante o Bill, mas para mim ele é a coisa mais fofinha há face da terra e tem de ser protegido! :$).
Outro promenor interessante foi o facto de não teres atribuido um nome a "Ela", simplesmente a descreves como "namorada do Bill". O que me faz pensar sobre a importancia desta personagem.. Isto é, ela nao precisa de um nome para suscitar a intriga principal (trair Bill) , ela fa-lo e nao tem importancia o nome dela, pois só é importante ela ser a "namorada do Bill". Nada mais, ela nao passa disso - é isso e isso mesmo ponto.
Desculpa se andei a divagar, mas é esta a minha opinião..

È cruel ter de optar entre o Tom e o Bill , porque eles completam-se e juntos tornam-se ainda mais únicos e genuínos.
Adorei a surpresa Dikas ^^ mil beijinhos *
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeDom Fev 21, 2010 8:42 am

HaLLoOOooOo \o/ \o/ \o/

Annelisek

Oh Gott…. K koisa boa de se ler sweety….
Obrigada pelo komment! Nem sabe komo fiko feliz em saber k konsidera essa One Shot a melhor k você já leu…. Nem sabe komo fiko feliz em saber k pela primeira vez vc entendeu o Tom e akilo k ele sentia ao ponto de não fikar brava kom ele…. Nem sabe komo fiko feliz em saber k vc sentiu akilo k eles estavam vivendo e k axou a OS emocionante…. Obrigada mesmo sweety!!! Tb te adoro = )

Wisa

LolOlololOLol adorei o facto de dares ideias para um final trágiko… No momento em k escrevi esta OS só tinha esta imagem na cabeça…. Mas n fecho a porta à possibilidade de no futuro escrever uma kontinuação…. Kem sabe!!! N gosto de programar nada, as koisas surgem.m naturalmente!
Kt à temátika ser já mt explorada…. Akredito…. Embora konfesse k só li 1 one shot na minha vida e foi pk m pediram para o fazer =p Por isso n sei o k kostuma ser mais explorado komo assunto… Eu até teria feito uma fic desta OS, mas komo estou empenhada a escrever uma fic neste momento, n kero fikar kom 2 pendentes =p
Adorei as tuas divagações sweety….Adoro.as sempre… = ) Por isso sempre k kizeres divagar estás mais k há vontade…. Gostei partikularmente do facto de teres xamado a atenção à personagem feminina n ter nome…. É k é isso mesmo…..n importa o nome dela ou kem ela é…. O mais importante é o k ela representa para ambos os irmãos… = )


* * * KiSsEs GranDEs * * *



to be continued....
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeTer Mar 02, 2010 6:39 am

Part II



Sentiu uns lábios doces e quentes apoderarem-se da sua testa. Abriu os olhos e viu os contornos nublados de alguém que estava assustadoramente perto de si.

- Não!!! – disse ela virando a cara para evitar encará-lo nos olhos.
- Calma… Sou eu… - disse Bill abraçando o corpo nitidamente fragilizado da sua namorada.

Ouvir a voz de Bill despertava um misto de sentimentos estranho em si. Sentia-se suja e impura. Não era digna do amor e carinho que ele tinha por si. Não depois da noite que tinha vivido nos braços do seu irmão… Os seus braços pareciam petrificados, não os conseguia mexer. Não se achava merecedora de abraçar aquele corpo que tanto lhe dizia. Seria capaz de fitá-lo nos seus olhos? Duvidava. Não era digna disso. Bill acarinhava-lhe os cabelos de forma terna e depositava beijos compassivos e afectuosos na cabeça. Sentiu duas grandes gotas escorrerem sobre os seus olhos. Como é que ele a podia amar tanto se ela era um monstro sem compaixão e sem sentimentos? Como é que ele a podia amar tanto se ela não tinha sido capaz de negar o corpo de outro homem? Um homem que tinha desejado intensamente. Um homem que tinha o seu sangue a correr nas veias. Talvez a amasse porque não sabia a verdade. Se Bill sonhasse o tamanho da traição do qual tinha sido vitima, seria incapaz de lhe afagar os cabelos daquela forma ou de beijá-la com tamanho amor, dedicação e preocupação. Se ele descobrisse, qualquer que fosse a sua reacção, seria contida, pois ela mereceria muito pior pelo que lhe tinha feito. Merecia a morte por fazer com que o coração de Bill ficasse irreparavelmente quebrado e magoado para todo o sempre.

– Já passou… Foi só um sonho… - disse Bill afastando-se do corpo dela para a olhar nos olhos e perceber que ela chorava de forma compulsiva mas silenciosa, como se a dor fosse mais profunda do que alguma vez julgasse ser capaz de suportar.

Fechou os olhos e tentou-se recordar da noite passada, enquanto Bill limpava as lágrimas que escorriam sobre o seu rosto. Não podia ter sido um sonho, estava demasiado vivo dentro de si, tinha de ser real, embora deseja-se com todas as suas forças que fosse apenas, e nada mais que um sonho. Bill estava ali ao seu lado e nunca a tinha deixado, tinha sido com ele que tinha passado uma noite inesquecível, tinha sido com ele que tinha desbravado os caminhos do prazer e desejado ser feliz nos seus braços por tempo ilimitado, sem preocupações, nem sentimentos de culpa.

- Sim, foi um sonho… – disse ela precipitando-se de encontro aos braços de Bill para o abraçar com toda a força que tinha. Não o queria perder. Tinha de ter sido um sonho.
- Está tudo bem… Não me queres contar o que aconteceu? – perguntou ele ternamente abraçando-a com a mesma dedicação que via nela. O seu corpo parecia estar em choque por o ver.
- Promete-me que foi só um sonho?
- Prometo amor… -
disse ele sorrindo de forma terna ao mesmo tempo que lhe passava uma mão sobre a face e lhe depositava de seguida um beijo leve nos seus lábios.

Respirou fundo e sentiu um peso imenso sair-lhe dos ombros, coração e mente. Não tinha passado de um sonho, estava tudo bem. Bill era seu, tal como ela era, e seria sempre sua. Sentou-se direita no sofá onde estava deitada e sobre o olhar confuso e terno dele ajoelhou-se no chão ao lado de Bill e voltou a abraçá-lo com toda a força que possuía. Desejava estar com ele noite e dia e ser eternamente sua. Não deixava de ser um monstro. A sua mente era traiçoeira, tinha-a induzido em erro para a torturar. Porque é que haveria de colocar Tom nos seus sonhos e fazê-lo tão perfeito? Porque é que a tinha de tentar com algo que nunca poderia ser seu e que era a pessoa em quem mais Bill confiava e amava? Porque é que sentia que o seu desejo por Tom era de alguma forma real? Sempre tinha sentido uma atracção por ele, um desejo e uma força que a puxava ao seu encontro, mas ele era parte de Bill, não seria normal amá-lo até certo ponto também? Por mais diferentes que fossem, eles eram iguais. Amava Bill incondicionalmente, ele era perfeito, mas Tom era parte dele, uma parte mais perversa e tentadora. Largou os braços de Bill e assaltou os seus lábios. Precisava de se redimir dos seus pecados. A sua mente podia querer atraiçoá-la mas o seu corpo jamais pertenceria a outro, era de Bill. Sentiu as mãos de Bill ladearem a sua cintura e os lábios dele percorrerem o seu pescoço de forma suave, provocando-lhe uma centena de arrepios. Sorriu. Aquele era o seu Bill, o homem que amava e que jamais trairia.

- Queres-me contar o teu sonho? – perguntou Bill ternamente.
- Levas a mal se o guardar para mim? Não queria mesmo falar sobre isso…
- Claro que não… Mas deixaste-me curioso… Nunca te tinha visto assim…
- Não foi nada… Ter-te aqui comigo neste momento faz com que o sonho desapareça… Até já me esqueci dele… -
disse ela sentando-se sobre o colo de Bill, colocando as mãos à volta do seu pescoço – Amo-te tanto!
- E eu a ti…


Bill sorriu e puxou-a pela cintura para si. Queria que o corpo dela ficasse colado ao seu, sem qualquer centímetro a separá-los. Alcançou os lábios dela com os seus e beijou-os de forma apaixonada. Sentia falta daqueles lábios sempre que estava afastado dela. A maneira e dedicação com que ela o beijava espelhava o amor que ela transportava, e naquela manhã, ela parecia irresistivelmente tentada em provocá-lo. Alcançou o interior da sua boca com a língua e procurou brincar de forma arrojada no interior dela, sabia que ela era incapaz de resistir ao seu piercing. Rodou-a sobre a cintura e deitou-a no chão, colocando-se de forma dominante sobre o seu corpo. Beijou o seu pescoço sentindo-a arrepiar-se e introduziu uma mão por debaixo da camisa do pijama dela para acariciar o seu peito, enquanto sentia as pernas dela enlaçarem-se sobre o seu corpo. Estava receptiva a si.

- Tenho de passar a noite mais vezes fora de casa… - disse Bill de forma sussurrada ao seu ouvido.
- Não… Não quero que fiques longe de mim uma noite que seja… - disse ela sentindo-se arrepiar pela forma como ele estava perto do seu ponto fraco – …Vamos para o quarto?
- Os teus desejos são ordens… -
disse Bill beijando-a.

Levantou-se com o desejo à flor da pele e estendeu-lhe as mãos para a ajudar a levantar-se. Assim que a viu levantar-se abraçou o seu corpo e beijou-a com todo o desejo que sentia fervilhar dentro de si. Tudo o que desejava naquele momento era possui-la e ser seu. Sentia falta daquele corpo e sentia-se excitar só com o poder dos seus beijos e das suas mãos a passarem sobre si. Encaminhou-a para o quarto sem nunca largar o seu corpo, nem parar de a beijar. Queria senti-la e não era capaz de se desprender daquela que fazia o seu coração viver e bater de forma tão acelerada, como nunca antes tinha batido. Foram diversas vezes contra as paredes do corredor que os levavam até ao quarto de Bill, mas sorriam e riam de forma apaixonada, o desejo era superior a qualquer mazela que os pudesse atacar pelo caminho. Sentia-se feliz e verdadeiramente realizada, podia ter vivido um pesadelo naquela noite, podia sentir o seu coração enfraquecido, mas estar nos braços de Bill e desejá-lo de forma tão pura não lhe deixava qualquer réstia de dúvidas que o sonho que tinha vivido, era na verdade um pesadelo, e que Tom nunca tinha passado de um desejo do seu corpo e mente num momento em que provavelmente estava mais fragilizada.

Assim que entrou no quarto, sentiu uma mão de Bill desprender-se do seu corpo para fechar a porta do quarto e imediatamente pegou na camisola e t-shirt que Bill trazia vestido sobre o corpo e tirou-lhe as duas de uma só vez. Queria-o demais para esperar um segundo que fosse.

- Espera… - pediu Bill colocando dois dedos sobre os lábios sedentos dela para que ela parasse de o beijar.
- Não consigo… - disse ela pegando na mão de Bill colocando-a na sua cintura, atacando ao mesmo tempo os lábios dele que estavam igualmente ávidos e sequiosos como os seus.
- É só um segundo… - disse Bill libertando-se dos lábios dela sentindo-se excitado e activado pela recepção que ela lhe fazia.

Bill separou-se do seu corpo e foi a correr à sala buscar a manta na qual a sua namorada tinha dormido enrolada. Quando regressou, vinha com um sorriso majestoso e um brilho nos olhos difícil de igualar. Estava desejoso de poder sentir o seu interior. Estendeu a manta sobre a sua cama.

- Assim não sujamos o colchão… - disse Bill deixando o seu corpo cair sobre a cama ao mesmo tempo que puxava o corpo dela para cima de si.
- Ãhhh? – proferiu ela ao mesmo tempo que os lábios de Bill voltavam a tomar conta dos seus.
- Não temos roupa na cama… - disse Bill vendo-se livre das suas calças.

Lembrava-se perfeitamente de no seu sonho ter arrancado os lençóis da cama e de ter colocado tudo para lavar. Não queria o cheiro de Tom perto daquele quarto e do seu corpo. Sentiu uma bomba explodir no seu coração com a possibilidade do seu sonho não ser apenas um sonho e afastou o corpo de Bill de cima do seu, levantando-se apressadamente, como se a sua sanidade mental dependesse do afastamento de Bill.

- O que foi? – perguntou Bill sem perceber o que se passava e o porquê dela se afastar de forma tão rápida. A manta iria proteger a cama e depois podia ir para lavar, tal como desejava que os seus corpos se lavassem após a sessão de amor que ia em breve viver nos braços da mulher que amava.
- Dá-me um segundo… Preciso ver uma coisa… - disse ela meia atarantada. Precisava de provar a si mesma que tinha realmente vivido um sonho e que Tom não tinha possuído o seu corpo de forma mágica naquela noite – Espera…

Bill olhou para ela sem perceber o que se passava, mas deixou que o seu corpo sedento aguardasse deitado sobre a cama, enquanto ela procurava algo sobre a cómoda do seu quarto. Estaria à procura de um preservativo? Para quê se os seus corpos se uniam há tanto tempo e eram feitos um para o outro? Ela tomava a pílula, não precisava de se preocupar com contraceptivos, ou será que se tinha esquecido de tomar a pílula e corriam o risco dela engravidar?

- Volta para ao pé de mim… - pediu Bill ao aperceber-se que ela já tinha encontrado algo e que estava estática de costas viradas para si.

- … É melhor ires tomar banho! Deves estar cansado e a precisar de relaxar… - disse ela numa voz praticamente inaudível, enquanto segurava a moldura que continha a fotografia deles os dois numa praia paradisíaca das Maldivas.
- Eu só preciso de ti! Anda… - disse Bill levantando-se da cama para a ir buscar. Estava demasiado activo para ponderar a possibilidade de não a ter.

Bill abraçou o corpo dela de costas pela cintura e beijou o seu pescoço tentando-a puxar de volta para a cama, mas ela estava imóvel. Os seus músculos não mexiam. Achou estranha a diferença de atitude dela e olhou com atenção para as suas mãos para tentar perceber o que a tinha feito mudar tão drasticamente. Apercebeu-se que ela segurava nas suas mãos uma fotografia que tinham tirado juntos nas Maldivas. Era a sua fotografia preferida ao lado dela. O vidro estava partido. Observou-a com atenção e viu uma gota caída sobre a fotografia. Estaria ela a chorar? Deu a volta ao seu corpo e colocando-se frente a frente com ela reparou que a sua face estava lavada em lágrimas e que o seu corpo parecia inactivo como se estivesse em choque. Porque é que ela estava tão triste? Era só um vidro partido. Mandava-se substituir. Teria alguma coisa a ver com o pesadelo com que ela tinha sido assombrada naquela noite? Estava hipnotizada e paralisada a olhar para a fotografia. Mantinha a cabeça baixa e os olhos aguados e pregados na moldura.

- É só um vidro partido amor… – disse Bill tentando acariciar a sua cara para pela primeira vez receber uma reacção por parte dela e ser-lhe negado o toque.

Bill achou estranha a forma como ela sem o olhar nos olhos se afastava da sua mão como que por repulsa. Como se o seu toque fosse magoá-la ou feri-la de alguma forma.

- Não tem problema… - disse Bill na esperança dela se acalmar – …Tem alguma coisa a ver com o teu sonho?

- É melhor ires tomar banho… -
repetiu ela de forma automática. Não conseguia olhar para Bill, nem encará-lo naquele momento. Precisava de estar sozinha.
- Mas eu quero estar contigo…
- Vai… -
disse ela tentando controlar as lágrimas.
- Amor… - disse ele tentando fazer uma nova aproximação ao corpo dela para lhe ser negado o toque novamente – Podes-me contar tudo…

- Preciso de estar sozinha…. –
disse ela pousando a moldura na cama.

- Ok… - disse Bill percebendo que algo realmente grave se tinha passado no seu sonho e ela tinha receio de lhe contar com medo do que ele pensasse – Vou tomar banho… Podemos falar disso depois quando estiveres mais calma e te sentires preparada… Mas quero que saibas que não precisas de ter segredos de mim, porque não há nada que me possas contar que me faça amar-te menos do que te amo, e desejar-te menos do que te desejo…

Ouviu a porta da casa de banho fechar e deixou que o seu corpo caísse indefeso sobre o chão do quarto. Se Bill soubesse aquilo que a assombrava naquele momento não seria capaz de sentir as palavras que tinha acabado de proferir. Então era verdade? Tom tinha realmente entrado na sua vida? Como é que há segundos atrás se sentia a pessoa mais feliz do mundo e agora se voltava a sentir um monstro indigno da vida humana? Como é que era tão feliz ao lado de Bill e o amava tanto e tinha sido capaz de ir para a cama com o seu irmão gémeo? Fechou os olhos e pensou na noite anterior: no seu corpo unido ao de Tom, no cheiro dele, nos sons que ele emitia, nas palavras confiantes dele, no toque suave que as suas mãos tinham, no seu corpo definido e musculado, na forma como esse mesmo corpo se apoderava do seu com vivacidade e um desejo incalculável. Pensou em Tom e no desejo que sempre tinha sentido por ele e sentiu-se ainda mais suja e putrefaça. Era uma pega sem coração que não tinha direito ao ar que respirava, nem ao coração que batia no seu interior. Merecia uma morte lenta e dolorosa, tão intensa como o prazer que tinha sentido nos braços de Tom, tão intensa como a tristeza e o tamanho da dor de Bill se viesse a descobrir o que se tinha passado. Como é que seria capaz de manter uma relação com Bill depois do que lhe tinha feito? Como é que conseguiria olhá-lo nos olhos? Beijar os seus lábios carnudos? Dormir na sua cama? Tê-lo no seu interior? Não seria capaz… Por mais monstruosa que fosse e indigna da vida e da sorte que tinha, não era capaz de continuar com Bill. Mas como é que lhe ia dizer que estava tudo acabado? Como é que ia ser capaz de o fazer sofrer tanto pelo seu erro? Ia chorar noites e dias a fio, ia desejar morrer, desaparecer da face da Terra, ia desejar nunca a ter conhecido. Como é que poderia pôr um ponto final a uma história tão feliz e perfeita como a que tinha com o homem que sempre tinha julgado ser ideal e perfeito para si? Que desculpa poderia inventar para o salvaguardar a ele e à sua relação com Tom? Dizer que não o amava ou que só estava com ele por interesse era negar a força com que ele vivia no seu interior, era destrui-lo de forma cruel. Não o podia fazer. Tinha de arranjar uma alternativa, mas tinha de sair da vida de Bill, pelo amor e respeito que ainda sentia por ele.

Levantou-se do chão e limpou as lágrimas que escorriam no seu rosto. Ouvia a água cair no interior da casa de banho, Bill tomava banho e muito provavelmente perguntava-se o porquê daquela sua reacção. Tinha de pensar numa justificação e num modo de terminar tudo com ele. Precisava ser forte e fazer aquilo que tinha de ser feito. Saiu do quarto e percorreu o corredor que dava acesso aos quartos com uma vontade imensa de morrer. Dava tudo para estalar os dedos e ver-se em sua casa, longe de todos os problemas, longe de ter de enfrentar o quão fraca e nojenta era enquanto ser humano e namorada. Ia já a meio do corredor quando se apercebeu que uma porta atrás de si se abria. Sentiu o coração dar sinal e pulsar com uma força desmedida no seu interior, como se fosse aquele pulsar a corda necessária para a sua sobrevivência e a sua esperança. Deixou que as lágrimas voltassem a escorrer sobre a sua face. Já quase não tinha lágrimas para chorar, estava exausta. Como é que um erro podia mudar a vida de alguém de forma tão bárbara?

- Gostava de falar contigo… - disse Tom de forma pausada e sentida. Não a queria assustar nem perturbar. Percebia que as coisas entre eles estavam tensas e complicadas, mas precisavam de falar sobre o que tinha acontecido e resolver todos os pontos soltos que tinham ficado por resolver.
- Não temos nada para falar… - disse ela continuando a percorrer o corredor até entrar na sala.

Tom seguiu-a. Precisava de falar com ela, de dizer que a amava, de dizer que faria tudo para a ter nos braços novamente, que continuava disposto a ir contra tudo e todos por ela, que a desejava tanto quanto no primeiro dia que a tinha visto, que não tinha conseguido dormir, nem pensar em mais nada nem ninguém senão nela. Precisava dela como nunca tinha precisado de ninguém, e precisava dela mais do que nunca, porque depois da noite anterior sabia que estava-lhe destinado de corpo, alma e de algo que nunca antes tinha pulsado no seu interior daquela forma: de coração.

- Expressei-me mal…. Eu preciso de falar contigo sobre o que aconteceu ontem à noite… - disse ele colocando-se à sua frente para que ela não o pudesse evitar.
- Não aconteceu nada ontem à noite… - disse ela sem olhá-lo nos olhos, não era capaz de encarar o seu passado negro – Tu foste para a tua cama e eu adormeci no sofá da sala a ver televisão…

- Não… - disse Tom abanando a cabeça de forma negativa. Ela não podia negar algo tão puro e bonito daquela forma – Eu fui ter contigo ao quarto e fizemos amor… E juntos percebemos que o que existe entre nós é mais do que uma atracção física… Algo em nós está destinado um ao outro… - disse Tom observando o ar fragilizado dela sentindo uma vontade imensa de a proteger e acarinhar. Se pudesse…

- Não digas isso!!! – disse ela olhando-o pela primeira vez nos olhos com um olhar fragilizado mas guerreiro. Tom não podia sentir nada por si, ela não merecia o amor de ninguém, muito menos o dele e de Bill. O seu amor era perigoso, era irracional, era capaz de o levar a cometer a maior loucura de todas, a loucura de trair o próprio sangue que lhe corria nas veias.
- É verdade… - disse ele andando na direcção dela para a ver afastar-se de si – Tu és minha, sempre foste…

- Nunca fui e nunca serei! –
disse ela andando para trás para ir de encontro a uma das paredes da sala e ver-se encurralada por Tom.

O cheiro dele perturbava e enlouquecia a sua mente. Lembrava-se perfeitamente de o sentir no seu corpo e de o desejar, amar e odiar em fracções de segundos. Odiava-o por gostar tanto dele, por sentir que Tom sempre tinha vivido no seu interior de forma proibida e escondida. Odiava-o por reconhecer que era capaz de o amar, tal como amava Bill. Odiava-o por saber que se teria de afastar dele também e de viver a sua vida enclausurada nas suas mágoas e pensamentos, de sentir-se uma traidora sem coração, que não merecia amar qualquer um deles. Odiava-o porque ele estava demasiado perto do seu corpo e ainda era capaz de sentir desejo por ele. Odiava-o por ser perfeito na sua imperfeição e a fazer pecar como nunca tinha julgava ser capaz.

Ela estava frágil e sentida. Os seus olhos mostravam medo. Tom tinha uma vontade imensa de a sentir. Sabia que o seu irmão estava em casa e que era arriscado, mas desejava tocar-lhe, abraçá-la e dizer-lhe que tudo ficaria bem, que não precisava de ter medo, estava do seu lado para tudo e juntos conseguiriam ultrapassar qualquer montanha ou dúvida que ela tivesse de atravessar. Calmamente colocou ambas as suas mãos sobre a face dela e sentiu o seu corpo estremecer e os seus olhos soltarem uma nova onda de lágrimas silenciosas, tal como na noite anterior.

- Detesto-te… - disse ela fechando os olhos.
- Porque me amas… - disse Tom respirando fundo ao mesmo tempo que lhe acariciava a face.

Porque é que Tom tinha de dificultar sempre as coisas? Porque é que não podia aceitar simplesmente que ela não queria nada consigo e deixá-la em paz? Porque é que despertava nela o seu lado mais desumano e pecador? Queria negar o sentimento que tomava conta de si mas o toque suave das suas mãos lembrava-lhe a noite que estava marcada no seu coração e dificultava o processamento de qualquer tipo de pensamento. Tudo em que conseguia pensar era nas mão dele e no facto do seu corpo estar assustadoramente próximo.

- E eu continuo disposto a fazer de tudo para que fiques ao meu lado… - disse Tom numa voz terna e sussurrada – Tu não és como as outras, não és um capricho, nem um desejo passageiro…

Não conseguia ficar afastado dela. Sabia que ela também o desejava e estava apenas atormentada com tudo o que estava a acontecer e com a panóplia de novos sentimentos que tinha descoberto no seu interior. Fechou os olhos e deixou que os seus lábios se unissem aos dela num toque suave e ameno. Ela não procurou fugir aos seus lábios, mas também não procurou ser activa, estava uma vez mais sem reacção.

- Será que não percebes que eu não posso estar contigo? – perguntou ela encarando os olhos amendoados dele que a faziam sentir-se leve e amada só com o olhar. Porque é que ele insistia em deixá-la sem chão?
- Eu sei… Por isso mesmo é que temos de falar…
- Para quê?
- Para resolver o nosso futuro, saber o que vamos dizer ao Bill… -
disse Tom passando uma mão sobre os cabelos dela.
- Não vamos dizer nada ao Bill… Eu já me decidi… Vou acabar tudo com ele e afastar-me de vocês…

- Não podes fazer isso!!! –
disse Tom elevando a sua voz, abraçando o corpo dela como se tivesse medo de a perder.
- É o melhor… E é o que deve ser feito… - disse ela abraçando o corpo de Tom para o sentir uma vez mais, aquela seria a sua despedida dele – Eu não posso, nem vou ser a razão dos vossos problemas… Amo-vos demais para isso…

- Recuso-me a ficar sem ti… -
disse Tom passando as mãos sobre a face dela novamente como se quisesse comprovar que ela era real e estava ali consigo. Não a podia perder, não agora que a tinha tido e que sabia que ela o amava também.
- Não tens outra hipótese… A escolha é minha e a decisão está tomada… - disse ela sentindo uma tristeza profunda tomar conta de si. Não se julgava capaz de viver afastada de nenhum deles.

- O que é que queres que eu faça? – perguntou Tom olhando-a nos olhos. Se a perdesse agora nunca mais seria capaz de amar ninguém, sentia-o no seu peito – Eu faço tudo o que quiseres… É só pedires…
- Quero que me soltes e me deixes ir… -
disse ela sentindo o coração diminuído no seu interior e as lágrimas escorrerem no seu rosto de forma compulsiva. Como é que era possível amá-los tanto e magoá-los de forma tão cruel? Desejava do fundo do seu ser acreditar nas palavras de Tom, saber que tudo ficaria bem e ser capaz de enfrentar os seus erros, mas não era… Era cobarde, sempre tinha sido, senão não teria traído Bill com o seu irmão.

- … Tudo menos isso! - implorou Tom, sentindo as mãos dela pegarem nas suas.

Levou os lábios até às mãos de Tom e beijou-as de olhos fechados. Talvez fosse a última vez que sentiria aquelas mãos sobre as suas. Sentia uma vontade incontrolável de chorar por tudo o que tinha feito e pela vida que estava naquele momento a perder. Sentia-se egoísta e desejava ser capaz de abdicar de tudo para permanecer naquela casa, mas não era capaz, não conseguia encarar Bill e Tom. Sentia-se impura e destinada a sofrer por aquele amor correspondido da pior forma possível.

- Tens de me deixar ir…

Tom afastou-se do corpo dela e levou as mãos à cabeça em desespero. Desejava tudo menos que ela saísse da sua vida. Preferia vê-la com o seu irmão para sempre, viver sobre o mesmo tecto que ela e nunca lhe poder tocar. Preferia ser torturado diariamente e para o resto da sua vida, a saber que ela passaria a ser uma desconhecida e que nunca mais poderia sequer sentir aquele odor que o cativava. Olhou para ela e viu-a deixar cair o seu corpo no chão encostado à parede. Chorava de forma magoada e profundamente triste. Como a compreendia. Como gostaria de ter sido mais forte e não ceder à tentação na noite anterior. Era capaz de tudo por ela, mesmo que isso significasse ir contra a sua alma gémea. Porque é que não era capaz de abrir mão dela? Porque é que sentia que ia sofrer mais do que alguma vez tinha sofrido se ela saísse de sua casa e a última recordação que tivesse dela fosse aquele sofrimento atroz que corroía o seu interior de forma tão violenta? Ajoelhou-se perto do seu corpo caído no chão e sentindo-se desesperado, sentiu pela primeira vez uma gota escorrer pela sua face. Levou a mão direita até aos seus olhos e limpou a dor em forma liquida que o tomava naquela manhã.

- Eu afasto-me… – disse Tom implorando para que ela não deixasse a sua vida – Mas não desapareças da minha vida… Prefiro nunca mais te tocar a viver sem ti…
- Não posso… Não consigo viver com o peso do que fizemos… -
disse ela olhando-o comovida e enternecida com as suas palavras para o ver chorar de forma frágil e sentir um peso no peito ainda maior – Vocês merecem alguém muito melhor que eu…

Passou uma mão sobre a face de Tom e sentiu os lábios dele procurarem a sua mão para a beijar de forma terna. Tom segurou na mão dela e levou-a até ao seu peito, sendo atacado por uma convulsão de choro sentida e desesperada. Tinha de haver uma maneira de a ter por perto, de não a perder totalmente. Tinha de haver uma maneira de se redimir dos seus pecados. Aquele não podia ser o seu destino.

- Quem?
- Não sei… Mas um dia hão-de encontrar essa pessoa… -
disse ela sentindo um aperto no peito ao imaginar Tom com outra mulher. Ao imaginar que aquele amor tão vivo e sincero podia pertencer a outra. Não queria que isso acontecesse, queria-o para si.
- Não, não vamos… - disse Tom abanando a cabeça da direita para a esquerda sem cessar as lágrimas – … Eu mudo de casa, digo ao Bill que quero ter o meu próprio espaço e vocês podem ficar aqui…
- Não vai funcionar… -
disse ela abraçando Tom ao aperceber-se que ele estava disposto de sacrificar tudo o que sempre tinha tido como certo na sua vida por ela. Sentia-se tão amada e ao mesmo tempo tão repugnante devido a esse amor – Eu não consigo estar com o teu irmão… Não consigo olhá-lo nos olhos… Beijá-lo… Fazer amor com ele… Duvido que conseguisse sequer manter uma conversa eloquente neste momento…

- Então fica comigo… -
disse Tom retribuindo o abraço e apertando-a com força nos seus braços para não a deixar fugir - Por favor…

- Também não posso… Tu és parte dele, vocês são tudo um para o outro… Ficar contigo significava entrares em luta aberta com ele, significava separar-vos… E eu não sou capaz disso… Nem conseguiria encará-lo estando ao teu lado…
- Mas eu fui o primeiro a dizer-te que estava disposto a lutar por ti, eu não me importo de defrontar o Bill, eu sei que ele vai acabar por compreender… -
disse Tom afagando os cabelos dela.

- Ele podia tentar compreender que nós nos tivéssemos apaixonado um pelo outro, mas não vai ser capaz de compreender o porquê de o termos traído…
- Por amor!!! –
disse Tom com vivacidade – Foi por amor…. Porque eu te amo e sou capaz de tudo por ti, porque te sinto com uma vivacidade excessiva no meu peito…

- Não dá… -
disse ela levantando-se do chão. Tinha de ser cruel e ser capaz de dar o passo que lhe era exigido para os proteger.
- Eu prefiro tentar… - disse Tom levantando-se para se colocar frente a frente com ela – Não desistas de nós… Deixa-me pelo menos tentar!

- Pára de insistir Tom, desta vez não vou ser fraca… Acabou… -
disse ela limpando as lágrimas dos olhos encaminhando-se de regresso ao corredor que dava acesso aos quartos – Tudo tem um começo e um fim… E este é o nosso…

- Como é que podemos acabar algo que nunca aconteceu? –
disse Tom andando atrás dela. Ia tentar de tudo, mas não a ia deixar fugir de si daquela maneira - … Eu fui para o meu quarto dormir e tu ficaste na sala…

- … Nem sabes como eu desejei que isso fosse verdade!
- Pode ser a nossa verdade!!! –
disse Tom desejoso que ela considerasse a hipótese.
- Mas não é… E eu não deixo de sentir o que sinto… - disse ela virando-se para trás para o ver irreconhecível na sua dor.

- Vais acabar tudo com ele? – perguntou Tom uma última vez.
- Sim… - disse ela sentindo uma vontade imensa de regressar ao choro pela simples ideia de se ver afastada de Bill e Tom.
- Vais sair das nossas vidas para sempre?
- Tem de ser…

- Então diz que me amas… -
pediu ele com os olhos cheios de lágrimas.

- Para quê? Porque é que insistes em torturar-te? – perguntou ela sentindo uma lágrima escorrer sobre o seu rosto novamente.
- Se te vou perder para sempre, preciso de saber que um dia me amaste tanto quanto eu te amo a ti…
- Não devias fazer isto…

- É a última coisa que te peço… -
pediu Tom com um olhar de súplica.

- Ok… - disse ela respirando fundo, procurando no seu interior coragem para dizer algo que estava encurralado no seu coração e que nunca teria coragem para o dizer novamente. Nunca mais seria capaz de admitir aquele sentimento, mas nunca mais precisaria de o fazer, nunca mais ia ver Tom - … Amo-te! De uma forma cruel… Amo-te e talvez te vá amar para sempre…

Tom lançou-se sobre os braços dela e abraçou-a com toda a sua força. Era tudo o que precisava de ouvir naquele momento. Ela amava-o, tal como ele a amava desde o dia em que a tinha visto.

- A tua forma de amar não é cruel… Não se escolhe quem se ama, senão eu não te amava a ti… Mas amo… E muito… - disse Tom ao ouvido dela.

Separou-se do seu corpo e olhando-a nos olhos suspirou. Sabia que a tinha perdido naquele mesmo instante, e que a sua vida ia sofrer alterações drásticas. Como é que seria capaz de dar o seu coração novamente? Como é que conseguiria amar, se esse verbo carregava tamanha dor associado a ele? Como é que conseguiria perdoar-se a si mesmo por a ter perdido? Como é que se conseguiria perdoar, por ter feito Bill sofrer? Como é que ia ver o sofrimento intolerável do seu irmão ao ver-se afastado dela e o conseguiria animar quando no fundo sentia a mesma dor e tudo o que ia desejar era desaparecer? Como é que ia sorrir, se tudo o que tinha era vontade de chorar? Humedeceu os lábios e sem se importar com o facto de estar à porta do quarto do seu irmão e dele estar no seu interior, atacou os lábios dela com força e vivacidade. Se nunca mais a poderia ter, tinha de a beijar uma última vez e fazê-la sentir aquilo que ia no seu interior. Tinha esperança que aquele beijo apaixonado e verdadeiro a fizesse desistir da loucura que estava prestes a cometer. Sentiu as mãos dela abraçarem o seu pescoço e levou a sua mão direita à cintura daquela que fazia o seu corpo estremecer. Queria senti-la colada a si. Apertou-a com força ao mesmo tempo que fazia com que os seus lábios sentissem uma última vez os lábios dela. Sentiu uma gota escorrer sobre a sua cara, e não percebeu se era sua ou dela. A dor que sentia no seu interior era lacerante. Na mesma noite tinha traído a pessoa que mais amava no mundo, a sua alma gémea, e perdido a mulher que habitava no seu interior de forma tão perfeita. Passou uma mão sobre os cabelos dela e tomou coragem para largar os seus lábios. Olhou-a nos olhos e percebeu a dor e angústia que ela sentia. Também para ela estava a ser doloroso. O erro deles tinha-os autodestruído e com eles levavam Bill atrás…

Olhou uma última vez para ele e sentiu vontade de ficar presa nos seus braços e ao seu corpo para sempre, mas não podia. Fechou os olhos e encostou os seus lábios aos dele deixando as lágrimas que escorriam no seu rosto rolarem sem qualquer tipo de contenção. Passou uma mão sobre a face definida e suave dele e depositou-lhe um beijo triste no canto da boca. Virou costas a Tom e entrou no quarto que pertencia ao seu irmão gémeo e àquele que dentro de pouco tempo teria de deixar de ser o seu namorado.

Sentia-se perdido. Por momentos a sua identidade parecia confusa. Desejava ser qualquer outra pessoa no mundo para a poder ter mais uma vez. Desejava ser o homem que no futuro a iria amparar do desgosto que lhe acabava de causar. Desejava tudo, mas sentia-se impotente e incapaz de fazer fosse o que fosse para alterar aquela situação. Estava tudo acabado. Porque é que o corpo de outras mulheres lhe parecia subitamente algo que o repugnava? Porque é que não se achava capaz de manter um ligação, mesmo que puramente física com alguém que não ela? Porque é que aquele beijo o tinha deixado ainda mais preso? O que era feito do seu instinto de sobrevivência? Porque é que não lutava? Porque é que se sentia incapaz? Porque é que tinha de ter descoberto o que era o amor daquela maneira?



to be continued...
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Wisa

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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeSeg Mar 29, 2010 1:44 pm

Reforço a minha opinião inicial. Está muito bom. Aliás esta história continua muito boa e gramaticalmente perfeita Smile

Go one Dikas *.*
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Dani
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeSeg Mar 29, 2010 2:13 pm

Dikas ? DIKAAAAS?
eu quando li o titulo fiquei tipo ^ ooh ela esta aqui"
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeSeg Mar 29, 2010 4:37 pm

HaLLoOoOooo \o/ \o/ \o/


Wisa
OoOOohhhh..... Bigada sweety \o\ \o\ \o\ *olhinhos d gato das botas*


DaNiiiiiiiiiii
Simmmmmmmmmmmmmmmmm...... dIkAs is in the houseeeee Twisted Evil Twisted Evil Twisted Evil
Fui um kadito obrigada a vir para estas bandas e ká estou eu =p
(O k é k fazes kom o outro G nestas bandas???? Aiiiii minha nossa..... logo agora k o rapaz vai atrás d ti tu n estragues o arranjinho k eu t fiz kom o Gusti =p) LolOlolOoL


* * * KiSsEsSSsSss * * *
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeSeg Mar 29, 2010 4:42 pm

Part III


Talvez o seu coração cessasse quando o barulho do secador fosse extinto. Talvez a vontade que tinha de chorar e desistir da vida morresse nesse momento, tal como o seu coração morria a cada segundo que passava. Estava sentada na cama que tinha sido palco da sua traição miserável e esperava sem qualquer tipo de ânsia pelo momento em que Bill acabasse de secar o cabelo e regressasse ao seu quarto para se deparar com a sua futura ex-namorada num estado fragilizado e debilitado. Tinha de ser forte. O que se preparava para fazer era o melhor para os três. Bill e Tom ficariam unidos na sua dor e ela aprenderia a viver sem aqueles que sustentavam a sua vida desumana. Ouviu o secador parar e sentiu o seu coração encolher de tamanho de forma lacerante. Desejou uma vez mais ser cobarde e conseguir viver com o monstro que tinha dentro de si. Desejou com todas as suas forças não abdicar do amor que sentia por Bill e viver do seu lado, mas não podia, nem iria conseguir. Debaixo do mesmo tecto morava Tom, as razões do seu tormento, das suas dúvidas e dos seus pecados.

Viu-o entrar no quarto com um olhar preocupado e inseguro. Sentiu uma vontade imensa de chorar e uma incapacidade de falar que a tomavam de assalto. Porque é que não podia apagar o seu passado? Faria tudo de maneira diferente. Bill encaminhou-se até si e sentou-se na beira da cama. Parecia ter medo de lhe tocar e ser novamente rejeitado com repulsa. O seu olhar espelhava uma dor e uma incompreensão legítima. Era normal que ele se sentisse assim, era normal que em breve a desejasse ver morta.

- Como é que te sentes? – perguntou Bill de forma meiga.

- … Podemos falar? – perguntou ela tentando fugir à pergunta dele. Como é que lhe poderia responder àquela pergunta? Sentia-se lixo, monstruosa, desumana, capaz de se suicidar se soubesse que isso traria felicidade àqueles olhos perfeitos que a observavam com tamanha ternura e delicadeza.

Bill abanou a cabeça de forma afirmativa. Tudo o que mais queria era falar com ela, tentar percebê-la, compreendê-la, protegê-la e acarinhá-la. Não sabia o que se passava mas tinha de ser algo muito grave. Nunca a tinha visto tão fragilizada e prostrada e aquela impotência que sentia em si adicionada à dor de ver alguém que amava tanto sofrer por algo que excedia aquilo que ele conseguia compreender, estava a deixá-lo demasiado nervoso e preocupado. Na noite anterior, quando se tinha ausentado ela estava bem. Seria um sonho capaz de virar a sua vida do avesso?

- Estive a pensar e não quero que te sintas preso a mim… Agora com a tour e isso… - disse ela fitando as suas mãos irrequietas. Não tinha coragem de olhar para ele como antigamente.

- Não estou a perceber… – perguntou Bill confuso com o tema de conversa. Esperava tudo, menos ouvir aquilo.

- Vais andar de um lado para o outro e vamos estar separados durante muito tempo… Acho que se quiseres dar um tempo para não te sentires pressionado com nada, eu compreendo…

- Estás a falar a sério? –
perguntou Bill incrédulo. De onde vinha aquela conversa? Amava-a incondicionalmente, não saberia como fazer uma pausa nos seus sentimentos mesmo que se esforçasse para tal.
- Sim… - disse ela respirando fundo, olhando para Bill de soslaio para tentar estudar a sua reacção.

- Oh amor… É por causa disso que estás assim? Porque achas que eu quero acabar contigo? – perguntou Bill sorrindo de forma meiga, colocando uma das suas mãos sobre as mãos irrequietas dela para as acariciar – Isso nunca me passou pela cabeça…
- Eu percebo se quiseres… -
disse ela sentindo o seu coração amolecer pela doçura com que ele lhe falava. Era perfeito demais para ser verdade. Era perfeito demais para o estar a perder por um erro tão cruel.
- Não quero, nem nunca vou querer… Vai ser muito difícil estar sem ti, mas tenho a certeza que haveremos de arranjar maneira de superar a distância… - disse Bill abraçando o corpo dela de forma carinhosa.

Sentiu um impulso de se agarrar ao corpo dele. Precisava de o sentir antes de o perder para sempre. Abraçou o corpo de Bill com a força que lhe restava no corpo e ao sentir os lábios dele depositarem um beijo afectuoso no seu pescoço, sentiu-se arrepiar e ceder às lágrimas. O seu corpo parecia estremecer involuntariamente. Não conseguia controlá-lo. Estaria a rejeitar a proximidade de Bill ou a fazer o luto dela?

- Não chores… - disse Bill passando a mão sobre a cabeça dela beijando cada um dos seus olhos aguados – Não te posso prometer que vamos ficar juntos para sempre, mas posso-te garantir que neste momento ninguém significa tanto para mim como tu, e duvido que algum dia apareça alguém na minha vida capaz de me fazer sentir um amor maior do que o que eu sinto por ti!

- E se… -
disse ela agarrando ainda com mais força o corpo de Bill. Sabia que o ia perder a qualquer instante e que em breve ele não quereria abraçá-la, nem teria amor para lhe dar. Aquele amor que a fazia viver e ser feliz.
- Não existem ses… - disse Bill afastando-se ligeiramente dela para a olhar nos olhos e ver uma tristeza desesperante no seu olhar. Nunca nada o faria abandonar aquele amor tão forte que sentia por ela - … Foi esse o teu sonho? Sonhaste que eu te deixava?
- Mais ou menos… -
disse ela olhando-o nos olhos sem pudor. Precisava de absorver e aproveitar aquele momento - Sonhei que acabava tudo entre nós…
- Foi só um sonho… Eu estou aqui… -
disse Bill sorrindo de forma terna.

Um dia gostaria de saber como é que as palavras dele pareciam encher sempre o seu coração de cores majestosas e vivazes. Um dia gostaria de saber se seria capaz de sobreviver à dor de viver a preto e branco. Sentiu os braços de Bill ladearem o seu corpo e os lábios dele tomarem posse dos seus num beijo doce e sincero. Era um gesto de amor, puro e verdadeiro. Um amor daqueles que seria incapaz de ser quebrado, se ela não fosse fraca e não tivesse sucumbido aos prazeres carnais. Aproveitou os lábios dele e beijou-o com todo o sentimento que existia no seu interior. Sentia-se mal por saber que ainda há pouco tinha estado nos braços de Tom, mas tinha de se despedir de ambos e tinha de arranjar forças para não derreter com as palavras de Bill e ser forte e determinada em acabar com ele. Era para o seu bem. Tinha de se mentalizar que estava a fazer o correcto. Soltou o corpo de Bill e passou uma mão suavemente pela sua face escultural. Ia sentir tanta falta dele e dos momentos que passavam na intimidade. Ia sentir falta de conversar com ele sobre o seu dia, de o abraçar e sentir-se protegida, de sentir o seu piercing, de passar as mãos sobre o seu cabelo e despenteá-lo só para o picar, de o ver e ouvir a rir de forma sincera, de o ouvir cantar para si, de partilhar o chuveiro com ele, das surpresas românticas que ele lhe preparava, do seu cheiro, da sua teimosia que a irritava solenemente, mas sem a qual apercebia-se agora que não seria capaz de viver, de não ter noticias suas todos os dias, da forma divertida e pura como o via sempre brincar com os seus cães, ia sentir falta de tudo. Sentiu uma nova lágrima escorrer dos seus olhos e sem saber como prolongar a dor que sentia ir despoletar em Bill olhou-o nos olhos e respirou fundo para tomar coragem.

- E se eu quiser dar um tempo? – perguntou ela sem acreditar naquilo que dizia. Preferia morrer a sentir aquelas palavras terem significado no seu interior.

Bill afastou-se ligeiramente do seu corpo e olhou para ela indignado e surpreso. Porque é que ela haveria de querer dar um tempo?

- Por causa de um sonho? … Ou porque não confias em mim? – perguntou Bill tentando perceber que tipo de teste doentio era aquele que ela lhe propunha. Queria testar o seu amor? A capacidade de lhe ser fiel? Porque é que a via tão triste e abatida, mas no entanto não a tinha visto hesitar ao colocar aquela pergunta?

- Porque é o melhor para nós…

- … Estás a falar a sério??? –
perguntou Bill sem saber o que dizer. Sentia-se anestesiado pela dor que via espelhada nos olhos dela. Como é que ela era capaz de propor que eles se separassem se isso estava a magoá-la de forma tão violenta? – … Porquê???
- Para seres livre de estares com quem quiseres… Eu só quero que sejas feliz…
- Então não me digas essas coisas nem a brincar!!! –
disse Bill abraçando o corpo dela com força – Tu é que me fazes feliz…

Como é que ela era capaz de supor que ele quereria estar um segundo que fosse sem ela? Será que ela não tinha percebido que ele a amava mais do que alguma vez se sentiria capaz de amar alguém? Que mais seria necessário fazer, para provar que ela era uma luz que tinha iluminado a sua vida quando julgava só existir escuridão no seu caminho?

- Amo-te mesmo muito… - disse Bill olhando-a nos olhos momentos antes de a beijar de forma terna.

Queria corresponder ao beijo de Bill e ser capaz de terminar tudo com ele mas sentia-se mais enfraquecida que nunca. Como é que era capaz de ser tão cruel com ele e ser tão cobarde ao ponto de não ser capaz de lhe dizer de uma vez por todas que estava tudo terminado e não havia volta a dar. Olhou para os olhos dele e tudo o que conseguiu foi ceder às lágrimas que continuavam a escorrer no seu rosto. Queria dizer-lhe que também o amava, mais do que alguma vez tinha amado alguém e que ele seria para sempre o homem da sua vida. Aquele que seria o marido e o pai perfeito para os seus filhos, mas não conseguia. Não podia declarar o seu amor por Bill para depois despedaçar o seu coração de forma cruel.

Bill viu uma luz extinguir-se no olhar dela. Sentia que a estava a perder e não conseguia perceber porquê. Sabia que ela também o amava. Porque é que estava a tornar aquela manhã num pesadelo? O que é que ela queria? Não podia querer acabar consigo, não podia. Se ela acabasse a relação deles, Bill ficaria confinado à dor e à degradação. Não seria capaz de olhar para nenhuma outra mulher, já tinha encontrado a sua musa inspiradora e aquela que o fazia acordar todos os dias com um sorriso na cara. Porque é que haveria de procurar outra? Sabia reconhecer a mulher da sua vida, e ela era sem dúvida alguma a mulher que o preenchia em todos os domínios. Era a pessoa com quem iria passar o resto da sua vida. Porque é que o seu coração se sentia tão mirrado e diminuído perto do olhar dela? Porque é que ela insistia em dizer-lhe algo que sabia que o magoava tanto? Porque é que os olhos dela não lhe davam esperança e vontade de lutar? Porque é que se sentia a remar contra a maré?

- … Porque é que não me dizes que me amas? – perguntou Bill sentindo o seu coração perder o ritmo, ao ponto de praticamente deixar de bater e os seus olhos começarem a ficar aguados como os dela.
- Porque não posso… - disse ela tapando os olhos com as mãos. Precisava de fugir dali para fora e pôr-se a salvo. Não ia aguentar ver Bill chorar.

- Há meia hora atrás disseste que me amavas e eu acreditei… Eu vi nos teus olhos… O que é que se passou para me deixares de amar de repente? …- perguntou Bill sentindo uma gota escorrer sobre a sua cara.
- A vida prega-nos partidas…

- Eu não acredito que tu queres realmente acabar comigo…

- É o melhor… Para os dois… -
disse ela pegando numa mão de Bill para a acariciar de forma ternurenta. Sentia-se um monstro tão grande por vê-lo tão confuso e estar a fazê-lo sofrer daquela forma, mas não podia contar-lhe a verdade, não tinha direito de estragar o seu relacionamento com Tom. Ele agora ia sofrer, mas um dia ia conseguir ser feliz.
- Melhor??? – disse Bill pegando em ambas as mãos dela – Tu ouviste alguma coisa do que eu te disse??? Eu amo-te e não ponho sequer a opção de viver longe de ti… Se estás com dúvidas fala comigo, eu tenho a certeza que juntos conseguimos ultrapassar qualquer fantasma que te assombre! Se achas que eu te vou ser infiel na tour, larga tudo e vem comigo, prometo ser-te fiel para sempre…

- Não tornes as coisas mais complicadas… -
pediu ela sentindo uma onda de dor percorrer a sua espinha como se fosse atacada pelo futuro negro que a esperava.

- Eu não estou a perceber… Explica-me… Porque é que queres acabar comigo??? O que é que eu fiz??? – disse Bill levantando a sua voz. Estava a começar a entrar em desespero. Porque é que o seu relacionamento perfeito era posto em causa sem nunca ter tido qualquer sintoma de doença? – Podes dizer-me tudo o que quiseres amor… Se me disseres o que se passa, podemos vencê-lo juntos… Confia em mim… - disse Bill praticamente em súplica.

O ar desesperado de Bill destroçava-lhe o coração. Afinal ainda tinha um e ainda batia. Talvez fosse imortal, porque com o sentimento que corroía o seu interior, se até então não tinha padecido é porque algo em si era realmente desumano. Como é que era capaz de encarar as lágrimas que escorriam no rosto de Bill? Como é que seria capaz de acabar definitivamente com ele sem o magoar mais do que desejava? Não estaria já ele desfeito? Não seria melhor ter coragem e dar-lhe um golpe de misericórdia para que também ele pudesse acabar com o seu sofrimento de uma vez? Tinha de ser cruel e ferir o seu coração partido.

- Não fizeste nada, mas… Eu já não te amo… Não faz sentido estar ao teu lado… - disse ela sentindo que era o melhor que podia fazer. Não tinha qualquer outra justificação para o que estava a acontecer e por mais que sofresse em dizer aquela mentira tão estrondosa, e por mais que fosse cruel para Bill ouvi-la, era o melhor para ele.

- Isso é mentira!!! – disse Bill praticamente gritando com ela, ao mesmo tempo que se levantava da cama e andava de um lado para o outro do quarto – Porque é que me estás a fazer isto??? Porque é que me estás a mentir???

Não conseguiu conter a dor que estava no seu interior. Nunca tinha visto Bill tão alterado. Encolheu as pernas e agarrou-as com os braços, colocando a cabeça pousada sobre os joelhos à medida que chorava de forma sonora e compulsiva. Não conseguia vê-lo assim. Estava a dar cabo de si. Desejou do fundo do seu ser que existisse um Deus que olhasse por aqueles que genuinamente se arrependiam de todos os seus pecados e a tirasse dali para fora, sarasse a dor de Bill e a fizesse sofrer para todo o sempre, como merecia.

Não podia acreditar nas palavras dela. Não podia acreditar no desespero que lhe corria no sangue e na falta de vontade de viver que se estava a apoderar de si. Porque é que ela estava a ser tão cruel consigo? Porque é que lhe mentia descaradamente e não arranjava uma desculpa melhor? Porque é que não lhe contava a verdade? O que é que poderia ser assim tão mau para ela não lhe contar? Olhou para o corpo dela enrolado sobre a cama e sentiu que as lágrimas descontroladas que rolavam sobre a sua face e o ritmo acelerado a que o seu coração batia, precisavam de ser travados. Ela não estava bem, sentia-o nos seus movimentos, na sua voz, nas suas lágrimas. Porque é que não se abria consigo? Sempre tinham sido amigos e companheiros. Regressou para ao pé dela e abraçou o seu corpo fragilizado, chorando com ela todas as lágrimas que tinha, até que ela se sentisse preparada para o encarar novamente.

- Diz-me a verdade… - implorou Bill segurando na cara dela com ambas as mãos, juntando a sua testa à dela, fechando os olhos para absorver o momento.
- … Eu não te amo! – voltou ela a repetir de forma quase inaudível.

Ouviu o soluçar incontrolável do choro de Bill e sentiu-se arrepiar. Era o ser humano mais monstruoso que alguma vez existiria. Os braços dele apertavam-na com mais força que o habitual, pareciam ter medo de a perder. Não se conseguiu conter, precisava de ser egoísta e aproveitar os braços do homem que amava enquanto a mágoa dele ainda não era irreparável. Abraçou o corpo de Bill e sentiu os lábios dele procurarem os seus como se precisassem daquele beijo para perceber se o que ela dizia era verdade ou não. Encheu-se de coragem e negou os seus lábios a Bill. Ele não a podia beijar, ou perceberia que o seu amor por ele era tão grande e forte como a dor que sentia no seu interior naquele momento. Acolheu o rosto desprotegido de Bill sobre o seu peito e deitou-se para trás acariciando a sua nuca ao mesmo tempo que ele chorava como se fosse uma criança. Nunca o tinha visto assim, e odiava-se ainda mais por saber que a culpa daquele sofrimento era sua e que aquela era a última recordação que teria dele.

- Não me faças isto… - disse Bill sem nunca largar o corpo dela.
- Não tenho o direito de te enganar…
- Eu sei que é mentira…


Bill soltou o corpo dela e desenterrou a cabeça do seu peito. Olhou-a nos olhos e viu nela uma expressão estranha, como se morta. Será que era ele que estava enganado? Era impossível! Tinha a certeza absoluta que ela o amava desde sempre. Viu-a levantar-se da cama e inquiriu-se sobre o que ela ia fazer. Não queria que ela saísse de ao pé de si, não sem antes tentar de tudo para a ter do seu lado. Não ia desistir assim tão facilmente da felicidade, principalmente depois de ter sido tão difícil encontrá-la.

- Vou reunir as minhas coisas e assim que tiver tudo pronto vou embora… - disse ela limpando o rosto. Precisava de ser forte e encarar as coisas tal como elas eram.

- Não vás… - pediu Bill levantando-se para a procurar, sendo afastado por uma mão dela sobre o seu peito.
- Tenho de ir… - disse ela afastando-se do corpo dele para começar a procurar os seus pertences que estavam espalhados no quarto de Bill.

- Se tu soubesses como me estás a matar… - disse Bill acreditando que estava a viver o seu pior pesadelo.
- Não… Eu estou a devolver-te a vida que te tirei… Eu quero que vivas, que sejas feliz junto de alguém que te ame e que te mereça…

Sentia-se irracional, não tinha como explicar aquilo que o seu coração o fazia sentir naquele momento em que a via reunir as suas coisas para partir da sua vida sem qualquer aviso prévio. A dor que sentia assemelhava-se à morte de alguém. Como se estivesse naquele momento a observar a morte da mulher que mais tinha amado e com a qual tinha feito planos de passar a eternidade. Como é que a podia ver partir assim? Sentou-se sobre a cama e colocou os cotovelos sobre os joelhos, enterrando a cabeça nas mãos. Não conseguia parar o rio que provinha dos seus olhos. Estava desfeito, danificado e confuso. Tudo o que desejava era acordar daquele pesadelo. Sentiu-a ajoelhar-se à sua frente e levantou a cabeça das mãos para olhar para ela e tentar uma última vez perceber o que se passava na sua cabeça para achar que o devia deixar mesmo amando-o de forma tão verdadeira como sabia que ela o amava. Nos olhos dela via um vazio misturado com dor, amor e compaixão. Deixou que ela segurasse na sua cara e beijasse a sua testa de forma pura e sentida. Bill não se conteve e abraçou o corpo dela novamente. Precisava tanto dela e de a sentir. Como é que iria suportar viver num mundo em que sabia que ela existia mas estava afastada de si?

- Eu quero perceber… Mas não consigo… - disse Bill sem largar o corpo dela.
- Não te martirizes com os porquês… Tenta ser feliz sem mim… Promete-me que vais tentar… - disse ela sentindo uma nova onda de lágrimas atingir os seus olhos pela fragilidade do modo como Bill se apresentava à sua frente. Amava-o tanto…

- Gostas de outra pessoa? – perguntou Bill tentando procurar uma razão mais concreta para aquela decisão que ela tomava.
- Não penses mais nisso…
- Eu não me importo que me digas a verdade…. Seja ela qual for… Conheces-te outra pessoa? Estás interessada nele?... Diz-me qualquer coisa por favor…. Mas dá-me uma razão… Eu preciso de compreender… –
pediu Bill desesperado segurando nas mãos dela, beijando-as com carinho.

Preparava-se para voltar a firmar o facto de ter deixado de gostar de Bill quando ouviu a porta atrás de si abrir e virou-se para trás assustada. Que soubesse só estavam três pessoas em casa, e se Bill estava consigo, quem acabava de entrar naquele quarto só poderia ser Tom. Estaria louco? O que é que ele podia querer? Se fosse cometer uma loucura, nunca o perdoaria. Bill estava demasiado fragilizado consigo para conseguir aguentar perder o irmão e a namorada no mesmo dia. Ao olhar para trás deu de caras com Tom, como esperava. Estava de boca semi-aberta e olhos muito abertos a olhar para Bill. O sofrimento dele era notório a milhas de distância. Será que ao ver o quão doloroso aquele momento estava a ser para o seu irmão, Tom ainda persistiria em cometer uma loucura? Olhou para Bill e viu-o a olhar para Tom com um olhar fixo e assustador.

- Agora não Tom… - disse Bill limpando as lágrimas que escorriam do seu rosto.
- Gostava de falar contigo… - disse Tom sentindo-se morrer por dentro ao ver aquela cena tocante. Bill estava devastado e irreconhecível, nem parecia o seu irmão.

- Não! – disse ela levantando-se de repente, aproximando-se de Tom. Ia fazer de tudo para proteger Bill da loucura de Tom – Eu e o teu irmão estamos a falar e precisamos de um momento a sós…

Tom olhou para ela a vir na sua direcção e sentiu-se estremecer. Sabia que a estava a perder e que devia procurar ter forças para lutar por ela porque o que sentia no seu interior era demasiado forte para ser mantido em cativeiro, mas ver o sangue do seu sangue prostrado e com um vazio nos olhos devido à dor de a perder, mexia mais consigo do que alguma vez poderia ter imaginado. Sentia-se tão capaz e corajoso de ir contra tudo e todos quando pensava em lutar por ela e ir contra Bill em pensamento, que nunca tinha pensado na ideia de o ter defronte dos seus olhos e com um aspecto tão debilitado. Não tinha coragem sequer para se dirigir a ele. Sentia-se paralisado pela dor que estava espelhada em Bill. Nunca seria capaz de ir contra o seu irmão e lutar por ela. Nunca seria capaz de trair novamente Bill. Sabia que era um monstro e não tinha perdão por tudo o que já lhe tinha feito. Sabia que a culpa de ele estar naquele momento a perder a mulher que mais amava no mundo era inteiramente sua. Sabia de tudo isso, mas também sabia que sem ele seria incapaz de viver, por mais louca que fosse a sua obsessão pela sua namorada. Nunca seria feliz afastado daquele que era parte de si. Precisava de proteger o seu irmão mais novo. Era sua obrigação. Precisava de o ver sorrir, mesmo que o preço a pagar fosse a sua infelicidade eterna.

- Não faças isto… - pediu ela de forma inaudível para que somente Tom pudesse ouvir, deixando duas gotas largas caírem dos seus olhos – É o teu irmão…
- Eu sei… -
disse Tom sussurrando a sua dor. Tinha de fazer o que estava correcto. Tinha de fazer com que o sacrifício dela fosse reconhecido e bem sucedido, mesmo que isso o levasse à sua miséria. Bill não merecia ter um irmão tão infiel. Ambos tinham errado e Bill já tinha saído muito magoado com o erro deles.

- Deixa-me ir… Por ele… - implorou ela.

Tom abanou a cabeça de forma negativa não contendo a dor que sentia no seu interior. Não seria capaz de continuar a magoar Bill. Preferia viver para sempre afastado da única mulher que teria a capacidade de amar a perdê-los aos dois. Se até então nunca tinha amado, porque é que haveria de aprender a fazê-lo agora? Era chegada a altura de deixar de ser um traidor e sacrificar a sua felicidade por Bill. Se o seu irmão gémeo sofria de forma desmedida por aquele amor, sofreria do seu lado de forma silenciosa mas não menos corrosiva. Tinha uma divida para com o seu irmão do tamanho do mundo. Nunca seria capaz de lhe negar nada, nunca seria capaz de interferir no seu caminho e na sua felicidade novamente. Nunca seria capaz de o ver chorar de novo…

- Passa-se alguma coisa? – perguntou Tom como se não percebesse aquilo que se estava a passar naquele quarto. Viu-a baixar a face e limpar as lágrimas, olhando para si de seguida com um olhar grato por se fazer de desentendido.

- Eu e o teu irmão acabámos… - disse ela virando costas a Tom para limpar de cima da cómoda o que lhe pertencia.
- Não digas isso… - pediu Bill voltando a enterrar a cabeça nas mãos.

- Não vale a pena continuar a insistir num amor que não existe… - disse ela sentindo-se fraca. Não acreditava que conseguia dizer-lhe aquelas mentiras de forma tão descarada e vê-lo sofrer com elas. Tinha de acreditar que o estava a proteger e que consigo protegia também Tom. Não era essa a maior prova de amor de todas? Sofrer por aqueles que amamos para que eles possam ser felizes? – Acho que nos iludimos numa amizade…
- Amizade??? … Chamas ao que nós vivemos amizade??? –
perguntou Bill incrédulo. Nunca tinha sentido metade daquilo que sentia por ela, por ninguém. Como é que ela era capaz de diminuir o seu sentimento a uma simples amizade, se ele se sentia morrer de forma tão lenta e dolorosa por aquele amor?

Tom virou as costas a eles por breves instantes, sentia-se perecer por dentro. Não conseguia aguentar a dor de saber que a ia perder sem poder lutar por ela e pelo que sentia. Não conseguia aguentar a dor de ver o seu irmão sofrer daquela forma. Sabia que tudo o que Bill fizesse ou dissesse de nada serviria. O erro estava cometido e agora todos teriam de pagar por ele, inclusive os inocentes. Sentiu os seus olhos ficarem repletos de lágrimas e colocou uma mão sobre eles para tentar travar o sentimento tão forte que amolgava o seu coração.

- Bill… - disse ela sentando-se ao lado dele na cama desejando ainda ter a coragem necessária para o deixar – Eu gostei muito de ti, amei-te como nunca tinha amado ninguém, mas… - parou ao sentir as lágrimas retomarem os seus olhos. Olhou para Tom e viu-o virar-se de frente para eles novamente. Os seus olhos estavam raiados de sangue e espelhavam também eles a dor daquele momento – Tudo tem um começo e um fim… E eu vou-te amar para sempre… És o homem mais perfeito e magnifico que eu alguma vez conheci… Nem sabes o orgulho que tenho em ter sido tua namorada…
- Porque é que falas no passado? -
disse ele suplicando-lhe compaixão com o olhar.
- É o nosso passado… E eu orgulho-me muito dele…

- Se sou assim tão perfeito porque é que me estás a deixar? –
perguntou Bill directamente – Desde que entraste neste quarto que me estás a mentir… Estás-me a esconder alguma coisa…

- É verdade… -
disse Tom quebrando o seu silêncio, matando-se lentamente com o peso que sentia no seu coração.

- Tom… - disse ela em tom de súplica. Dava tudo para que ele não fizesse Bill sofrer ainda mais do que já sofria.

- O que é que é verdade? – perguntou Bill olhando para ele na esperança que ele o ajudasse a recuperar o seu amor.
- Ela já não gosta de ti… - disse Tom sentindo-se corroer por dentro, deixando que as lágrimas que até agora estavam presas no seu interior circulassem livremente – Enquanto estiveste fora nós tivemos uma conversa … Era sobre isso que te queria falar… Ela confessou-me que já não gosta de ti…

- Porque é que me estás a fazer isto também??? –
perguntou Bill enraivecido. Como é que o seu irmão tinha coragem de lhe dizer aquelas coisas? – Então porque é que ela me olhou ainda há pouco nos olhos e me disse que me amava com a voz mais doce que eu alguma vez lhe tinha ouvido? Porque é que parecia que ela tinha medo de me perder e que me amava como se precisasse de mim para viver?

- Porque ela é boa pessoa… - disse Tom observando-a chorar de forma silenciosa como se as palavras que os gémeos trocavam entre si fossem o gatilho de uma arma prestes a disparar uma bala em direcção ao seu coração praticamente inexistente – Ela é capaz de tudo por ti e para te proteger… Ela amou-te muito e de certa forma tenho a certeza absoluta que te vai amar para sempre…

- Sempre… Vou pensar em ti todos os dias e desejar que sejas feliz para sempre… -
disse ela pegando numa mão de Bill levando-a até aos seus lábios para a beijar de forma doce – Promete-me que vais ser feliz…
- Como é que queres que eu te prometa que sobrevivo sem água?
- Eu não sou a tua água… A tua água ainda está para vir…

- Mais do que não compreender a forma como de um momento para o outro me desprezas… Detesto a maneira como simplificas as coisas… Como achas que amanhã vou acordar e não me vou lembrar que te amo e que desejo passar contigo o resto da minha vida… -
disse Bill olhando-a nos olhos. Precisava tanto dela.

- Tens todo o direito de me detestar… Eu mereço… - disse ela olhando para o chão. Merecia ser odiada e espezinhada. Aquilo pelo que passava ia ser infinitamente menor do que as consequências do seu pecado.
- Eu não te detesto… Eu amo-te….

- O teu grande erro foi nunca teres dado um indicio de que as coisas entre vocês não estavam a correr bem… -
disse Tom tentando ajudá-la na sua missão. Tinha de desfazer o coração de Bill para o proteger.
- Preferia que não me tentasses proteger… - disse Bill incomodado com o facto de Tom estar a interferir naquele momento.
- Ele tem razão… Esse foi o meu maior erro… - disse ela levantando-se para acabar de juntar as suas coisas – Devia ter sido capaz de te preparar para o final… Perdoa-me por toda a dor que te causei…

- Parece tudo tão irreal… -
disse Bill sentindo uma lágrima silenciosa violar o seu rosto.
- Pois parece… - disse Tom fitando-a meter algumas peças de roupa dentro de uma mochila. Parecia que ela estava a acabar tudo consigo e a deixá-lo a si. Era isso que sentia, por mais egoísta que esse pensamento fosse e por mais culpado que fosse daquela situação – Se tivessem falado antes…
- Talvez se tivéssemos falado as coisas teriam sido diferentes… -
disse ela olhando para Tom. Se tivesse conseguido travá-lo naquela noite, se tivesse conseguido chamá-lo à razão…

- Não é tarde para falarmos… - disse Bill respirando uma réstia de esperança – Estou disposto a mudar tudo e a lutar por nós… Faço o que quiseres…

Tom virou-se novamente de costas. Bill era realmente seu irmão gémeo. Sentiu-se ainda mais triste por perceber que ambos lutavam pela atenção e amor de uma mulher que nunca lhes pertenceria. Ambos usavam os mesmos trunfos, mas só um sabia o que na realidade se passava e o porquê dela partir das suas vidas de forma tão abrupta.

- Bill… - disse ela fechando a mochila e aproximando-se novamente dele para lhe pegar na cara com ambas as mãos e olhá-lo nos olhos com toda a determinação que conseguia arranjar no seu interior – Tens de perceber que as coisas não são como eram dantes… Eu não te amo… E nunca serei capaz de te amar novamente...
- E eu nunca serei capaz de te deixar de amar… –
perguntou Bill fragilizado – Já viste quão irónico é o nosso mundo?
- Eu sei… O mundo dá voltas e voltas… Mas às vezes o que tomamos como certo acaba por nos surpreender… E eu tenho a certeza que este mundo, por mais irónico que seja, tem reservado para ti um futuro brilhante…

- Vais mesmo deixar-me? –
perguntou Bill.

Não tinha forças para falar muito mais, sentia que o seu trabalho estava feito, as suas forças esgotadas e a sua missão cumprida. Tinha despedaçado o coração de Bill, mas tinha evitado que o pior acontecesse. Limitou-se a acenar afirmativamente com a cabeça e sentiu os braços de Bill atacarem o seu corpo para a abraçarem de forma sentida e demorada. Sentia o corpo dele estremecer. Ouvia de forma demasiado nítida e perturbadora os seus últimos soluços. Olhou para Tom e viu-o de lágrimas nos olhos a olhar para o chão. Como é que seria possível não se envenenar com dois irmãos tão perfeitos cada um à sua maneira? Como é que seria possível não os amar a ambos? Era impossível. Tinha agora a certeza absoluta que os amava, cada um à sua maneira. Era amor verdadeiro, e a única cura para aquele sentimento era estar afastada dos dois.

- Amo-te tanto… Mas tanto… - disse Bill ao seu ouvido.

- Sê feliz… Por ti e por mim… - disse ela fechando os olhos para aproveitar aquele momento e aqueles braços que enchiam o seu mundo.
- Só sou feliz contigo… - disse Bill apertando-a ainda mais, ao sentir que cada segundo que passava estava a perdê-la – Promete-me que não vais desaparecer…

- Não posso… -
disse ela sentindo-se atingir pela dor de se aperceber que nunca mais estaria com ele nem viveria um momento tão intenso na sua vida.

- Não me podes deixar para sempre!!! – disse Bill olhando-a nos olhos como se implorasse uma última vez por compaixão – Tu és a minha melhor amiga e o amor da minha vida!!!
- Por isso mesmo… -
disse ela passando uma mão sobre a face húmida de Bill.

Bill soltou-se dos seus braços e levou ambas as mãos à cabeça. Agora apercebia-se que o que ela lhe propunha não era simplesmente um afastamento, era uma rescisão total com o passado. Apagar de uma vez por todas o que tinha acontecido entre eles e que tinha sido tão poderoso e bonito. Como é que ela esperava que ele fosse capaz de apagar um sentimento tão forte? Como é que ela esperava que ele fosse capaz de apagar uma dor tão excruciante?

Virou-se de costas para Bill. Não conseguia suportar por muito mais tempo aquela tortura, tinha de ser capaz de se ir embora. Olhou para os olhos de Tom e viu-o olhar para si com uma dor profunda. Sentiu-se ainda mais oca e vazia. Era cruel e maquiavélica por conseguir destruir a vida de três pessoas daquela forma.

- Adeus Tom… - disse ela sentindo o seu coração bater como se fosse pela última vez.

Tom limpou os seus olhos e respirou fundo. Ela não podia partir assim…

- … Não me vais dar um abraço de despedida? – perguntou Tom ao aperceber-se que o seu irmão estava novamente sentado na cama com a cabeça enterrada nas mãos.

Era tudo o que desejava. Poder abraçá-lo e ficar presa a ele e a Bill para todo o sempre. Respirou fundo e limpando também ela as lágrimas que tinha sobre o rosto, acenou afirmativamente e encaminhou-se até aos braços de Tom. Parou por breves instantes e hesitou no momento de o abraçar, mas logo sentiu os braços dele puxarem o seu corpo e abraçarem-na de forma paradisíaca. Abraçou o corpo de Tom com força e vontade. Nunca mais o sentiria. Desta vez era para sempre. Respirou fundo o odor do seu corpo e desejou guardar na sua memória aquela essência. Ficaria para sempre em si, tal como o amor que sentia por ele e por Bill. Tinha sido muito abençoada pelo amor. Abençoada até demais. Ninguém tinha tanta sorte na vida, era normal que o seu amor fosse tão sacrificado.

- Um dia, quando te sentires preparada… - disse Tom ao seu ouvido, depositando um beijo suave perto da sua orelha.

- Não fiques à espera… - disse ela sentindo uma lágrima escorrer sobre a sua face – Eu nunca terei coragem para te procurar…
- Não digas nunca… -
implorou Tom sentindo os seus olhos cederem à dor do seu coração – Por favor…

- Toma conta dele… -
disse ela apertando ainda com mais força o corpo de Tom em jeito de despedida.
- Não te preocupes…
- Ele precisa muito de ti!
- Não, ele precisa é de ti… Como eu preciso de ti… -
disse Tom soltando o corpo dela para a olhar nos olhos e passar uma mão sobre o seu cabelo.

- Não te sintas culpado pelo que aconteceu… - sussurrou-lhe ela por entre lágrimas – Acho que tinhas razão quando disseste que estávamos de alguma forma destinados um ao outro…

Tom sentiu o seu coração apertar de forma desumana. Como é que ela esperava sair da sua vida assim sabendo que lhe estava destinada? Porque é que ela insistia em trair o seu destino? Porque é que vendo a dor que estava espelhada no corpo fragilizado de Bill não se sentia capaz por lutar por ela e por aquilo que ela significava no seu interior? Porque é que sabia que teria de reescrever o seu destino do zero e aprender a viver novamente? Olhou para Bill para ter a certeza que ele não os veria e depositou o beijo mais terno que alguma vez se lembrava de dar a alguém no canto direito da boca dela e voltando a abraçá-la disse:

- Vou estar sempre à tua espera…

Soltou-se dos braços dele e pegou-lhe nas mãos para as acariciar uma última vez antes de se soltar totalmente do seu corpo.

- O teu irmão tem muita sorte em te ter… - disse ela em voz alta para que Bill ouvisse.
- Não tanta quanto a que eu tenho em tê-lo a ele… - disse Tom.

Respirou fundo e virou costas a Tom para procurar ter coragem de se despedir de Bill. Ajoelhou-se novamente no chão aos pés dele, mas desta vez a cabeça dele não parecia querer-se levantar das suas mãos. Pegou na cabeça dele com ambas as mãos e limpou as lágrimas que escorriam dos seus olhos irreconhecíveis pela dor. Se algum dia tinha tido dúvidas de quão monstruosa era, aquele olhar não a deixava fugir ao seu rótulo. Desejava dizer que o amava muito e para sempre, que pensaria nele todos os dias até ao final da sua vida, que o seguiria atentamente na sua carreira e que iria sempre torcer por ele como se fosse por si mesma, mas não podia. Até nisso tinha de ser cruel e manter a encenação. Esconder os seus sentimentos e fazer-se fria e sem a capacidade de amar.

- Eu não quero que vás… - disse Bill segurando na face dela com ambas as mãos, como ela lhe fazia a ele.
- Eu sei…
- Então fica comigo… -
voltou Bill a pedir.
- Tens o teu irmão… Ficas bem acompanhado… - disse ela depositando um beijo doce na testa de Bill.

- Amo-te… - disse Bill puxando os lábios dela até aos seus para se poderem encontrar uma última vez.

Não foi capaz de dizer que não. Não era assim tão forte, já tinha dado provas disso. Aqueles lábios carnudos preenchiam o seu ideal. Eram os mesmos lábios de Tom, mas com um sabor diferente, um sabor a que estava habituada e que não deixava de desejar até ao final dos seus dias. Acariciou a face dele ao mesmo tempo que suspirava.

- Amo-te! - voltou Bill a dizer.
- Eu sei… - disse ela de forma cruel. Como desejava poder retribuir aquela palavra. Só podia esperar que os seus olhos tivessem a capacidade de expressar tudo o que ia no seu coração e que ele o compreendesse como sempre tinha compreendido até aos dias de hoje – Eu sinto…
- Eu também o sinto… -
disse Bill confuso.

Levantou-se para tentar arranjar coragem para ir embora e não estragar tudo o que tinha conseguido até àquele momento, mas uma mão de Bill não a deixou partir. Segurava numa das suas mãos e levava-a até aos seus lábios de forma carinhosa, enquanto chorava.

- Tens de me deixar ir… - pediu ela sentindo-se morrer pela milésima vez desde a noite passada.

- Um dia… - começou Bill por dizer.
- Não! – disse ela abanando a cabeça da direita para a esquerda – Não penses nisso… Sê feliz, é tudo o que eu te peço e desejo!
- É a pensar na minha felicidade que penso nesse dia… -
disse Bill levantando-se para a abraçar novamente e sussurrar-lhe ao ouvido as suas últimas palavras – És a mulher da minha vida e mesmo que tentes fugir de mim, estamos destinados a ficar juntos… Eu dou-te o tempo que precisares, mas quando regressares, vais sentir que nunca partiste, porque o meu amor vai-se manter intacto por ti…

- És perfeito, sabias? –
perguntou ela sentindo uma convulsão de lágrimas tomar conta dos seus olhos e o seu corpo estremecer com as palavras de Bill.

Acariciou a sua face uma última vez e desprendeu-se dos seus braços para sempre. Precisava de procurar a estabilidade longe dos braços daqueles que mais amava. Pegou na mochila onde tinha reunido todos os seus pertences e olhando uma última vez para eles sentiu o seu coração arder lentamente e de forma definitiva. Como era possível amá-los tanto? Que mistério envolvia aqueles dois rapazes para terem um poder tão forte sobre si? Como é que poderia estar destinada aos dois? Como é que conseguia vê-los ambos a chorar e ainda se sentir gente? Virou-lhes costas sentindo os seus membros estremecerem e encaminhou-se pelo corredor que dava acesso aos quartos. A meio caminho não resistiu e olhou para trás. A porta do quarto de Bill mantinha-se aberta e no seu interior conseguia ver Bill abraçado ao corpo do irmão, a chorar de forma compulsiva, e o olhar choroso de Tom preso a si por cima do ombro do seu gémeo. Sorriu-lhe uma última vez por entre lágrimas e continuou o seu caminho até à porta de casa deles, sem nunca olhar para trás. Tinha conseguido mantê-los unidos na sua dor. Tinha conseguido remediar os seus erros. Abriu a porta de casa e saiu, fechando-a o mais levemente possível para não os incomodar. Respirou fundo e sentiu-se vazia. Não sabia ao certo o que fazer com a sua vida. Estava perdida, ferida, manchada e danificada. Precisava de encontrar um novo rumo, longe dali…
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeQui Abr 01, 2010 1:34 pm

Sim Dikas is in the House , YOO! afro
E está a dar-lhe com força , ahah :'D
Será que só a mim é que não me arranjas arranjinhos com o Bill (ou com o Tom Twisted Evil) Sabes que entre estes dois eu não sou esquezita, lálálá :3
Já me podias ter avisado que tinha spostado a terceira parte .. Sad

Beijinhos.
* Reading study *
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeQui Abr 01, 2010 7:49 pm

Tenho de confessar que me emocionei e acredita que é muito difícil porem-me a chorar… Mas a escrita serve para isto mesmo, para emocionar. Juro-te que teria preferido milhões de vezes que Ela se tivesse suicidado, cortado os pulsos, atirado de uma janela abaixo ou alguma coisa suficientemente horrorosa, definitiva e cruel, do que ter provocado esta dor nos Gémeos. Fiquei com uma pena de morte do Bill Sad

O Tom e Ela tiveram basicamente aquilo que mereceram. O Bill é um homem perfeito, um marido, uma pessoa .. um ser humano perfeito! Não merecia sequer metade do sofrimento por que estava a passar. Enfim, fiquei mesmo revoltada e triste! Só tenho vontade de chegar ao pé dessa individua e enche-la de chapadas ou então fazer com que ela nunca tivesse entrado na vida dos Gémeos. O Tom também teve culpa, mas é homem .. Os homens são estúpidos e não pensam duas vezes em ceder aos desejos carnais -.-

Sò depois é que pensam nas merdas que fazem. Embora nada disto seja desculpa.
Gramaticalmente acho que estava tudo correcto , todavia podias ter encurtado um pouco o texto. Estava demasiado grande e andou em círculos. Andas-te a “encher chouriços” quase até ao final .. Desculpa mas é esta a minha opinião.
E é isto ^^

Beijinhos e muitas one’s Wink
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeSex Abr 09, 2010 12:42 pm

HaLLoOoOoooOo \o/
Wisa escreveu:
Tenho de confessar que me emocionei e acredita que é muito difícil porem-me a chorar… Mas a escrita serve para isto mesmo, para emocionar. Juro-te que teria preferido milhões de vezes que Ela se tivesse suicidado, cortado os pulsos, atirado de uma janela abaixo ou alguma coisa suficientemente horrorosa, definitiva e cruel, do que ter provocado esta dor nos Gémeos. Fiquei com uma pena de morte do Bill Sad

O Tom e Ela tiveram basicamente aquilo que mereceram. O Bill é um homem perfeito, um marido, uma pessoa .. um ser humano perfeito! Não merecia sequer metade do sofrimento por que estava a passar. Enfim, fiquei mesmo revoltada e triste! Só tenho vontade de chegar ao pé dessa individua e enche-la de chapadas ou então fazer com que ela nunca tivesse entrado na vida dos Gémeos. O Tom também teve culpa, mas é homem .. Os homens são estúpidos e não pensam duas vezes em ceder aos desejos carnais -.-

Sò depois é que pensam nas merdas que fazem. Embora nada disto seja desculpa.
Gramaticalmente acho que estava tudo correcto , todavia podias ter encurtado um pouco o texto. Estava demasiado grande e andou em círculos. Andas-te a “encher chouriços” quase até ao final .. Desculpa mas é esta a minha opinião.
E é isto ^^

Beijinhos e muitas one’s Wink


Pois..... Vê-los numa situação destas é mesmo muito dificil.... Mas era preferivel ela virar as kostas a eles do k eles se separarem por kausa de alguém k possivelmente nunca iria fikar satisfeita kom a vida k levava, nem seria kapaz d se entregar a 100% pk teria sempre o passado a assombrá-la e o outro gémeo na kabeça........ Assim olha.... no fun, no game =p O BiLL no fundo é k akabou por ser a vitima, pk pagou pelos erros dos outros....
Fiko mt kontente k te tenhas emocionado....Isso signifika mm mt para mim!!! Axo k kd konseguimos ler algo k nos toke dessa forma é tao bom .... e para mm é gratifikante!!!
Garanto-t k n escrevi nada para enxer chouriços....escrevi o k tinha na alma no momento.... Eu n sei eskrever pouko e sucinto... LolOlolOL n é defeito...é feitio haha haha haha



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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeDom Abr 25, 2010 4:51 pm

a decisão de deixar um amor porque é o melhor a fazer deve ser a mais difícil de ser tomada.
agradeço a Deus por poder dizer que tenho a sorte de nunca ter precisado fazer isso na vida.
acho que não teria coragem. nem força.

ela foi muito nobre ao abdicar de seus sentimentos por saber que era o certo.
não são muitas as pessoas que conseguem fazê-lo.

fiquei orgulhosa do final da Destiny. foi muito bonito e emocionante :}

adoro-te, florzinha <3
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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitimeQua Abr 28, 2010 9:32 am

annelisek. escreveu:
a decisão de deixar um amor porque é o melhor a fazer deve ser a mais difícil de ser tomada.
agradeço a Deus por poder dizer que tenho a sorte de nunca ter precisado fazer isso na vida.
acho que não teria coragem. nem força.

ela foi muito nobre ao abdicar de seus sentimentos por saber que era o certo.
não são muitas as pessoas que conseguem fazê-lo.

fiquei orgulhosa do final da Destiny. foi muito bonito e emocionante :}

adoro-te, florzinha <3


Mesmo..... Não consigo imaginar o kão doloroso deve ser você afastar.se de alguém k ama e saber k vai sofrer e k vai provocar muito sofrimento no outro, sabendo k a longo prazo é a melhor decisão e os vai "salvar"! Deve ser tão doloroso k espero realmente k nenhuma de nós tenha de passar por isso na vida.... É sem dúvida muito nobre e demonstra uma extrema coragem e um amor pleno!!!

Fikou orgulhosa do final??? OoOOhh...... Isso me deixa tão felizzzzzzzzzzzzzzzzz *olhinhos d gato das botas*

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MensagemAssunto: Re: [OS] - Destiny I, II & III   [OS] - Destiny I, II & III Icon_minitime

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