No Provador (one-shot)

No Provador.

Fazia duas semanas que eu havia terminado com ele.
Nosso relacionamento já não era mais o mesmo de antes. O fogo que ele tinha por mim já não era o mesmo e fora os vários dias em que ele deixava sozinha, se sequer me dar uma simples notícia.
Eu sou uma menina muito manhosa, preciso de carinho e atenção, coisa que eu sei que ele não pode me dar. Ele é carinhoso, mas sempre pede sexo depois e eu nem sempre estou animada o suficiente para isso.
Agora eu decidi sair para comprar roupas e calçados novos para marcar essa fase na minha vida. Uma nova fase sem ele, eu sei que eu vou conseguir, tenho fé em mim mesma.
Peguei um vestido cinza e preto e um vestido púrpura cheio de vida. Dirigi-me para o provador, o último do fim do corredor.
Entrei nele, fechei a pequena porta e deixei as roupas em cima de um pequeno banquinho preto que estava lá dentro.
Tirei minha camiseta preta e minha calça. Fiquei apenas de lingerie preta, apreciei meu corpo no espelho. Nunca fui magrela, meu corpo é consideravelmente bonito. Há dois anos faço aeróbica na academia e como prêmio, coloquei um piercing preto no umbigo e tatuei uma pequena borboleta com uma tribal bem na parte mais baixa da minha barriga. Mas ele não havia visto essa tatuagem ainda. E nem ia.
Coloquei o vestido púrpura e ele havia combinado com a sandália que eu estava usando no momento. Ajeitei meus cabelos e comecei a fazer pose de frente para o espelho.
Tirei o vestido e deixei-o onde eu havia colocado anteriormente. Certamente, era esse que eu iria levar. De repente, a porta do provador havia aberto, preparei-me para pegar minhas roupas e gritar desesperadamente, mas ao ver aquele sorriso perverso naqueles lábios desejáveis, a única coisa que eu fiz foi respirar aliviada.
Ele fechou a porta atrás dele e se aproximou mais de mim. E eu já fui dizendo, para provocá-lo e fazê-lo ir embora logo.
-Pelo que eu saiba, nós terminamos a duas semanas. E eu disse que não queria mais saber de você.
-Mas eu quero você e não me contento com um não. -sua voz saiu tão provocante e firme que eu não resistiria, como sempre.
-Só se tratarmos como dois desconhecidos.
-Eu nem sei o seu nome. -disse ele, sorrindo perversamente e ironicamente.
-Nem eu sei o seu, só sei que você vai se acabar, por eu sou insaciável. -minha voz nunca saiu tão rouca e sussurrante como hoje.
-Pode deixar, gatinha. -disse ele, sorrindo perversamente.
Ele pegou na minha cintura, puxando-me para mais perto dele e rapidamente ele me beijou, me empurrando para a parede atrás de nós.
Sua língua macia invadiu a minha boca, seus lábios macios e molhados tocavam com sincronia os meus e seu piercing gelado provocava arrepios em meu corpo sedento pelo dele.
Sua boca desviou dos meus lábios para o canto da minha boca e, em seguida, meu pescoço. Ele adorava deixar marcas nele, só para dizer que ele é meu dono. Também devolvia nele, só que em forma de arranhões e marcas de batom, ainda mais que eu usava muito batom vermelho.
Tirei sua enorme camiseta, tendo aquele abdômen definido só para mim. Virei meu rosto e beijei seu pescoço, com beijos delicados e molhados. Quando terminei, tratei de assoprar de leve a pele dele. Ele sorriu, sentindo o arrepio correr pelo corpo dele.
Então ele correu as mãos pelas minhas costas para achar o fecho do sutiã bordô que eu usava. Ele achou e abriu-o, passei as mãos pelas alças fazendo-as cair diretamente sobre o piso frio do provador. Ele me beijou calorosamente, enquanto com as suas mãos acariciavam meus seios conforme o beijo ia ficando mais forte.
Abri a sua calça, fazendo a mesma cair sobre o chão. Ele olhou sorridente para mim e largou a calça sobre um canto qualquer. Com as minhas mãos curiosas, explorei suas partes intimas. Coloquei minha mão por dentro de sua boxer preta sentindo uma leve umidade surgir no local. Sorri satisfeita.
Tirei minha mão do lugar onde ela estava e voltamos a nos beijar ardentemente. Tom aproveitou e tirou a minha última peça de roupa. Abaixei meu corpo e conforme eu ia fazendo-o eu ia deslizando a última peça de roupa dele, aos poucos, vagarosamente, só para provocá-lo.
Eu, ainda abaixada, acariciei o membro ereto dele, com a minha língua quente. Provocando arrepios e gemidos abafados já que ele mordia o próprio dedo com força para conter os gemidos que queriam escapar pela sua boca.
Levantei sorrindo e ele me agarrou, me beijando e provando de seu próprio gosto. Suas mãos estavam em minhas costas, me arranhando e provocando os arrepios crescentes dentro de mim. Enquanto as minhas mãos acariciavam a sua nuca.
Ele parou e eu beijei sua bochecha, descendo, descendo até a ponta de seu queixo. Beijei seu pescoço desejável e voltei minha atenção para a sua boca.
Enquanto estava voltando minha atenção para seus lábios, tocando-os com as minhas unhas pintadas de rosa, a cor que ele mais gostava quando eu pintava as minhas unhas, ele foi calmamente me penetrando, sem pressa, com calma.
Ele puxou-me pelas coxas, forçando eu a subir em seu colo e entrelaçar minhas pernas atrás de si. Passei minhas mãos em torno de seu pescoço e troquei um beijo gostoso com ele.
Os movimentos foram ficando mais intensos, mais fortes, provocando-nos a segurar cada um dos gemidos, para não chamar a atenção de quem estaria do lado de fora.
Os movimentos foram ficando mais lentos, alertando que já havíamos chegado ao ápice. Gemidos foram substituídos por suspiros. Beijei seus lábios como forma de agradecimento, mas conhecendo meu gatinho selvagem como eu conhecida, isso não ia parar por aqui.
Ele beijou minha bochecha e, em seguida, eu virei de costas, fazendo o Tom apreciar minhas costas tatuadas. Ele sempre gostou disso, nas minhas costas eu tinha uma caveira pequena com asas e uma coroa de rainha no topo da cabeça da caveira.
Ele sempre me amou por eu ser diferente. Sempre fui àquela menina rebelde e esquisita da escola e lembro-me que nos conhecemos num show de rock da minha diva Pink, quando ele foi com o Bill, irmão gêmeo dele. Eu sou cinco anos mais velha que ele, tenho 25 anos e ele sempre se excitou por essa diferença de idade nossa. Creio eu por que ele deve gostar de mulheres mais velhas, por serem mais experientes em relação ao sexo.
Ele pegou na minha cintura, torci minha cabeça para trás em busca de seus lábios. Tom beijou-os com carinho, jogando meus longos cabelos negros para trás. Ele sussurrou no meu ouvido:
-Se doer você me fala.
-Ok. -respondi sem entender. No mesmo instante, senti-o penetrar-me novamente. Uma leve dor invadiu meu corpo, mas ao sentir sua boca no meu pescoço, a dor se tornou em prazer. Os movimentos foram ficando mais fortes ainda e eu nem me importava com a dor que eu sentiria depois, apenas me importava o momento.
Apoiei meus braços na parede, enquanto com uma mão ele segurava a minha cintura e a outra apoiava na parede. Quando atingi um orgasmo, me joguei na parede, querendo desmoronar no chão pelo cansaço. Tom me segurou e ainda de costas para ele e entrelaçou suas mãos a minha e deu-me um selinho rápido.
Tom e eu cansados ficamos sentados no chão, ainda com as mãos entrelaçadas e trocando algumas juras de amor.
-Não sei por que você terminou comigo. -disse ele, indignado.
-Eu terminei com você por que eu não gostava do jeito que você me tratava.
-Como assim? -perguntou ele, erguendo uma sobrancelha.
-Sexo, sexo, sexo.
-Ah, mas é que eu fico muito tempo fora e quando eu te reencontro eu quero ter você me completando. -disse ele, tentando se redimir.
-Até te entendo, mas eu preciso de carinho.
-Eu te darei todo o carinho do mundo.
-Eu te amo. -era a primeira vez que eu falava isso.
-Eu também te amo. -disse ele, com os olhos amendoados brilhantes.
-Vamos sair daqui, antes que comecem a bater na porta.
-Ok.
Ele se levantou e vestiu.
-Amor, esse vestido é bonito. -depois de vestida, mostrei o vestido púrpura.
-Lindo, só para usarmos no nosso jantar.
-Já.
-São seis da tarde.
-Ok.
Nós dois saímos do provador e ninguém viu nada, apenas uma atendente perguntou se eu estava bem e eu disse que estava maravilhosamente bem e pedi que ela guardasse o vestido, pois ia levar ele.
Ainda na loja, eu e o Tom estávamos vendo umas roupas.
-Esse vestido é ótimo para eu tirar-lo de você. -disse ele, mostrando-me um vestido vermelho.
-Vou levar. -disse eu, tomando-o da mão dele.
Comprei os vestidos e mais algumas coisinhas, fomos para casa. Tomamos um banho gostoso, bem juntinhos e trocamos de roupa para jantar num restaurante especial.
Essa noite foi a melhor de todas. Senti-me amada e desejada, por aquele o qual eu amava e desejava e assim podermos ter um relacionamento estável e com noites quentes.
-Minha gatinha. -disse ele, passando as mãos pelo meu rosto, enquanto estávamos nus na cama.
-Meu gatinho. -disse eu, com os olhos fechados.
Adormecemos para um dia divertido juntos.