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 One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)

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Júh THP
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Júh THP

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MensagemAssunto: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeQui maio 24, 2012 7:00 pm


Oooooi ^^

Bem, essa é a minha primeira fic aqui, já que eu sempre postei no Nyah, mas acabei sendo plagiada, então resolvi postar em outros lugares também para a engraçadinha não vir postar em outros lugares, né? E também para conhecer novas Aliens *oooo*
Bem, aí está...


One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Gold

Sinopse: Gêmeos univitelinos, vindos de uma única célula. Juntos são dois, que vieram de um... A divisão perfeita de um ser que volta a ser apenas um, não por fora... mas por dentro, unidos por um amor incondicional e incontrolável.
Short Fic

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Gêneros: Amizade, Drama, Lemon, Shounen-ai, Songfic, Yaoi, Ecchi, Shoujo-ai, Universo Alternativo
Avisos: Estupro, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência, Álcool





Capítulo 1 - Redação.


One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) 0001

If I ain't got nothing (Se eu não tiver nada)
I got you (Eu tenho você)
If I ain't got something (Se eu não tiver alguma coisa)
I don't give a damn (Eu não dou a mínima)
'Cause I got it with you (Porque eu tenho com você)


I don't know much about algebra (Eu não sei muito sobre álgebra)
But I know 1 plus 1 equals 2 (Mas eu sei que 1 mais 1 é igual a 2)
And it's me and you (E sou eu e você)
That's all you have when the world is through (Isso é tudo que você tem quando o mundo está acabado)




O moreno de tranças escrevia freneticamente na folha branca. Estava em seu quarto, um pouco escuro, pois as cortinas estavam fechadas, e apenas o abajur estava ligado, para iluminar o papel onde escrevia mais um cansativo trabalho da faculdade de engenharia. O lápis já um pouco gasto corria apressado pelo papel, fazendo contas, escrevendo regras da física, e era apenas o rascunho. Queria se livrar logo daquela redação.

Tom parou de escrever e puxou duas grandes apostilas da faculdade, passando a lê-las, pensando se o que escrevera estava certo. No dia seguinte teria uma prova horrível de física e ele simplesmente precisava tirar uma nota alta. Não que fosse um aluno ruim, muito pelo contrário, Tom Kaulitz era um dos melhores alunos de engenharia mecânica da melhor faculdade do estado, a USP.

Sim, muitos o conheciam, já participara de vários concursos pela faculdade, sempre ficando no pódio, aquele garoto tinha um grande futuro pela frente. Além de inteligente Tom era descolado e cobiçado, mas, por um motivo conhecido apenas por ele, não se relacionava com ninguém, não tinha namorada e as vezes que ficava com alguém estava um pouco alterado pela bebida ou era por necessidade. Ninguém entendia, todas as garotas da USP caiam aos seus pés, assim como os garotos se ele quisesse. Mas não... Tom nunca falou sobre sentimentos e evitava o assunto.

Após duas horas e meia seu trabalho estava pronto e ele passava a mão na testa para tirar aquele irritante suor. Sorrindo jogou-se em sua confortável cama, que sempre tinha o cheiro de seu irmão, pois ele passava o perfume do gêmeo nos lençóis. Amava deitar naquela cama e dormir sentindo aquele cheiro. O único problema é que o dono do cheiro nunca estava ali, nunca estava ao seu lado e pior... Nunca percebeu os sentimentos do de tranças.

Podia ser um sentimento errado a vista da sociedade, mas era real e não causava dor em ninguém, apenas em Tom. Suspirou e enterrou a cabeça entre os travesseiros. Era sempre assim, quando não estava estudando era o gêmeo que estava em sua mente, sempre ele, somente ele... Ele era motivo pelo qual não tinha namoradas ou namorados, o motivo para se concentrar tanto nos estudos, o motivo para não falar de amor... O motivo para sorrir e chorar era sempre ele: Bill.

Este estava demorando para chegar hoje e isso preocupava o de tranças. O semelhante não costumava demorar tanto para chegar, mesmo não sendo um dos mais rigorosos em relação a horários (quase sempre estava atrasado para a faculdade), ele respeitava os horários da casa. Já era para ele ter chego há duas horas... O rapaz pegou o celular e discou o número do irmão. Esperou e se assustou quando o som do toque chegou às suas orelhas, vindo da sala no andar térreo.

– Que estranho... – Sussurrou tirando o próprio celular do ouvido e, deixando-o jogado sobre o lençol branco da cama, levantou-se. Tinha certeza de que Bill levara o aparelho com ele e, se havia chegado, por que não foi falar com o menor, como sempre fazia?

Lentamente o de tranças saiu do quarto e olhou para o térreo se assustando ao ver o gêmeo estirado no chão, completamente sujo, machucado e chorando silenciosamente. O cabelo, antes cheio de dreads, estava totalmente destruído, como se alguém o tivesse cortado com tesoura de papel sem cuidado algum. O rosto machucado e inchado estava triste.

Tom correu escada abaixo sempre com os olhos no delicado corpo do gêmeo, que começara a chorar mais. O de tranças se ajoelhou ao lado do outro e pegou sua cabeça apoiando em suas coxas, olhava preocupado para o maior que, com algum esforço, tampara o rosto com as mãos para que o irmão não visse o estrago em sua face sempre tão perfeita. Tom respeitou isso, sabia o quanto o Bill era cuidadoso com a aparência e complexado. Acariciou levemente os cabelos destruídos do mais novo.

– O que aconteceu, Billy? – Perguntou o de tranças. Estava realmente preocupado com o estado do gêmeo. Bill não respondeu nada, só aumentou as lágrimas e soluços. – Não, não, não chore, ei... – Tocou levemente o queixo deste e o elevou um pouco, para que sua face, ainda tampada pelas mãos, ficasse em direção à sua. – Ei, olhe pra mim, sou eu, Tom... – Os soluços do maior aumentaram mais e ele deixou que as mãos caíssem pesadamente no chão. Seus olhos não se ergueram para a face surpresa do semelhante. Deixou-os voltados para baixo. Não queria ver justamente naqueles olhos o quanto estava horrível. – Olhe para mim Bill. – Pediu delicadamente o de tranças. – Sou eu, olhe para mim... – Insistiu.

Bill sempre confiou no gêmeo, mais do que em qualquer pessoa no mundo, era ele que sempre o entendia, o ajudava, estava lá quando precisava de um ombro amigo, estava sorrindo com ele quando estava feliz... Tom era tudo para ele. Sabia que jamais confiaria em alguém como confiava no irmão. Jamais amaria alguém como o amava.

Ainda com aquele olhar triste ergueu os orbes para o menor, que lhe sorria delicado e preocupado. Odiava fazer isso com ele, odiava deixá-lo preocupado... Já escondia esses acontecimentos há algum tempo, mas hoje os agressores passaram da conta e lhe feriram de uma forma abusiva, desumana, horrível, repulsiva, e tudo o que conseguia sentir era nojo... Ódio.

– O que aconteceu? – O mais velho repetiu a pergunta, mas o outro continuou sem responder.

– Me ajuda... – Sussurrou fracamente Bill, levando uma mão fracamente até o pulso do irmão, que lhe acariciava a nuca, já que a cabeça parecia estar machucada. Puxou sua mão delicadamente, e segurou a dos dois unidas. – Me protege... – O de tranças limpou as lágrimas silenciosas e beijou sua bochecha ferida, tomando cuidado para não machucá-lo mais do que já estava. Lentamente e com todo o cuidado que podia pegou o irmão no colo e começou a subir as escadas. Olhava para o gêmeo que ainda chorava penosamente tentando controlar os gemidos de dor.

O de tranças não entendia o porquê de tanta dor, será que suas costas estavam machucadas? Sentia raiva de quem havia feito aquilo com o irmão, quem podia ser tão mal com um ser tão inocente como aquele? Bill jamais fizera mal algum a ninguém, por que insistiam em machucá-lo? Aquela não devia ser a primeira vez... O maior devia estar escondendo isso há um tempo...

Bill parecia dormir em seus braços, então o deixou sobre a própria cama e foi ao banheiro encher a banheira, retornando logo ao quarto, encontrando seu gêmeo olhando para suas lições, passando os delicados dedos sobre sua caligrafia apressada do rascunho. Sorriu e se aproximou sentando ao lado do irmão, que lhe lançou mais um olhar triste. Suspirando o de tranças levou as mãos à barra da blusa do gêmeo, que deixou a folha de rascunho de lado para que o gêmeo o despisse.

– Tom...? – Chamou Bill fracamente enquanto o mais velho, após ter tirado sua camisa, começava a se livrar de seu coturno.

– Fala... – O de tranças ergueu os olhos encontrando os do gêmeo.

– Posso... Posso ficar com esse papel? – Pediu o maior apontando para a folha de rascunho do de tranças. Tom o encarou confuso com o pedido. Como Bill podia querer um pedaço de papel quando estava daquela forma?

– Pode. – Respondeu o outro sem se importar muito com o que havia no papel. O maior sorriu fraco e voltou a olhar para o papel, sentindo seu peito aquecer de uma forma que apenas o mais velho fazia consigo; no papel havia alguns cantos com seu nome, mas no início da redação estava escrito "1+1 = 2". O de tranças sempre gostou de usar ironia em suas redações, mas aquele simples título havia muito mais significado do que o maior podia imaginar. Não era a toa que seu nome estava em vários cantos da folha borrada de grafite pela rapidez com que fora escrito o texto.

Logo as mãos delicadas do de tranças começaram a desabotoar sua jeans apertada, ambos se entreolharam um pouco mais tensos, mas o menor se sentiu tranquilo, pois seu gêmeo lhe lançara um pequeno sorriso de estimulo. Confiavam um no outro, não havia malícia alguma em suas atitudes, por mais que se desejassem de uma forma a mais que a de irmãos... Não podiam esquecer o que realmente eram... Irmãos gêmeos.

Tom baixou o zíper da calça apertada e voltou a encarar o irmão, tentava disfarçar a tensão que o dominava, era a primeira vez que veria o irmão daquela forma. Colocou as mãos aos lados da calça jeans e começou a puxar, mas o gemido de dor de Bill o fez parar no mesmo instante. Dirigiu os orbes castanhos e preocupados ao outro que voltara a chorar, era esse o momento que estava temendo, logo Tom saberia que sua pureza havia sido perdida de uma forma brusca, repulsiva, nojenta... Ridícula.

Ainda sem entender o que se passava o de tranças se encurvou e abraçou o gêmeo parando com as mãos em suas costas. Entendendo o que o outro faria Bill passou as mãos por seus ombros terminando em um abraço, e logo seu corpo estava sendo erguido pelo forte de Tom que o sustentava sem retirar seus pés do chão.

As silenciosas lágrimas do moreno atravessavam a fina camiseta que o gêmeo usava, mas isso não era mais importante, sentia vergonha do que havia lhe acontecido, era como se tivesse perdido tudo o que mais prezava, sentia que agora não tinha nada, absolutamente nada. Havia perdido aquilo que jurou perder com seu amor e se não fosse com ele não seria com mais ninguém. Perdera sua pureza.

O de tranças levou as mãos à calça do maior e voltou a baixá-la. O Kaulitz mais novo segurou o gemido que queria escapar e deixou que saísse em um suspiro pesado. As mãos de Tom desciam a calça, mas o raspar apertado do pano causava uma dor horrível em Bill, que nem notou que juntamente com sua calça ia sua boxer. Só notou isso quando seu irmão travou olhando para seu corpo nu de olhos arregalados e parecia incrédulo com o que via.

– Bill... – Sussurrou pegando o irmão no colo e deitando-o novamente com todo cuidado na cama, mas dessa vez de bruços, agora entendia o motivo dos gemidos de dor, entendia o que acontecera... Seu amado fora violado de forma agressiva. – Quem foi o maldito? – Perguntou cheio de ódio na voz, ainda encarando o sangue seco nas nádegas e coxas do irmão.

– O time... O time de fut... – O de tranças em meio ao ódio jogara o abajur ao chão e já ia sair para matar o primeiro jogador que visse quando uma voz fraca e chorosa lhe implorou. – Por favor... Fique comigo... – Travou no mesmo instante e olhou para o estado deplorável do gêmeo. Precisava cuidar dele. Virou-se para o armário do quarto e de lá tirou uma caixinha onde guardava a caixa de primeiros socorros deixando-a sobre a mesinha onde antes repousava o abajur já destruído.

– Vem Billy, vou te dar um banho. – Disse carinhosamente voltando a sustentar o peso do gêmeo. Caminharam juntos, mas Bill continuava a gemer de dor, até chegarem ao banheiro. O de tranças desligou a torneira e deixou os sais e sabão na água. Já ia puxar o irmão para colocá-lo na água quentinha quando o pedido chegou aos seus ouvidos.

– Entre comigo? – Bill olhou para baixo e corou fortemente, agradecendo por aquilo não poder ser notado. Tom sorriu fraco, sabia que Bill estava corando.

– Entro sim. – Respondeu sentando o gêmeo na tampa do vaso sanitário. Este gemeu de dor e limpou uma lágrima que escorreu por sua face machucada tocando em seguida o lábio inchado, suspirando. Olhou para o lado, vendo o irmão passar a camiseta pela cabeça e jogá-la no balde de roupas sujas, em seguida sua calça... Era a primeira vez que se viam dessa forma e o estranho é que, mesmo com tudo o que sentiam um pelo outro, não havia vergonha em observar o corpo oposto ou ser observado, confiavam um no outro, não importa o que estava acontecendo.

Só se sentiam bem juntos, era muito mais do que ter sua metade próxima, era muito mais do que ter a pessoa que amavam tão perto, era muito mais do que qualquer coisa que podiam imaginar... Era quase como ter a si mesmo por perto, não fisicamente ou psicologicamente... Mas de outra forma... Não podiam entender, mas sabiam que se conheciam de uma forma estranha, eram a mesma coisa em dois corpos, era um único ser dividido em duas partes, e sentiam saudade um do outro...

Tom voltou os olhos para o gêmeo com um sorrisinho sem dentes e o ajudou a levantar novamente. Juntos entraram na banheira, com o de tranças sempre cuidando para que o outro não se machucasse. Encostou-se à parede da banheira e fez o gêmeo deitar-se com a cabeça em seu ombro, de costas para si e encaixado entre suas pernas.

– Está melhor? – Indagou começando a acariciar o cabelo destruído de Bill para que molhasse mais e depois ele pudesse lavá-los. O moreno apenas assentiu, estava envergonhado por estar daquela forma, encostado ao corpo nu do gêmeo, mas nunca se sentira mais protegido; aquela sensação de que não tinha nada do que gostava ou precisava havia sumido instantaneamente. Estar com Tom daquela forma lhe mostrava que, mesmo com tudo se acabando aos poucos, o teria ali sempre... – O que aconteceu? Me conta... – Pediu o de tranças começando a passar uma esponja pelo corpo delicado do gêmeo, para livrá-lo de toda aquela sujeira e sangue.

– E-eu... Eu estava saindo da faculdade sozinho, hoje o Andy faltou... Eu... Eu não percebi que estava sendo seguido e usei o caminho mais rápido para chegar em casa e não o mais seguro...

– Você passou pelo beco. – Interrompeu o de tranças. – Já te falei milhares de vezes para não passar por aquele lugar, Bill.

– Eu sei, me desculpa... – O menor apenas o abraçou com carinho para que ele continuasse. – Eu estava na metade do beco quando a mão de um dos caras do time me segurou com força. – O moreno parou de falar quando os soluços o atingiram. – E... Eles me machucaram, bateram em mim... Me humilharam... Eu, eu tive de me ajoelhar e eles me seguraram pelo cabelo... – A dor atingiu o peito do de tranças; como pôde deixar que algo assim acontecesse com o irmão? Jamais perdoaria aqueles caras, e eles pagariam pelo que fizeram ao seu irmão. Escutar aquelas palavras era horrível, seu Bill, seu puro Bill... – E abriram as calças... Eu sinto nojo de mim, Tom... – Sem se importar com a dor o maior trocou a posição, ficando de bruços sobre o corpo do gêmeo e o abraçando com força; chorou sentindo os braços fortes deste o apertarem com cuidado e delicadeza. – Eram... Eram cinco, cinco! Eu fui violado por cinco homens, sem poder fazer nada, sem poder pedir ajuda... Fui humilhado, abusado, agredido... – As palavras saiam cortadas pelos soluços constantes do Kaulitz mais novo, mas Tom não o impediu, sabia que Bill precisava colocar tudo pra fora e, como sempre, era no menor que confiava. – De... Depois eles começaram a me bater, me machucar, me xingar... Eu já não tinha forças para nada, eu deixei que me machucassem. No fim eles pegaram uma faca e cortaram meu cabelo e meus dreads... Machucou muito. – Choramingou o maior sentindo as mãos delicadas do gêmeo lhe acariciando a cabeça machucada e as costas judiadas.

– Calma, eu estou aqui e isso não vai ficar assim, eu te prometo. – Garantiu o de tranças e então Bill sentiu seu mundo afundando, nunca realizaria seu sonho, nunca mais teria essa chance... Essas já eram quase nulas e agora mesmo que aconteça não seria como imaginava, não seria sua primeira vez... Fora invadido por cinco homens... Ele jamais seria o primeiro...

– Tom! – Exclamou usando todas as forças que possuía para apertar o gêmeo e chorou audivelmente, seu corpo tremia e seu mundo parecia cair cada vez mais na escuridão, realmente não tinha mais nada... – Não era pra ser assim! Não era pra ser desse jeito... Ia ser perfeito... Ia ser com quem eu amo, mas eles me tiraram essa chance... Tooom... – Falou o mais novo histericamente, ainda chorando. O peito do de tranças afundou no mesmo instante, quem seu irmão amava?

– Calma, Billy... – Foi tudo que saiu de seus lábios, não conseguia falar nada, ele estava em total estado de torpor, sentia seu mundo desabando lentamente.

O de tranças terminou de limpar seu irmão que ainda chorava penosamente perdido em seus pensamentos. Enxaguou seus corpos no chuveiro e o levou para o quarto. Em momento algum o choro de Bill diminuía e Tom apenas se sentia pior, deveria amar de verdade a tal pessoa para estar assim. Deitou o outro na própria cama novamente e colocou rapidamente uma boxer e uma calça de moletom.

– Vou pegar uma roupa no seu qua...

– Não! – Interrompeu o maior. – Me deixe usar uma camiseta sua, é o suficiente, pegue só uma boxer... – Pediu o moreno. Logo o de tranças fora pegar a boxer do irmão, quando voltou lá estava ele olhando para a redação. Tom tentava entender o que de tão atrativo havia naquele texto para Bill estar sorrindo daquela forma... A não ser que ele tenha entendido o título, aquilo não fazia sentido. De repente Tom lembrou-se, havia escrito várias vezes o nome do gêmeo nas bordas da folha, corou fortemente pegando uma camiseta XXL confortável.

– Consegue se sentar? – Perguntou o menor. O outro até tentou, mas estava dolorido demais. – Espera, eu te ajudo. – Tom voltou a levantar o gêmeo e o ajudou a colocar a roupa, passando cada perna com a maior calma por cada entrada da boxer, assim como os braços finos pelas mangas da camisa. – Vou trazer algo para você comer. – O mais velho se virou, mas antes que se afastasse demais sentiu o leve toque dos dedos de Bill nas pontas dos seus, até que o mais novo estava entrelaçando suas mãos. Aquilo machucou o de tranças, ele realmente queria que aquele toque tivesse algo além do fraternal.

– O que está acontecendo? Você ficou estranho do nada... – Comentou o maior já achando que seu gêmeo estava com repulsa dele, de seu corpo...

– Não é nada... – Disse o de tranças, mas Bill sabia que era mentira, ele sentia isso. Triste, soltou a mão do gêmeo e se encolheu junto à parede, mesmo que aquele movimento doesse, o que sentia por dentro doía muito mais... Agora não tinha mais nada... Nem mesmo seu amor e irmão...

Bill fechou os olhos tentando evitar que mais lágrimas caíssem por seus olhos, mas sabia que demoraria um pouco para dormir, por mais destruído que estivesse os pensamentos o mantinham acordado. Escutou os passos de seu gêmeo de volta no quarto, mas não se moveu, fingiu que dormia pesadamente e conseguiu convencer o outro. Escutou uma risadinha escapada pelo nariz.

– Vai comer como um dragão quando acordar... – Escutou o comentário solitário do irmão e logo escutou as cortinas sendo abertas e depois o pequeno espaço ao seu lado estava sendo ocupado. Sentiu o braço de Tom envolvendo sua cintura em um abraço apertado e carinhoso, os lábios carnudos tocaram sua nuca fazendo arrepios passarem por seu corpo. – Queria que entendesse o titulo da minha redação... – Escutou o sussurro do gêmeo, quase inaudível. – Um mais um é igual a dois... Isso quer dizer eu e você... – O maior arregalou os olhos diante do significado daquelas palavras, seu coração acelerou ao mesmo tempo em que a felicidade e o medo o atingiram... O que faria agora? – Eu estou aqui pra você, Billy, sempre estarei, mesmo que você não perceba que eu te amo... Você tem a mim... Se quiser. Eu queria ter coragem de te dizer essas coisas com você acordado, queria poder ter você para mim do modo como quero, mesmo que seja errado... – Sentiu mais uma vez os lábios carnudos, mas dessa vez atrás de sua orelha. – Eu te amo. – Sussurrou o de tranças lentamente enquanto tirava a mão da barriga do gêmeo e a levava ao antebraço.

Percorreu todo o caminho até a mão semiaberta do maior e entrelaçou estas a sua e, mesmo sem receber uma resposta, continuou apertando fraco como se aquilo fosse garantir que um dia escutaria as mesmas palavras.

O mais velho deixou que algumas lágrimas caíssem e olhou para fora, pela janela podia-se ver a lua brilhando intensamente. Iluminando o caminho dos perdidos, machucando o coração dos que sofriam por amor, alegrando os apaixonados, porém sempre sozinha daquela forma tão linda. As nuvens pairavam a sua volta sempre ameaçando cobrir sua beleza, como se os humanos não fossem dignos de apreciá-la, mas não cobriam... Ela continuava lá, sozinha, sem nem ao menos as estrelas para lhe fazer companhia. Mas em sua total beleza depressiva ela era perfeita... Única.

Bill olhou para a mão de seu gêmeo, pensando se devia corresponder ao toque e mostrar que também o amava. Ele teria a Tom, quando não tivesse nada teria seu gêmeo... Da mesma forma que, mesmo sozinha naquele céu imenso, a Lua tinha os apaixonados para a admirarem, tinha milhares de olhos apreciando sua beleza... A Lua sempre estava acompanhada e, mais do que qualquer um, ela tinha o amor de todos estampado em sua beleza tímida, calma, depressiva, romântica... Perfeita.

Sorrindo para a Lua Bill curvou seus dedos sobre as mãos do gêmeo, apertando-as ainda mais. O outro congelou atrás de si e, antes de se entregar feliz e cansado ao sono o moreno disse:

– Eu te amo...

E então se entregou ao que seria, provavelmente, a noite mais tranquila de sua vida...



E então? Devo continuar?
Ah, só mais uma coisa... Estou postando no lugar certo? Sou nova aqui rs'
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeDom maio 27, 2012 12:04 pm

Eu gostei Smile
Fanfic simpática e bem escrita, desenrola isso ai minha filha!

Eu leio.
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeDom maio 27, 2012 3:39 pm

Bill bruised ..... Sad continues to please!
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeSeg maio 28, 2012 3:29 pm

continua Liebe I love you
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MensagemAssunto: Ó eu aqui de novo ^^   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeTer maio 29, 2012 10:36 am

\o\ Awwwwwwn'! Eu AMEI os comentários gente *-* Fiquei muito feliz quando vi *u* Obrigada meeeeeeeeeeeeesmo!!
Bem, esse capítulo é bem grandinho, mas espero que gostem ^^
Boa Leitura Arrow




Capítulo 2 - Cuidando e Protegendo.

One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) 0002



Hey, I don't know much about guns, but I (Ei, eu não sei muito sobre armas, mas eu)

I've been shot by you (Eu fui baleado por você)

Hey, and I don't know when I'm gon' die (Ei, e eu não sei quando eu vou morrer)

But I hope that I'm gon' die by you (Mas espero que eu morra ao seu lado)


Hey, I don't know much about fighting (Ei, eu não sei muito sobre lutar)

But I, I know I'll fight for you (Mas eu, eu sei que vou lutar por você)

Hey, just when I balled up my fists I realized (Ei, quando eu levantei meus punhos percebi)

I'm laying right next to you (Que estou deitado ao seu lado)



O silêncio dominava o quarto, a brisa da manhã entrava suave pela janela aberta, assim como a luz clara do sol coberto por algumas nuvens que indicavam que logo choveria, mas para os corpos que ainda repousavam confortavelmente sobre a cama aquilo não tinha a menor importância.

O mais novo dos Kaulitz encolheu-se mais na cama, colando ainda mais suas costas ao corpo quente do gêmeo. As mãos ainda estavam entrelaçadas, não com tanta força quanto no começo, mas juntas, como se aquele toque devesse ser eterno, do mesmo modo como as almas dentro daqueles corpos estariam sempre juntas.

Durante o sono o de tranças sentia o cheiro agradável dos fios negros dos cabelos do irmão. Ambos se sentiam, mas continuavam perdidos no conforto de seus sonhos.

Lentamente o maior despertou, abrindo preguiçosamente os olhos, ainda semicerrados pela claridade, mesmo que pouca. Já acostumado com tal olhou para as mãos entrelaçadas e todo o dia anterior veio a sua mente. Mesmo que tivesse sido um dos piores da sua vida, também fora o melhor. Sorriu para as mãos unidas daquela forma única, estava muito feliz, estava com ele. Bill sempre quis ao irmão, o amor do gêmeo, mesmo que muitos achassem tal sentimento repulsivo, para ele era lindo, era real... Era apenas amor e não machucaria ninguém.

O modo como se apaixonara por Tom fora tão intenso, eles eram adolescentes ainda, mas nunca houve qualquer malícia, era apenas um sentimento inocente, vivo, era algo dentro de si que estava sempre desperto, um ser apaixonado e feliz por simplesmente estar na presença daquele homem.

Mas como ficariam agora? Era uma boa pergunta...

Enquanto o maior mantinha pensamentos sem desviar os olhos das mãos, o de tranças o apertou fraco e começou a se mexer, desfazendo o enlace das mãos. Tom estava acordando. O de tranças se mexeu algumas vezes até cair ao chão e acordar assustado, digamos que duas pessoas dormindo em uma cama de solteiro não deixa muito espaço para o modo como este acordava.

Bill não sabia o que fazer, então continuou fingindo que dormia, controlando a vontade de rir do de tranças, que agora praguejava um pouco. Mas logo os palavrões acabaram e Tom olhava assustado para o relógio, mesmo que Bill não pudesse ver isso. Então levantou do chão e correu para o banheiro.

Despiu-se de toda aquela roupa e jogou-se embaixo do chuveiro, sentindo os músculos contraírem pela água fria. Soltou mais um palavrão sussurrado e lavou-se o mais rápido que pode. Pegou uma toalha qualquer e passou-a pelo corpo sem realmente secar muita coisa. Apressado saiu do banheiro e procurou alguma roupa no guarda-roupa.

Pegou uma jeans, uma camisa branca um tanto quanto colada e uma regata azul por cima, um tênis também branco, uma touca branca e um óculos de sol, sabia que já, já o sol daria boas vindas intensamente, o calor de São Paulo era horrível, contudo podia-se esperar tudo daquela cidade, talvez chovesse, talvez o mundo caísse, talvez o sol matasse alguém, nunca se sabe que tipo de monstruosidade poderia acontecer ali.

Tom olhou para o gêmeo dormindo tão calmo sobre a cama e lembrou-se do que acontecera antes de dormirem. O que aconteceria com eles agora? Infelizmente ele não tinha a resposta nem tempo para pensar naquilo, tinha uma prova de física para fazer. Correu para fora do quarto, deixando seu irmão dormir, ele não iria para a faculdade naquelas condições.

Pegou algumas coisas para comer no caminho assim como uma garrafa de café, mas deixando uma para o irmão também. Deixou o café de Bill pronto na mesa, esquecendo-se que talvez ele não tivesse forças para ir até lá. Correu para fora pegando apenas uma caneta, o trabalho que devia entregar e as chaves, trancou a porta da casa e correu para seu carro. A faculdade não ficava tão longe, mas não era bom confiar nisso, o trânsito de São Paulo era outro ponto que atrapalhava a vida de todos.

O caminho todo ele foi pensando no gêmeo e no que acontecera noite passada, estava feliz por ser correspondido, mas também sentia medo do que podia acontecer. Não que fosse magoar o irmão, mas tinha medo do que as pessoas poderiam fazer com Bill, depois do que havia acontecido ontem tudo era possível.

"Aqueles malditos", pensou o de traças sentindo o ódio tomar conta de seu corpo, correndo por suas veias e ativando a adrenalina em seu corpo. Sentia uma raiva imensa daqueles homens e faria o possível para acabar com eles, a vida tinha que ensinar as pessoas a serem humanas, então se esse dever fosse de Tom ele o cumpriria com fervor. Já sabia o que iria fazer, mas isso não fez a raiva diminuir, apenas fez a sensação de vingança juntar-se a ela.

Pegou o maço de cigarros guardado no porta-luvas e, enquanto esperava o semáforo abrir, acendeu um e pôs na boca, já tragando a fumaça viciante, a sensação de relaxamento logo o atingiu. Deu partida no carro e em menos de trinta minutos já estava na faculdade, um pouco atrasado para a prova, mas havia estudado bastante.

Jogou o cigarro no lixo e correu para dentro da faculdade, após fechar o carro. Os corredores estavam vazios, todos estavam fazendo prova, mas que merda, Bill estava perdendo alguma prova, ele mataria Tom, com certeza.

– Atrasado, Kaulitz. – Disse o professor assim que o de tranças entrou na sala deixando o trabalho sobre a mesa. Alguns alunos ergueram os olhos, escondiam risinhos, provavelmente sabiam sobre Bill. Tom os fuzilou com os olhos, pensando mais em dois jogadores que estavam na sala. "Filhos da puta, vocês me pagam", pensou caminhando para uma mesa qualquer, já pronto para fazer a prova. – Boa prova. – Disse o professor, recebendo um aceno como agradecimento.

O de tranças fez o ritual inicial de colocar o nome na folha e tudo o mais e depois começou a prova. Não estava tão difícil, mas estava complicada e trabalhosa, por isso demorou duas horas para fazê-la, pelo menos terminou antes de todos.

Entregou a prova e saiu da sala, sabia que não tinha sido uma das melhores que já fizera, mas uma nota ruim não havia tirado, agora precisava conversar com a diretora para explicar o motivo para Bill ter falado. Deu três batidas e, escutando um "entre", empurrou a porta vendo a mulher de meia idade sorrir para ele, Tom sempre fora um aluno querido.

– Olá, Sra. Ferraz. – Começou o de tranças sentando na cadeira que a mulher indicava.

– Olá, Tom. Teve uma boa prova?

– Acho que sim, mas esse não é o motivo para eu estar aqui. – Disse sentindo o sangue ferver nas veias mais uma vez.

– Diga. – Com o pedido Tom começou a contar o que acontecera com seu gêmeo, a diretora ficava mais alarmada a cada palavra do garoto, sabia muito bem que não era mentira, já recebera reclamações sobre os jogadores e já escutara boatos de que Bill sofria, mas como ninguém lhe contava nada não podia fazer algo, já que não tinha provas. Mas agora tinha e tomaria providencias. – Tente trazer seu irmão aqui amanhã, tomarei providencias e ele pode fazer a prova amanhã também.

– Obrigado, Sra. Ferraz. – Agradeceu Tom sorrindo e apertando a mão da mulher. – Bem, preciso ir, ele está sozinho em casa.

– Mande melhoras para ele. – Falou a mulher já pegando o telefone para começar as tais providências.

– Mando sim. – O de tranças sorriu mais uma vez e saiu da sala, já correndo para fora daquele lugar, queria ver seu irmão o mais rápido possível.

Mais trânsito, mais raiva, mais cigarro, mais café e por fim, alívio, havia chegado.

Deixou o carro na garagem e entrou em casa. A mesa na cozinha estava da forma que havia deixado. Suspirou e correu escada acima com um pouco de comida, Bill deveria estar faminto, mas ao chegar lá encontrou o gêmeo deitado escutando a música que saia de seu celular sobre a mesa de cabeceira e lendo mais uma vez o rascunho da redação de Tom.

O de tranças olhou para o papel e corou fortemente, lembrando do que havia revelado ao outro enquanto ele "dormia". Baixou os olhos com a bandeja nas mãos e andou até a cama, sentando ao lado do irmão. Ambos corados permaneceram em silêncio, o menor olhando para o chão enquanto o outro o observava. Tom realmente não fazia ideia do que falar, muito menos do que pensar, estava confuso, com medo, com vários sentimentos fazendo seu sangue correr por suas veias.

– Hum, trouxe algo pra você comer. – Decidiu agir como se nada tivesse acontecido e ergueu os olhos para observar como Bill reagiria e arrependeu-se, pois viu o quanto o brilho de seus olhos diminuiu.

– Vai mesmo agir como se não tivesse acontecido nada? – Perguntou o maior deixando a redação de lado. Ele não deixaria as coisas acontecerem daquela maneira, sempre sonhou em escutar aquelas palavras, então não seria agora de desistiria de lutar ainda mais por elas. Lutaria por Tom, com certeza. – Eu não esqueci, Tom... Eu não vou esquecer, eu não quero esquecer... Eu... Gostei muito – Admitiu olhando para baixo como se suas mãos fossem muito interessantes.

– Eu não quero que esqueça... – O de tranças suspirou deixando a bandeja sobre a mesa de cabeceira e voltando os olhos para Bill. – Eu não vou esquecer também... Gostei de escutar que... – Tom desviou os olhos do moreno, não estava apenas envergonhado, sentia muito medo e estava apavorado, nunca tinha se declarado para alguém antes. Era estranho e ele se sentia muito inseguro, com medo de errar na hora de falar alguma coisa.

– Eu não estava mentindo. – Disse Bill começando a se sentar, deixando que algumas lágrimas escorressem pela intensa dor que sentiu ao fazê-lo, limpou-as antes que o menor visse. – Mas... De que modo você me ama? – O maior queria escutar da boca do irmão, queria que ele dissesse logo.

– De um modo muito além do fraternal. – Admitiu Tom se movendo na cama e sentando ao lado do gêmeo, com as costas na cabeceira, assim como o outro e pegou sua mão, voltando a entrelaçá-la a sua. – Só você tem meu coração... – As palavras escaparam dos lábios do de tranças antes que ele pudesse se controlar e, ao fazê-lo, olhou para o lado oposto ao de Bill para que este não visse sua face rubra.

Este sorriu e tocou com a ponta dos dedos a bochecha de Tom, fazendo-o olhar para si. O de tranças sorriu ao ver o enorme sorriso nos lábios ainda machucados do gêmeo. Mesmo tão maltratado ele continuava lindo. Os gêmeos ficaram naquele silêncio nem um pouco incômodo por alguns segundos, até o maior voltar a deitar, mas dessa vez, com a cabeça repousando no peito forte do irmão.

Os gêmeos dormiram durante mais ou menos duas horas. Seus corpos estavam relaxados e dores não eram muito sentidas, o conforto de ter o amado próximo superava qualquer coisa. Hoje Tom se sentia muito feliz, não era preciso passar perfume do irmão para sentir seu cheiro, pois o tinha ali, o cheiro natural, o calor do corpo, a respiração lenta... Bill.

Lá fora o trânsito e chuva continuavam intensos. A chuva batia contra o vidro da janela e a luz vinda de fora tremulava pelo chão, dando um ar tranquilo ao quarto. Com certeza aquele era um daqueles dias em que todos querem ficar em casa dormindo ou assistindo um filme ao comer uma pipoca quentinha ou até um chocolate... Ou o melhor, ficar horas abraçado à pessoa que ama, não?

Pois é isso o que Bill e Tom faziam. Estavam apenas abraçados naquela cama observando a chuva cair pesadamente lá fora fazendo aquele barulho tão bom para dormir ou simplesmente relaxar. Bill estava sendo abraçado acolhedoramente pelo de tranças enquanto sentia dedos cuidadosos lhe fazerem cafuné. Os dois sentiam que poderiam ficar daquela forma para sempre, sem problema algum.

Mas a barriga de Bill deu sinais de fome.

– Alguém precisa comer. – Brincou o menor beijando o topo da cabeça do gêmeo enquanto ria de leve.

– Também acho. – Disse o outro acompanhando as risadinhas do irmão. – Me ajuda a levantar?

– Não quer que eu traga? – Perguntou o de tranças.

– Não, vou acabar sujando seu quarto, sabe que não gosto de comer em outro lugar que não seja a cozinha. – Pronunciou o maior, como sempre ainda exigente em relação à refeição. – Você vai tirar essa comida da mesa, não posso fazer isso por você ultimamente. – Continuou, apontando para a mesa onde tinha a comida que Tom trouxera para ele. O de tranças riu baixo e pegou as duas bandejas.

– Já volto, espera um pouco. – Falou saindo com as bandejas. Desceu as escadas até chegar à sala e de lá foi para a cozinha que ficava à esquerda. Deixou-as na pia e voltou a correr para o quarto, mas ao chegar lá não viu seu irmão. – Bill?

Sem resposta.

– Bill? Cadê você? – Mas como retorno teve apenas a porta de seu banheiro sendo fechada com força. Caminhou assustado até esta e bateu algumas vezes. – Bill? Está tudo bem?

– Vai... Vai embora. M-Me deixa sozinho! – Escutou a voz chorosa do outro e temeu.

– Bill, o que aconteceu, fala comigo, me deixa te ajudar. – Pediu batendo mais na porta, que não abria de jeito nenhum.

– Sai daqui, Tom! – O choro ganhava mais força a cada segundo e Tom não entendia o que havia feito para a mudança repentina do outro.

– Não! Não antes de me dizer o que está acontecendo, sou seu irmão, tenho que cuidar de você! – E bateu mais na porta, mas sentia medo, será que foi algo que disse que deixou Bill daquela forma? – Billy, vamos conversar, abre essa porta?

Ouviu a chave girar lentamente e depois ouviu o "clique" indicando que esta estava aberta, Não entrou de imediato, olhou um pouco mais e depois a empurrou lentamente, apenas o suficiente para que seu corpo passasse. Assim que entrou viu o gêmeo sentado no chão, encostado à parede de azulejos brancos, ao seu lado repousava um espelho e sua face estava escondida pelas mãos que estavam postadas sobre o joelho. Seu choro era audível.

– Billy, Billy, o que aconteceu? – Perguntou o de tranças já se aproximando. Ficou sentado na parte de trás das pernas com as mãos nos lados da perna do outro, acariciando de leve suas pernas para que se acalmasse. – Olha pra mim...?

– Não... – Murmurou o maior. – Eu... Estou horrível, pareço um monstro. Não quero que me veja assim, sai daqui, por favor, me deixa sozinho. – Bill praticamente implorou, não queria ser visto daquela forma, tudo o que achava de mais bonito em si, estava deformado. Seus lábios inchados e roxos, o nariz estava inchado demais, embora não estivesse doendo, as sobrancelhas igualmente inchadas e cortadas, os olhos estavam roxos envolta, o cabelo antes cheio de dreads, estava destruído. Para ele, sua beleza havia sumido por completo e não queria que justo Tom o visse daquela forma.

– Olha pra mim. – Mais uma vez o pedido foi feito. Sem obter a resposta que queria Tom levou as mãos à face do irmão e forçou um pouco para que ele o olhasse, o maior não rejeitou o toque, deixou que sua face fosse erguida e seus olhos encontrassem os orbes idênticos, porém tão carinhosos e doces como os seus jamais conseguiriam ser. – Você é lindo.

– Não... – Começou o mais novo, porém suas palavras foram cortadas.

– Você é lindo, não importa o que aconteça. – Continuou o de tranças sem se importar com as reclamações do outro. – Eu amo cada pedacinho seu, ainda é meu Billy, não? E eu te amo da forma que é. – Sem pensar muito no que fazia Tom aproximou o rosto ao de Bill e lhe beijou a testa. – Amo sua pele... – Beijou as sobrancelhas. – Amo suas expressões... – Beijou o nariz. – Amo sua respiração calma enquanto dorme... – Beijou as bochechas. – Amo seu sorriso. – E parou a frente dos lábios, roçando-os levemente. – Amo sua voz, o modo como fala... Amo seus lábios... Eu te amo, Bill.

O de tranças fechou os olhos e entregou-se ao desejo que sentia, selando os lábios aos do gêmeo. Mesmo com a dor que sentia Bill deixou que o beijo acontecesse, fechou os olhos e sentiu o coração acelerar com a sensação dos lábios tão desejosos colados aos seus, massageando-os com tanto carinho e cuidado.

O primeiro toque veio de Tom, que ficou de joelhos, ajeitando mais sua posição, ficando com o rosto mais acima que o de Bill, colocou a mão esquerda na parede e a direita no pescoço de Bill, começando a aprofundar o beijo. Lambeu os lábios do outro, sentindo-o abri-los lentamente, como se tivesse medo do que poderia acontecer... Era quase um primeiro beijo para os dois.

Estavam nervosos e eufóricos, era um momento muito esperado por eles, mas agora que estavam fazendo isso era bem mais intenso do que imaginavam. Bill tocou delicadamente a clavícula do gêmeo com a ponta dos dedos e foi subindo lentamente até estar com a mão direita em sua nuca, a esquerda permanecia no mesmo local.

Suas línguas ainda estavam tímidas dentro daquele local tão desconhecido, as cabeças viradas em lados opostos moviam-se lentamente, apenas para marcar mais aquele momento tão único. A cada segundo aquele simples beijo parecia algo muito especial, algo maior do que qualquer palavra ou ato. Os corações batiam rápido nos peitos, fazendo o sangue correr rapidamente nas veias e a adrenalina percorrer deliciosamente pelos corpos.

Volta e meia eles trocavam a posições dos rostos, separando os lábios por segundos, sem nem ao menos abrirem os olhos ou se afastarem. Logo foram desacelerando o beijo, e pararam. Os lábios ainda roçavam de leve, brilhando pela saliva, as mãos ainda continuavam nos mesmos lugares, assim como os olhos permaneciam fechados; recordavam o que havia acabado de acontecer como se, caso não pensassem deixaria de ser real.

Bill tirou a mão da clavícula do gêmeo e tocou os lábios de leve, sorrindo fraco. O de tranças observou isso e sorriu também, tocando suavemente a bochecha do maior. Adorava o modo como ficavam quando ele sorria; logo o maior ergueu os olhos brilhantes para o gêmeo e sorriram juntos.

– Eu também te amo muito Tommy. – Disse Bill puxando o irmão para um abraço um pouco desajeitado pela posição.

– Ah, eu sempre quis escutar isso! – Exclamou o de tranças escondendo o rosto no pescoço do outro para que este não visse sua face rubra. O maior riu de leve encaixando a cabeça ao pescoço do mais velho, também e acariciando as costas do mesmo. – Eu te amo muito, muito, muito mesmo. – Bill riu um pouco mais do desespero de seu irmão para que ele entendesse o quanto era amado.

– Tommy... 'Tô morrendo de fome. – Disse rindo um pouco mais. – Compra uma pizza pra gente?

– Pizza, Bill? Não quer algo mais saudável? – Perguntou Tom sorrindo e ajudando o gêmeo a se levantar, sabendo qual seria a resposta.

– Na pizza tem tomate. – Ambos riram. – Sério, a gente come coisa saudável toda hora, só uma pizzazinha não vai matar.

– O.k., espera na sala. – Desceram as escadas ainda abraçados e pensando no recente beijo, no quanto fora bom e na vontade de fazer aquilo várias outras vezes. Tom deitou Bill no sofá e ligou a televisão, onde passava um filme qualquer na Globo, ambos riram ao ver pela milésima vez "Como se fosse a primeira vez" e o maior tratou de colocar na Warner Brothers, onde anunciava que após os comerciais passaria "Um Amor Para Recordar". Bill suspirou, amava aquele filme. – Já volto. – A voz sussurrada em sua orelha o assustou de leve, fazendo-o virar o rosto e assim que o fez teve os lábios roubados mais uma vez.

Sorriram em meio ao beijo e, muito antes do que Bill queria, o de tranças se afastou pegando a carteira sobre a mesa de canto junto com a chave da casa. A pizzaria ficava na esquina, Tom não demoraria muito, mas Bill já se sentia mal ao pensar que ele estaria longe de seu corpo.

Observou o gêmeo sair pela porta com um sorrisinho sem dentes brincando nos lábios e depois voltou os olhos para a televisão, vendo os comerciais acabarem e o filme começar. Esperou por alguns, longos em sua opinião, minutos a volta do irmão, que chegou com uma caixa com a pizza e uma garrafa de Coca-Cola Zero. Sorriu e foi para a cozinha pegar copos, guardanapos e pratos.

Voltou com algumas coisas nas mãos e as colocou sobre a mesinha de centro, aproximando a mesma do sofá onde sentaria. Deixou tudo sobre a mesma e sentou ao lado de Bill que encarava a pizza de atum com queijo lambendo os lábios. Já acomodado, Tom ficou indeciso, mas arriscou mesmo assim. Puxou o corpo do gêmeo para perto, passando a mão por seus ombros, fazendo o corpo do mesmo ficar escorado ao seu, a posição foi muito bem aceita por Bill, que beijou o peitoral do gêmeo antes de estender a mão para pegar uma fatia da pizza com a mão mesmo.

– Achei que fosse contra comer sem guardanapos e pratos no sofá da sala. "Nós pagamos caro nesse sofá, Tom! Não fique estragando as coisas que conseguimos com nosso suor!". – O de tranças imitou falsamente a voz do irmão, mas obtendo quase o timbre perfeito. Ambos riram e Tom recebeu um tapinha leve na coxa.

– Hoje podemos abrir uma exceção. – Disse Bill pegando um copo de Coca que o irmão enchera para ele. – Estou dodói.

– Ah, falando nisso, a Sra. Ferraz te mandou melhoras e amanhã depois que eu te levar na faculdade vamos ao médico dar um jeito nos seus machucados e... Ver se não está machucado por dentro nem com alguma doença. – O maior levantou os olhos para o gêmeo, não queria passar por aquelas coisas, mas sabia que era necessário. – Eu vou estar lá, não se preocupe. – E sorriu doce, beijando a testa do outro.

– Preciso cortar meu cabelo... – Murmurou o maior tristemente.

– Sei que vai achar algo legal para ele, você sempre surpreende. – Bill sorriu largo e beijou o gêmeo mais uma vez. Tom tinha o dom de deixá-lo feliz.

Juntos assistiram ao resto do filme, praticamente engolindo toda a pizza, não haviam percebido que sentiam tanta fome. O filme estava acabando e Bill já estava chorando enquanto o de tranças tentava acalmá-lo, sem obter muito sucesso. O mais novo era muito sentimental e aquele filme era realmente triste.

– Tom? Nós vamos morrer juntos, não é? – Perguntou o maior entre lágrimas, olhando para o gêmeo que sorria de lado.

– Não sei, Billy, não tem como saber. – Respondeu o de tranças afastando alguns fios da face molhada do irmão.

– Mas eu quero morrer com você, não é justo que eu fique sem você... Não mais que dez minutos. – Os dois riram juntos e o maior voltou a falar. – Somos um a metade do outro, não dá pra viver sem... Eu não conseguiria.

– Não vamos pensar nisso, meu amor... – Após as palavras do de tranças ambos ficaram em silêncio, tenso por parte do de tranças e perfeito por parte de Bill. "Meu amor..." ecoava na mente do mais novo, aquelas, com certeza, foram as melhores palavras que já ouvira dos lábios do gêmeo. Sorriu ao notar a vergonha do menor e voltou os olhos para a televisão, tomando o último gole de sua Coca. – Quer dormir?

– Dormimos a tarde toda e eu acabei de tomar Coca-Cola, não vou dormir tão cedo. – Disse Bill se sentando e deixando alguns suspiros escaparem pela dor que ainda sentia. – Podíamos jogar vídeo game, né?

– Aham... – O de tranças se levantou e ligou o aparelho, logo estavam jogando Guitar Hero.

Os gêmeos passaram um bom tempo jogando até que o maior se sentiu cansado demais para qualquer coisa. Queria continuar acordado para ficar com Tom mais um pouco, mas estava cansado e machucado demais para lutar contra o sono.

– Tommy? – O de tranças o encarou. – Me leva pro meu quarto? Preciso de um banho pra ir dormir ou vou morrer.

– Aham... – Tom se levantou, desligando os aparelhos e se postando frente ao gêmeo, erguendo-o e deixando-o de frente para si, grudando seus corpos em um abraço. – Posso te beijar de novo?

– Sempre que quiser... – O maior sentia como se seu corpo tivesse sido roubado pelo gêmeo. Seu coração, seu ser, sua alma, sua vida. Era de Tom antes mesmo de saber que era apaixonado por ele, pois incondicionalmente o amava dez minutos e nove meses antes de nascer.

Os lábios se encontraram calmamente, apaixonados e entregues aos sentimentos e sensações das bocas e corpos unidos daquela forma tão intima. Os braços do maior rodearam o pescoço do mais velho e lá ficaram até que o beijo acabasse em um abraço carinhoso e confortável. Sentiam seus corações batendo acelerados, mas a sensação de que tudo estava perfeito os dominava por completo.

– Dorme comigo? – Pediu o de tranças inseguro.

– Durmo sim, mas preciso de um banho antes. – Os dois começaram a caminhar pela escada com o mais novo sendo apoiado pelo menor, já que se encontrava fraco demais ainda. Ao entrarem no quarto o maior foi levado ao banheiro para que tomasse um banho rápido no chuveiro mesmo.

Tom ficou sentado na cama esperando o irmão tomar banho, mas se passaram dez minutos e nem o barulho da água caindo ele escutou.

– Toooom?! – A voz manhosa do mais novo veio do banheiro e logo o de tranças se levantou e foi até o local. – Me ajuda? – Bill havia tirado a camisa, mas as calças pararam no meio do caminho e ele não conseguia se mover direito pelas dores de seu corpo.

– Ajudo. – Disse o menor rindo de leve e se aproximando do gêmeo. Agachou-se ao lado das pernas do gêmeo e começou a puxar a calça, viu Bill encolher-se um pouco, como se sentisse vergonha de seu corpo exposto daquela forma. – Está com vergonha?

– Não! Claro que não! Por que acha isso? Que ridículo, não tenho motivos pra ter vergonha! – Bill disse rapidamente e cada vez corando mais, isso podia ser notado por algumas partes de seu rosto.

– O.k., então, porque já te vi nu e você também, então seria estranho sentir vergonha agora. – Disse Tom levantando o gêmeo para que pudesse livrá-lo da boxer.

– Eu estava com vergonha naquela hora também, o.k.?

– Então está com vergonha agora? – O maior ficou em silêncio e deu um tapa no ombro do irmão, escutando-o rir brevemente. – Quer que eu tome banho com você? – Bill baixou a cabeça e confirmou com alguns acenos breves.

Tom voltou a rir e começou a tirar a roupa. Foi inevitável para o maior não olhar para o corpo do gêmeo, era tão mais definido que o seu, tão bonito e atraente. Tom era bronzeado por causa das tantas vezes que descia a serra para ver os pais no litoral, o oposto de Bill que sempre ficava em São Paulo e quando ia não chegava perto da praia.

O maior queria tocar o corpo do irmão, sentir o calor que aquele corpo esculpido por deuses emanava, sentir aquela pele queimando contra a sua... Naquele momento Bill percebeu o quanto desejava o irmão, mas não era exatamente o melhor momento para se pensar naquilo, afinal tomariam banho juntos.

O de tranças passou os braços pela cintura do gêmeo e o levou para debaixo do chuveiro, ligando a água morna que logo atingiu seus corpos. Ainda abraçando o irmão o maior jogou a cabeça para trás, apenas para sentir a água molhando sua face e molhando a junção dos corpos já quentes não só pela água, mas pela proximidade tão íntima.

Ambos sentiam a água escorrendo por seus corpos, livrando-os de toda a tensão, relaxando seus músculos. As mãos de Tom ainda seguravam Bill com força contra o próprio corpo, impedindo que ele caísse ou se afastasse, enquanto o maior ainda deixava que a água caísse por sua face e escorresse por seu corpo, as mãos nos ombros do gêmeo, Bill estava com uma expressão calma e feliz, com certeza aquele contato com o irmão o agradava muito.

Tom aproximou o rosto do pescoço alvo do gêmeo e, inseguro, deu leves beijos. O maior se arrepiou com o toque que, mesmo suave, fez com que todos seus pelos se eriçassem. Tirou as mãos dos ombros do mais velho e as levou para a cabeça deste, fazendo assim o de tranças morder seu pescoço.

– Tommy? – Os olhos do mais velho se ergueram para o gêmeo. – Me beije... – Pediu. Tom sorriu enquanto aproximava os lábios rosados dos de Bill, encostando-os carinhosamente.

O abraço do maior ficou mais forte ao mesmo tempo em que a língua de Tom adentrava sua boca, pedindo para iniciarem uma luta por prazer. Cada centímetro dos corpos estava elétrico, os toques eram muito intensos e seus corpos, nus daquela forma, os enlouqueciam mais do que imaginavam ser possível.

As cabeças se movimentavam freneticamente em lados opostos enquanto as mãos apertavam e passeavam pelo corpo oposto, Bill já nem se importava com os machucados. Ali, com Tom, eles pareciam nem existir mais. Cada toque era uma nova sensação, cada suspiro um novo desejo... Cada olhar, mais amor.

– Bill... Melhor... Pararmos aqui. – Pronunciou o de tranças ofegante pelos beijos e toques.

– Ahamm... – Concordou o maior arrastado. Sentia as pernas bambas pela intensidade do gêmeo. Não podiam esquecer que Bill ainda estava machucado e sabiam muito bem que se continuassem com os beijos e carícias aquilo passaria dos limites. Sem contar que o relacionamento entre os dois era muito recente.

Sorriram envergonhados e Tom pegou a esponja que usava para se limpar e a encheu de sabão, para em seguida começar a esfregá-la no corpo magro do gêmeo, que o encarou docemente por causa da atitude tão meiga. Bill se deixou lavar pelas mãos delicadas do outro, sentindo seu corpo relaxar a cada toque e a leve massagem que, sem perceber, seu irmão lhe fazia.

– Espera aqui, vou pegar uma toalha pra você se secar. – Pronunciou o de tranças empurrando o gêmeo de leve para debaixo da água, para livrá-lo de toda aquela espuma.

Tom saiu do Box e pegou uma toalha do pequeno armário que havia ali no banheiro mesmo, enrolou uma na própria cintura e depois voltou para onde estava Bill, que já havia desligado o chuveiro. Fez um sinal breve indicando a toalha e, timidamente, o maior se deixou ser enrolado pelos braços fortes do gêmeo. Ficando com a toalha enrolada pelos ombros e da sua cintura para baixo ainda podia ser visto partes de seu corpo.

– Estou com frio. – Murmurou tremendo.

– Vem, vamos deitar. – Disse Tom passando a mão pela cintura do irmão e o braço deste pelo próprio ombro, ajudando-o a caminhar até a cama dentro do quarto propriamente dito. – Já peguei uma boxer pra você e seu pijama. – Anunciou apontando para a roupa dobrada sobre a cama de solteiro.

– Não posso dormir com a sua roupa de novo? – Questionou o maior enquanto se sentava na cama e deixava que o irmão lhe secasse o corpo, começando das pernas.

– Mas eu gosto do seu cheiro, se usar minhas roupas, como vou senti-lo? – Perguntou Tom sem desviar os olhos das coxas roliças e arranhadas de Bill.

– Mas eu também gosto do seu...

– Olha, vamos dormir juntos cada um com sua roupa, de qualquer jeito sentiremos o cheiro um do outro, afinal o meu está no meu corpo e o seu no seu corpo. – Concluiu o de tranças começando a secar os cabelos do maior, vendo-os ficarem rebeldes.

– O.k.! – Exclamou o maior batendo palminhas e, apenas para não ficar sem nada para fazer, pegando a toalha envolta da cintura de Tom, puxando-a e começando a secá-lo também. Ambos sentiram a face queimar, estavam expostos demais, mas... Eram irmãos, mesmo que não se amassem apenas dessa forma, não havia nada no corpo um do outro que não conheciam, afinal eram gêmeos univitelinos, eram idênticos. A não ser o fato do corpo de Tom ser mais desenvolvido que o de Bill, mas era apenas um ponto sem importância.

O de tranças ajudou Bill a colocar o pijama e voltaram a deitar na cama, em forma de conchinha, mas não sem antes trocar carícias, beijos e palavras bonitas e planejarem o dia seguinte.


~x~


– Billy, acorda.

Ainda sonolento o de tranças balançava o corpo quente do gêmeo, que repousava tranquilamente sobre a cama, embaixo dos lençóis que, sem perceber, arrancara do corpo do irmão e usara apenas para si.

– Bill, é sério, precisamos nos arrumar. – Tom voltou a sacudir o corpo mole do outro. Sabia que era difícil acordá-lo, mas achava que não seria tanto assim, afinal foram dormir cedo na noite passada. – Billy! – Tirou os lençóis do corpo dele, mas este apenas resmungou no sono algo sem sentido.

Suspirando, Tom se levantou e andou pelo quarto, se controlando para não pegar um copo de água e jogar na cara do irmão. Rindo da ideia voltou a se sentar ao lado do gêmeo, dessa vez o pegando-o pela cintura e sentando-o em seu colo. Ainda assim Bill não acordou, apenas abraçou o de tranças deixando o rosto cair em seu pescoço e acomodou-se mais sobre as coxas deste.

– Ah, Bill, fala sério! – Exclamou Tom. – Acoooorda! – Sacudiu o corpo do maior.

– Nhaa... Para de me balançar Tom... – Resmungou Bill afundando ainda mais o rosto na pele bronzeada do gêmeo.

– Nós temos que sair, preciso te levar para a faculdade. – Avisou o de tranças acariciando as costas do homem sobre seu colo.

– Se continuar fazendo isso vou voltar a dormir... – Falou Bill rindo bobamente e depositando um beijo casto no pescoço de Tom, ainda assim continuando lá, parado, aproveitando o contato entre eles.

– O.k., então vamos acordar, né? – Tom segurou a cintura do irmão com força, mas com cuidado para não afetar nenhum machucado que ele pudesse ter ali e se levantou, já caminhando para o banheiro.

– Ahhh não! Não! Eu não quero tomar banho, quero dormir! – Reclamou o maior estendendo as duas mãos nos lados da porta para impedir que Tom prosseguisse.

– Agora tem força, né? – Riu o de tranças. – Você não presta.

– Vamos voltar pra cama, Tommy? – Pediu o maior fazendo biquinho. Tom não resistiu e uniu seus lábios aos do gêmeo que, distraído soltou os braços da porta e abraçou o pescoço do menor. O de tranças riu em meio ao beijo e entrou no banheiro. – Merda. Isso foi golpe sujo!

– Mas fez você entrar no banheiro, preguiçoso! – Tom riu mais algumas vezes, fazendo seus olhos ficarem pequenininhos e soltou Bill. – Vem, vamos tomar banho.

Tomaram um tranquilo banho, sem dispensar mais beijos e carícias, fizeram toda a higiene matinal e Tom voltou a sair para comprar pães para o café da manhã, enquanto Bill fazia o café.

Fazia sol, muito sol, naquela manhã, coisa que o moreno, coando o café com água quente, amaldiçoou. Queria que estivesse chovendo ao ponto de anunciarem na televisão que era mais seguro ficar em casa, assim poderia ficar deitado com seu gêmeo apenas escutando a chuva cair lá fora. Mas era São Paulo... Nunca se sabe o que pode acontecer.

– Pronto, comprei sua pasta de amendoim, acho que acabou. – Anunciou o de tranças assustando o gêmeo que não havia escutado a porta abrindo, pois estava perdido em seus pensamentos. Deu um leve pulinho fazendo parte da água fervente cair fora do coador. – Te assustei? Desculpa.

– Ah, não foi nada, eu não escutei a porta abrindo... – Bill olhou para trás vendo o gêmeo colocar as compras sobre a mesa e começar a tirá-las das sacolas. – Awnt, você lembrou qual é a minha pasta de amendoim favorita! – Exclamou Bill.

– Eu sempre soube. – Disse o de tranças fingindo indignação, Bill apenas riu e depositou um leve beijinho na bochecha do irmão, que lhe sorriu sem dentes. – Tá, deixa que eu termino o café, come direitinho, hoje você tem prova e médico.

– Scheiße.* – Resmungou o maior pescando um pão do saco de pães.

– Para de reclamar, é pro seu bem. – Disse Tom colocando a garrafa de café a frente do maior e, sentando ao lado deste, pegou um pão para si. – Estudou para a prova?

– Aham, está fácil. – O menor sorriu feliz, sempre se orgulhou de Bill na faculdade. Muitos não sabiam que eram gêmeos, pois quase não andavam juntos e também não falavam sobre isso lá, quase ninguém ligava muito para sobrenomes também, então eram meio desconhecidos para os outros.

– O.k., então come e vamos, ou você perde a prova. – Contrariado o maior voltou a comer o pão com sua pasta de amendoim. – Ah, Bill, desfaz essa cara, você sabe que precisa ir ao médico, sabe que pode estar machucado por dentro ou com alguma doença, tem que ver isso pra se prevenir.

– Eu sei. – respondeu lacônico. Tom apenas suspirou e voltou a comer.

Terminaram o café em silêncio e voltaram a subir as escadas, ainda em silêncio. Bill pegou uma caneta e alguns trabalhos que tinha para entregar, enquanto o irmão procurava uma outra camiseta. Não demorou muito e já estavam no carro de Tom.

– Não precisa ficar nervoso, eu vou estar lá. – disse o de tranças tocando a coxa do gêmeo. Os olhos do maior ficaram alguns segundos na mão sobre sua coxa e depois levou a própria até a mão de Tom, repousando-a sobre a mesma. Ajeitou a touca cinza que usava para esconder o cabelo mal cortado e sorriu doce para o de tranças.

– Eu sei... – Disse Bill desviando os olhos para as ruas movimentadas.

Em poucos minutos estavam à frente da USP. Estacionaram o carro e saíram do mesmo. Tom esperou que Bill se postasse ao seu lado e segurou sua mão. O maior franziu a testa olhando para suas mãos unidas, lembrava a época em que eram pequenos e viviam andando de mãos dadas, dizendo que era uma ligação para que nenhum dos dois desaparecesse, pois se um sumisse o outro sumiria junto.

– Tom... – O de tranças encarou o irmão sorrindo. – Hum... Por que estamos de mãos dadas?

– Por... – Tom parou de súbito e virou-se para o maior que parou também, encarando o irmão preocupado. – Ah, é... Bill, vo-você... – O de tranças olhou para os lados tentando se acalmar, nunca havia feito isso... Não com alguém que gostasse tanto pelo menos. Suspirou e pegou as duas mãos do gêmeo, ficando os dois um de frente para o outro, com as mãos unidas. – Você ace-aceita... Namorar comigo? – Disse a última parte rápido olhando nos olhos do irmão, procurando alguma razão para ele negar o pedido. Bill apenas ficou em silêncio e depois um leve sorriso começou a se formar em seus lábios.

– É claro que aceito. – Disse enquanto passava as mãos envolta do pescoço do gêmeo e selava seus lábios em um carinhoso e demorado beijo. Algumas pessoas pararam olhando a cena de olhos arregalados, outras arqueando a sobrancelha. Claro que a maioria nem imaginava que eram irmãos, mas Tom e Bill eram "conhecidos" na faculdade por serem tão bons cada um em sua área e Tom tinha fama de não ficar com ninguém, nem ao menos falava sobre isso e do nada ele aparecia aos beijos com Bill?

O maior terminou o contato com um selinho. Ambos sorriram um ao outro e Bill entrelaçou suas mãos, parando alguns segundos para admirar o feito e seguiram para a porta da faculdade, debaixo de olhares e fofocas. Tom deixou Bill na porta da sala onde faria a prova e pegou a bolsa do mesmo, despediram-se com um breve beijo e o outro foi para o pátio.
Tom ficou mexendo em seu notebook, pois não tinha nada para fazer e já estava de férias da faculdade, assim como Bill ficaria assim que terminasse a prova. Estava escrevendo em seu blog quando alguém se sentou ao seu lado e riu de leve do título de seu texto super clichê "amor".

– Apaixonado? – O de tranças deu risada e olhou para o amigo, que passava as mãos pelos longos e sedosos fios castanhos, os olhos verdes perdidos nas garotas não muito longe.

– Muito. – Respondeu corando de leve e apagando o texto bobo que havia escrito, começando em seguida a procurar alguma música que gostasse.

– Pelo Bill. – Afirmou o menor dirigindo os olhos ao outro escorado na árvore.

– Sim. – confirmou Tom sem nem ao menos desviar os olhos da tela, pois nela passava algumas fotos dos gêmeos e de seus pais.

– Ele é seu...

– Irmão gêmeo. – Terminou o de tranças erguendo os olhos para Georg. – E nos amamos, não tem nada demais nisso.

– Eu sei. – Disse o menor sorrindo para o amigo. – Cara, eu 'tô pouco me fodendo pra o que você e seu irmão fazem, sou só seu amigo e, na moral, a vida é tua.

– Valeu, G. – Falou o de tranças dando um tapa forte na coxa do amigo que deu um leve pulo e encarou bravo o de tranças que apenas riu.

– Não precisa...

– GEORG, TOM! – Uma voz chamou a atenção dos amigos que olharam na direção de tal a tempo de ver outro amigo, Gustav caminhar meio afobado até os dois. – Eu consegui, finalmente consegui! Onde 'tá o seu irmão Tom? Vocês estavam se beijando, né? – Perguntou de uma vez sentando do outro lado do de tranças e abrindo o notebook também. Georg e Tom riram.

– Ele está fazendo prova, e estávamos nos beijando sim. – Respondeu o de tranças voltando a admirar uma foto sua com o irmão, de quando foram a um parque de diversões comemorar o aniversário.

– Hum. – Gustav só deu de ombros e voltou a olhar o note. – Preciso falar com ele, consegui terminar o site que estávamos criando, só falta ele fazer algumas edições, já que ele exige que o design seja dele. – O loiro revirou os olhos, ato imitado pelos outros dois. – Eu já disse, Bill devia fazer faculdade de moda.

– Acho que ele vai fazer quando acabar essa. – Revelou o de tranças olhando para uma foto que tirara de Bill dormindo.

– Ele te mata se ver essa foto. – Comentaram Gustav e Georg em uníssono.

– Você vai apagar essa merda agora. – Uma voz se fez presente atrás dos três, que viraram assustados vendo um Bill olhar irritado para a tela onde sua foto ainda estava presente.

– Ahn... Foi bem na prova? – Indagou Tom olhando para o relógio. Bill havia feito a prova em uma hora!

– Acho que sim, Gustav, está com a sua aí? – Bill sentou de frente para os amigos e o irmão. O loiro estendeu um papel meio amassado e Bill o pegou, já conferindo as respostas. – É, acho que fui bem, mas errei umas três... Droga.

– Foram só três, Bill. – Comentou Georg arregalando os olhos. – Esse é o número de questões que eu acerto. – Todos riram.

– Terminei o site, Bill. – Anunciou Gustav.

– Ah! Me deixa ver, me deixa ver! – Pediu o maior estendendo as mãos para o amigo lhe entregar o notebook. – AH, que foda, Gust!

– Tá, o papo está bom, mas preciso ir à diretoria com o Bill e depois no médico. – Começou Tom já se levantando.

– Mas...

– Sei que me amam, mas eu sou do Bill galera. – Disse o de tranças piscando para os amigos que riram, principalmente de Bill que ficou todo envergonhado. – Vamos, amor. – Tom estendeu a mão para ajudar o gêmeo a se levantar.

– Quem diria, hein? Tom Kaulitz dizendo "amor" a alguém. – Uma voz risonha chamou a atenção dos amigos, que olharam para o lado vendo um Andreas cheio de papéis nas mãos, assim como Katharinne, que sorria maliciosa, e Natalie, que tinha um sorriso fofo brincando nos lábios, o qual Gustav ficou olhando por um longo tempo, esquecendo-se totalmente do site. – E aí, povo?

– Oi, Andy. – Disseram em uníssono.

– O que aconteceu com você, Bill? Ouvi dizer que os caras do fu...

– É, foi isso mesmo, mas aqueles idiotas me pagam. – O de tranças cortou a frase de Andreas, já sentindo a raiva possuí-lo.

– Fica calmo, Tom. – Pediu Bill passando os dedos na bochecha do gêmeo e puderam escutar um "awn" das garotas.

– Calmo? Como quer que eu fique calmo? Não lembra de como chegou em casa? Você mal podia andar Bill! – Exclamou o de tranças.

– É, eu lembro, mas não precisa ficar revivendo isso, estou melhor... rando... – Disse com um sorrisinho de canto.

– Vamos falar com a Sra. Ferraz, vem. – Tom pegou a mão do gêmeo. Ambos se despediram dos amigos que continuaram ali conversando sobre as férias daqui uma semana e meia, para alguns. Para Bill, Tom, Georg e Gustav as férias já haviam começado hoje, visto que o pessoal de engenharia mecânica e informática já tinham feito as provas e entregue os trabalhos, poderiam faltar o resto do semestre.


~x~


– Vocês estão sendo expulsos da USP por terem agredido, estuprado e rebaixado socialmente um aluno deste instituto de ensino. Perderão suas bolsas e estão sendo denunciados à polícia. – Dizia a Sra. Ferraz aos jogadores da faculdade, que a encaravam boquiabertos e em seguida fuzilavam o garoto de gorro sentado de frente para a diretora.

Tom estava em um canto tomando pela quinta vez água com açúcar para se acalmar ou poderia voar no pescoço daqueles idiotas. Seus olhos estavam brilhando de um modo um tanto quanto maligno e ele tremia de raiva. Só de ver seu Bill ali encolhido daquela forma, tão indefeso, já queria quebrar todos os ossos daqueles caras.

– Mas...

– Mas nada! – Exclamou Tom interferindo qualquer coisa que a diretora iria falar e atraindo o olhar de todos. – Olhem o que fizeram com ele! Acham isso legal? Foi desumano! Gostariam que eu pegasse vocês num beco e...

– Tom, para com isso. – Pediu Bill olhando para o chão. – Não fica nervoso, já foi, eles estão pagando pelo que fizeram.

– Bill, esses idiotas te violaram, eles... Argh! – O de tranças socou a parede e caminhou até o gêmeo. – Sra. Ferraz, vou embora daqui com meu irmão, a senhora e o delegado já escutaram nossos depoimentos e eu não estou bem, vou acabar fazendo alguma loucura.

– Sim, vá querido e melhoras Bill. – Disse a Sra. Ferraz acariciando a face machucada do moreno.

– Melhoras, Srs. Kaulitz. – Falou o delegado apertando as mãos de Bill e Tom. – Vamos tomar as providências necessárias.

– Muito obrigado, senhor Delegado. – Disse o de tranças fazendo o máximo para abrir um leve sorriso. – Obrigado, senhora Ferraz. – Bill se ergueu da cadeira e se virou para sair, encolhendo-se mais ainda quando viu os olhares dos cinco jogadores que o machucaram.

– Adeus, senhora Ferraz e obrigado, senhor Delegado. – Terminou acenando com a cabeça para as pessoas e passando pelos jogadores, que agora encaravam a Tom, com quem trocaram olhares fulminantes.

– Infelizes. – Resmungou o de tranças fechando a porta da sala da diretoria e já passando o braço pela cintura de Bill em um ato protetor. – Não vou deixar ninguém te machucar, ninguém! – Prometeu apertando o irmão contra si.

– Calma, Tom, eu sei que não vai deixar, amor. – O de tranças parou no meio do corredor, causando certo congestionamento entre as pessoas que andavam por lá.

– Repete? – Pediu o de tranças olhando nos olhos do gêmeo.

– Calma, Tom, eu sei que não vai deixar... – Repetiu o maior sem entender nada.

– Não... Repete a última parte.

– Amor? – Perguntou Bill sorrindo divertido.

– É... – Disse Tom eliminando qualquer espaço entre seus lábios. Os olhares logo foram para eles, Bill sentia a face queimar de vergonha, não gostava de fazer isso em público, mas o de tranças não lhe deixava escolha, era tão irresistível! – É a primeira vez que me chama assim. – Tom sentiu que corava e desviou os olhos de Bill, recebendo em seguida um demorado selo na bochecha.

– Pode se acostumar, então. – Falou o maior enquanto caminhavam novamente.


~x~


– Bom Sr. Kaulitz, felizmente não há nada muito grave, teve alguns ferimentos em seu interior, mas com os remédios que lhe receitei isso irá se curar em breve com a ajuda de seu organismo. – Dizia o médico a um Bill totalmente corado. – Acho que em uma ou duas semanas você estará bem.

– Ah, que bom. – Disse ainda envergonhado pelo que tivera de fazer... Melhor, mostrar.

– Bom, podem ir e melhoras.

– Obrigado, doutor. – Disseram os gêmeos em uníssono.

– É apenas o meu dever. – disse sorrindo amigavelmente apertando a mão dos garotos.

Bill foi o primeiro a se levantar e a sair, dando espaço para o de tranças aproveitar-se para fazer uma pergunta que estava entalada em sua garganta, na verdade duas. Corando fortemente, olhou para o médico.

– Ele está muito machucado por dentro? – Questionou.

– Ah, não, ele teve muita sorte, em mais ou menos duas semanas ele estará bem. – Respondeu o médico sorrindo profissionalmente.

– E... Err... Ele... Quero dizer... – Começou o de tranças coçando a nuca. – Vai... Vai poder... Sabe? – Fez movimentos com as mãos esperando que o médico entendesse por causa de sua timidez em falar.

– Ah, sim, vai. – Contrapôs o médico sorrindo de lado. – Mas... – Respirou fundo e voltou os olhos para o de tranças. Era uma conversa estranha, mesmo que ele fosse um profissional. – Quando acontecer... Terá que ser com calma, ele me disse que foi a primeira vez, mas essa primeira vez dele foi horrível, Tom. O machucou bastante até, mas... A "segunda" – Disse fazendo aspas, já que Bill fora violado de uma só vez por cinco homens. – Pode ser bem melhor, então... A pessoa – olhou desconfiado para o de tranças e depois assumiu a face profissional. – Terá de ter paciência.

– Ah, sim, claro. Obrigado doutor. – Agradeceu já se erguendo totalmente envergonhado. Apertou mais uma vez a mão do médico e saiu, encontrando o irmão encurvado tomando água em um bebedouro. – Vamos?

– Aham. – Concordou o moreno baixando a cabeça e seguindo o gêmeo para fora do lugar e de lá até o carro. – Olha, não me pergunta nada, o.k.? – pediu assim que sentaram lado a lado nos bancos.

– Aham. – respondeu o de tranças rindo da vergonha do gêmeo. – Ah, merda, esqueci. Espera aqui no carro, vou comprar seus remédios. – Falou saindo do carro e levando consigo apenas a carteira.

Andou rápido até a farmácia mais próxima e adentrou a mesma.

– Olá, no que posso ajudá-lo? – Perguntou a garota do balcão sorrindo de canto para o de tranças. Era uma morena de lábios carnudos e cabelos grandes, com uma trança caindo pelo ombro direito. Usava uma blusa com um decote que mais mostrava do que cobria. Os olhos de Tom saíram dos seios fartos e voltaram aos olhos da garota.

– Preciso desses remédios. – Disse entregando a receita do médico.

– Só um minuto. –Pediu a moça virando-se para a estante com os medicamentos. Tom voltou os olhos para o resto da farmácia e começou a andar por entre as prateleiras. Foi quando se viu na parte onde estavam as camisinhas e lubrificantes.

Será que ele vai querer...? Começava a se perguntar mentalmente segurando um pote de lubrificante. É, aquela era uma dúvida mortal, afinal a primeira vez de Bill fora traumatizante, porém Tom se lembrou as palavras do gêmeo.

“Tom! Não era pra ser assim! Não era pra ser desse jeito... Ia ser perfeito... Ia ser com quem eu amo, mas eles me tiraram essa chance... Tooom...”.

Essa pessoa seria ele? Tom voltou os olhos para as camisinhas e pegou uma cartela de uma, perguntando-se qual seria a melhor. Não que planejasse fazer isso logo com Bill, não queria pressioná-lo, por mais que o desejasse, queria que o irmão se sentisse confortável com ele, apenas isso.

– Tom, eu... – O de tranças ergueu os olhos assustado encontrando o gêmeo com os lábios um pouco abertos encarando o que ele tinha em mãos. Ficaram em silêncio por alguns segundos até a mulher voltar.

– Moço? Aqui estão os remédios. – Começou a atendente também olhando para o que Tom tinha em mãos, porém de forma maliciosa.

– Ahn... Obrigado. – Agradeceu Tom deixando as coisas que tinha em mãos em seu devido lugar e pegando as cinco caixas de remédios que ela lhe estendia.

– De nada. – Terminou enquanto saia rebolando, sem notar o clima tenso entre os homens. Atirada, não?

– Bill, eu... – O de tranças voltou a olhar para o gêmeo que ainda encarava o lubrificante e a cartela de camisinhas que antes o menor segurava.

– Essa marca não é boa. – Falou o moreno apontando para a cartela que o outro havia pego anteriormente – Essa é melhor. – Apontou para outra cartela de uma marca diferente. Tom olhou meio boquiaberto para o gêmeo que corava fortemente. – E o lubrificante estava certo... – Sorriu de canto e pegou as camisinhas e o pote de lubrificante, colocando-os nas mãos de Tom. – Leva... Nunca se sabe quando vai precisar. – Tom ergueu as sobrancelhas e depois observou o irmão sair de perto dele para ir à seção de produtos de beleza.

“Nunca se sabe quando vai precisar...“ Era a frase que girava na cabeça de Tom sem parar. Aquilo queria dizer que Bill também queria? Talvez.

O de tranças voltou a caminhar pela farmácia procurando algo que precisassem, mas seus olhos sempre iam para o irmão, sempre curioso para saber qual era sua expressão ou algo do tipo. Ainda estava assustado com a reação de Bill ao que estava vendo.

O garoto sempre estava analisando algum produto, vez ou outra seus olhos se encontravam, mas Bill desviava corando fortemente. Logo o maior já escolhera tudo o que precisava e estava no balcão esperando o irmão, que apareceu momentos depois com os remédios, o lubrificante, a cartela de camisinhas e uma pomada de Gelol. Os olhos de Bill ficaram nas camisinhas e lubrificante por um tempo, assim como os da atendente que os encarava com um ponto de interrogação na testa.

– Só isso? – Perguntou a garota ensacando as compras junto com Bill, enquanto o de tranças pegava o dinheiro na carteira. Parou quando faltava o lubrificante e as camisinhas, de forma que, vermelho como um tomate, Bill teve de guardá-los em uma sacola.

– Só e obrigado. – Terminou o de tranças entregando o dinheiro à moça e, sem querer se demorar mais naquele lugar, pegou as sacolas sem nem ver em qual delas estava o motivo de sua vergonha. – Vamos Bill...

Caminharam em total silêncio até o carro e guardaram as compras no banco de trás, em seguida entraram na parte da frente. Assim que colocou o cinto de segurança Bill colocou um CD que ele e Tom haviam feito com as músicas que os dois gostavam, para não brigarem por causa do choque de estilo musical diferente. Olhou para fora com o cotovelo apoiado na janela e a mão apoiando a cabeça. Sabia muito bem que o irmão o encarava, mas estava muito envergonhado para olhá-lo também.

– Como você sabe? – A pergunta veio fazendo Bill corar ainda mais. Realmente não queria falar sobre aquele episódio.

– O pessoal da medicina sabe bastante coisa. – Respondeu ainda sem olhar para Tom, mas gritando por dentro para o semáforo abrir, o que demoraria um pouco.

– Como assim? – Olhou para Tom que o encarava preocupado. O pessoal da medicina não tinha uma fama tão boa e o de tranças já temia em que tipo de coisa Bill poderia estar metido.

– Andreas... Me contou um dia desses, quando fomos à farmácia comprar um remédio de dor de cabeça pra mim. – Disse sorrindo de lado.

– E por que estavam falando disso? – Indagou com um (grande) toque de ciúmes na voz.

– Ele foi comprar camisinhas... – Explicou o maior corando fortemente. – E eu fiquei curioso, perguntei e ele... Me disse... Até demais. – Bill riu nervoso atingindo uma tonalidade ainda mais rubra.

– Por que não me conta o que ele te disse? – Perguntou Tom sorrindo para incentivar o gêmeo.

– Ahn...

– Ah, Bill, fala vai, pra quê vergonha comigo? – Insistiu o de tranças rindo baixo.

– Tá... Ele me disse que as camisinhas a base de água são melhores e... Tem umas com um efeito retardador, elas têm uma substância que inibe um pouco o... A ejaculação, ai... Prolonga o... A relação. – O maior desviou os olhos para o irmão vendo-o encarar suas coxas e apertar o volante com força, tirou os olhos rapidamente dele, aquelas expressões eram enlouquecedoras. – E... Tem as camisinhas “Sensitive”, elas são fininhas e dão impressão de mais… Contato. – Voltou a olhar para o gêmeo. Agora este mordia o lábio inferior, ainda sem parar de olhar para seu corpo. Bill sentia que estava sendo comido com os olhos. – E algumas têm textura, tipo bolinhas ou vários padrões de relevos... E... Algumas têm cheiros e causam sensações de calor ou f... Frio... Tom, para com isso!

– Isso o quê? – Questionou o de tranças voltando a dirigir, porém muito corado.

– Para de brincar com esse piercing maldito! – Falou o maior irritado, pois o gêmeo não parava de passar a língua no metal.

– Por quê? – O de tranças olhou para o gêmeo, achando a situação engraçada. Estava amando a face avermelhada do irmão. Os olhos deste não saíam de seus lábios.

– Por quê... Por quê... Eu... Para Tom! – Exclamou novamente, mas dessa vez desviou os olhos para as ruas, não podia ficar olhando para o irmão daquela forma, já sentia o corpo aquecendo. Tom fazia isso porque não sabia o quanto Bill o desejava.

– O.k., eu paro, desculpa. – Proferiu o de tranças apertando carinhosamente a coxa do irmão, que não pôde evitar suspirar com o toque. O de trança­­­s sorriu para os pelos arrepiados de Bill e voltou a olhar para as ruas, já estavam perto de casa. Olhou com o canto dos olhos para o irmão, vendo-o encarar sua mão ainda sobre a coxa roliça dele. Apenas para provocar o de tranças começou a acariciá-la de leve, apertando de vez em quando. Sorriu ao ver o gêmeo revirando os olhos e desviando-os para a rua, mas olhou assustado para Tom quando este colocou a mão na parte interior de sua coxa.

– Tom, tira a mão daí. – Pediu, mas o de tranças apenas desceu ainda mais a mão, voltando a parar o carro e olhar para o gêmeo. – Tom... – Suas palavras foram morrendo em sua garganta quando o outro começou a se aproximar lentamente com os olhos um pouco mais escuros que o normal. – Tom... – Chamou mais uma vez, porém mais arrastado e logo seus lábios foram tomados mais luxuriosamente do que das outras vezes em que haviam se beijado. O de tranças apertou com um pouco mais de força a coxa do gêmeo, fazendo-o gemer contra seus lábios. Quando estava com a mesma quase na virilha do outro uma o som de uma buzina os assustou.

– Vocês não prestam! – Escutaram uma voz conhecida e olharam assustados para o carro ao lado de Tom, ambos corando fortemente e seus amigos começando a rir. Andreas, Georg, Gustav, Katharinne e Natalie estavam no outro carro. Que coincidência. – Safadinhos.

– Cala a boca, Georg! – Exclamou Bill procurando algum lugar para enfiar a cara. Os outros voltaram a rir.

– Ora, ora, é melhor ser pego pelos amigos do que por um desconhecido, Bill! – Completou Katharinne com um sorriso travesso nos lábios finos.

– Ah, qual é gente, se quiserem podem continuar o momento hot, eu vou gostar de assistir! – Comentou Andreas com um sorrisinho malicioso, ganhando como respostas dois dedos do meio e caretas idênticas por parte dos gêmeos. – Eu queria saber como é essa sincronia gêmea na cama...

– Ah, CALA A BOCA, ANDREAS! – Gritou Bill desesperado colocando as mãos no rosto. – Tom, anda logo, o sinal abriu, vamos embora!!!

– Tá, tá, fica calmo. – Disse Tom já começando a andar com o carro, mas não antes de escutar os amigos dizendo que iriam para a casa deles. – Merda.

– Eu disse pra tirar a mão! – Exclamou Bill envergonhado olhando pelo retrovisor e vendo o carro dos amigos, que ainda riam. – Agora vamos ter que aguentar piadinhas sem sentido.

– Sem sentido? – Os irmãos se entreolharam e voltaram a ficar em silêncio. "Sem sentido" era tão real quanto uma nota de três reais.

Mais algumas ruas e os dois carros estavam à frente da casa dos gêmeos. Bill e Tom saíram já pegando as compras e indo para a casa, sendo seguidos pelos amigos. Abriram a porta e deixaram os outros entrarem, estes os encararam semi cerrando os olhos com sorrisinhos maliciosos, principalmente Andreas, que era o mais perverso da turma.

Os gêmeos seguiram para a cozinha deixando as sacolas sobre a mesa e os amigos os seguiram já fazendo planos para o primeiro dia de férias. Tom pegou uma das sacolas e tirou os remédios de Bill, que se postou ao seu lado para ver o que iria ter que beber.

– Olhem! Seus safados, eu sabia que tinha alguma coisa assim aqui dentro! – Exclamou Andreas rindo acusatório e tirando de uma das sacolas a cartela de camisinhas e o pote de lubrificante. Bill arregalou os olhos enquanto os amigos os encaravam.

– Merda, merda, vocês são muito folgados! – Disse Tom pegando as coisas das mãos de Andreas.

– Nós não pretendemos usar isso, ele comprou porque...

– Eu comprei? – O de tranças olhou para o gêmeo arqueando a sobrancelha. – Eu só estava olhando e você me disse qual era o melhor e disse pra eu comprar, Bill. – Disse Tom alarmado.

– Tom, cala a merda da boca! – Bill corou ainda mais se virando de costas. – Vão pra sala, eu vou tomar meus remédios agora.

– Não precisa ter vergo...

– ARGH! Eu já disse! – Todos logo se calaram, sabiam como era ruim quando o maior ficava irritado.

Os amigos, incluindo Tom, foram para a sala deixando o moreno sozinho com seus remédios. Ainda rindo um pouco eles sentaram nos sofás da sala e começaram a fazer os planos para as férias. Tom estava empolgado com isso, planejavam ir para a mansão que os pais de Katharinne tinham no nordeste, em Natal; seria bem divertido.

– Mas seus pais vão estar lá? – Perguntou Andreas.

– Não, só a gente. – Respondeu a loira, dirigindo maliciosa os orbes azuis aos de Andreas, que lhe sorriu da mesma forma.

– Vocês dois não prestam. – Comentou Gustav rindo baixo, todos sabiam do caso (de muitos anos) entre Andreas e Katharinne. – Bem, eu topo.

– Eu também. – disseram Georg e Natalie e todos olharam para Tom, mas logo seus olhos voltaram-se para a cozinha, algo tinha caído no chão.

– Bill? – Chamou Georg.

– Toooooom! – Escutaram a voz arrastada do Kaulitz mais novo e logo o de tranças já estava indo para a cozinha. – Acho que estou drogado... – Outra vez a voz meio grogue de Bill se fez presente e todos caíram na gargalhada.

– Vem, eu te levo pra cama. – Tom passou as mãos pela cintura de Bill, ajudando-o. O maior passou os braços pelo pescoço do outro e riu malicioso puxando seu piercing com os dentes, os outros, que agora observavam a cena pela porta aberta, arquearam as sobrancelhas.

– Vai me levar pra cama? – Indagou Bill ainda malicioso, rindo dos olhos arregalados de Tom. – Eu deixo você me levar pra cama...

– Bill, vem, para de falar. – Disse Tom tentando puxar o gêmeo, mas este continuou parado ali.

– Por quê? Eu gosto de falar. – Começou fazendo beicinho e depois o sorriso malicioso voltou. – Ahhh, é que você que me escutar de outra forma, não é, Tommy? – O de tranças revirou os olhos e pegou o gêmeo no colo e começou a sair com ele da cozinha, já subindo as escadas sem nem ao menos olhar para os amigos. – Ahh, estamos de lua de mel? Nos casamos? Eu não lembro...

– Meu amor, cala a boca. – Pediu o de tranças carinhoso e Bill assentiu colocando a mão sobre a boca.

O de tranças deitou o gêmeo na própria cama e já ia saindo quando a voz um pouco mais séria e chorosa o chamou.

– Dorme comigo?

Tom sorriu e assentiu.

– Só vou me despedir do pessoal, ok? – O maior apenas concordou se virando para a parede e, se aninhando aos lençóis, suspirou.

– Tá, já escutamos. – Começou Georg assim que Tom apareceu. – Melhoras pro seu irmão cara e desculpa qualquer coisa.

– Ah, amigos são pra essas coisas, de boa. – Os cinco riram e logo se despediram. Assim que trancou a porta, Tom voltou a correr para o andar de cima. Ao chegar lá avistou o irmão já dormindo; suspirou triste e começou a se despir, para em seguida deitar-se ao lado de Bill, abraçando-o carinhosamente.

– Me
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeQua maio 30, 2012 10:46 am

Ameeeeeeii mais Liebe fofa2
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeSeg Jul 09, 2012 9:55 pm

adorei! continua! por favor....
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeSex Jul 13, 2012 7:44 pm

One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) 797545 Oiee, leitora nova Aquii o//

MUITO LINDA A CAPA DESSA FIC.I love you

Adorando, continuee.Smile
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeDom Ago 12, 2012 6:39 pm

Continua linda *-* amei a última parte muito engraçada !
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MensagemAssunto: Re: One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest)   One Plus One Equals Me And You (Kaulitzcest) Icon_minitimeDom Ago 12, 2012 8:14 pm

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